Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Hey coisas lindas do meu coração! Gostaram do último cap?
Pois bem, então aqui tem um fresquinho pra vocês!
Ah, e respondendo uma pergunta sobre o cap 24, eu mesma escrevi aquela música. Sei que ficou ruinzinha, mas fazer o quê? Mas, como outra amante da fic já me disse, a Rose ajudou a Alice, na verdade. Do jeito dela, kkkk
Bem, ta aí...



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Narrado por Scorpius

–Cara, quer saber de uma coisa? –Alvo gemeu. –Desse quarto eu não saio mais.

–Só você, né?-Luke revirou os olhos.

Eu e os dois pobres coitados aqui acabamos de voltar mais cedo do jantar. Com as caras no chão, dignidade bem longe e 50 pontos a menos para a Sonserina. Bom, se você quiser mais detalhes, vai lá perguntar pra ruiva!

Limpamos a cara, tiramos aquelas roupas ridículas e aquelas perucas e colocamos em uma caixa, que será generosamente doada para Domi. Ideia do Alvo, não minha. Ele levou mesmo a sério aquela brincadeira de “diva mais diva”.

–Você não podia ter escolhido uma namorada mais boazinha, não?-Luke se dirigiu pra mim.

Umpf. A verdade é que eu devia sim. A minha maravilhosa namorada ruiva acabou de me fazer pagar o pato mais ridículo e vergonhoso que existe nesse mundo, e é claro que não parecia nem um pouco triste ao me ver pagá-lo.

Eu tive que ME VESTIR DE MULHER e interpretar uma, o que foi tão constrangedor que acho que, não importa o quanto eu tente escapar, ficarei sempre traumatizado com isso. Acho que a próxima vez que eu ver uma Drag eu vou sair correndo. Ou lançar um Avada em mim mesmo. Ou na ruiva.

Não, mentira. Eu sou tão idiotamente apaixonado por aquela malvada que acho que nem pra dar um susto nela eu sirvo. É, eu sei. A droga do amor me deixa tão molenga!

–A próxima vez que eu ver a Rose eu mato ela!-Alvo grunhiu.

–Acho que não vai dar, colega. Infelizmente eu meio que gosto quando ela respira, então pode esquecer. –eu disse com um sorriso.

–Não, sério! A sua namorada faz você se vestir se mulher, desfilar em uma mesa, perder 50 pontos pra sua Casa e ainda ri! E você não faz nada!-Zabini arregalou os olhos.

–Isso, meu amigo, se chama amor. –me joguei na minha cama enquanto os dois apenas resmungavam. –E, pra informação de vocês dois, eu não vi Roxanne nem Alice lamentando muito por vocês, divas. –alfinetei.

–Acho que ela vai terminar comigo. –Zabini cerrou os dentes. –E eu não a culparia.

–Que isso, Lucian! A “Ally” não vive sem você!-imitei uma voz gay e ele jogou um travesseiro na minha linda cara.

–Ele tem razão. A parada dura vai ser a Rox. –Alvo tapou o rosto com a mão. –Se ela resolver contar pros meus pais, adeus mundo cruel!

–Al, o problema não é ela não!-ri. –Se o seu irmão resolver contar pra eles, aí que o bicho pega! Mas você sabe que James e Lily vão te zoar com isso até o fim da sua vida, não sabe?

–Tô sabendo. Mas, por falar em problema, Scorpizinho, você já contou do seu namoro pros seus pais?-Alvo sorriu diabolicamente.

Engoli em seco. É, eu ainda não contei, tá ligado? Não é por medo não, que isso! Eu tô é apreensivo. Imagine Draco Malfoy me mandando um berrador ou matando o Sr.Weasley ou tendo um ataque cardíaco, ou simplesmente não aceitando a Rose! Sim, vou falar a verdade. Meu maior medo é meu pai não aceitar a ruiva. É claro que não vou deixá-la de qualquer jeito, mas gostaria que meu pai não guardasse rancor e que aceitasse o fato que amo Rose Weasley, não importando o sobrenome ou a família que ela tem. É ela quem eu quero.

–Vou escrever agora mesmo. –eu suspirei. Os dois se entreolharam.

–Não fique nervoso, Scorp. O Sr.M vai aceitar isso fácil! O problema mesmo era o tio Rony, então fica frio.

–É, o seu pai não vai matar ninguém, e a tia Asty vai estar com ele para acalmá-lo ou estuporá-lo, dependendo da situação. –Luke deu um sorrisinho.

Dei um sorriso fraco e sentei na escrivaninha do nosso dormitório. Eles se viraram e começaram a reclamar e a conversar sobre o mico sentados na cama de Alvo, mas eu já não ouvia.

Peguei a pena e mandei bala:

Queridos pais,

Então, como vocês estão? Sei que vocês queriam que eu escrevesse toda a semana, principalmente você, mãe, mas fica meio complicado, sabe? Os professores passam cada vez mais tarefas, e quando não treino Quadribol ou pratico feitiços eu, bem, eu fico com minha namorada.

Calma, mãe! Não tenha um ataque, por favor. É verdade mesmo, eu estou namorando, e com ninguém menos que Rose Weasley. Antes que você azare alguém, pai, saiba apenas que estou com ela porque me apaixonei. Do mesmo modo que você se apaixonou pela mamãe quando ela tinha a minha idade e você era um pouco mais velho. Ah, e pelo amor de Merlin, não me xingue de frutinha ou alguma coisa assim, porque eu confesso que fico meio bobo quando estou amando (se mostrar isso pra alguém, mãe, eu finjo que tenho convulsões), mas continuo o Scorpius de sempre.

Bem, é isso. Sinto ter que dizer isso, pai, mas vou continuar com a ruiva com você querendo ou não. Tente não matar o pobre do Sr.Weasley que ele não tem nada a ver com isso, e tente não morrer engasgada com a Sra.Weasley de tanto dar risinhos, mãe, e espero que fiquem felizes por mim.

Amo vocês, meus velhos, e espero notícias suas o mais breve possível.

De seu querido, único e maravilhoso filho,

Scorpius

O.B.S: Se o vovó Cissa tiver um ataque com a notícia, dêem a ela aquele calmante trouxa que ela tanto adora, mas não exagerem, pois ela fica meio doidona. E mandem um beijo pra tia Daphne e pro tio Theo.”

Sorri comigo mesmo. Escrever nunca foi o meu forte, como é o da ruiva, mas acho que essa carta tá bem assim. Amanhã de manhã vou ao Corujal e envio essa carta.

Fiz uma careta ao ver os preguiças que eram meus melhores amigos roncando e me atirei em minha cama. Adormeci algum tempo depois, com o rosto da ruiva presente em meus pensamentos.

***

Empurrei o pesado portão de ferro com força e entrei no Corujal. Procurei pela minha coruja, Marte, um macho marrom e grande, e não demorou muito para eu finalmente avistá-lo. A ave piou alto ao me ver e eu acariciei a cabeça macia do animal antes de prender a carta no pulso dele.

–Para a Mansão Malfoy. –eu disse enquanto soltava a ave. Observei Marte sumir no horizonte com um sorriso. Só espero que ninguém lá em casa desmaie.

–Para a Toca. –uma voz delicada e muito conhecida sussurrou perto.

Me virei e avistei Rose, de costas para mim, sem ter me visto ainda, prendendo uma carta no pulso da coruja branca dela. Ela soltou a ave com uma expressão sonhadora.

Isso foi o bastante para me fazer sorrir também. Me aproximei sem fazer ruído dela, que ainda não tinha me notado, e agarrei a cintura dela com os meus braços.

Pude senti-la estremecendo com o toque, e ela se virou para mim, ainda presa nos meus braços, os olhos azuis arregalados de surpresa. Os cabelos vermelho-alaranjados estavam presos em uma trança de lado, e ela trajava o uniforme grifinório, como sempre. E estava linda, como sempre está e como sempre estará.

–Scorpius! Quer me matar de susto?-ela fez uma careta. Mas logo sorriu e colocou os braços no meu pescoço e me puxou para beijá-la. O contato me trouxe arrepios e choques pelo corpo inteiro, como sempre acontece comigo quando estou com ela.

Antes de beijar Rose pela primeira vez, naquele desafio, eu sempre imaginava como seria tocar nos lábios vermelhos dela com os meus, mas a realidade se mostrou muito melhor. Eu imaginava que uma corrente elétrica se arrastaria pelo meu corpo e tudo, assim como naquele dia em que eu quase a beijei, e que a sensação seria muito melhor do que o que eu sentia quando beijava qualquer outra garota. Porque com as outras eu me sentia normal, sem qualquer adrenalina. Como a ruiva era totalmente diferente. E eu não me cansava, como fazia com as outras, eu sempre queria mais. Sempre queria vê-la, beijá-la, abraçá-la, poder chamá-la de “minha ruiva”, e o tempo todo isso. Sei que nunca me cansarei dela. Nunca.

E eu sei que ela também sente o mesmo. A corrente elétrica, os arrepios. Sei pelo modo como o corpo dela reage quando estou próximo demais, quando a toco, mesmo acidentalmente. O sentimento e as sensações são recíprocas.

Nos separamos quando aquela droga invisível e estraga-prazeres chamada ar faltou. Ela me fitou com um sorriso, e os lábios estavam um pouco mais vermelhos que antes. Eu também podia sentir os meus meio inchados.

–E então? O que você veio fazer aqui?-perguntei pra ela.

–Bem, tomar banho é que não!-ela revirou os olhos. Nossa, como sou idiota!

–Muito engraçada. Para quem você enviou uma carta?-dei as mãos pra ela enquanto saíamos do Corujal.

–Para os meus pais. –ela suspirou pesadamente. –Eu só espero que o meu pai já tenha esfriado a cabeça.

–E eu mandei uma pros meus. Avisando do namoro e tudo. -ela parou de andar e me olhou surpresa. –Que foi? Não queria que eu contasse ainda? Já tava meio que na hora, e eu não queria parecer fraco perto de você, com sua coragem e tudo perto do seu pai.

–Minha coragem?-ela sorriu. –Mas quem é que falou com o meu pai tão calmo e confiante que parecia vê-lo como um hipogrifo, não como um dementador?

Dei um sorrisinho. É verdade que eu não parecia nervoso perto do pai dela, mas isso é porque não tenho mesmo medo dele, já conheci o lado mau dele (as palavras “panela” e “garoto loiro inocente” não te lembram nada?) e a Sra.Weasley me avisou antes de falarmos com ele para não ficar com medo nem nada, “O Rony fala, mas não faz”, palavras dela. Ter o apoio da sogra é o suficiente, e depois que o sogrão parar com o neura eu e ele até que poderemos conviver bem.

–Tá, mas nem vem com essa de que pareço grifinório senão seus primos vão fazer a festa.

–Você tecnicamente já provou ser um ótimo grifinório com aquela sua declaração à melhor Casa de Hogwarts, Malfoy. –ela disse sorridente.

Eu fiz uma careta. Pela lembrança do meu outro mico também, mas principalmente pelo “Malfoy”. Qual é, eu sou o futuro marido dela, ela não tinha que me chamar de “docinho de coco”, “amor da minha vida”, “Scorp”, “Scorpius” ou “namorado”?

–Nem vem. E não pense que eu esqueci do micão de ontem. Até agora, umas seis garotas deram risadinhas ao me verem passar e uns três caras zoaram e pediram meu telefone. –grunhi.

–Ah, é?-ela mostrou a língua para mim. –E o que é que você vai fazer, hein?-ela levantou as sobrancelhas em desafio.

Rose Weasley (Malfoy), você não devia ter dito isso. O sorriso dela vacilou um pouco quando ela viu meu sorriso malicioso e ela não teve nem tempo de gritar antes que eu a pegasse e colocasse no ombro como se ela fosse um saco de batatas.

–Me põe no chão, doninha loira irritante!-ela gritou, mas eu apenas ri.

–Não ponho não, amor. Você merece isso. Além disso, a visão aqui tá ótima. –eu falei e ela bufou.

–Idiota. –ela xingou.

–Linda.

–Acéfalo.

–Ruiva.

–Doninha.

–Gostosa. –eu ri.

–Okey, chega! Você venceu, agora posso descer ou você vai ficar aí só olhando pra minha bunda? –ela gemeu ao ver meu sorrisinho. Acho que eu prefiro a segunda opção, baby. –Não, é sério, me põe no chão, por favor! Ou eu dou um berro e acordo todo mundo em Hogwarts!

–Você é uma estraga-prazeres. –resmunguei enquanto a colocava no chão.

Ela sorriu vitoriosa. Mas logo transformou o sorriso em uma careta apreensiva.

–Scorp? –voltei meus olhos para os dela. –Você acha que eles vão gostar de mim? Seus pais, quero dizer.

–Está preocupada com isso, ruiva?-levantei o queixo dela com os dedos quando ela fez menção de baixar a cabeça. –Não fique. Minha mãe já adora você sem nem te conhecer , ela vivia dizendo que queria conhecer “a tão famosa ruiva que conquistou o coração do Scorpinho”. –tentei imitar a minha mãe e a ruiva deu um sorrisinho. –Tenho certeza que ela vai amar você, e provavelmente já vai até começar a discutir detalhes do nosso casamento com a sua mãe. –nós dois fizemos uma careta, e rimos. –E, quanto ao meu pai, não fique preocupada. Vou ser sincero com você, ele provavelmente não vai gostar nadinha disso tudo no começo, mas minha mãe vai convencê-lo. E eu sei que ele só quer que eu seja feliz, apesar de tudo. Então sim, meus pais vão gostar de você.

Ela sorriu aliviada e me abraçou. O cheiro floral me atingiu assim que ela colocou a cabeça no meu peito, e eu a apertei mais contra mim. Como se eu tivesse tentando protegê-la, como se não quisesse soltá-la nunca mais. O que é verdade.

–Eu te amo. –a voz doce dela se fez ouvida e eu senti meu peito se encher de carinho, amor e admiração por essa criatura ruiva maravilhosa.

Porque você, Rose, e só você, me salvou. E sempre te amarei por isso.

–Também te amo. –beijei a testa dela. –Apesar de tudo o que você me fez passar, todos os micos, provocações, batalhas para te conquistar, todos os “NÃO” que você me deu e todas as sensações que você me faz sentir, eu te amo. Te amo demais, Rose Weasley, e, sinto muito se isso soar clichê demais, mas te amo como minha própria vida. Porque, na verdade, você é ela.


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Notas finais do capítulo

E aí? Quem quer o Scorpius levanta a mão aí!