Enemies and Lovers escrita por Mayy Chan


Capítulo 20
Meu não tão ex-namorado


Notas iniciais do capítulo

Gente, alguém aí se lembra do concurso? Eu agradeço à todas as minhas amoras que mandaram as MPs, e também aos meus amigos que me ajudaram a selecionar exatamente o que eu precisava. Nas notas finais estão o que vocês vão ganhar kk.
Se eu deixei a MP de uma de vocês sem responta, é porque eu visualizei, deixei pra responder depois e não respondi. Então, caso eu tenha feito isso, é só falar nos reviews, porque eu estava bem ocupada essas dias, mas agora eu meio que estou mais liberada dos meus afazeres.
Outra coisa, eu queria saber se vocês, minhas leitoras fofuchas, iam querer um capítulo pra contar melhor a história do Will e da Kaitlin e da Thalia e do Nico. Vai ser apenas um capítulo pequeno de 2.000 palavras em torno.
Boa leitura, beijocas, espero que gostem



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Me levantei da cama do acampamento meio zonza.

Foi quando eu sendo o cheiro inebriante do Percy.

Aí eu me lembrei de tudo o que tinha acontecido noite passada, desde os bilhetes do correio elegante até o nosso beijo no fim da noite, quando nós passamos no chalé dele, apenas pra o Jackson pegar um casaco dele pra me emprestar.

Não sei exatamente o que aconteceu ontem entre mim e Percy, e muito menos de onde eu arrumei toda aquela coragem de falar do que nós nunca mais íamos voltar, por mais que isso fosse a coisa que eu mais quisesse no mundo, naquela hora.

Na hora eu quase peguei ele pelo boné e o enchi de beijos. Era incontrolável as batidas do meu coração e a forma com que apenas ele pode fazer com que as minhas pernas ficassem completamente bambas, cheia de vontade com que ele me pagasse e pudéssemos passar o dia todo nesse lenga lenga.

Só que eu não fiz isso.

Depois de ele me beijar, dizer que realmente me amava, eu apenas falei que não íamos dar certo como um casal. Eu sou estúpida.

Tomei um banho, coloquei chinelos, um biquíni comum e uma saída de banho. Sim, eu vou nadar. Qual é o problema disso? Nenhum, na minha sincera opinião feminina e cheia de estereótipos (e claro, todos eles são interligados com Percy, o sapo dos meus sonhos).

Saí do meu chalé e fui para a área da piscina, onde estavam o time de futebol americano e algumas líderes de torcida, que na verdade não passam de “Maria-Chuteiras” com seios fartos e cérebro pequeno.

Os meus óculos escuros meio que tampavam a minha visão, mas pude notar que Percy me encarava com aqueles olhos cerúleos, algo que eu não consigo parar de amar por um segundo sequer.

Sorrio para ele, e ele sorri de volta.

Simples ato, mas algo que faz o meu coração bater mais e mais forte a cada segundo, como se apostasse corrida contra si mesmo. Aposto que meu lado esquerdo ia ganhar, porque era o mesmo ponto que Percy estava sentado do lado errado da cadeira.

Seus cabelos bagunçados, tampados por um boné; a bermuda preta; a camiseta azul e os pés descalços o faziam errado de todas as formas certas.

Cara, eu preciso de um psiquiatra, porque eu acho que estou com paixonite aguda, uma coisa sem cura que parece se alastrar por todo o meu corpo.

Vejo Thalia e ela anda do meu lado, junto com Kaitlin, a irmã estranha dos irmãos Stoll e a única não comprometida fora eu e a minha melhor amiga fã de Green Day.

Quer dizer, acho que isso não seria muito duradouro, porque com os olhares que Will manda pra ela, é bem possível que a mesma entre em um relacionamento sério bem antes da Grace, porque, já eu, não aceito nenhum ser que não seja o meu sapo asqueroso, mais conhecido como Percy Jackson, o Cabeça de Alga mais irresistível do mundo.

— Sabe quem eu acho a maior sortuda? — indagou a Wipfray com seu típico sorriso lateral.

— Quem?

— As Gardners. Não que eu seja convencida nem nada, mas os filhos do meu pai tem um charme especial, como se fosse algo sanguíneo ou sei lá. Fora que eles são completamente apaixonados por ela.

— Qual é, Kay? Sortuda é você, que além de ter aqueles dois boys magia morando com você, ainda tem um cara maravilhoso aos seus pés. — retrucou Thalia, enquanto nos sentávamos em uma mesa longe de onde ficavam os populares.

— Me desculpe, Grace, mas o Nico está caidinho é na sua. Sem querer ofender, mas ele é realmente um gato com “G” maiúsculo.

— Sinceramente, o Will consegue ser mais quente que o pai dele.

Gargalhei. É, acho que nem uma garota como a Thalia, uma feminista encubada, consegue resistir ao charme de Apolo Solace, aquele cara que consegue ultrapassar os limites permitidos da beleza. Sinceramente, ele não é nada além de irresistível.

— Não que eu esteja falando isso em segundo sentido, mas eu tenho que concordar. Ele pode até ser o meu melhor amigo, mas vamos admitir que eu não me importaria nem um pouquinho de gastar uma hora com ele. Claro, se a nossa situação atual fosse outra completamente diferente.

— Você é lesada, né garota?

— O que?

— Nunca viu o jeito que ele te olha? Acredite ou não, ele tem ciúmes até dos seus irmãos. Acho que até o Solace nota a beleza excessiva dos Stolls, principalmente da princesinha deles. — indaguei com uma cara de apaixonada.

— Não adianta, todo mundo já teve ou, pelo menos uma vez na vida, vai ter uma queda por um dos filhos de Hermes, aquele safado que tem quatro filhos de três mulheres diferentes, sendo dois deles gêmeos.

— Sabe, meu pai pelo menos assume os filhos que tem e nos mantém vivos.

— Meninas, posso me sentar aqui? — interveio Silena, com sua cara fofa e perfeita, uma coisa que devia ser altamente proibida. — Precisamos ter um papo feminino urgente.

Quando eu conheci Silena, a primeira coisa que ela me disse foi “Você precisa de um pouco de gloss”. Não sei exatamente como nos tornamos amigas, mas sei que já faz um tempo que, sempre que ela falar que “precisamos ter um papo feminino urgente”, todas a ouvimos sem reclamar uma vez sequer.

Ela é a pessoa com qual nós sabemos que podemos confiar, pelo fato de ela ser a mais experiente de todas nós em qualquer assunto que seja.

— Quem dos meninos, sem mentir, vocês acham os mais gatos?

— Eu não acredito que você nos convocou pra isso, Beauregard. — falou Thalia indignada.

— Vamos lá, é uma pesquisa importante pra mim!

Nos entreolhamos. Sabíamos que íamos aceitar, mas é sempre melhor tem a confirmação geral antes de nos arrependermos de algo, no final de tudo.

— Tudo bem, galera, eu começo. — falou minha amiga punk. — Não que eu esteja apaixonada por ele ou algo assim, mas Nico di Angelo é realmente um gato. Ele tem aqueles cabelos revoltados e sorriso misterioso, que pode deixar qualquer menina aos seus pés. Menos eu, claro. O di Angelo não tem nada haver com o estereótipo de marido que eu sonhei, aqueles do tipo badboy bonitão.

Gargalhamos da cara que ela fez ao falar, como se isso fosse uma frase profunda de um livro de poesias.

— Okay, minha vez. — disse Kaitlin. — Como eu não sou como a Grace, tenho que admitir que sim, eu sinto algo pelo Will. Quando ele está perto, é como se fosse a melhor coisa do mundo. Ele me entende e é o meu melhor amigo, sabe? Mas quando a gente se afasta, tudo o que eu consigo pensar é que tem algo errado. Ele me parece uma péssima ideia, mas é como se eu esquecesse isso. Sabe, ele é explosivo, doido, estranho, mas ainda sim eu sei que sinto algo por ele.

— Por que ele seria uma má ideia? Já olhou pro tanquinho malhado dele?! — indagou a Grace.

— Ele é o badboy, e eu a filhinha mimada do meu pai. Mas e você, Annie? Nem vem falar que não acha que o Percy é o maior gato, porque, nossa senhora!

— Eu não sou como vocês. Sim, eu sou apaixonada pelo Percy. Ele é o cara que eu, provavelmente, mais me apaixonei no mundo todo. Sabe, ele é aquele cara que está sempre do seu lado, te apoiando e falando que vai ficar tudo bem, não importa o quanto você chorar. E, cara, tudo o que eu queria agora era me debulhar em lágrimas, pois sinto que estraguei tudo com ele. Ontem estávamos juntos na dispensa, quando ele disse que me amava.

— E o que você fez? — perguntou Kaitlin.

— Nada, sabe? Eu apenas fingi...

— Ele quer falar com você. Quase esqueci o motivo de ter vindo aqui. — indagou Silena indo embora, com o seu boné cor-de-rosa.

Percy? Querendo falar comigo? Achei que ele meio que ia me odiar quando acordasse hoje, mas eu me deixei levar pela curiosidade. Droga! Ele sabia que ia me pegar assim, porque apenas ele conhece a minha curiosidade imensa.

Quando vou pra piscina e vejo que ele não está, retiro a saída de banho e mergulho nas águas mornas, que rapidamente acalmaram todos os meus músculos.

Não sou a melhor nadadora do mundo, mas, mesmo assim, sei que o maior segredo para não afogar, é apenas fechar os olhos e flutuar, como se nenhuma preocupação fosse te atingir.

E era isso que eu fazia quando senti dois braços fortes segurando a as minhas costas e puxando ao seu encontro, fazendo com que assim meu corpo se esquentasse.

Senti o cheiro de Percy misturado com protetor solar assim que meu rosto se acalentou no seu pescoço.

— Vamos sair, Annie?

— Mas eu acabei de entrar, Percy.

— Tenho que falar com você. — beijou a parte lateral da minha clavícula, enterrando o seu rosto nos meus cabelos.

— Okay.

Me desprendi dos seus braços e fui para a margem da piscina colocar minha saída de banho, que era apenas um vestidinho fresco mais curto que eu era acostumada a usar geralmente.

Quando chegamos na cozinha vazia, ele me sentou em um banco e me olhou nos olhos falando:

— Você quer me matar?

Arqueei as sobrancelhas e o olhei perplexa. O que ele estava falando?!

— Ahn?

— Você pelo menos notou a cara que aqueles caras estavam te olhando?! Era uma coisa cheia que me deixou enojado, de verdade. Nem eu, Percy Jackson, já tive a coragem de olhar pra uma menina desse jeito.

— O que você está falando, Cabeça de Alga?

— Você entendeu muito bem, Chase. Ontem de noite os meninos falaram que eu era muito sortudo porque eles achavam que eu era a única pessoa que já tinha te visto sem essa blusa de frio enorme. E, bem, hoje acho que eles também puderam dar uma boa olhada nas suas pernas, o que não foi nada agradável.

— E o que tem de especial nas minhas pernas, Percy? Elas são brancas e magras, coisa que não é nem um pouco atraente, na minha opinião.

— Você tem sim pernas, Annie. A minha sina é me contorcer de ciúmes de você, querida. É querer torcer o pescoço de cada infeliz que te olha.

— Mas eu não fico te enchendo o saco a cada garota que você sai.

— Annabeth, se liga. Eu largaria qualquer menina do mundo só pra saber que, quando estivermos mais velhos, claro, você ia estar acordando do meu lado com um sorriso radiante no rosto. Que meus filhos teriam o seu sangue.

Aquilo estava tocando o meu coração, como se algo realmente o partisse no meio. Ele simplesmente estava destroçando meu coração enquanto colava cada pedacinho do seu desastre.

Ele segurou o meu cabelo com uma mão enquanto a outra se mantinha no balcão e sussurrou no meu ouvido.

— Porque, Annie, a melhor coisa que poderia acontecer comigo é acordar do seu lado e saber que você tem o meu sobrenome. É saber que não teria problemas em te beijar qualquer hora do dia. É ver uma aliança com o meu nome no seu dedo. É poder descobrir a cada dia que eu te amo mais a cada segundo, e continuo me apaixonando por você a cada dia.

Quando me peguei chorando, já era tarde, pois senti os lábios de Percy beijarem as minhas lágrimas. Seu hálito de menta invadia as minhas narinas até que eu não resisti.

— Por que você faz isso comigo, Percy?

Chorava, o que apenas fazia com que ele continuasse beijando as minhas lágrimas, e depois de algumas passando a língua pela boca rapidamente, provavelmente por causa do gosto salgado.

— Anh?

— Sabe, eu acho que realmente gosto de você. Eu gosto quando você me beija quando acabou te fazer a barba. Eu também gosto de quando você esquece de fazer a barba e fica raspando em mim, só pra me passar raiva. E de quando nós estamos assistindo filme de romance e você fica me abraçando só pra me enfezar. E quando você segura minha mão enquanto dirige. Eu acho que te amo, sabe? Mas não acho que sejamos uma boa opção.

— Eu te amo, e você acha me ama. O que tem de errado nisso? — franziu a testa e sorriu de lado, encostando sua testa na minha.

— Você é o popular e eu a nerd. Você tem milhares de opções, e você é a minha única. E fora que eu não faço ideia do que nós somos.

— Como assim? Evoluímos de inimigos, pra namorados de mentira, pra melhores amigos, pra namorados de verdade, pra ex-namorados, e, agora espero, namorados outra vez.

— Não é isso que eu estou falando. Nós somos amantes ou inimigos? Nós vivemos pra brigar, ou vivemos para amar intensamente tudo o que se passa?

— Já deu uma olhada na Kaitlin e no Will? Conheço ambos desde pequenos, e eles conseguiam se odiar mais que nós dois em milhares de anos. Mas, cara, ele sempre era o cara que estava lá pra socar os meninos da rua que zoavam ela. Ele era o cara que socava todos, sem o menos pudor ou medo. Mas quando voltavam pra casa, ele gritava com ela e vice-versa. É amor, só que com suas formas peculiares.

— E você acha que com a gente ia dar certo?

— Lembra daquela promessa que eu te fiz naquele dia? Que ia encher de porrada qualquer infeliz que quebrasse o seu coração? Pois é, acho que eu não ia querer ter que deixar essa minha cara linda defeituosa.

Sorri e aproximei os nossos lábios, mas quando eu estava perto de beijá-lo, ele parou e falou:

— Mas, claro, temos um pequeno problema.

— O que é, Cabeça de Alga? — revirei os olhos.

— Espero que você não importe de eu também socar a cara de cada idiota que olhar outra vez pras suas pernas.

Puxei-o pela camiseta e o beijei assim mesmo.

Qual é o problema de ter o namorado como inimigo?


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Notas finais do capítulo

Os prêmios envolvem capas (profissionais) pras fanfics de você, trailers, 2 banners de capítulo, assinaturas, avaliação de ideia, sinopse e tal. Podem escolher a vontade.
Não se esqueçam de dar sua opinião sobre os episódios especiais *u*
Beijocas, tia Mayy