Enemies and Lovers escrita por Mayy Chan


Capítulo 19
Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu acho que deixei as coisas um pouco vagas no último capítulo, porque a maioria não adivinhou o que viria a seguir. Sim, eu sou muuuuuuito má. MUAHAHAHAHAHA! Brincadeirinha, porque a tia Mayy ama vocês XD
Bem, eu tenho um pedido nas notas finais, então, por favor, por favorzinho, leiam, porque quanto mais rápido eu conseguir, mais rápido sai o capítulo lá lá lá ("Chantagem?" "Presente").
Espero que gostem, e não me matem, porque eu sou legal. Mentira. Mas tanto "nada" pra fazer dá nisso, então belezinha.
Beijocas, boa leitura e espero que gostem XD



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Ontem foi, provavelmente, o dia mais louco da minha vida.

Quando ouvi Annabeth me gritar todas aquelas coisas no chalé masculino, eu meio que desliguei completamente e fiquei parado igual um retardado sem conseguir raciocinar nada. Então ela realmente se preocupada comigo? Eu era o cara por quem ela realmente quer beijar no fim do dia, mesmo sabendo que eu sou um idiota completo por nem ter ouvido o que ela tinha falado?

A única coisa que me realmente acordou do meu transe foi a voz rouca do Nico.

— Corre, idiota.

E foi o que eu fiz, mesmo que eu quisesse socar o Luke até a merda do nariz dele enterrar naquela cara de idiota e encher o Will de chutes por ter abraçado a minha garota daquela forma.

Sim, não interessa se eu estou separado ou não da Annie, eu ainda consigo morrer de ciúmes dela até de longe. E isso bem que ajudou na raiva pra socar a cara do infeliz do Luke.

As palavras dele nunca iam sair da minha cabeça.

“Você realmente acha que a loirinha idiota vale alguma coisa? Ela é apenas uma perda de tempo, ou no máximo um bom passatempo pra alguns que não experimentaram coisa melhor. Aqueles cabelos loiros e olhos cinzentos podem até chamar a atenção por alguns minutos, mas aquele corpinho de criancinha de dois anos dela é realmente uma coisa nojenta. E aquelas roupinhas pra pessoas de sete anos tamanho PP só completam o visual infantil dela. Admito que só fiquei com ela porque queria saber o que ela tinha que tanto de chamava atenção. Mas depois de desaprovar, pode ficar com a sua biscatezinha...”

Desde o primeiro idiota dele eu estava me controlando para não socar aquela cara de idiota dele, mas depois que ele chamou ela de “biscate”, eu simplesmente explodi em mil e um pedaços de puro ódio.

Se ela não tivesse nos separado, eu ia continuar até não ser só o nariz dele sangrando.

Quando senti aquelas mãozinhas pequenas no meu tórax e vi todo aquele cabelo loiro na feição infantil daquela menina com apenas um metro e meio, a minha força simplesmente acabou. Não sentia mais vontade de bater em ninguém e nem disposição eu tinha.

Jamais teria coragem de bater em alguém como ela, porque essa garota simplesmente me trazia uma paz que eu não sei nem descrever.

Como eu estava muito nervoso, simplesmente comecei a gritar com ela, só não sei o que.

Mas também não esqueci nenhuma palavra dela.

Onde ela iria se esconder onde ninguém mais, principalmente eu, conseguisse?

Lembro-me vagamente de ouvir Travis, um dos meio-irmãos de Luke, me falar sobre uma dispensa pequena na cozinha onde ele, em um pequeno espaço de tempo, descobrira chocolate.

Só pode ser lá, porque aposto que eu morreria asfixiado num lugar daqueles se estivesse sozinho.

Quando cheguei no lugar citado, comecei a gritar seu nome e em resposta recebi um barulho enorme de coisas caindo.

Abri a porta e encontrei uma das piores ou melhores cenas do mundo, ainda não decidi.

Annie estava com um blusão de vaquinhas muito grande para o seu corpo perfeito, uma calça jeans clara com algumas bolinhas brancas, uma sapatinha branca, os cabelos presos em um coque muito mal feito (mesmo que eu duvide que qualquer cabelereiro profissional consiga fazer uma modelo ficar tão linda assim) e as mãos sem nenhum esmalte. Perfeita, se os seus olhos não estivessem avermelhados por causa do choro.

— É, pequena. Acho que a gente não funciona separado. — indaguei.

Só que o que eu fiz depois foi, definitivamente, bem mais interessante que falar qualquer merda.

Tomei os seus lábios em um beijo urgente, desesperado.

Não faz ideia de como senti falta daqueles lábios tímidos fazendo alguma ação sobre os meus, dos cabelos loiros na minha mão e saber que eu tenho a opção de colocar as minhas mãos no pescoço fino, ou em sua cintura.

Quando já não tinha mais ar, comecei a distribuir beijos na fina boca da minha, espero, namorada.

O que eu não esperava era que, de repente, ela simplesmente parasse de distribuir beijos. Depois de reparado, encerrei os beijos e encarei o seu rosto com uma expressão de desespero.

Valeu a pena depois que fui recompensado.

Ela pulou em meu pescoço, fazendo com eu me curvasse para conseguir retribuir e lavasse as mãos para sua cintura a levantando na minha altura. O beijo era também urgente e intenso como o outro, mas de uma forma bem mais calma, típico do beijo que eu era acostumado.

— Senti sua falta, minha nerd favorita. — falei quando ela encerrou o beijo.

— Tudo bem, tudo bem, eu sei que eu sou irresistível. Agora será que você pode parar de me provocar para eu poder cumprir o meu trabalho?

Por que eu fui me apaixonar logo por uma nerd e CDF? Cara, será que ela não pode deixar essa merda de bilhetinhos anônimos para que um infeliz declare o seu amor eterno pra uma menininha qualquer e se concentrar em um cara lindo que realmente quer beijar ela e, melhor ainda, pode fazer isso?

— Não adianta me olhar com essa cara, Percy. Eu não vou ceder ao seu charme, porque ele simplesmente não tem efeito nenhum sobre mim.

— Não tem, é?

Depois de falado, eu tirei o meu boné e cruzei os meus braços sobre o meu peitoral bem definido, assim como o resto dos meus músculos graças ao futebol americano. Não esquenta, porque eu não sou um daqueles brutamontes que chegam a ser feios. Eu sou puro charme, baby.

— Não. Agora será que você pode me dar um espaço pra eu vazar daqui e espalhar o amor no mundo? A mãe da Piper vai até ficar orgulhosa de mim.

— Só mais um beijo e eu volto com você, beleza?

— Não, Cabeça de Alga, eu preciso de... Tá bom, só um. — falou me dando um beijo tão breve que mal consegui sentir o gosto.

— Ou outro...

Segurei sua cintura e andei para trás até pressioná-la lentamente na parede, o que a surpreendeu pelo fato de eu jamais ter feito isso. Olhei para os seus olhos abertos em um tom de surpresa e pressionei meus lábios sobre os dela, esperando que ela os entreabrisse para eu poder aprofundar o beijo, coisa que rapidamente cedeu com um certo receio.

Não me lembro de tê-la beijado dessa forma antes, mas sinto feliz que seja comigo.

Sim, tudo com ela precisávamos de andar em passos mínimos, para que ela não se assustasse. Acredite em mim, é bem difícil deixar as coisas fluírem nessa lentidão deliciosa.

A melhor parte de esperar é que sempre temos como nos surpreender.

Senti suas mãos nos meus cabelos os puxando levemente ao seu encontro, assim como as minhas mãos tanto a puxavam para mim quanto a pressionavam mais e mais na parede.

Encerrei o beijo com um pouco de dificuldade, porque eu definitivamente não queria fazer isso.

Abri os olhos e encarei os olhos semiabertos de Annie, que estava com a boca levemente avermelhada e corando pra caramba.

— É melhor a gente parar com isso, Percy.

— Por que?

— Amigos não ficam se agarrando na cozinha, retardado.

— Mas eu tenho todo o direito de agarrar a minha namorada na cozinha, não tenho?

Pisquei para ela, o que fez com que a mesma abrisse um meio sorriso nos lábios enquanto se abaixava para passar por debaixo dos meus braços de uma forma estupidamente fofa e infantil.

Ela parou na minha frente, mordeu o lábio inferior e falou:

— Não sou sua namorada, Percy. Cara, você nem confiou em mim, pra começo de conversa.

— Mas, baby, você me beijou. Sabe, daquele jeito.

— Percy, pensa bem! Quantas meninas você beijou? Elas podiam ter sentido o que quer que seja o que você sentiu.

Senti uma pontada funda no coração. Então era assim que as meninas sentiam quando eu dispensava elas?

Não, o que eu sinto pela Annie é simplesmente diferente. É algo que faz com que respirar não seja necessário, apenas um detalhe. Tudo o que eu preciso é da mão dela na minha e seus lábios nos meus.

— Annie, eu te amo.

— Eu também te amo. Muito mesmo. De verdade.

Sorri pra ela e aproximei meus lábios dos seus, o que fez com que ela virasse a cara pra mim.

— Qual é o problema agora? Eu tô com bafo? — cheirei, mas meu hálito estava com o típico cheiro de menta da pasta dental que eu sou acostumado a usar.

— Não, mas é que as coisas não são assim. Você pisou na bola, nós fizemos uma trégua e nos beijamos. Passamos de namorados, pra inimigos. Mas agora somos apenas... não sei a palavra exata.

— Minha? Não interessa o que, eu só preciso que, de alguma forma, você seja apenas minha “alguma coisa”.

— Amigos.

— Qual parte do “eu te amo” você não entendeu?

— Amigos com benefícios então?

Que parte da vida de Annie que eu perdi que ela passou de nerd recatada pra amante de amizade com benefícios? Se bem que eu não me importaria nem um pouquinho em experimentar isso com ela.

— E eu posso te beijar?

— Não enquanto eu não quiser, o que eu não quero agora.

Cara, quando eu me apaixono de verdade por uma menina, ela simplesmente vem, arrebata meu mundo, e simplesmente some? Assim, como se nada tivesse a mínima importância pra ela? Quer saber, eu desisto.

Annie foi a primeira menina que eu me apaixonei e, por mim, também será a última.

Eu escolho aquela que não vem fácil. Preciso lutar por ela.

— Um beijo. Não consigo me imaginar sem te beijar por tanto tempo, então, hoje, essa noite, eu vou te beijar pra caramba. Não interessa o que houver, eu apenas preciso te beijar só essa noite. E depois fim. Acabou.

Ela me olhou duvidosa, como se estivesse fazendo uma questão de alto teor de dificuldade para si mesma.

A nossa diferença era contrastada. Primeiramente na nossa altura, logo após nas roupas e na sua quantidade. Ela usava coisas largas e confortáveis, o que fazia com que eu quase não conseguisse ver o seu corpo pequeno. Já eu não deixava muito a imaginar. Saí do quarto como estava. Boné vermelho pra trás, calça jeans escura, cabelos bagunçados, descalço e com falta de roupas que tampassem a minha parte superior corporal.

E bem, eu estava morrendo de curiosidade, da mesma forma em que ela fazia o favor de encarar o meu peitoral desnudo.

Puxei ela lentamente ao meu encontro, o que fez com que ela tivesse um leve choque de realidade e eu um térmico.

Eu saí tão rápido do quarto que mal me lembrava do frio horrível que está fazendo. Mas ela tinha o poder de me esquentar por completo.

O impressionante é que eu não a beijei. Ficamos de corpos colados em um abraço apertado e meio fraternal. Seu rosto encostava no meu peitoral me fazendo ter pequenos arrepios quando ela respirava, e a minha cabeça se mantinha no topo da sua cabeça.

— Se nossa história fosse diferente, se eu fosse outra pessoa, se a situação fosse outra, eu queria me apaixonar por você. Talvez em outra vida.

Isso, de certa forma, acalentou meu coração de uma forma que eu achava possível.

— Eu amo a nossa história, amo você, e mesmo que a nossa situação não seja das melhores, eu amo estar abraçado com você aqui e agora. Estou apaixonado por você nesse momento, e espero que não seja apenas nessa vida, porque eu te amo demais pra te abandonar um dia.

E foi aí que eu recebi a minha maior recompensa do dia. Não era um beijo urgente de mais cedo. Agora era apenas um selinho breve e rápido. Lindo. Perfeito.

— Eu também te amo, meu Cabeça de Alga. Eu só não quero...

— Um desastre inevitável.

Ela sorriu. E isso valeu o meu dia.


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Notas finais do capítulo

É, eu sou má, né?
Bem, o meu pedido é o seguinte: será que vocês, boas pessoas, podem me mandar uma MP contando de casos de amor (mesmo que frustado, ou sobre aquele cara que nem sabe que você existe) de vocês, ou de algum filme/livro/música que vocês curtem? É que, eu resolvi promover um concurso entre vocês. E vai ser por ordem de MP mandada, então GO GO GO porque o tempo é curto! Me mandem qualquer dia e qualquer hora (mesmo que você esteja lendo isso uns cinco anos depois de eu postar), beleza? Assim que eu receber umas três, eu falo no blog e aqui o que é, okay?
Espero que tenham gostado!
Boa notícia: eu vou prolongar um pouco mais do que eu esperava a fic, porque ainda tem muuuita coisa pra acontecer (ideias que eu tinha esquecido mas lembrei)!
Beijocas, espero que tenham gostado, Mayy *O*
Não se esqueçam das MPs e dos reviews, okay amoras(os)?