Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 1
Vozes, vozes, vozes...


Notas iniciais do capítulo

Olaa darling, espero que goste da fic, já faz um tempo que quero postar, aproveite!



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Pov. Annabeth

Meu nome é Annabeth Chase, tenho 16 anos, não me considero muito alta, tenho cabelos loiros longos e cacheados, olhos cinza e moro a Califórnia com minha mãe. Ultimamente têm ocorrido algumas coisas estranhas comigo. Como ter a sensação de estar sendo seguida ou vozes que escuto me dizendo coisas horríveis. Ainda não contei a ninguém, mas está piorando e estou ficando assustada.

Ontem, por exemplo, eu estava estudando no meu quarto, quando ouvi um barulho vindo do teto. Olhei para cima e vi um buraco se abrir e um gato preto sair de dentro. Entrei em pânico, então sai correndo em direção à cozinha onde minha mãe estava fazendo o jantar. Expliquei o que havia acontecido, mas ela apenas disse que eu estava cansada. Isso não tinha me tranquilizado, pois no fundo sabia que havia algo muito errado comigo.

Estou indo para a escola, a pé, e tenho certeza de que estou sendo seguida, não sei por que, ou por quem, só sei. Fico olhando para trás, a cada cinco segundos, e as pessoas começaram a reparar. Tenho que botar na minha cabeça que não tem nada lá, eu acho.

“Ele está ai, atrás de você, Annabeth” – disse uma familiar voz em minha cabeça.

“Ele vai pegar você” – a voz continuou dando gargalhadas.

-Cala a boca – sussurrei.

“Todos a odeiam, querida. Você não tem ninguém”.

-Cala a boca! – Dessa vez eu gritei.

Algumas pessoas me encaravam assustadas com meu grito. Tentei não ligar, mas era difícil com os vários cochichos. Coloquei o capuz do meu casaco e segui em frente.

Cheguei à escola, fui para minha sala e sentei em meu lugar. Agarrei minha cabeça tampando as orelhas, tentando abafar o som das vozes, sem grande sucesso.

Thalia, minha única amiga, sentou-se no lugar a minha frente, e tentou conversar comigo, mas eu só queria ficar no meu canto, sozinha.

- O que está acontecendo com você? – Ela me perguntou.

Levantei a cabeça devagar e tentei formular uma resposta.

-Nada, por que pergunta? – tentei sorrir, parecer normal, feliz.

-Como se não soubesse, você anda por ai de cabeça baixa, falando sozinha, triste. Você pode me contar.

-Meu peixinho dourado morreu, e eu era muito apegada a ele, gostou de pensar que ele anda está comigo. – Queria me bater essa hora, que tipo de resposta foi essa.

-Serio Annabeth? Peixinho dourado? Não quer falar, beleza, só queria ajudar. Quando estiver pronta para desabafar, você sabe onde me encontrar.

Eu sei que posso contar com a Thalia para tudo, mas não consegui por para fora, apenas não saiu.

A aula pareceu demorar uma eternidade. Quando o sinal da saída bateu, eu praticamente saí correndo pela porta, apenas queria ficar trancada no meu quarto debaixo da coberta, para sempre.

Pov. Percy

Meu nome é Percy Jackson, tenho 16 anos, sou alto, tenho olhos verdes, cabelos escuros e fui convidado a me retirar de mais uma escola. E dai? Eu não ligo para essa droga há muito tempo, daqui a alguns anos vou ser livre desse inferno, sem usar metade do que ensinam para gente. Não que eu seja um garoto revoltado, mas desde que minha mãe morreu as coisas mudaram.

Meu pai me deu uma de suas lições de moral, que eu não aguento mais. E disse que daquela vez era serio, eu tinha que aprender e essas coisas.

Ate eu encontrar outra escola vou ficar em casa, o que é maravilhoso. Posso dormir, jogar vídeo game, sair com os amigos ate tarde...

Acabei de acordar, e escuto uma batida na porta, é meu pai, é um homem na meia idade, cara de surfista, cabelo claros, apesar de ser empresário em seu tempo livre só quer saber de praia, então usa muito aquelas bermudas folgadas e camisas floridas, estilo havaiano, é divertido ficar com ele quando posso, apesar de ser duro muitas vezes.

-Ainda estava dormindo? – ele me perguntou.

-Aham, e estava uma delicia.

-Se vista, vamos dar uma volta.

Fiquei curioso, então tomei um banho e me vesti. Desci as escadas e ele já estava me esperando para sair. Peguei um bolinho e o segui ate o carro.

Fomos a prefeitura, não estava entendendo nada, pra que me levar junto, isso não era o tipo de programa pai e filho. Entramos em uma fila, depois de uns quinze minutos chegou nossa vez.

-Bom dia, meu filho aqui vai se inscrever em um trabalho comunitário. – ele disse, olhei para ele incrédulo.

-Ah, que ótimo ver jovens ajudando ao próximo. – a balconista disse, era uma mulher, devia ter uns 60 anos, o cabelo todo grisalho, e gordinha.

-O que?! Pai, como assim? – perguntei indignado.

-Esse é seu castigo por ser expulso de mais uma escola.

Bufei e meu pai continuou a preencher a papelada, queria gritar para ele parar com aquela baboseira e me deixar de castigo em casa como qualquer pai normal. E pelo que entendi não vai ser um trabalho convencional.

Chegamos em casa e comecei uma briga.

-Como você pode me inscrever nisso, sem me perguntar antes ou pelo menos me avisar.

-Você tem que aprender a conviver em sociedade, o mundo não gira ao seu redor, ajudar as outras pessoas vai ser algo gratificante, você verá. Quero ver você fazer algo de útil com sua vida.

-Mas...

-Sem mas, você começa na segunda.

-Posso saber aonde que é pelo menos?

-Hospital psiquiátrico.

Revirei os olhos, era só o que faltava. Trabalhar em um lugar onde só tem maluco.

-Não tinha lugar pior não? –perguntei.

-Queria um lugar exótico, prefere catar lixo com os presidiários? Eu vou lá e troco.

-Não!

-Então pronto. Lá você só vai precisar dar os remédios e ajudar alguns pacientes. Não vai ficar louco, e é ate bom fazer alguma coisa enquanto não vai a escola, está decidido.

-Que seja, mas saiba que eu odiei o que fez.

Fui para meu quarto, fiquei um bom tempo no computador, vendo supernatural, mas nem prestei muita atenção, só pensava que dali a alguns dias seria obrigado a conviver com um bando de malucos.


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo foi mais um introdutório, melhores virão!
Deem seus comentários, quero saber se gostaram ou não. Vou tentar postar o mais rápido.
Ate o próximo capitulo darling.