Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, queridos, como estão? Valeu pelos reviews, e desculpe pela demora em postar, é que eu fui viajar, de novo, e aí depois meio que me deu um bloqueio criativo. Ah, e quero avisar que a fic só vai ter mais uns dois caps e um epílogo. É isso aí, ela já está praticamente no fim, mas ainda não acabou!
Vamos ler?



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As luzes incandescentes refletidas no teto da barraca me assustaram um pouco no começo, de tão brilhantes que chegavam a cegar, mas uns segundos depois eu já estava acostumada.

Eu não conseguia me acostumar era com a quantidade de pessoas presentes nessa festa. Parecia que todos os bruxos no mundo estavam aqui, só curtindo a festa de casamento de Victoire e Teddy Lupin.

Só pra dar uma ideia, até o ministro da magia estava presente. Quim Shacklebolt deu os parabéns aos noivos, com aquelas vestes esquisitas e um chapéu que nem de longe lembrava um de bruxo. Mas uma bruxa baixinha, de cabelos crespos e sorridente, que eu não faço ideia de quem seja, se apressou para dar os parabéns logo em seguida.

Uma moça loira, de uns cinqüenta anos, com uma cara estranha, óculos esquisitos, cabelos loiros e enrolados, unhas vermelhas enormes e uma pena embaixo do braço, praticamente se jogou na noiva, falando tão apressadamente que duvido que ela mesma entendesse. Apertou a bochecha dos dois, que fizeram caretas, e saiu praticamente rebolando em cima dos saltos altos e vermelhos. Essa era Rita Skeeter, imagino.

Uma velha senhora, acho que com muito mais de cem anos (não estou brincando, não!), de calos ruivos e grisalhos, cara enrugada e não muito simpática, também deu os parabéns aos novos casados mas, do jeito que disse, parecia que mais tava desejando é que eles pegassem alguma doença terrível, com aquela cara de velha ranzinza e super assustadora.

Fiquei sem saber quem era essa figura até o tio George grunhir “A morcega velha chegou” para o meu pai, e ele arregalar os olhos, em pânico. Meu pai meio que se escondeu atrás da minha mãe, murmurando “Tia Muriel”, o que fez a minha mãe entender tudo. E eu também. Já ouvi falar dessa senhora. Ela é tipo o pior pesadelo dessa família, e parece que (segundo tio George) não morre nunca, para a infelicidade de muitos aqui da família (não somos exagerados nem maus não, mas é que você não viu a velha!). O vampiro do sótão é a criatura mais linda e simpática perto dessa Muriel. E olha que essa velha deve ser alguma tia distante minha, mas graças a Deus não me notou no meio da multidão, e não sou eu que vou lá me apresentar para ela. Não mesmo.

Vi pessoas de quem já tinha ouvido falar mas que nunca tinha conhecido até hoje, como Olívio Wood, que veio acompanhado da esposa e do filho Marlon, Dino Thomas, que veio com a esposa Padma e com os filhos Rinus (o cara do megafone, pior pesadelo da tia Minnie, lembra dele?) e Daphne (pior inimiga da Lily, já que o Hugo costumava paquerar essa aí), Simas Finnigan que veio com a esposa Parvati e a filha Khloé (namorada do Rinus, acho), Xenofílio Lovegood (avô da Alice), Pansy Parkinson (quem convidou essa aí? Pela cara da minha mãe, não foi ela!), que veio com Polaris e (infelizmente) Penélope “Sou Vaca” Parkinson, Blásio Zabini (esse não sei porque diabos veio, se ele não é muito fã de Weasleys) com Luke (a Alice ganhou o dia com isso!) e Amara. Também conheci os Nott, que são sonserinos sangues-puros mas, surpreendentemente, são até legais, e não arrogantes. Acho que é porque são parentes de Scorpius. Eles são o casal Daphne e Theo, e os filhos Cameron e Zoe. Malfoy que me disse (o Scorpius, não o pai dele. Deixa pra lá).

Falando em Malfoy, o Sr.Malfoy estava mesmo aqui. Ele trouxe até a mãe, uma senhora loira com uma cara quase mais estranha que a da Skeeter, e que inclinava o nariz como se sentisse algum fedor. Mas acho que isso era arrogância, acho. Tipo, só acho. Mas essa senhora até parecia meio doida, ficava pondo umas coisinhas coloridas na boca a cada cinco minutos, e imagino que aquilo não era Tic-Tac. Astória foi para o lado do marido, depois de cumprimentar os noivos, e vi que o Sr.Malfoy ficou beeeeem mais feliz com isso (não deve ser muito divertido ficar sozinho de babá da mãe dele. Ou vai ver que ele fica mais feliz com a esposa por perto. Talvez os dois).

Pra quem achou que me pai ia dar um ataque ao avistar o Sr.M, parabéns, você acabou de ganhar dez mil sapinhos na loteria dos bruxos!

A cara de Rony Weasley primeiro ficou com uma expressão meio incrédula, como se ele não acreditasse no que via, e depois ficou vermelha e furiosa. Mina mãe olhou para onde ele estava olhando e suspirou pesadamente. E é claro que o Sr.M não ia perder uma chance de tentar sair no braço com o “Ruço” preferido dele, então é claro que foi lá cumprimentar (correção: irritar) meu pai. Eu e Scorpius, que na hora estávamos perto dos meus pais, vimos os outros Malfoy se aproximarem com apreensão. Bom, o loiro estava apreensivo, eu é que sou eu mesma estava quase roendo as unhas (eu disse “quase”. Se eu roesse, todo o trabalho de Nicky iria por água abaixo e ela provavelmente iria atirar com uma bazuca trouxa em mim, já que isso não deve ser considerado crime no mundo bruxo. Infelizmente).

Depois de esperar o que pareceram séculos, eles finalmente chegaram. Asty estava com uma expressão praticamente igual à da minha mãe, que seria aborrecimento pelo que iria vir, e Narcisa Malfoy parecia meio alheia de tudo depois do décimo quarto “Tic-Tac” (e não, eu não contei. Tá, eu contei, mas e daí?), mas o Sr.M parecia até meio feliz (ele deve sentir saudade das brigas com o papi), e meio intimidador também, mas não para o meu pai.

–Weasley. –Draco Malfoy disse quando chegou.

–Malfoy. –meu pai grunhiu, meio roxo.

–Fico feliz em saber que meu filho conseguiu ficar inteiro depois de duas semanas aqui. –ele sorria perigosamente, mas os olhos cinzentos faiscavam de raiva.

–Isso não foi graças a mim. –meu pai disse, ainda colérico. –Se dependesse de mim, seu filhote, a doninha loira e quicante 2, já estaria morando em um caixão faz tempo. –eu, Astória e minha mãe reviramos os olhos nessa parte e Scorp franziu o cenho, não aparentando muito medo. O Sr.Malfoy também não ficou surpreso.

–Sei, sei. –o Sr.M continuou sorrindo. Eu considero esse cara muito mais perigoso que o meu pai com ódio, já que esse loiro não demonstrava muito raiva, apenas os olhos dele conseguem denunciá-lo. Ele era mais contido, frio e calculista. Meu pai não, ele explodia mesmo, mas não causava tanto medo quanto o Malfoy maior. –Você deve estar bem chateado porque seus alguns de seus netos terão o meu sobrenome, não o seu. –ele aumentou um pouco o sorriso perigoso.

Meu pai abriu a boca, provavelmente para gritar alguma coisa, vermelho como estava, mas minha mãe cortou:

–É um prazer revê-lo de novo, Draco. –só que não, né, mãe?-Agora, se nos dão licença, vamos voltar para cumprimentar os outros convidados. Até mais, Asty, Narcisa. –Asty deu um sorrisinho, mas Narcisa estava engolindo o décimo quinto “Tic-Tac”. –Querido?-minha mãe se virou para o meu pai, que ainda encarava Draco Malfoy furioso, e começou a puxá-lo, até ele finalmente quebrar o contato visual com a “doninha 1”.

–Você não deveria ter feito isso, Draco. –Asty lançou um olhar reprovador para o marido. –Lembre-se, somos convidados do noivo. Vamos nos comportar como tais. –o Sr.Malfoy sustentou o olhar da esposa sério, mas deu um sorrisinho para ela no final. Astória bufou, e deixou ser conduzida pelo loiro até a mesa de bebidas mais próxima.

Deu para perceber que, nesse tempo todo, eu e Scorp parecíamos parte da decoração? Ninguém notou nós dois no meio da quase briga de meu pai e do meu sogrão.

–Vixe, perdemos a vovó. –Scorpius gemeu, olhando para trás. Também não vi mais Narcisa Malfoy, mas não estava exatamente triste por isso. Qual é, a coisa mais divertida que aquela lá já deve ter feito foi colocar mais de um “Tic-Tac” por vez na boca. –Espero que ela não tenha ido beber Fogo - Vivo. Isso e comprimidos não combinam, e não quero ver a vovó dançando em cima de algum balcão. –Argh, nem eu. Ia ser engraçado, mas eu ficaria traumatizada, de algum jeito. Então não, obrigada.

Vislumbrei meus primos sentados em uma mesa agitada perto da mesa de aperitivos, e arrastei meu loiro para lá. Ih, tomara que não topemos com Muriel no caminho. Não ia ser exatamente legal.

***

–E VAI ROLAR A FESTA!-algum idiota gritou quando chegamos na mesa, provavelmente o Hugo ou o Fred.

Todos estavam lá. Fred e James viravam uma taça de Fogo - Vivo (eles até que podem, já que têm dezessete anos) ao mesmo tempo, fazendo caretas enquanto o líquido queimava as gargantas deles. Eu seu dessa parte de queimar porque já experimentei aquela droga. Não foi bom. Nada bom. Claro, a não ser que você considere bom quase morrer asfixiada, ter um ataque de tosse depois, ficar vermelha e receber tapões nas costas “à la Roxy”.

Nicky, Roxy e Molly riam de alguma coisa, provavelmente de Rita Skeeter dando em cima de um jogador de Quadribol bonitão, acho que o nome daquele lá é Vítor Krum. Mas ele tem a cara fechada, e nem nota ela, está mais ocupado olhando para a... MINHA MÃE?! Isso é muito estranho, mesmo. Ele já foi namorado ou alguma coisa assim dela no quarto ano dela em Hogwarts, mas é super estranho ver alguém olhando assim para a minha mãe, alguém que não seja o meu pai. Ainda bem que nenhum dois sequer notou o Krum, ainda bem mesmo.

Louis e Lucy estão se engolindo com a boca, assim como Hugo e Lily. Amara Zabini e Marlon Wood sussurram um pro outro, íntimos, acho que são apaixonados um pelo outro, só acho. O Luke não nota nada disso porque está mais ocupado abraçando e sorrindo para Alice, e Khloé Finnigan e Rinus Thomas também estão se pegando. Roxy está sentada no colo do Alvo, que ri do irmão e de Fred, que estão morrendo engasgados. Polaris Parkinson conversa atentamente com Daphne Thomas, e a Buldogue não está à vista. Amém!

–Ei, vocês!-Nicky sorriu para mim e Scorpius. Nos sentamos em duas cadeiras, no meio de Nicky e Hugo. –Vocês sumiram! Estávamos até preocupados aqui. A tia Muriel seqüestrou vocês ou alguma coisa assim?

–Não!-eu exclamei, apavorada só com a ideia. Scorpius riu baixinho e passou o braço no meu ombro. O que obviamente resultou em uma corrente elétrica que se alastrou onde ele me tocou. Isso ainda acontece e, como eu já devo ter dito antes, sempre vai acontecer. O que é, sem dúvida nenhuma, ótimo.

***

Nós rimos, dançamos, aprontamos. Foi tudo muito divertido, ainda mais que obriguei Scorpius a dançar comigo e ele ficou meio perdido, o que eu achei muito engraçado e estranho. É difícil descobrir algo em que o Scorpius não é perfeito. Mas acho que ele ainda pode ser. Com a ajudinha de uma ruiva linda e maravilhosa (eu mesma , algum problema?) ele vai se dar bem nos passinhos. Vai por mim.

E, quando a hora da valsa finalmente chegou, Teddy e Vicky dançaram lindamente pelo salão, iluminados por holofotes coloridos. E, depois, quando outros casais se juntaram para dançar também, Scorpius me tirou para dançar, um gesto cavalheiresco, lindo e que quase me fez babar no meu loiro lindo e cavalheiro.

Mas nós dois nos saímos incrivelmente incríveis na valsa, e juro que estava quase chorando de emoção enquanto rodava e me movimentava colada com Scorp, em uma cena tão típica daqueles filmes trouxas românticos. Na boa, só não chorei por que ia estragar o momento. E porque as lágrimas me impediriam de continuar com o olhar cravado nas duas pedras preciosas azuis que eram os olhos dele, e me olhavam de volta com a mesma intensidade.

Malfoy, Malfoy. Um dia você ainda vai me matar, e só de emoção mesmo.

Mas o ponto alto da noite foi quando eu peguei o buquê. É isso mesmo que você leu. Euzinha aqui agarrei aquele buquê de rosas brancas, sem nem fazer muito esforço. Na verdade, Nicky, Lice e Roxy que me arrastaram até lá, e eu fui sem muito interesse, eu não queria me separar de Scorpius, nem por um nanosegundo que fosse. Mas o traíra não moveu um dedo quando as três me arrastaram até onde Victoire jogaria o buquê, ele até riu da minha cara de assassina. Maldito seja. Odeio você, doninha 2. Só que não, é claro!

E a coisa branca praticamente voou na minha cara de pateta, que peguei aquilo totalmente surpresa. Mas eu não esfreguei que tinha pegado o buquê na cara de ninguém não. Eu estava ocupada demais olhando para outra coisa.

Uma coisa alta, loira, de olhos azuis e sorridente. Que me olhava como se eu fosse a pessoa mais importante no mundo. E eu não duvido nada disso. Não da parte de eu ser a pessoa mais importante do mundo (eu sempre soube que talvez não fosse), mas de eu ser a pessoa mais importante do mundo para ele. Para Scorpius Hyperion Malfoy.

***

O loiro sorriu mais uma vez para mim enquanto caminhávamos pelo jardim. A festa ainda não tinha acabado, e dava para ouvir o som alto e ensurdecedor que vinha da barraca. Eu não estava com cabeça para muito barulho, eu não estava muito a fim de ficar surda, assim como ele, então saímos para uma caminhada noturna e romântica.

–Parabéns pelo buquê-ele deu um sorrisinho.

–Ah, obrigada. –eu fiz uma careta. Deixei aquele buquê nem sei aonde, e acho que Rita Skeeter roubou. Tipo, só desconfio.

–Você não estava desesperada como todo o resto das mulheres que tentaram agarrá-lo.

–Não. –eu concordei.

–Você é diferente das demais. –ele bagunçou um pouco o cabelo.

–Isso é ruim?-franzi o cenho.

–Claro que não!-Ele voltou a sorrir-. Acho isso ótimo. Você é única, e é por isso que sou apaixonado por você. -e entrelaçou a mão dele na minha.

Dei um sorrisinho tímido. Ele ainda me deixa sem jeito quando fala isso. E quase derretendo por dentro, é claro. Mas é sempre bom ouvir isso. É claro que agora eu não vou começar a chorar de emoção como daquela vez que ele disse que me amava pela primeira vez, mas algo ainda transborda de alegria aqui dentro. E meu coração ainda grita. Por Scorpius. Sempre será por ele.

–Acho que pegar aquilo é meio que uma futilidade. –balancei um pouco a cabeça.

–Mas não dizem que a mulher que pega “aquilo” tem mais chances de se casar mais cedo?-ele franziu a testa.

–É o que dizem. –dei um sorriso maroto. –Mas acho que esse negócio de casamento comigo já está garantido.

Os olhos dele brilharam. Então nós dois apenas nos sentamos na grama macia e verde, ouvindo a barulheira próxima, mas contentes. Porque tínhamos um ao outro.

E, na hora que os fogos de artifício finalmente estouraram no céu, ele e eu assistimos tudo, abraçados e sorridentes. Porque éramos um do outro.


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Notas finais do capítulo

Não ficou chato demais, ficou? É que eu estava mesmo sem inspiração, mas os próximos melhorarão. Comentem, please!



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