Enemies and Lovers escrita por Mayy Chan


Capítulo 4
Sogra de mentirinha


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, nem metade de vocês tá comentando. Queeee triste :(. Espero que gostem mesmo assim.
Eu dedico esse capítulo para a SáGaúcha (aquela panda) que sempre me apoia. Beijo, gata.



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Quando eu aceitei fingir esse namoro, eu pensava que a única coisa que eu teria que fazer era telefonar pra cara do Percy falando que queria falar com o meu "namorado" ou dar um presente do namorados escrito "Da sua tchuchuca", ou seja, qualquer coisa que não precisasse do meu eu físico.

Mas eu estava enganada. Eu não só vou ter que ir na casa dele provar que nós temos um relacionamento, como participar da maioria das reuniões de família na casa dele por três meses! Eu não consigo acreditar que vou gastar três meses da minha vidinha adolescente fingindo um relacionamento com esse idiota.

E o pior não é isso! Também temos o fato de que ele só foi me falar isso há dois minutos, ou seja, eu tenho duas horas para me aprontar antes de ir conversar com Poseidon Jackson, o ilustre empresário que provavelmente vai comer os meus rins se não gostar de mim.

Depois que já fiz tudo o que tinha que fazer, me olhei no espelho. Coloquei uma calça jeans clara, uma sapatilha branca e uma bata azul bebê, passei um gloss e já estava pronta. Eu teria que ser discreta, o que seria fácil já que eu sou eu mesma.

Qual é?! Não me vem falar que eu não sou invisível, porque branquinha que nem eu, e ainda por cima com esses olhos cinzas e esse cabelo loiro, eu não era uma pessoa muito chamativa. Não me impressiona que eu seja meio invisível na escola, porque que nem eu...

Meu pai estava em casa, porém eu não havia contado para ele do meu relacionamento falso com o Jackson. Aposto que ia amá-lo porque eu conheço muito bem o pai que tenho para poder falar que ele gosta muito de pessoas extrovertidas e animadas.

A campainha bate, e como esperava ir a pé para a mansão Jackson, falei para o meu pai mesmo abrir. Mero engano da minha mente sábia. Achei que ele não fosse tão cavalheiro a esse ponto. Ouvi a conversa vindo da sala, porém continuei comendo a minha maçã.

— Olá, senhor Chase. — ouvi aquela voz que eu aprendi a reconhecer de uns dias para cá. Realmente minha mente sábia é brilhante.

— Olá...

— Perceus, Perceus Jackson, mas pode me chamar só de Percy. Prazer em te conhecer. Annabeth fala muito do senhor.

— Erm... Annabeth! Venha cá! Tem alguém aqui na porta!

Tudo bem. Hoje que eu ia morrer de vergonha. Vou tomar sangue de avestruz pra ver se eu consigo fazer um buraco no chão com a minha cabeça dentro. Será que ainda dá tempo para comprar as passagens para Tókio? Acho que vou pra cidade de Pretty Little Liars.

— Oi, papai. Erm... oi Percy.

Acho que comecei a corar, pois vi o garoto me olhar e dar um sorrisinho torto. Rapidamente, o que foi bizarro, ele veio em meu socorro.

— Senhor Chase, eu vim aqui, formalmente, pedir a sua filha em namoro. Acho que ela está um pouco envergonhada, mas é que eu estou realmente muito apaixonado por ela, sabe?

Eu vou matar esse cretino! Era pra ser uma coisa mais... séria. Só eu que devia saber disso! Qual é manolos! Vamos ser sensatos porque eu sou muito boazinha né. Eu não mereço isso! Joguei pedra na cruz! Ou melhor, eu roubei o lustre de uma igreja na vida passada!

— Bem, se ela quiser...

E eu não quero! Obrigada por isso papai! Prometo que nunca mais fujo de casa, seu lindo! E eu prometo que nunca mais chamo a biscate da sua namorada de coisas que uma lady não se deve dizer.

Ou seja, sem palavras de baixo calão e nem palavrões com vários significados um pouco mais do que extremamente indecentes. Não que eu ache que metade do que eu falo é exatamente... indecente. Claro que eu sou uma pessoa especial que merece um namorado fofo que me ame e me dê flores. Rosas não, eca. Margaridas sim, porque elas são tão sem graça quanto eu.

Mas algo me dizia que eu tinha que aceitar. Talvez fosse o olhar de "se você não aceitar, eu vou chorar que nem um bebê até seu pai ficar com dó e te forçar", ou o olhar de esperança do meu pai. Coitado. Sonha com que eu vença na vida e me case com um moreno gostoso. Que pena que ele teria os sonhos frustados, pois eu prefiro um certo loiro...

Contudo, não podia deixar Percy na mão, pelo mesmo fato de eu ter uma queda livre de um helicóptero sem paraquedas por um loiro retardado que faz meu coração bater mais forte. Também, com aquele sorriso e aquele corpão... Ui ui! Acho que acabei de descobrir que sou pervertida. Esse Jackson não está me fazendo nem um pouco bem...

— Own, Percy, seu lerdo! Claro que eu aceito! Mas, antes, você tem menos de dez minutos para me apresentar pro seu pai, você sabe como eu sou impaciente, não é? Hahahahaha. Que lindo e gostoso meu novo namorado. Estou feliz da vida lá lá lá.

Não perdi tempo e puxei o moreno para o carro dele. Vi meu pai pegar o telefone. Será que ele resolveu ligar pro hospício mais uma vez?! Que coisa mais cruel!

Jackson senta no banco do motorista e eu me acomodo do seu lado. Com a minha histeria, ele nem teve tempo de se despedir do meu pai. Há há. Eu acho é bom. Quem sabe assim ele quietava esse fogo na fundanga! Meu Deus! Que indecência esse menino!

— Annie, me responde uma coisa?

ANNIE?! Esse menino estava se achando quem? O papa? Caso ele não soubesse, nós só nos falamos ontem e hoje! Que intimidade é essa? Ele por acaso está se achando o presidente da república? Espero que a doença dele não me contamine. Eca.

— Fala, filhote.

— Você realmente me acha gostoso? — falou o menino com um sorriso malicioso e isso me fez ter uma vontade incontrolável de chutar a cara dele. Sorte dele que eu estou de cinto.

— Se pra você ser gostoso é ser completamente, insuportavelmente, incrivelmente, estupidamente, incontrolavelmente, divinamente, incontavelmente, idiotamente tapado, sim você é uma delícia.

E ele começou a gargalhar. Que ousadia! Quem ele acha que é? O rei do pimentão? O manjador das manjações, o manolo das manolisses, o rei das reizisses?! Tá. Agora eu viajei total.

Rapidamente chegamos na "casa" dos Jackson. Minha casa não era muito pequena e tals (principalmente porque só eu ficava lá), o que em comparação com essa não passava de um formigueiro. Se eu morasse aqui ia me perder todo santo dia! Acho que teria até que fazer um mapa ou coisa do tipo.

Vi Percy abrir a porta para mim, então entro antes e o ouço falar galanteador.

— Primeiro as magrelas.

— Porque os burros vão por último.

Vi que ele fez uma cara de quem estava surpreso, mas não falou nada e entrou.

A casa é muito grande por fora, e por dentro parece ser maior ainda. Não sei se é pelo branco das paredes, mas aquela sala é realmente imensa! Se eu não soubesse que é Percy Jackson, o cara mais idiota que conheço, que mora lá, ia achar que era a Casa-Branca ou coisa do tipo.

Vi uma mulher bonita, de pele meio bronzeada e cabelos e olhos escuros vindo em minha direção. Quem me dera ser radiante igual ela. Eu podia representar o Gasparzinho em um filme sem maquiagem nenhuma, e não ia fazer a mínima diferença. Ai como eu sou malandra. MUAHAHAHAHAHAHAHAHA.

— Oi, Percy. Quem é esse menina bonita do seu lado? — nem preciso falar que eu corei no "bonita", não é?

— Mamãe, chama o papai e o Tyson! Alerta amarelo! — indagou Percy como um sargento, o que fez sua mãe gritar "ALERTA AMARELO" para toda a casa ouvir. E logo mais dois homens apareceram na ponta da escada.

— Está de brincadeira, mulher? Quer que eu morra jovem?

— Qual é né, mãe? Mais um teste? — falou um menino que parecia ter mais ou menos treze anos, e estava com um pijama de macaquinhos.

— Não, pai, irmão e mãe. Essa é Annabeth — ele coloca seus braços envolta do meu pescoço. Atrevido! — minha namorada.

E aí a budega começou. Todos me abraçaram e começaram a falar sobre um tal milagre milagroso por aí. Eu fiquei sem entender nada, mesmo assim resolvi retribuir os abraços e me sentar no sofá enquanto ouvia todos falaram.

— Mano, como você arrumou uma "mina" dessas?

— Olha, Tyson, ela é da minha sala há um tempo, e ela era meio minha amiga, mas ontem eu a comecei a ver com outros olhos...

— Filhinho, eu me lembrava de quando você era um bebê e tinha namoradas que mais pareciam prostitutas. Você cresceu tanto!

Eu queria falar que isso era até ontem, mas não quis acabar com toda aquela animação da mãe de Percy.

— Antes de tudo, Annie, esse é meu pai, esse é meu irmão e essa é minha mãe. E eles formam minha família. — falou o moreno apontando respectivamente para cada um.

— Annabeth, eu, como pai do Percy, devo falar que você é a pessoa mais amável que passou pela nossa casa. Você me encantou desde que te vi entrar por aquela porta e não vi nem seus peitos, e nem sua coxas. Eu estou tããão emocionado!

Acho que eu devia falar que pra ele que eu sou meio tábua, sabe? Nem se eu usar um biquíni dá para ver nada em mim. Mas eu não queria acabar com o barato dele de pensar que o filho estava namorando uma menina inteligente, e que no fundo é gostosa.

— Obrigada pessoal. Sinto muito grata por me aceitarem tão bem. — indaguei sorrindo amarelo, mas tão amarelo que daqui a pouco eu virava o Sol.

— Mano, tudo bem, tudo bom... Mas cadê o beijo?

Tudo bem. Eu quero matar esse pirralho. Melequento! Quem mandou se meter onde não foi chamado? Hein, fio? Me explica uma budega dessas!

— É que a Annie é meio tímida, sabe...

— Não se acanhe, Annabeth! A casa é sua!

— Mas pai...

— Nã nã ni nã não. Não acredito sem ver. Vamos logo com isso.

E eu notei que não tinha mais opção. Me virei para Percy e ele selou nossos lábios em um movimento rápido e que acabou muito rápido.

— Meu irmão até parece gay. Não sabe nem beijar a namorada direito! Pega ela de jeito, Percy!

Eu olhei desesperada para o Jackson. Mas o que eu recebi de resposta foram seus olhos fechados e nossas bocas se aproximando lentamente...


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Notas finais do capítulo

Galera, eu sei que tá meio grandinho, mas eu prometo que ficou maneiro!
Lá lá lá lá eu quero meus reviews lá lá lá lá lá
Beijocas, Mayy