Uma Surpresa de Natal — ShortFic. escrita por Woodsday


Capítulo 1
Capítulo I. – Eis aqui, o velho Masen!


Notas iniciais do capítulo

Ponto de vista: Edward Cullen.Espero que gostem. ♥



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Eu lhes apresento Edward Cullen, bonito, gostoso, atraente, sexy, bem sucedido na carreira, um exímio advogado, nunca tivera um único cliente insatisfeito. Porém, só havia uma única palavra no mundo que poderia descrever Edward Cullen perfeitamente, e esta era: egoísta. Edward Cullen era feito de egoísmo, nem sempre fora assim, claro. Edward já teve seus bons momentos, porém, de uns tempos para cá, as coisas não são mais as mesmas, e agora o destino se encarrega de dar a ele uma segunda chance. Era véspera de natal, as ruas de Nova Iorque estavam cheias de pessoas correndo apressadas, algumas para comprar os presentes de ultima hora, outras para comprar os últimos ingredientes da ceia de Natal, e também havia aquelas que somente passeavam apreciando a decoração natalina e o espírito apaixonado que rondava a cidade. Elas suspiram e se sentavam nos bancos, a neve branca era o que predominava naquela manhã, ofuscando até mesmo as árvores verdes e suas decorações vermelhas. Porém, para uma pessoa especial, esse era só mais um dia como qualquer outro. Na verdade, para Edward Cullen o natal era somente uma época em que as pessoas praticavam suas bondades e resolviam festejar com seus familiares. Achava isso ridículo e um desperdício de tempo. Se pudesse pular a data, certamente o faria, mas como dizia o velho Masen, muitas coisas acontecem no natal.


***


– Edward! – A voz de Angela, a minha assistente pessoal soou da sala de estar do enorme apartamento, eu revirei os olhos internamente enquanto me mexia na cama, estava sonolento e seminu embaixo dos lenções, acompanhado por uma mulher que eu não dera ao trabalho de perguntar o nome. Sabia simplesmente que era gostosa, mas burra. Uma pena, ou não... – Edward Cullen! – Chamou ela mais uma vez dando batidas na porta me interrompendo das lembranças da outra noite. – Acorde Edward! Eu estarei na cozinha, é bom estar lá em 10 minutos!

Eu gemi me virando com a barriga para cima e grunhi encarando o amontado de fios loiros jogados em meu travesseiro. Eu teria que pedir para Rosa o lavar depois, com certeza ficaria com o perfume barato de Mara grudado nele. Odiava Angela por ser tão mandona, mas simplesmente não poderia viver sem ela, achar uma assistente que eu não tivesse vontade de levar para cama era simplesmente um sacrifício. Não que Ang fosse feia, eu simplesmente tinha um enorme respeito por ela, e é claro, por seu namorado Ben. Até porque, o cara era enorme, e eu não era nenhum covarde, mas estragar esse lindo rostinho que mamãe fez jamais estaria em meus planos.

– Ei. – Cutuquei a garota nos ombros, e não obtive resultado, ela somente gemeu e se virou para o lado. Repeti o gesto mais três vezes com uma impaciência gigantesca e enfim ela levantou os olhos parecendo confusa, mas então quando seus olhos focaram em mim sorriu maliciosamente. Eu não devolvi seu sorriso, apesar de ser um enorme desperdício deixar essa mulher sair de casa, eu nunca ficava com nenhuma delas mais de uma vez, elas simplesmente se apaixonavam e ficavam de frescurinha, depois saiam gritando aos jornais que eu havia destruído seus corações.

– Oi. – Ela sorriu, tirando os cabelos do rosto, tentando parecer sexy, mas só conseguindo parecer meio débil.

– Você tem que ir. – Declarei seco e sem rodeios, a loira me encarou confusa por um segundo e então se levantou da cama abrindo os lábios para protestar. Bufei mais uma vez com impaciência, ia começar a ladainha sobre ficar mais um pouco e aproveitar o dia, e todas essas coisas chatas que essas garotas fazem. – Olha, a noite passada foi ótima Mara, e eu realmente gostei de você, é gostosa, meio burrinha, mas gostosa. Nós dois ficamos felizes, mas agora você precisa ir embora. – Terminei displicentemente enquanto vestia as calças de moletom sem ao menos encarar a mulher chocada que parecia querer me matar com a faca da cozinha, provavelmente agora ela me encarava indecisa entre a fúria e a decepção. Na certa achou que casaríamos e teríamos dois filhos e um cachorro. Revirei os olhos sentindo seu olhar queimar em minhas costas. – Vou deixar um dinheiro para o táxi em cima da mesa. – Resmunguei saindo do quarto.

Assim que saí do quarto dei de cara com Angela e lancei um sorriso malicioso para ela, Ang como sempre me ignorou e bufou jogando um amontoado de papéis sobre meu peito.

– Bom dia pra você também, Weber. – Resmunguei e ela revirou os olhos. Me perguntei aonde foi parar minha autoridade com Angela.

– Olha só para isso Cullen! Eu quero simplesmente te jogar desse andar. – Ela apontou para a janela para dar ênfase. – Você saiu em todas as capas de revistas acompanhado de duas vadias, mais uma vez! – Rugiu. – Eu estou cansada de cuidar de sua imagem e você a destruir em uma de suas farras de menino conquistador!

– Nem sei porque está tão irritada. São só umas fotos, logo eles esquecem. – Dei de ombros seguindo até os armários em busca de algo para comer. – A Rosa fez algo essa manhã? – Perguntei para Angela que me encarava furiosa de braços cruzados.

– É véspera de natal Edward!

– E daí?

– E daí, que algumas pessoas tem famílias com quem se relacionar! – Alfinetou e eu bufei. – Inclusive você, ou será que você se esqueceu que hoje é aniversário do Emmett e você deveria estar em Forks ao invés de estar na cama com mais uma vagabunda?

Ela apoiou as mãos sobre o balcão me encarando autoritária. Eu suspirei cansado dessa merda.

– Mandei um presente para ele, Angela, como todos os anos. E um cartãozinho também. – Completei debochado.

Angela suspirou frustada e se afastou em passos lentos.

– Você ainda vai se arrepender disso Edward, está trocando tudo por nada. – Me encarou com o olhar decepcionado que eu já estava acostumado em todos. – Eu irei tirar três dias de folga, como todos os anos. Sua mãe e Alice mandaram uma cesta de natal, seria interessante se você mandasse algo que não fosse comprado na padaria da esquina.

Eu assenti sem dar importância para o que ela dizia.

– Ah, e Bella também mandou algo. – Disse finalmente saindo do apartamento, eu ergui os olhos em direção aos presentes embaixo da árvore patética que Angela insistia em montar e observei o embrulho fino e médio, o papel de presente era vermelho como todos os outros, mas a fita era prateada e havia um cartão.

Antes que eu pudesse pegar o cartão, o barulho de saltos furiosos no chão chamaram minha atenção, era Mara. E ela havia me irritado ainda mais me interrompendo de ler o cartão de Bella.

– Você ainda não foi embora? – Resmunguei em tom alto.

– Olha só seu babaca, eu espero que seu natal seja uma merda, porque ninguém mesmo deve aguentar sua presença. Você foi o pior cara que eu já conheci. – Continuou com o dedo em riste apontado para mim.

Revirei os olhos.

– Acabou neném? – Perguntei entediado.

– Não. Me. Chame. De. Neném. – grunhiu furiosa e eu sorri convencido me lembrando do fato, cruzei meus braços.

– Ontem a noite você pareceu gostar.

Mara ergueu a mão direita a acertando em cheio em meu rosto, eu encarei seus olhos furiosos e sorri duramente a encarando.

– Não se preocupe Mara...

– Meu nome é Tanya! Seu imbecíl! – Gritou mais uma vez me dando as costas e saindo do apartamento com passos furiosos, eu encarei aturdido e encolhi os ombros minimamente quando ouvi o barulho da porta se batendo.

Mulheres...

Peguei o cartão da Bella novamente e fui até a agenda eletrônica antes de lê-lo, notei os 35 recados e apertei o botãozinho mágico que faria todos tocarem.

Oi Edward... É Melissa, eu adorei a noite passada, me liga...

Apertei o próximo.

Ei Edward, é Sara. Como está? Eu adorei te conhecer gato... Me liga uma para...

Próximo.

Edward gostoso, aqui é a Denise... que tal a gente se encontrar essa semana? Eu tenho um amigo, a gente podia fazer algo diferente, quem sabe...

Estremeci diante da proposta, essa tal Denise, uma loucura na cama, uma mulher fogosa e completamente flexível, porém flexível demais, a mulher estava pronta para um ménage, e eu não me queria perto de um homem pelado, mesmo que houvesse uma mulher entre nós.

Mudei para o próximo.

Edward, é a mamãe, você virá para o natal querido? Sentimos sua falta. Emm vai se casar e faz tempo que você não aparece, queria que conhecesse Rose, você iria adora-lá. Bom, é isso. Me ligue de volta filho, todos estamos com saudades, venha para Forks, passar uns dias quem sabe.

O recado acabou e eu encarei o telefone surpreso com a nostalgia que me arrematou ao ouvir a voz da minha mãe. Quando saí da Forks eu não tinha a intenção de ficar tanto tempo longe, eu queria voltar e passar um tempo com todos eles, mas então, o trabalho aumentou a diversão aumentou e quando eu notei, eu já não voltava para Forks há três anos. Três longos anos somente fazendo ligações de cinco minutos e mandando cartõe em épocas festivas. Eu praticamente já não era mais parte da família. Depois de tanto tempo longe, eu já não sabia mais como voltar.

Mudei para o próximo recado.

Oi Edward, sou eu Alice, sua irmã, lembra? Acho que não né? Afinal, já faz tanto tempo que você nem se quer dá as caras, até mesmo a Bella você abandonou não é? Aliás, eu achei que pelo menos ela era importante para você, mas vejo que não. O fato é que, Emm se importa com você, e sua presença na festa de aniversário dele, então eu realmente espero que você venha. Até porque o natal e a saudade que o papai e a mamãe sentem de você já não é mais importante. Bella te mandou um presente, um presente feito por ela na verdade, eu achei que foi muita consideração da parte dela, mas você conhece Bella, não guarda ressentimentos nem mesmo dos mais canalhas... – Alice deu uma pausa e um minuto de silêncio. – Clarisse, guarde isso já! Eu estou indo aí! – Eu sorri diante do berro ao telefone. Clary era minha sobrinha de dois anos, Alice apesar de ser a caçula, estava grávida quando saí da cidade. Alice continuou, dessa vez para mim. - Não que você se importe, apareça Edward. Peloespíritode natal, seimporte um pouco com as pessoas que te amam...

O recado de Alice terminou, provavelmente porque o tempo se esgotou e não porque ela terminou o que tinha para falar. Alice tinha toda e completa razão, eu ignorei os outros recados e segui até o presente de Bella, embaixo da árvore, desembrulhei com cuidado e notei que era uma caixa de biscoitos, pareciam apetitosos, mesmo que eu não gostasse de chocolates e eram cuidadosamente decorados. Bella sempre gostara de cozinhar, quando ela se decidiu por fazer a faculdade de culinária perto de casa para ficar perto das nossas famílias eu fora terminantemente contra, eu queria algo grande, algo como a NYU. Mas claro que Bella nunca gostou de algo grande, foi quando brigamos feio.

Eu cheguei a porta da casa de Bella animado, louco para contar a novidade, havia chegado minha carta de admissão na NYU, meu maior sonho sempre fora estudar longe de Forks, na verdade, meu maior sonho era estar longe daquela cidade e tudo que a envolvia. Mas infelizmente Bella não compartilhava esse sonho, sempre fora doce e me apoiara em tudo, mas eu sabia que ela jamais deixaria a família sozinha, ela jamais faria o que eu fiz. Então, naquela mesma noite eu dissera que precisa de algo maior do que Forks e aquela vida pequena que levávamos, e disse as piores palavras que poderiam sair da minha boca, “você não é boa para mim”.

Bella estancou, os olhos arregalados me olhavam em choque, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo frouxo, vestia os costumeiros jeans e camisa xadrez de sempre, Bella nunca foivaidosae isso a deixava ainda mais linda. Eu a encarei mearrependendo imediatamente assim que as palavras saltaram da minha boca, mas fora covarde demais para pedir desculpas logo em seguida, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.

– Vá embora Edward. – Murmurou baixinho, os olhos vermelhos pelo choro me olhavam com uma mágoa claramente visível. Eu podia sentir em sua voz.

– Bella... – Tentei mas fui calado por ela mais uma vez.

– Vá embora daqui Edward... Eu... Não acredito que disse isso, eu sempre te apoiei e lamento não ter sido boa o bastante, não ter sido gananciosa o bastante para você. Vá embora, vá para a universidade e seja feliz com suas escolhas.

– Bella... Por favor... – Tentei novamente, em vão.

Charlie apareceu, os olhos demonstravam a fúria que qualquer pai sentiria ao ver a filha chorando pelo namorado, tenho certeza absoluta que só não me escorraçou de sua casa por consideração a Esme e Carlisle. As nossas famílias sempre foram amigas, sempre crescemos juntos, eu, Bella, Alice, Emm. E parte disso me impedia de voltar para casa também, como eu olharia para Bella outra vez? Como olharia em seus olhos sabendo o grande crápula que eu fora com a única mulher que já amei na vida?

Balancei a cabeça e voltei a encarar o cartão em minhas mãos, finalmente abrindo-o.


Gostaria que soubesse que não guardo mágoas do acontecido Edward, e também gostaria que viesse ver a sua família, e principalmente Emmett. Seria um bom de se redimir, caso o queira. Os biscoitos foram feitos por mim, espero que aprove. E também espero que apareça.

Carinhosamente B.




Eu retirei o papel e abri a embalagem encarando os biscoitos natalinos, e peguei um deles levando a boca e experimentando. Estavam deliciosos, então eu segui até a enorme janela do meu apartamento. Morava na cobertura e aos 30 anos era um dos melhores advogados de Nova Iorque, no entanto minha vida ainda era vazia. Me aproximei da varanda encarando as pessoas lá embaixo, o cartão de Bella ainda pousava em meus dedos, e suas palavras pareciam pesar toneladas, eu sabia que devia isso a ela, e a toda minha família. Porém, eu não queria realmente ir até lá e ficar rodeado por todos eles, aguentando todas as conversas e animações das quais eu já não fazia mais parte. Voltei para dentro da sala e peguei o cartão jogando-o de qualquer jeito em cima da mesinha da sala, e tratei de me animar para um dia de trabalho.

Afinal eu era o dono da Cullen Interprises, a maior empresa de advocacia de Nova Iorque, e isso requeria certos esforços. Hoje, como era véspera de natal a empresa simplesmente estaria as moscas, então eu simplesmente ficaria em casa adiantando todos os casos que eram importantes.




Meu celular tocou mais uma vez, e eu encarei o visor vendo o número de Irina piscar, Irina Denali era a irmã de Tanya, que eu pensara se chamar Mara, nós dormimos uma ou duas vezes e agora Irina se achava no direito de exigir algo, não fora de todo mal passar a noite com sua irmã, isso serviria para que ela soubesse que não significou nada e largasse do meu pé. Ignorei a chamada e continuei fazendo as anotações. Já se passavam das nove da noite, e o dia nunca havia sido tão produtivo, eu já havia encerrado três casos e estava no último, minha cabeça latejava irritantemente e nem a aspirina parecia fazer efeito. Mike, meu melhor amigo já havia me ligado para uma noitada do Gorilla, o clube de stripers aqui perto, mas eu negara alegando precisar trabalhar. Mike era um almofadinha que apesar da grana ainda vivia com a mãe, isso não mudava o fato de que o cara era de confiança. Eu apoiei a cabeça sob a guarda do sofá, ainda com os papéis sobre o colo e senti minhas pálpebras pesarem, de qualquer modo, não faria mal um cochilo.

Jingle bell, jingle bell, jingle bell rock. Jingle bells swing and jingle bells ring... – A música natalina parecia só um murmúrio no fundo da minha mente, e me perguntei se eu teria exagerado no uísque. – Ora vamos! Deixe de preguiça e abra esses lindos olhinhos para vida!


Abri os olhos chocado encarando a figura idosa sentada em meu sofá. Anthony Masen Cullen de pernas cruzadas em minha poltrona, carregava um charuto nos dedos. Pronto, eu havia enlouquecido de vez, estava vendo meu avô morto há mais de 30 anos. Estava ferrado de vez.

– O que? Quer dizer... – Tentei formular uma frase decente mas nada saia dos meus lábios.

O velho Masen sorriu minimamente, os cabelos ruivos tinham alguns fios grisalhos, parecia exatamente como eu me lembrava dos quadros na casa de Forks, exatamente por isso eu tinha certeza que isso não passava de uma viagem da minha mente. Vestia as mesmas roupas do quadro, calças verde musgo e camiseta marrom, com o colete velho por cima, tinha um bigode volumoso acima dos lábios, e a barriga parecia poder apoiar um copo.

– Você se tornou um moleque muito levado Cullen. Mas também, com aquela libertina como mãe, como não poderia? – Resmungou fazendo um gesto de descaso com as mãos, e então se levantou caminhando pela sala, eu continuei estático no sofá, encarando a figura quase fantasmagórica do meu avô.

Estava delirando, terrivelmente delirando.

– Perdeu a língua moleque?

– Isso não é real. – Murmurei para mim mesmo. – Não é real, não é real.

– Mas é claro que é real, eu estou aqui, estamos conversando, e você precisará aprender algumas lições. – Passou os dedos pelo bigode.

– Lições? – Indaguei mais confuso que assustado de fato.

– Exato, lições. É véspera de natal, oras veja! Eu morri como um velho sovina, quase não aproveitei minha querida família. Tinha muito dinheiro, claro. E mulheres. – Acrescentou com um sorriso malicioso. – Aliás, que orgulho você da para esse velho moleque, por sorte não puxou o seu pai, um romântico baba ovo de Esme. – Grunhiu. – Mas voltando... Nesse natal, você receberá três fantasmas, espíritos natalinos, eles te colocaram no caminho certo. Pondere todas as alternativas e situações, não há mais volta se perder isso...

– Espera aí! Do que está falando velho?! Fantasmas? Essa merda não existe!

O velho Masen me olho debochado.

– Não? E o que acha que eu sou?

– Uma alucinação, caso não saiba, eu bebi demais o dia todo. – Apontei o óbvio, meu tom saiu mais irritado do que eu gostaria, mas de qualquer modo, isso era só coisa da minha cabeça. O velho Masen me perdoaria, seja onde ele estivesse.

– Acredite nisso o quanto quiser garoto. Estou somente sendo... – Pareceu procurar a palavra certa. – Caridoso, sabe como é, tentar limpar minha ficha. – E piscou se aproximando de mim, eu dei um passo para trás a cada um que ele dava em minha direção, até que minhas pernas bateram no sofá e eu caí sentado.

– Boa sorte garoto. – E tocou os dedos em minha testa.


Eu abri os olhos, olhando ao redor da sala escura, os papéis ainda em meu colo e suspirei aliviado, realmente só havia sido um sonho. Revirei os olhos internamente, o que eu achava? Que o velho Masen surgiria em minha sala assim do nada?

Ri em deboche sozinho, e o som ecoou pela sala. Esfreguei a têmporas e resolvi que realmente era hora de ir dormir. A bebida fizera um efeito ainda maior dessa vez, o cartão de Bella ainda pousava na mesa, mas eu não queria saber dele, nem do meu passado. Eu não era mais aquele Edward bobo e gentil, e infelizmente, não tinha mais volta. Peguei o cartão o jogando na lata de lixo da cozinha e segui em direção ao meu quarto, ainda estava bagunçado já que Rosa não veio hoje, mas não me importei, me joguei na cama de qualquer jeito e logo adormeci esperando que realmente tudo não tivesse passado de um sonho.


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