Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!



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Cara, eu mal podia esperar para mergulhar na cama macia e quentinha do dormitório que eu dividia com Alice e Roxy. Mas, infelizmente, seriamos todos obrigados a assistir a Seleção dos primeiranistas desse ano. Mas nem reclamei muito. Eu só iria pela comida mesmo.

O salão estava ainda mais majestoso do que eu me lembrava, o céu no teto enfeitiçado brilhando mais do que nunca. Me joguei sem cerimônias ao lado de Alice na mesa grifinória e me virei para observar a seleção.

Uma meia hora comprida e tediosa depois, com uns dez novos alunos presentes na mesa, a dita cuja finalmente se encheu de comidas de todos os tipos; pães, frios, frango assado, peru, saladas, salgados, bebidas e nem sei mais o que. Na sobremesa, é claro, a coisa ficou melhor ainda. Tortas, gelatina, bolos, docinhos e tudo mais que alguém como eu tem direito. E euzinha aqui quase virei um balão de tanto que me empanturrei. É como dizem; eu e Hugo puxamos a Rony Weasley, nosso querido pai, no quesito comida.

–Rose?-Alice me chamou.

Dei um último gole no meu suco de abóbora antes de me virar para ela.

–Fala, Lice.

Ela engoliu em seco. Estranho. Ela só fazia isso quando estava nervosa ou quando tinha uma coisa muito muito muito grave mesmo para falar. E Alice não era uma pessoa muito preocupada, nem nada, ela era tranquila.

–Eu preciso falar com você depois. A sós.

Então isso excluiria Roxy. Interessante. A diva estava sentada no meio de Fred e James, bem na nossa frente, e ria de alguma coisa que James falava. Ela sempre foi muito marota, como eles. James, Fred, Roxy e Lily formavam os Novos Marotos, como se autointitulavam. E estavam sempre aprontando.

Mas, se Alice queria falar só comigo, isso significava que ela queria desabafar alguma coisa comigo, e que tinha a ver com Roxy, e não queria que a fabulosa soubesse. E olha que nós três éramos super grudadas umas nas outras, sem segredo entre nós. Isso seria bem interessante mesmo.

Olhei mais uma vez para a loira. Ela não era tão marota quanto Roxy, e nem tão responsável quanto eu (minha modéstia ataca novamente), era mais um meio-termo. Os olhos azul-escuros estavam apreensivos, e os cabelos loiros caiam em ondas pelos ombros, até a cintura, um pouco mais compridos que os meus.

Ah, e um fato interessante nos cabelos dela: os cachos nas pontas eram de um tom de azul-claro. Tudo graças a mim, claro (ó ó, sentiu essa?!).

Lembra de eu ter mencionado antes que fiquei um verão inteiro de cabelo rosa Pink? Foi culpa da Roxy, Nicky, Molly, Lucy, Lily e da Alice. E eu, como sou um espírito vingativo do mal, dei o troco em cada uma delas.

Começando pela Roxy. Aquela lá ficou com a boca preta (isso mesmo!), graças a uma bala das Gemialidades Weasley que eu dei pra ela. E não foi nem a língua, foi a boca mesmo. A Nicky, outra vagaba, ficou com a língua azul com um pó, também das Gemialidades Weasley que eu dei pra ela, colocando no suco dela. Ela e Roxy ficaram assim durante um mês. Com Molly e Lucy nem peguei tão pesado (porque elas eram filhas do tio Percy, ai!), mas vamos dizer que elas têm um treco todo ora que veem um sapo (longa história, não vou nem comentar).

Já a Lily ficou com uma tatoo no braço que dizia “EU TE AMO HUGO” durante duas semanas. É claro que ficou usando blusas de manga comprida esse tempo todo, em pleno verão, hahahaha.

Já minha querida amiga Alice ganhou umas mechas azul-claras no cabelo. E não é que a criatura gostou? Só que, como achou meio exagerado, restringiu a tinta azul ás pontas.

Eu não sou divina? Rose Weasley, sempre salvando o mundo!

Fitei-a e percebi que ela queria uma confirmação. Assenti levemente, antes de me virar novamente para o meu prato.

***

–Desembucha!-foi a primeira coisa que eu disse a ela quando nos trancamos em nosso dormitório. Nos jogamos na minha cama. A cama dela e de Roxy ficavam em frente a minha. Falando em Roxy, a doida devia estar por ai aprontando com os Novos Marotos.

Ela suspirou devagar e me lançou um meio sorriso triste.

–Eu, er, to gostando de alguém. E não, não se preocupe, não é do Malfoy!-ela acrescentou rapidamente, vendo minha expressão surpresa.

Apenas bufei quando ela falou do Malfoy. Eu estava mais surpresa com o fato de ela gostar mesmo de alguém. Ela era meio novata nesse assunto, já que o pai dela, nosso professor de Herbologia, Neville Longbottom, era meio severo quanto a isso. Mas é claro que, como toda boa amiga de Roxanne, ela já havia dado uns pegas, física e mentalmente, em alguns garotos.

–Tá. -franzi o cenho- Mas porque, pelos calções rosa de Merlin, você não queria falar isso na frente da Roxy? Não vai me dizer que tá gostando dela!-comecei a gargalhar.

Lice revirou os olhos, mas logo assumiu uma postura séria.

–Não, não é dela. Mas creio que ela não gostaria de saber quem é o garoto, então por favor, que esse assunto não saia daqui!

–Ah, qualé, você sabe como eu sou discreta!

–E como, hein. Nem parece aquela doida varrida que sai por aí gritando com a doninha loira.

–É diferente. - foi minha vez de revirar os olhos. -Ele me provoca, me irrita, me deixa louca!

–Unh, te deixa louca?-ela sorriu maliciosa.

–Ah, cala a tua boca, Alice Love Longbottom!

Love? É isso aí. A mãe dela, a doidona da Luna Lovegood, insistiu no “Love”. Só pra constar, a pamonha da Alice é fruto do primeiro casamento da tia Di-Lua com o Neville. O segundo e atual é com o Rolf Scamander, e Luna teve os gêmeos idênticos Lorcan e Lysander (aqueles deuses!), meio-irmãos da Lice. Eles são grifinórios quartanistas.

–Mas, enfim, fala logo, quem é o sortudo?-perguntei ansiosa.

Ela mordeu o lábio e enrolou uma mecha do cabelão no dedo. Respirou fundo e disse, um tanto perturbada:

–Alvo. Alvo Severo Potter.


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