Ao entrar na sala do diretor do Memorial, me deparei com Jackson, meu padrinho e amigo de longa data.

– Mac? – Ele disse, em tom surpreso. – Há quanto tempo!

– Jackson, há coisas que eu ainda não lhe contei, como... – eu disse. Jackson de nada sabia sobre a minha vinda à Nova Iorque, e tampouco sobre a morte de minha esposa. Eu ainda estou em choque de não encontrá-lo em Sussex fazendo uma criação de abelhas, assim como Sherlock Holmes.

– Como? Ah, Mac Taylor. – ele soltou um suspiro – Soube que você se tornou um bom detetive. Você dá certo neste negócio.

– Jackson, minha esposa... – eu tentei segurar as lágrimas.

– Ah, como sou sem educação! Como vai sua esposa, também está neste negócio?

– Ela está morta. – Enfim, disse. Soltei um desabafo e tanto.

– Oh, sim. Mac Taylor. Suponho que essa conversa não seja informal.

– E não é. – eu disse, voltando para o ramo profissional. – Antes de esse memorial ser fundado, uma senhorita muito bela morava aqui. Ela viveu um bom tempo, antes de terem tomado sua casa. Ela rejeitou milhares de propostas e alguém a matou aqui. Eu estou investigando esse caso.

– Veja bem, Mac Taylor... – Ele coçou a cabeça. – Eu acabei de ser nomeado diretor deste Memorial, e assim espero que nenhum crime manche minha reputação. A única coisa que foi mantida da antiga casa foi o porão. Fique á vontade para examiná-lo.

Disse “Obrigada” e saí da sala. Liguei para Sheldon e na hora ele retornou.

– Sim, Mac.

– Soube que o porão da casa foi à única coisa que restou. Se ele ainda não foi restaurado e modificado, teremos sorte.

– Estarei aí em dez minutos. – Senti confiança em sua voz.

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Eu e Sheldon subimos ao porão. Como imaginei. Ainda estava tudo em madeira, a máquina de costura e... Veja só! Manchas de sangue.

– Sheldon – eu o chamei – Bingo!

Ele correu em minha direção e disse:

– Acho que seu padrinho maluco está escondendo algo de nós, Mac.

– Ele ficou apreensivo quando toquei no assunto do caso. Sheldon, você acha que ele...

– Não vamos tirar conclusões precipitadas. Você também viu como a Lindsay ficou apreensiva? Temos que desconfiar de tudo e de todos, Mac. Hora da investigação.

– Creio que vocês vão precisar da minha ajuda. – Stella surgiu do nada. Como as mulheres conseguem fazer isso?

– A arma do crime. – Stella apontou. – Como vocês ainda não viram isso?

– Não somos tão observadores assim.

– Devem ser. – Stella levantou a sobrancelha – É a regra número um de um...

– Todos nós aqui já sabemos disso, Stella. – eu interferi. – Vamos recolher as digitais perto daquela mancha seca de sangue.

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Narração: Danny

– Hora do almoço! – exclamei, já tirando meu jaleco.

– Sim, eu já vou. – disse Lindsay, ainda focada no trabalho.

– Não por enquanto – Mac apareceu, acompanhado de sua namorada... Quer dizer, Stella e Sheldon, que em minha opinião informal estava de “Vela”.

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Narração: Lindsay l Flashback

Eu não queria fazer parte daquele mundo. Ninguém poderia saber das sombras que me aterrorizaram quando criança, e tampouco do meu pai. Agora, ele havia me perseguido até Nova Iorque também? Não sabia ao certo se era ele, não sabia se era alguns de seus capachos ou até outra pessoa. Eu deveria contar o que sabia? E se meu pai se voltar contra mim? Minha cabeça está girando, mais com toda a certeza: Meu pai, Jackson, não é o assassino.