Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Hey gente linda, como vai? Eu vi que tem mais gente acompanhando a fic, que comenta e favorita, e obviamente eu fico super happy com isso!
Ah, e quanto às sugestões de que os Malfoys deveriam aparecer, eles vão sim, daqui a um ou dois capítulos, então peço que sejam pacientes, meu amores!
Amo vocês e vamos ler!



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Meus olhos se enchem de lágrimas pela trigésima vez nesse dia. Não consigo deixar de pensar que fico parecendo uma pateta emotiva, mas infelizmente não consigo segurar o choro.

“Te amo como minha própria vida. Porque, na verdade, você é ela.”

Os olhos azuis radiantes pareciam tão sinceros... Como se ele não soubesse mentir. Como se eu fosse a coisa mais importante pra ele.

Se você não entendeu ainda, saiba que eu estou no meu quarto, trancada e sozinha, chorando baldes. Mas de emoção e felicidade, não de tristeza. Acho que chorei tanto que acabei assustando Alice e Roxy, que decidiram me dar privacidade. Elas bem que tentaram descobrir o que tinha de errado, mas acho que não conseguiram, já que respondi, entre lágrimas, “Não tem nada de errado. É tudo muito certo”, e voltei a soluçar alto.

“Te amo demais, Rose Weasley...”

Segurei o choro até ele me acompanhar até o quadro da Mulher Gorda. Depois, entrei já chorando no Salão Comunal, sem me importar com quem poderia ver. Porque nada mais importava a não ser o fato de que Scorpius Hyperion Malfoy me ama.

Quer dizer, eu sabia que ele sentia algo por mim, já que namorávamos há um tempinho, e ele tentava alguma coisa comigo muito antes. Mas foi só hoje que ele disse, com todas as letras, que me amava. Acho que nunca vou conseguir descrever o que eu senti quando ele se declarou. Bem, não totalmente. Saiba que me senti a pessoa mais feliz e flutuante do mundo, mas que, de tão emotiva, agora está com os olhos vermelhos.

Ele me ama. Me ama. Euzinha, Rose Weasley.

Tá, eu sei que não devia estar tão surpresa, mas não é todo dia que você vê a pessoa por quem você está apaixonada fazer uma declaração tão linda, que você nunca vai conseguir esquecer, nem se jogarem um “Obliviate” em você.

E eu também o amo tanto... Tanto que o meu peito chega a doer.

Quero passar as mãos nos cabelos macios dele, abraçá-lo forte, me encolher no peito dele, beijá-lo, ser sempre dele. Se isso não é amor nem sei o que é.

Peguei o lenço e sequei minhas lágrimas, pela milésima vez. Arrumei meus cabelos bagunçados em um rabo de cavalo e ajeitei o pijama. Funguei mais uma vez enquanto Roxy e Alice batiam na porta. Graças a Merlin hoje é domingo, então não vou ter que ir pra aula. Ainda bem, já que estou parecendo um trasgo de olhos vermelhos.

Abri a porta para as duas, que me olharam com cautela, talvez com medo de eu soltar a choradeira de novo. Alice puxou meu braço delicadamente e nós duas nos sentamos na minha cama. Ela me observava preocupada. Roxy, após trancar a porta, também se sentou em minha cama, do lado de Lice, as duas de frente pra mim.

–Rose... O que aconteceu?-Alice perguntou.

–Se isso tudo for culpa do Malfoy eu vou lá e... -Roxy se levantou da minha cama repentinamente, o rosto raivoso, mas Alice a puxou de volta.

–Não é por causa dele!-eu soltei. –Quer dizer, é sim. -suspirei pesadamente.

–O que ele fez?-os olhos de Alice eram cortantes, como lâminas. Ela provavelmente ficaria pior que Roxy se Scorpius tivesse me magoado ou alguma coisa assim.

Reprimi o choro mais uma vez. Cruzes, eu não sei por que diabos eu continuo assim. Tá, o Malfoy me ama, mas isso é bom, né? É maravilhoso, lindo, e... Deus, nem eu me aguento mais!

–Ele disse que me ama. –minha voz saiu em um fiapo.

As duas me olharam incrédulas, os olhos arregalados e as bocas meio abertas.

–Mas isso é bom... –Alice franziu a testa. –Não é?

Suspirei mais uma vez, mas dessa vez consegui dar um mísero sorriso. Não é só bom, é extraordinariamente bom.

–Sim, é. –agora eu sorria muito.

As duas relaxaram e se jogaram em cima de mim, me esmagando naqueles abraços de ursos.

–Saiam de cima de mim, suas gordas!-minha voz saiu meio estrangulada e elas se levantaram, apenas para começar a tacar travesseiros em mim.

–Tá, parou, parou!-Alice levantou os braços em rendimento depois de Roxy acertar um travesseiro bem no meio da cara dela. –Rose, você tem que ir lá jantar antes que retirem a comida. –ela me olhou seriamente. –Todos perguntaram por você, e o amor da sua vida estava preocupado, quase veio pra cá, mas a Mulher Gorda ameaçou chamar o Filch se ele tentasse entrar. Então nós falamos pra ele que faríamos você sair. Aí ele voltou pro Salão Principal. Você ficou aqui o dia todo, então não tiro a razão dele.

–Ele sabe... Sabe que eu estava chorando?-evitei olhar pras duas. Tomara que elas não tenham contado pra ele.

–Não. –foi Roxy que respondeu. –Achamos melhor ouvir de você o que é que aconteceu. Aí depois a gente matava ele. Sabe como é, vai que você ainda gostasse dele.

Soltei um risinho e sorri aliviada. Essas duas podem ser malucas, mas sabem ser fofas e super protetoras pra cima de mim quando querem. Mas é por isso que são minhas BFF.

–Tudo bem, Rosinha, agora você vai arrastar essa bunda mole até o Salão Principal, ou nós arrastamos. A escolha é sua. –Roxy sorriu marota e eu revirei os olhos.

–Tá, já vou! –retirei o pijama rapidamente. Nem sei para quê coloquei ele, já que não dormi nem nada depois do encontro com o loiro, que foi há uma doze horas. Coloquei uma blusa lilás de alcinha e uma calça jeans. Nos pés, meu All Star básico. Ainda bem que sábado e domingo não precisamos usar os uniformes.

Minha barriga roncou de fome e fiz uma careta. Não almocei hoje, só comi uns doces que a Roxy guarda aqui, então é compreensível que eu esteja com a barriga nas costas de tanta fome.

–Vocês não vêm?-ergui as sobrancelhas ao vê-las ainda sentadas na minha cama.

–Não. -Roxy se espreguiçou. –Tô meio cansada, vou dormir aqui e agora.

–Na minha cama não, sua preguiça!-resmunguei e ela mostrou a língua antes de se jogar na cama dela.

–E você, “Ally”?-sorri zombeteira. Alice jogou outro travesseiro em mim, mas se levantou para me acompanhar.

–Bom, eu vou com você até o Salão, mas Amara quer que eu ajude ela com Transfiguração. –ela disse quando saímos do Salão Comunal.

–Ela não é do quarto ano?-franzi a testa.

–É, mas tem dificuldades com a matéria. Diz que a tia Minnie não pega muito leve com ela. –ela deu de ombros.

–Ah. Tudo bem. –assenti levemente enquanto dávamos as costas para o corredor grifinório e para o retrato da Mulher Gorda.

***

Meus olhos percorreram o Salão em busca do loiro. O Salão não estava muito cheio; a maioria dos alunos jantava um pouco depois das oito da noite, assim como eu, mas tinha outros que comiam um pouco depois das nove. A comida era magicamente retirada após as nove e meia, então eu tinha uns quinze minutos.

Quando finalmente vi Scorpius, me contive pra não sair correndo e pular na cachorra da Parkinson, que tava do lado dele, praticamente se jogando nele. Ele não parecia nem aí pra ela, mas ela me irritava do mesmo jeito.

Os olhos dele encontraram os meus e ele abriu um sorriso ofuscante. Dessa vez, eu estava mais controlada, então não ia me desmanchar em lágrimas a qualquer momento. Caminhei até a mesa dele normalmente, ignorando os olhares do meu pessoal grifinório e os olhares de irritação dos sonserinos. Vão ver se eu tô na esquina e vejam se eu me importo, suas víboras nojentas.

Parei na frente do loiro e da megavaca da Parkinson e ela soltou um risinho afetado. Scorpius ainda sorria pra mim, lindo como sempre, e quase soltei um suspiro.

“Também te amo... Te amo demais, Rose Weasley...”

–Olha se não é a rata de biblioteca. –a buldogue latiu e eu voltei meu olhar pra ela.

–Desculpe, alguém latiu alguma coisa? –fiz cara de desentendida. –Ah, não, alguém deve ter peidado e foi isso que eu ouvi. Porque da sua boca só sai merda, buldogue. -alfinetei e ela rosnou. Não, sério, aquela vaca lembra um cachorro só de respirar.

–Buldogue é a mãe!-ela já estava vermelha de raiva.

–Ah, é verdade. Eu não posso comparar os pobres animais a você. Eles não merecem isso. –eu disse “inocentemente” e as cobrinhas por perto soltaram risinhos. Scorpius segurou o riso e observava a cena divertido.

–Umpf. –ela jogou os cabelos para o lado e se levantou da mesa. –Vou embora porque ninguém merece ter que ouvir você, com seu veneno.

Soltei uma gargalhada enquanto ela se virava para ir.

–Que eu me lembre, cobras é que têm veneno, não leões!-ela bufou. –E vai com Deus!-ironizei enquanto ela grunhia e saia pisando duro.

Voltei meu olhar para o loiro. Ele ainda me olhava com graça. Me sentei ao lado dele, não dando a mínima para os olhares de fúria de alguns sonserinos, e percebi que Scorpius segurava uma carta na mão.

–Quem...?-comecei, mas ele me cortou.

–Meus pais. –vendo meu olhar assombrado, ele continuou. –É, também não sei como isso é possível, mas meus pais escreveram uma resposta à aquela minha carta ainda hoje e mandaram rapidamente. Minha coruja chegou acabada aqui, mas trouxe agora a pouco pra mim.

Franzi o cenho. Tá, não acredito que isso é possível. Quer dizer, a casa dele fica meio longe daqui e até os pais dele responderem e mandarem de volta outra carta, não era preciso mais um dia, ou pelo menos mais umas horas?

–Posso ver?-perguntei pra ele e ele assentiu. Tomei a carta da mão dele enquanto ele me observava atentamente, e comecei a ler:

“Scorpius, meu filho,

Não vou dizer que essa notícia não abalou a casa, porque abalou. Seu pai levou um choque tão grande que pegou um daqueles comprimidos da sua vó e quase morreu engasgado; acho que ele não conseguiu engoli-lo muito bem. Sua coruja chegou rápido pra cá, e achei que era bom responder rápido pra você antes que seu pai resolvesse ir até aí e fazer alguma coisa estúpida, então aqui escrevo pra você.

Seu pai teve uns ataques e deu uns gritos aí que quase mataram a mãe dele de susto, e nós duas lutamos pra colocar ele quietinho no sofá, enquanto ele berrava umas coisas como “SE EU MATO O RUÇO”, alguma coisa assim. Pra falar a verdade, Hermione já tinha me contado do namoro de você e da Rosalie, então não me surpreendeu muito a sua carta, eu já até estava escrevendo uma outra, mas achei melhor responder essa sua.

Você não vai ficar surpreso ao saber que seu pai não aprova, não é? Mas não se preocupe, eu aprovo, e o Draco vai acabar recuperando a razão. É que ele ainda não está acostumado com a ideia de ter um Weasley na família, mais isso passa. Foi uma notícia e tanto pra ele, eu estava esperando você contar pra ele, então não disse nada do que Hermione me falou.

Seu pai já está se acalmando aos poucos, fique tranqüilo. Eu fiquei tão contente quando soube dessa notícia! Mas você sabe que eu sempre dizia que você e Rose Weasley terminariam juntos, então pra mim a surpresa não foi tão grande. Mas estou muito feliz, de verdade, e com saudades de meu filhinho lindo. Daqui a umas três semanas você vai ter aquele mês de férias, certo? Porque você não traz Rose para que eu e Draco possamos conhecê-la? Estou ansiosa para isso. Ah, e traga Alvo e Lucian porque estou com saudades deles também.

Amo você de todo coração e estou ansiosa pra te ver!

De sua querida mãe,

Astória Malfoy

O.B.S: Nem precisei tirar aquele remédio da sua vó, já que ela estava mais ocupada tentando tirá-lo do seu pai.”

Tirei os olhos do papel, dando uma risadinha. Agora sei de quem o Scorpius herdou aquele senso de humor.

O loiro me olhava esperançoso, e só entendi quando ele perguntou:

–E aí? Você vai?

Assenti levemente. Eu também estava ansiosa para conhecer minha “sogrinha”, e agora estava mais tranquila, já que o Sr.Malfoy estava mais calmo. Pelo menos ele não vai jogar um feitiço em mim ou alguma coisa assim quando eu conhecê-lo. Pelo menos é isso que eu espero.

–Sua mãe parece legal. –eu sorri.

–Ah, ela é sim. –ele sorriu também. –E, como eu disse, já gosta de você sem nem te conhecer pessoalmente.

Concordei com um gesto e comecei a colocar comida no meu prato, antes que ela sumisse. Essa era a primeira vez que eu me permitia comer na mesa Sonserina, e até agora não azarei ninguém, então até que estou calma hoje.

–Ah, Scorpius?-chamei o loiro que ainda me olhava com um sorriso, antes de eu atacar a comida.

–Fala, ruiva.

–A próxima vez que eu te ver perto da Parkinson eu estuporo os dois, estamos entendidos?-eu disse “angelicalmente” e ele fez uma careta.

–Tá. –ele riu. –Mas você sabe que eu só tenho olhos pra você.

–Acho bom ter mesmo. –eu disse, e parti para atacar a comida, com Malfoy ainda me observando.

A verdade é que eu sou meio que ciumenta pra cima dele, então acho que daqui a um tempinho estarei indo ao funeral da Parkinson.

Sorri discretamente. Isso até que não seria ruim.


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Notas finais do capítulo

Quem achou que a Rose pega leve ciumenta pode esquecer!