Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Heeey, amores, como vão? Primeiro, quero desejar a todos um Feliz Natal, que seja ótimo para todos, vocês merecem. E em segundo lugar, quero agradecer à lindona da Gina Wood Valdez, pela linda recomendação, quando vi o que Gina escreveu pulei muito estilo Roxy, acho que assustei algumas pessoas por aqui. Mas não ligo, sou Miss Exagero mesmo. Valeu pelos reviews, juro que li todos, mas é que eu respondo com novos caps divertidos que eu sei que vocês, meus queridos, amam!
Bora ler?



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Narrado por Scorpius

Apertei a campainha daquela casa alta, mas extremamente torta, que era a Toca. Mas eu aprendi a gostar de verdade dessa casa, pelo fato de eu sempre passar uns dias aqui nas férias (é claro que o Sr.Weasley não gosta nadinha, isso é obviamente óbvio).

Eu estava com a minha mochila, que pesava em um dos meus ombros, e que fora cuidadosamente “vistoriada” pela minha mãe, que queria ter certeza que eu não ia passar frio ou sei lá (isso é mãezice, não sou eu que vou algum dia conseguir entender as mães). Cheguei até aqui pelo Nôitibus Andante, já que meu querido pai não quis me dar uma carona, porque para isso teria que chegar perto do “covil do Ruço” (palavras dele, não minhas), e olha que tive que andar um bom pedaço de caminho, já que a Toca não fica exatamente na área de cobertura do Nôitibus.

Já faz umas duas horas que me despedi de meus pais, e minha mãe relutantemente me deixou ficar duas semanas na Toca, e não uma, como previsto, já que eu quero muito comparecer ao casamento de Vicky e Teddy (ele é tipo meu primo, de sétimo grau, ué!). Meu tio Theo e minha tia Daphne, bem como meus primos Cam e Zoe e minha avó Cissa, também compareceram à “minha despedida”. Acho que dessa vez minha mãe exagerou. Eu só vou passar duas semanas na Toca, e não ir pra guerra (meu pai disse que é a mesma coisa só por causa do Ru... Sr.Weasley), mas as mães sempre serão as mães, não adianta.

Theodorus Nott é meu tio porque se casou com minha tia Daphne (Grengrass), irmã da minha mãe, e os dois são pais de meus únicos primos de primeiro grau: Cameron e Zoe, que são gêmeos e estão no sétimo ano de Hogwarts, e são da Casa Sonserina. Nenhum deles está no time de Quadribol sonserino porque não curtem muito o esporte, mas somos bem próximos, não apenas por causa do parentesco, é mais pela amizade mesmo.

Minha avó Narcisa ainda estava meio dopada por causa dos comprimidos trouxas, segundo minha mãe ela não reagiu muito bem ao saber que estou namorando uma menina que não é sangue-puro (para vó Cissa isso tem muita importância, mas eu tô me lixando para isso), mas conseguiu quase me matar de tantos beijos e abraços e tudo o mais.

Antes de eu partir minha mãe deu um ataque de mamicídio para cima de mim, mas eu, com muita sorte, consegui desgrudá-la de mim. Depois meu pai me deu boa sorte e disse para eu não me preocupar, que, se eu morresse, ele já saberia com quem acertar as contas (dá pra ver como o meu pai se preocupa comigo, não?).

Agora aqui estou eu, pronto para enfrentar o quer que seja. Ainda que para mim isso não seja lá muito preocupante (eu já enfrentei coisas piores, tipo uma ruiva muuuuito irritada, então é nóis!), mas, de qualquer jeito, nem morto que abro mão da ruiva (viu, Sr.Weasley? Me matar não vai adiantar merda nenhuma!). Na verdade, eu estou com medo de ficar surdo, não sem alma.

A porta se abriu com um rangido e a cara sorridente e sardenta de Lily apareceu, para minha sorte (não era Rony Weasley) ou não (não era a minha ruiva).

–Ei, Scorpius!-ela saltitou estilo Roxanne Weasley e pegou minha mão, me puxando para dentro com uma força desnecessária e eu quase tropecei no degrau que levava à sala pequena, mas aconchegante, dos Weasley. Sofás, mesinhas e uma TV de tela plana estavam à vista, e um relógio interessante que tinha uma foto de cada Weasley e que indicava “PERIGO”, “PRESENTE”, “TRABALHO”, “ESCOLA”, dentre outras coisas. O ponteiro de Rose e de todo o resto indicava “PRESENTE”, já que eles estavam aqui na Toca, mas tinha um ponteiro que estava caído, e que não indicava nada. Esse era de Fred Weasley... I.

Já ouvi falar desse Fred, ele foi consagrado como um dos heróis da última Guerra Bruxa, na derrota definitiva de Voldemort, aquele careca albino e ofídico de vestido preto. Foi uma grande perda para os Weasley e para todo o mundo bruxo, segundo dizem, e ele, juntamente com o sogrão de Alvo, o George Weasley, criaram a franquia de lojas Gemialidades Weasley, como todos sabem.

–Onde está todo mundo?-levantei uma sobrancelha para a mini-ruiva e ela deu uma risadinha.

–Os adultos estão na cozinha e a galera está na sala aqui do lado.

Franzi o cenho.

–E por que tá tudo tão quieto?-fala sério, dá pra ouvir a respiração de um mosquito nesse silêncio mortal.

–Ah. –ela fez uma careta. –Tá todo mundo meio que em choque, sabe? Esperando você para a novela mexicana.

–Eles vão assistir novela?

Ele riu alto e eu logo entendi. Cara, como sou burro!

–E ainda dizem que o Hugo é lerdo. –ela deu um pulinho. –Não, é que, digamos assim, que vai ter novela mexicana ao vivo assim que você e tio Rony ficarem cara a cara.

Suspirei pesadamente. Então era isso. Aqueles meus amigos do coração devem estar esperando que eu caia morto só com um olhar do Sr.Weasley. Mais votos de confiança impossível.

Segui Lily até a sala do lado e encontrei todo o povo reunido, ora no grande sofá caramelo, ora no chão, onde eles provavelmente estavam jogando Snap Explosivo. Todos se viraram pra nos olhar e pude ver diferentes emoções estampadas nos rostos deles.

Molly e Fred pararam de se engolir com a boca e me encararam com graça, assim como Domi e Potter maior. Lucy, que estava sentada no colo de Louis, me lançou um olhar de pena, mas Louis tinha um sorriso zombeteiro, assim como meu melhor amigo super (nada) prestativo e confiante Alvo Potter. Hugo prendia o riso, e Roxy não estava muito diferente, mas a ruiva... Aquilo é o que eu chamo de “pavor”. Não ela, mas o que a cara dela demonstrava.

Hoje é o dia de vamos-ver-o-Scorpius-morrer-porque-é-certeza-que-ele-vai-desta-para-melhor, só pode ser!

–Agora vai ficar tudo... Interessante. –o tapado do Potter maior deu uma risada alta.

–Só agora, é?-Lily revirou os olhos do meu lado.

–Por que, o que aconteceu?-me voltei para a mini-ruiva.

–Vamos dizer apenas que todos os meninos dessa casa vão ter uma morte lenta e dolorosa... E você está incluído nessa.

–É, você está tão ferrado quanto o resto, cara!-Alvo fez uma careta.

–Tio Rony vai se assegurar pessoalmente disso. –Roxy deu de ombros.

–A temporada de caça às doninhas está... ABERTA!-Hugo pulou do sofá.

Revirei os olhos e sentei ao lado de Rose, que me olhava com receio. Os cabelos cor de fogo estavam presos em um rabo de cavalo e ela usava short e camiseta sem mangas. Ela estava divinamente linda, como sempre (cadê a novidade?) e não pude deixar de rir da cara de medo dela.

–Pode falar, ruiva, eu tô frito, não tô?-a puxei pela cintura até ela se sentar no meu colo e colocar as mãos no meu pescoço.

–Er... Tá. –ela fez uma cara azeda e eu ri de novo.

–Não querendo dizer o óbvio, mas dizendo mesmo assim, já era para o seu pai ter se acalmado, não? Ele já sabe do nosso namoro há um tempinho.

–O fato de ele saber não o torna menos raivoso. E você estar aqui também não ajuda em nada o humor dele. –ela colocou a cabeça no meu peito e eu sorri bobamente, inalando o cheiro floral dela.

–Eu hein, vocês dois!-Fred falou. –Quanta melação!

–CALA A BOCA FRED!-eu e a ruiva dissemos em uníssono.

–Até falam igual, quanta fofura!-James e sua voz de gay fizeram todos rirem.

–Calado Jamie. –Rose mostrou o dedo do meio para o “Jamie” e o Potter maior fez cara de emburrado, só voltando ao normal com um beijo de Dominique na bochecha.

–O Jamie não gosta muito do apelido que dei com tanto carinho para ele, não é mesmo, Rosie?-Fred fez de tristeza tão cômica que me deu vontade de chorar... De rir.

–Que pena, Freddie. –ela assentiu pesadamente.

–Ele prefere viado. –Fred sorriu.

–É CERVO, FRED, C-E-R-V-O!-“viado” jogou uma almofada na cara do Fred, mas ele se desviou e a almofada acertou em cheio um vaso de flores que estava em cima da mesinha. O vaso caiu e quebrou, e James pulou do lugar para consertar com um feitiço e o colocou de volta no lugar com uma cara de inocente.

–MAS O QUE FOI ISSO?-saltei de susto com o berro da Sra.Weasley, a vó de Rose, e a mulher baixinha, roliça e com um cabelo ruivo meio grisalho surgiu na sala com uma cara brava que me deu arrepios. Deu pra notar que tenho mais medo dela do que do filho dela. Ainda bem que comigo ela é gente boa.

–SE ALGUÉM QUEBRAR MAIS ALGUMA COISA EU VOU... Olá Scorpius, querido. –ela deu um sorriso animado para mim e eu o retribui. Viu só? Gente boa, eu disse.

–Olá, Sra.Weasley.

–É vó Molly para você querido. Você é praticamente da família.

Bom, não posso chamá-la de vó Molly na frente do Ru... Rony Weasley, senão, adeus cabeça! Mas isso é só por enquanto. Um dia ela ainda vai mesmo ser minha avó.

Dei outro sorriso e senti Fred e James tossindo para não rir. Idiotas.

–Teddy e os outros já estão no campo. –ela disse, agora para todos. –Se forem jogar Quadribol, vazem daqui AGORA!

Ela deu as costas para nós, entrando por onde veio, e eu ouvi alguém gemendo “Como é delicada a vovó”, enquanto todos, inclusive eu, se levantavam para ir jogar.

Quadribol é a minha praia. E eu quero mostrar para todos os grifinórios aqui presentes (que são a maioria) que sei jogar tão bem quanto qualquer outro.

–Você sabe que o meu pai vai jogar, não sabe?-Rose grunhiu e eu a encarei.

Ela me olhava meio preocupada, como se já soubesse o que ia acontecer e eu não deixei de ficar meio apreensivo. Nas outras vezes que joguei Quadribol no amplo quintal da Toca só a geração mais jovem jogou também, contando com Teddy e Victoire. Mas os outros não tinham (ou demonstravam não ter) interesse em jogar, só algumas vezes Harry Potter jogou como apanhador em um time, mas depois não interferiu mais por sempre ganhar e cortar o barato de seus filhos Al e Lily, que eram os apanhadores, um de cada equipe.

Mas se Rony Weasley jogar... Digamos que isso vai ser sangrento.

***

O imenso quintal, que funcionava como jardim e lar de alguns gnomos de jardim, havia sido arrumado de um jeito que lembrava mesmo um campo de Quadribol, com seis aros temporários colocados nele, três de cada lado, para cada time.

Um grande grupo de pessoas estava reunido no centro do campo, e consegui vislumbrar Harry Potter com sua esposa, Ginevra, aquela auror ruiva que já foi apanhadora do time Harpias De Holyhead e também vi uma moça meio morena, que eu sabia ser Angelina Weasley, anteriormente Johnson, que já jogou como apanhadora no Falmouth Falcons, e que estava do lado de um ruivo alto e sorridente, o George Weasley. Mais três ruivos estavam presente no grupo: Gui Weasley, Carlinhos Weasley e meu carrasco e futuro sogro, Rony Weasley. Teddy, com o cabelo azul berrante, tinha um apito pendurado no pescoço, então seria o juiz. Victoire não estava à vista, e provavelmente não jogaria por estar grávida, mas ela era uma boa jogadora de Quadribol da Lufa-Lufa, me lembro dela jogando nos meus primeiros três anos em Hogwarts.

Louis, Fred, James, Alvo, Lily e Roxy, que jogariam, caminhavam ruidosamente na minha frente; eu e a ruiva íamos atrás. Domi, Molly, Lucy e Rose preferiram não participar, embora Domi jogasse bem como artilheira da Lufa-Lufa e Lucy como batedora da Corvinal. Molly e Rose não jogavam em time nenhum, e preferiam “ter os pés no chão”. Meu cunhado Hugo decidiu que faria o papel de Rinus Thomas, ou seja, ele seria o narrador.

Chegamos até onde o grupo estava e vi o Sr.Weasley cerrar os dentes e ficar com o rosto meio vermelho. Gina Potter notou isso e deu uma piscadela para mim, e Gui Weasley mandou um olhar meio irritado para James e George Weasley para o Alvo, então daí eu entendi o que tinham dito antes. Os meninos estavam tão ferrados quanto eu.

–Ok, que bom que vocês chegaram. –Teddy olhou para nós que chegamos agora. –Nós vamos fazer o seguinte: em um time teremos Lily como apanhadora, Louis e George como batedores, Rony como goleiro e James, Carlinhos e Gina como artilheiros. No outro time Alvo será o apanhador, Gui e Roxy os batedores, Angelina a goleira, e Fred, Scorpius e Harry os artilheiros. Tudo bem?

Todos os citados assentiram em concordância e eu engoli em seco ao ver o olhar malévolo que o Sr.Weasley dirigia para mim. Não sei, agora Merlin provou mesmo que me ama me colocando no time adversário ao do Sr.Weasley. Eu tenho taaaaanta sorte, não é mesmo?

Rose apertou minha mão e eu me inclinei para dar um selinho nos lábios dela, mas parei no meio do ato ao lembrar que eu já estava mesmo no topo da lista negra do Sr.Weasley, e que não precisa dar mais motivos a ele para me caçar. Então só dei um beijo na testa dela e juro que ouvi alguém rosnando. Não é preciso ter cérebro para saber que o som veio do Sr.Weasley.

Então Rose se foi, enquanto eu a observava, caminhando rapidamente para as arquibancadas, que também tinham sido colocadas. Domi, Molly e Lucy já estavam lá, sentadas perto de duas loiras, que eu reconheci como sendo Victoire e a mãe, Fleur, aquela francesa bonita que descende de veelas, e perto de uma moça alta e com um cabelo preto curto na altura do queixo, acho que Audrey Weasley. Um cara meio magricela e com óculos de aro de tartaruga sentava do outro lado da morena, e eu reconheci de cara o Percy Weasley, que não se parecia em nada com nenhuma de suas filhas. Minha sogrinha, Hermione Weasley, sentava ao lado da vó Molly e do ruivo meio gordinho e alegre, o velho Artie Weasley. Rose caminhou até eles e se sentou entre a mãe e o vô.

–Hum, Scorpius?-me voltei para o Alvo. –Você vai jogar ou só ficar olhando para a Rose mesmo?

–Acho melhor só jogar, doninha, acho mesmo. –Rony Weasley, que me encarava com fúria, chiou e montou em uma das vassouras que Teddy oferecia para todos que iriam jogar. Logo ele estava bem alto.

Revirei os olhos para Alvo, que me olhava com uma careta engraçada, e peguei uma das vassouras da mão de Teddy.

–Boa sorte, Scorpius. –Teddy disse quando peguei a vassoura. –Você vai precisar.

Voltei meu olhar para um ruivo muito irritado que me olhava nada feliz de lá de cima e gemi baixinho.

Vou mesmo precisar de sorte.


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Notas finais do capítulo

Heey, próximo cap tem jogo Scorpius x Rony, não percam! E continuem comentando!