Enemies and Lovers escrita por Mayy Chan


Capítulo 21
Minha Kayt


Notas iniciais do capítulo

Gente, lembram-se que eu prometi episódios especiais?
Eu fiz esses bem mais rápido, porque duas princesas recomendaram a minha fic (sendo uma que eu fui ver que tinha recomendado antes do capítulo passado, mas ele era agendado, então eu só fui descobrir bem depois, então me desculpe, amora). Uma é a Emmi SN, e a outra é a minha baby Annabeth Fray 12, aquela que me acompanha desde o primeiro capítulo kkk
Outra coisa é que eu mudei a capa pra outra que eu encomendei. Podem olhar e me deem a opinião de vocês, porque eu não faria algo que todas não aprovassem. Também tenho quatro outras versões delas, então, caso não gostem, estou a disposição para trocar.
Espero que gostem desse capítulo porque, na minha sincera opinião, esse é um dos meus capítulos favoritos até hoje XD
Beijocas, e boa leitura, Mayy



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P.O.V Will

Quando recebi o convite para passar as minhas férias nesse acampamento, eu sabia que as coisas iam ser boas, afinal eu tinha que cumprir a minha promessa, não tinha? Eu jurei pra o pai dela que nada iria acontecer.

Mas quando eu vi Kayt conversando com o idiota bastardo do meu irmão Michael, meu sangue ferveu como nunca. Ele sabia o que eu sentia por ela, sabia de tudo o que eu passava, mas ainda tinha aquela obsessão estúpida por me superar em qualquer coisa.

Eu tinha tudo para odiar ela e vice-versa, porque não temos nada haver. Nós podíamos ser também os melhores amigos do mundo, graças ao nosso gosto musical em comum. Mas, feliz ou infelizmente, somos apenas eu e ela, duas pessoas que mal sabem o que sentem.

Ou talvez ela, porque cada vez que eu acordo e me lembro do fato que eu não posso chegar nela e agarrá-la, confirmo ainda mais a minha tese que eu não sirvo como seu amigo.

Preciso urgentemente de esfriar a cabeça.

Fui do mesmo jeito que estava para a piscina, de onde eu tinha saído há pouco tempo atrás e saí pra poder me acalmar, o que parece não ter ajudado nem um pouco.

Quando tirei a minha camisa, pude ouvir o leve suspiro de algumas meninas. Talvez, antigamente, eu fosse fazer graça, talvez até pose, mas não hoje, não agora. Me desculpe população feminina, mas a única menina que eu realmente tenho vontade de me exibir não tem nem um pouquinho de atração por mim.

Sorri quando Thalia Grace, uma das poucas meninas que eu não teria problemas em conversar no meu atual estado levemente despido, junto com Annabeth, Katie, Piper e Silena, meninas que eu tinha certeza que nem em mil anos se interessariam por mim pelo simples fato de gostar de outro cara.

— E aí, Solace? — ela me cumprimentou, o que me fez notar o olhar de Nico sobre mim, que eu respondi com um aceno de mão por trás das costas dela.

— E aí, Grace? Pegando geral? — um olhar mais ameaçador ainda por parte do emo problemático.

— Não, mas você tinha que ver a agarração do Percy e da Annabeth na cozinha. Era uma cena daquelas, digna daqueles filminhos que a sua Kayt adora.

— Ela não é a “minha” Kayt.

— Mas bem que você queria, né? Cara, até esse apelido você inventou pra ela. E, claro, fora as vezes que você espantou os namorados dela.

— Olha, o que você quer que eu faça? Vá lá e beije ela no meio do nada?! Falar que eu amo ela?! Me poupe, Grace. Os irmãos Stoll iam me matar.

— Não é como se vocês fossem se casar ou sei lá. É apenas um beijo.

— Merda, Grace! Não é só um beijo merda nenhuma! Já sacou que eu gosto dela de verdade? É como o Percy sempre me falava nos intervalos dos treinos “A pior parte é saber que daqui há uns anos ela vai acordar do lado de outro cara, e ele poderá dar pra ela todo o amor que eu quis mas não pude.”

— Você é tão fofo, Solace. — ela apertou minhas bochechas com suas unhas afiadas. — Agora pode nadar, porque eu tenho que bater um papo com o di Angelo.

Vi ela se afastar e mergulhei na piscina, ficando emergido até que eu vi dois pés branquelos dentro, com uma cabeça fora de foco encima. O meu fôlego era grande e eu queria fazê-la sorrir daquele jeito que só ela sabe.

Submergi parando bem na sua frente, sendo que a mesma riu aparentemente do meu cabelo, que eu comecei a balançar de um lado pro outro respingando nela.

— Ao que devo à descrença de tê-la como minha companhia essa tarde, madame?

— Me ensina a fazer aquela coisa?

— Que coisa? — perguntei confuso.

— Aquela coisa que você fez com o arco hoje cedo. Sabe, acho que deve ser maneiro se fingir de arqueiro por um dia, ou sei lá.

— Você vai ficar uma graça como arqueira, pirralha.

— Eu não sou pirralha.

— Sim, você é uma pirralhinha mimizenta. É mais nova que eu, mais baixa, mais magrela, mais irritante e mais louca, de fato.

Aproximei nossos rostos, só pra confirmar se ela ainda continuava com o mesmo cheiro de canela, coisa que ela dizia ser típica de sua família. Mas o que eu não esperava era que seu cheiro fosse ter esse efeito sobre mim, porque não o sentia tão perto há muitos anos.

Preciso urgentemente esfriar a cabeça.

Mergulhei a cabeça e depois dei impulso o bastante para poder sair da piscina, algo que fez com que ela me olhasse com aquele sorriso lateral com o qual ela insistia em me torturar.

— Busca a minha toalha por favor? Está ali encima da mesa.

— Não, eu sou pirralha mais pra pegar. — enrugou o nariz e contorceu a boca, fazendo uma careta estranha.

— Vai lá pegar, ou esqueceu que eu tenho que te ensinar arco e flecha?

— Você é um merdão, Solace.

— Eu também te acho gata, baby. — pisquei o olho, o que fez com que ela revirasse os olhos e fizesse uma nova careta.

Ela me jogou a toalha de longe, quase fazendo com que ela caísse na piscina.

— Vamos, Solace, eu não tenho o meu dia todo não, baby.

Coloquei a minha camiseta com pressa e a segui. Seus cabelos aloirados balançavam em sincronia com o vento, o que, na minha cabeça, era algo fascinante. Como naquelas cenas de filme, só que eu sinto algo pela a atriz.

— Cara, eu tenho que ir falar com os meus irmãos. Vem comigo? Eu sei que, se você for, eles vão deixar.

— Deixar o que?

— A sair com você.

— Está insinuando que estamos em um encontro, Wipfray?

— Não, apenas prefiro manter-me longe de você o bastante para que o meu pai não brigue comigo. Você é um cara “perigoso”, sabe? Uma má ideia, em palavras mais educadas.

— Educadas? De onde você tirou que eu sou uma má ideia? — perguntei encabulado.

— Você é o cara que toda menina sonha, mas que nenhum pai quer como sogro. Você é louco, explosivo, agressivo, amável, idiota, chato, engraçado, retardado, inteligente, frio, carinhoso e tudo mais, em apenas uma pessoa. Você é os dois extremos no meio da calmaria. Quando eu estou perto de você não sei se quero te socar ou te... — ela parou de falar corando e virando a cabeça pro outro lado.

Sorri por dentro. Será que ela realmente quer falar o que eu penso que ela quer? Será que eu ainda tenho esperanças?

Mas eu não pude falar nada porque já me encontrava na sua frente, um pouco mais perto do seu rosto do que geralmente e encarando-a com a minha melhor cara de bobo apaixonado.

— Me o que?

Olhei em seus olhos o mais profundo que consegui, as vezes variando para a sua boca, que sempre fora de uma cor avermelhada, como se estivesse implorando para que eu me aproximasse logo.

Mas tudo que ela fez foi virar a cara e encarar o chão.

— Não faz isso, Solace. Não vamos criar esperanças falsas de um futuro inexistente.

— Qual é o problema de me dar uma chance? Eu não sei mais o que fazer. Você é a primeira e a última coisa que se passa na minha mente, desde a hora que eu acordo até quando eu vou dormir. Tem noção de quantas meninas eu levei pra minha casa pensando apenas em como seria te beijar?! E ainda mais porque não importa quem seja, você é a única pessoa por quem eu vou me apaixonar. E me desculpe se eu preciso de você, mas é que você é a única que me faz mais forte.

Ela apenas mudou a direção do olhar para minha camiseta, o que faz com que eu levantasse seu queixo fazendo com que ela olhasse direto nos meus olhos.

— Sabe, a minha mãe te ama quase tanto quanto eu. — as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e o dela. De repente o clima de descontração passa para algo pesado e dolorido. — E, bem, ela brigava todas as vezes que eu falava que estava saindo com outra pessoa, porque ela sabia que a única que eu realmente queria que estivesse do meu lado é você, e não pense que é brincadeira, porque eu nutro fortes sentimentos por você desde que tínhamos sete anos, sabe? Foi por isso que eu me tornei o melhor amigo dos seus irmãos e por isso que eu nunca te abandonei. E também porque eu prometi pra minha mãe que ia cuidar de você, nem que isso me custasse a minha vaga no time de futebol, por socar a cara de um infeliz que desse encima de você. Só que eu queria poder fazer isso de perto, sabe? Ter uma motivação. E, claro, vamos considerar que...

Mas já era tarde demais pra continuar, pois sua boca estava sobre a minha. Não era exatamente um beijo bom, como daquelas coisas dos filmes, mas era aceitável. Era algo seco, com que eu apenas podia sentir que tinha algo sobre a minha boca. Mas, mesmo assim, era o melhor beijo que eu tinha recebido em toda a minha vida.

Ela abriu os olhos, acho que por ter percebido que não estava sendo uma coisa muito boa.

— É, eu acho que não é como as regras do meu irmão. — Kayt se afastou e disse.

— O que ele te disse? — murmurei.

— Ele disse que você gostava de beijar, e não de ser beijado. Mas eu só fui lembrar disso depois e tentei arrumar no que eu tinha. E, bem, saiu essa merda. Me desculpa.

— Olha, não importa como for seu beijo, sempre um vai superar o outro.

— Sério?

— Sério. Inclusive estava pensando em me candidatar pra participar dessas mudanças...

— Você é um idiota, Solace.

— Vamos, faça do seu jeito. Tenho certeza que não vou me decepcionar.

Ela foi chegando mais perto do que estávamos, me empurrando para algum lugar. Só fui notar que era a piscina quando ela me jogou lá dentro, com roupa e tudo.

Enquanto ela gargalhava sobre o meu pequeno acidente, puxei-a pela perna, beijando-a dentro da piscina mesmo. Com roupa, barba mal feita e algumas pessoas nos olhando e falando “finalmente”.

Se fosse para eu definir esse beijo com uma palavra, seria apenas urgente e com um leve gosto de menta, da minha pasta de dente, e picolé de abacaxi, o que ela julgava como o seu predileto.

Ela puxava meus cabelos enquanto eu apertava pela cintura.

A perfeita sincronia.

É, talvez, apenas talvez, mostrar a outra face do badboy pode ser uma boa coisa.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de dar a opinião de vocês sobre a nova capa XD
Outra coisa é que vocês podem me mandar MPs a vontade, porque eu estou com muito tempo livre esses dias kkkk
Espero que tenham gostado, com amor, Mayy *u*