Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Oi coisas lindas, eu estou tão feliz! Em parte por causa dos reviews, em parte pelo fato de o meu bloqueio finalmente ter dado no pé e minha criatividade ter voltado com tudo! Eu escrevi esse cap com amor, e espero que vocês gostem. Eu gostei dele, achei que ficou bom para ser o antepenúltimo cap dessa fic. Sei que a hora do fim tá chegando, mas temos tempo.
Então, comentem, favoritem, acompanhem, recomendem se quiserem, porque isso contribui não só para a minha felicidade, mas para a fic também. Ai, estou tão feliz! Amo vocês. E esse cap é todinho de vocês!
Vamos ler?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/443315/chapter/38

Narrado por Scorpius

Um ano depois

Despenteei os cabelos mais uma vez. Eu não estava mais agüentando ficar olhando para aquela droga de livro de Feitiços, tentando decorar todos aqueles feitiços chatos e que me irritavam cada vez mais.

A verdade é que eu estava com saudade da ruiva. Em períodos de prova, nesse caso a época dos N.I.E.Ms, ela geralmente adota a biblioteca como novo lar e eu, que não sou muito fã de ficar olhando para um livro por quatro horas seguidas, só pra depois pegar outro, ou seja, mais quatro horas de puro tédio, fico no meu quarto ou no Salão Comunal da Sonserina estudando (correção: tentando estudar).

Caso você não tenha entendido porcaria nenhuma, saiba que o sexto ano passou praticamente voando, e agora eu estou aqui no sétimo e último ano, tentando estudar para os N.I.E.Ms. Mas eu não reclamo muito, porque, apesar dos N.I.E.Ms, eu tenho que aproveitar o pouco tempo que ainda tenho nessa maravilhosa escola, que é o melhor lugar em que vivi. E confesso que não estou preparado para dizer adeus.

E o que mudou em relação ao ano passado? Muito, eu posso dizer. Eu e a ruiva ainda estamos juntos, é óbvio (qual é, a gente se ama e nunca vai se separar. Nossa, isso soou gay. Apague isso), e graças a Merlin. Bom, as coisas de que mais sentimos falta em relação ao ano passado são (me mato se alguém souber que falei isso) Fred e James. É isso mesmo. Foi difícil me acostumar a não ver aqueles camaradas grifinórios aprontando por aí, descabelando a tia Minnie, simplesmente agindo como verdadeiros Marotos. Eles fazem mesmo falta.

É claro que Domi e Molly foram as que mais sentiram falta deles, mas o resto do povo também penou muito para (tentar) se acostumar com a ausência daqueles dois. E Roxy e Lily tiveram que encontrar novos parceiros de marotices, mas não foi e nem vai ser a mesma coisa sem os irmãos delas. E Domi e Molly sofrem diariamente sem a presença dos namorados, mas elas sabiam que seria assim. Mas duvido que Fred ou James arranje outra namorada. Eles são tão loucos por aquelas duas tanto quanto eu sou pela ruiva. Isso eu sei que não vai mudar.

Eu continuei sendo capitão da Sonserina, e jogar contra a Grifinória ainda é algo engraçado e desafiador, mesmo que sem Fred e James. Ainda apostamos penalidades e micos sempre que nós, serpentes, jogamos contra os leões. Roxy agora é a capitã dos Grifinórios, e Domi a dos lufanos, já que o McLanche era setmantista ano passado (fala sério, ele dar o fora foi algo que me deixou muito, mas muito contente mesmo). A Grifinória ganhou a Taça de Quadribol ano passado, mas acho que esse ano é a nossa vez. Não que Roxy não seja boa capitã, porque ela é, e muito, mas esse ano nosso time está mais forte. Ainda bem, porque esse é meu último ano, e quero levar a Taça, como um bom capitão.

Quanto aos casais Weasley-Potter, tudo meio que continuou na mesma onda. Eu disse meio, já que Louis e Lucy terminaram e voltaram tantas vezes que não dá pra contar nos dedos da mão, e Hugo e Lily também tiveram seus momentos de discórdia por aí. Roxy e Alvo às vezes também se desentendiam, mas sempre faziam as pazes no final. Todos eles se amam tanto que não sabem viver uns sem os outros (e não, NÃO TORÇO PRO TIME PURPURINA DA FORÇA! A ruiva é uma prova viva disso), então estão sempre às voltas por aí. Me orgulho em dizer que eu e a ruiva nunca brigamos. Eu deixei de ser um galinha há muito tempo, já que estava meio louco por uma certa ruiva, e ela nunca foi desconfiada de mim. Também, não é pra ser. Eu só tenho olhos pra ela, como já disse pra Rose. E ela sabe disso.

Luke e Alice também nunca se desentenderam, mesmo que ela sempre fique do lado da irmã dele quando o Luke dá um ataque de irmãocídio pra cima de Amara e do Wood. Faz um tempinho já que a Amara namorava com o Marlon, mas o Luke nunca descobriu, até o mês passado. Desde então ele fica pensando em modos de matar o “idiota aproveitador de irmãs do Wood”. Mas eu acho bom que o Luke finalmente se aproximou mais da irmã (os ataques de irmãocídio dele são uma prova viva e mortal disso), e devo dizer que isso tudo foi graças à Alice. Então não há mesmo motivos para os dois se desentenderem por qualquer coisa.

Victoire e Teddy tiveram a primeira filha, Éris (o xodó de toda a família Weasley), e Vicky já está esperando o próximo, o que foi uma surpresa, já que esse outro filho não vai ser nem um ano mais novo que a irmã. Quando Rose e as primas dela veem a bebezinha loirinha e fofinha elas quase babam, e ficam paparicando Éris o tempo todo. Alvo e os primos também mimam a pequena garotinha, que deve ser prima de segundo grau dessa nossa geração, eu acho. Mas ela deve ser minha prima de nono grau, pelo menos até eu me casar com Rose (eu SEI que vou me casar com ela, é certeza isso). Mas eu sou outro que mima a bebê, eu a acho extremamente parecida com uma boneca de porcelana. Ela é fofa, e eu só não falo isso porque já disse que sou muito macho.

Mas Éris trouxe muita alegria para a família inteira, sendo a primeira bisneta de Molly e Arthur Weasley, e a primeira neta de Gui e Fleur, que são novos demais para serem avós (eles têm o quê, trinta e nove anos?), mas que mimam a criança além da conta.

Tá, mas voltando aqui pro mundo de Hogwarts, a galera que estuda no quinto ano (no caso, Hugo, Louis, Lucy e Lily) também está penando pra estudar, já que eles vão ter que enfrentar os N.O.Ms. Então tá todo mundo tendo que enfiar a cabeça em um livro. E não tá dando certo tentar fugir, já que a ruiva fica pegando no pé de todo mundo e tentando nos arrastar para a biblioteca. Mas hoje eu dei uma escapada. Sério, eu amo a ruiva mais que a minha própria vida, mas não vou passar OITO horas seguidas na biblioteca! Teve uma vez que eu fiquei, por causa da carinha de cachorrinho pidão dela, mas me arrependi amargamente, já que as minhas costas quase foram pro brejo, sem falar que Rose não me deixou tirar nem uma mísera sonequinha com a cabeça ma mesa. Ela batia nessa pessoa linda, maravilhosa e loira (e nada gay!) com um livro toda vez que essa pessoa linda, maravilhosa e loira em questão (que sou eu, óbvio!) se atrevia a fechar os olhos. A ruiva pode ser um doce às vezes, tanto quanto pode ser esquentada (uma alusão nada óbvia a ela ser ruiva) e ter uma mão forte pra caramba. Mas ainda assim eu amo aquela coisa ruiva irritante. E sempre vou amar (argh, alguém aí já deve ter pegado uma baita duma diabetes com tanta água com açúcar, mas dane-se).

–Scorpius, ainda tá aí, cara?-a voz de Alvo me despertou de minhas divagações.

Olhei para o Potter do meio, que tinha os olhos voltados para o livro aberto que repousava no meu colo. Com aborrecimento, percebi que ainda estava parado naquele capítulo que já devo ter lido umas sete vezes até agora. Tô falando, eu li tudo aquilo, mas aquilo não entrou na minha cabeça de verdade.

–Você está aí a o quê? Duas horas?-Alvo continuou.

–Um pouco mais que isso. –fiz uma careta. –Mas ainda assim é melhor do que passar oito horas na biblioteca por dia.

–Só não deixa a ruiva saber disso!-ele riu e se sentou na poltrona verde na frente do sofá onde eu estava sentado. –A Rox me disse que Rose estava tentando arrastar ela e Alice à força para a biblioteca.

–Melhor elas do que eu. –dei um sorriso amarelo.

–Sei. –ele sorriu, mas depois sua cara ficou séria. – Nossa formatura já é mês que vem. Vou sentir muita falta daqui. Já te ocorreu que nós talvez nunca possamos voltar?

Suspirei pesadamente. É, já me ocorreu sim. Mas Hogwarts estará sempre com as portas abertas para todos que a buscarem. E eu nunca poderei me esquecer do lugar que eu mais amo, o lugar em que eu me encontrei aos onze anos, o lugar em que fiz amigos, o lugar em descobri a magia, o lugar em que eu tive os melhores momentos da vida, o lugar em que me apaixonei. O lugar em que vivi.

Então, como esquecer isso? Não dá, e eu com certeza nunca darei as costas para este lugar. Nunca.

–Tenho certeza de que voltaremos, Al. Muitas e muitas vezes, quando nossos filhos aprontarem e a tia Minnie (que com certeza estará viva ainda, eu espero) provavelmente vai nos chamar para cá.

–Tão cedo pensando em filhos, Scorpius?-ele deu um sorriso malicioso.

A verdade é que eu e a ruiva, bem... Nós já tivemos aqueles momentos, se é que eu posso chamá-los assim. Os melhores momentos de toda a minha vida, devo acrescentar. Os momentos em que não apenas nossos corpos se conectaram, mas as almas também. Duvido que já vivenciei coisa melhor.

–É, ué. –dei de ombros, com um sorrisinho zombeteiro. –Vai me dizer que nunca pensou em ter filhos com a “Rox”?

Agora foi a minha vez de dar um sorriso malicioso e Alvo corou. E corou bonito.

–Ah, você sabe como é, né?-a pele dele conseguiu atingir incríveis tons de vermelho em poucos segundos. E eu achando que a Rose era campeã do “modo pimenta”.

–Você e Roxanne já... -franzi a testa em uma clara pergunta.

Ele ficou roxo de vergonha dessa vez.

–Nós... Er, nós... Nós... -as palavras saíam atropeladas, e tudo já estava claro como água para mim.

–Já tenho minha resposta. –eu sorri e ele apenas deu um sorriso constrangido. Qual é, eu sou um dos dois melhores amigos dele, tenho o dever de perguntar uma coisa dessas pra ele!

Eu e ruiva também perdemos a virgindade aos dezessete. Ela ficou surpresa ao saber que eu ainda era antes da gente colocar tudo a perder na Sala Precisa, mas ficou feliz. Porque eu seria apenas dela, assim como ela seria apenas minha. E lá vem outra dose de açúcar... Mas tô pouco ligando!

–Tá, ignorando esse papinho constrangedor que rolou aqui... –a cor dele voltou ao normal. –Tá quase na hora do jantar, eu vim aqui para te chamar.

Praticamente pulei do sofá, contente por me livrar da chatice que era estudar.

–Mas devo te avisar que você vai ter que alcançar a proeza que seria tirar a Rose da biblioteca antes de ir para o Salão Principal. –ele sorriu de canto. –Porque Rox e Alice não conseguiram, então sobrou para você, colega.

Fiz um muxoxo de irritação. Vai ser impossível tirar aquela ruiva centrada de lá. Eu vou ter que, literalmente, arrastá-la de lá.

–Vai lá, cara. –Alvo fez um gesto positivo com uma das mãos. –Você consegue!

Suspirei de novo e me encaminhei para a saída do Salão Comunal.

E lá vamos nós. Quer dizer, e lá vou eu.

***

–Ruiva?-chamei uma pessoa conhecida que se esforçava para tirar um livro de uma prateleira que era mais alta que ela.

Ele se virou, não aparentando muita surpresa (só eu de macho chamo ela de ruiva. Na verdade sou só eu mesmo, macho ou não. Mas eu sou macho e ponto!). Mas a carranca aborrecida dela se converteu em um meio sorriso, que eu rapidamente retribuí.

–Oi, Malfoy, você por aqui?-ela resolveu curtir um pouco com a minha linda cara. –Onde é o incêndio? No seu quarto? Só pode ser, porque outro motivo você daria o ar da sua graça bem aqui?-ela riu.

Revirei os olhos e fui para perto dela, prensando ela contra a estante. Na hora o risinho dela morreu, mas ela continuou sustentando um lindo sorriso. Minhas mãos agarraram a cintura dela e ela colocou as dela contra o meu peito. Na hora uma mistura de calor e familiaridade reconfortante me atingiu, e não pude impedir um sorriso bobo e apaixonado de brotar em meus lábios.

–Talvez para tentar convencer uma ruiva muito linda a sair daqui?-sussurrei no ouvido dela e ela se arrepiou. –Conhece essa garota? Porque eu não vou sair daqui sem ela.

O sorriso dela aumentou, e ela se inclinou para um pouco mais perto de mim.

–Talvez, só talvez... –ela sussurrou de um modo sexy que me deixou com vontade de atacar aqueles lábios vermelhos. –... Eu possa te ajudar com isso. –ela mordeu o lábio inferior, e daí já não deu mais.

Puxei Rose para mais perto, acabando com a distância entre nós, e sorri enquanto nossos lábios se encontravam e aquela corrente elétrica entre nós, tão familiar, se expandiu. Nossas línguas começaram aquela dança sensual, tão conhecida, mas dessa vez o beijo ficou mais forte, desesperado. Eu a queria tanto... Toda parte dela, ela inteira. Acho que já está comprovado, cientificamente, que não posso viver sem Rose Weasley.

–AQUI NÃO!-a voz irritada da bibliotecária nos fez pular de susto. Rose ficou vermelha e eu fiquei MUITO irritado com Madame Pince pela interrupção. Qual é, ela não tem vergonha não? É feio atrapalhar os melhores momentos dos outros. Mas duvido que ela saiba disso, já que nem tem momentos felizes, a não ser que passar a vida lendo livros, sem parar, ou ficar admirando o leão-marinho (o Slughorn, é claro) à distância sejam considerados momentos felizes.

Fiz cara feia para a bibliotecária, que me olhava fula da vida, e voltei o olhar para a ruiva.

–E então? Você vai lá jantar comigo por vontade própria ou vou ter que te arrastar daqui?

–Romântico como sempre. –ela deu um sorrisinho zombeteiro.

–Mas eu sou mesmo!-protestei. Mas eu sou mesmo um cara romântico, modéstia à parte, as palavras piquenique, rosa azul e Dia dos Namorados não te lembram nada?

–Eu sei que é. –ela entrelaçou a mão na minha. –Por isso eu vou facilitar para você. Mas é só se você jantar na mesa dos leões comigo!-ela disse, em tom de desafio.

Uma cobra no meio de leões. Isso deveria culminar em tragédia, mas eu já estava acostumado a me sentar lá, assim como Luke e Alvo, só para ficar perto das nossas pessoas amadas. Mas também, eu sentava lá antes de começar a namorar a Rose, só para ficar perto da galera e para irritá-la, para ficar perto dela. E algumas coisas nunca mudam. Então, não vai ser sacrifício nenhum.

–É só isso?-levantei uma das sobrancelhas. –Porque, se depender de mim, eu sento minha vida toda para jantar em uma mesa grifinória, se isso significar que você estará do meu lado. -isso foi romântico o bastante?

A resposta estava nos olhos dela. Foi sim.

E eu vou ter mesmo que passar o resto da vida sentado em uma mesa grifinória, se fizer parte dos Weasley, já que todo mundo lá é grifinório, com apenas algumas exceções na família. Mas eu não ligo, nem mesmo se o Sr.Weasley tentar me matar todo santo dia no almoço ou jantar, quando nós formos visitá-lo. Eu não ligo mesmo. Faço qualquer coisa por Rose.

–Obrigada. –ela parecia meio emocionada.

–Pelo quê?-franzi o cenho.

–Por existir, só por isso.

Minha surpresa acabou me surpreendendo, e acho que devia estar meio idiota ou pateta sorrindo como bobo, como toda a alegria do meu coração estampada na cara, por que Rose riu.

Ia me adiantar para beijá-la com todo o amor que nutria por ela (que é muito grande), mas Madame Pince pigarreou, nos fuzilando com os olhos. Tive vontade de mostrar a língua para ela, mas acho que minha educação (e não a minha modéstia) falou mais alto, porque desisti, apenas fiz outra careta para a bibliotecária chata e estraga-prazeres.

Me virei para Rose e ela parecia achar graça de tudo. Mas eu também sou grato a ela, por simplesmente respirar. Acho que não é brincadeira nenhuma quando digo que ela é o ar que eu respiro. Porque dependo mesmo dela para viver.

–Te amo, Rose. –agarrei a cintura dela novamente, mas sem agarrá-la pra valer, pra Madame Pince não me matar jogando livros em mim.

–Também te amo, doninha. –ela colocou as mãos no meu pescoço. Me senti quente na hora, só de encarar os olhos azuis brilhantes. –E sempre vou amar.

Dei um sorriso largo. Então acho que você sabe como eu me sinto, Rose. Porque eu também vou amá-la, e “para sempre” vai ser um tempo muito curto para mim. Porque eu realmente quero passar todo o tempo do mundo com ela. Sempre.

–Também te amarei. Sempre.

–Sempre. –ela concordou, os olhos transbordando de alegria e amor.

Então, sem nos importarmos com a bibliotecária ou com qualquer outra coisa, nos beijamos apaixonadamente.

Um beijo que perduraria para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Falling in Love é de vocês, mas gostaria que me dessem a honra do seus comentários. Não vivo sem eles, mas sim com eles. Amo vocês, e até o próximo!