Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hey gente linda, mais um cap pra vocês!
Aposto como vcs acharam que a Rose ia morrer, neh?
Bom, só lendo pra ver, kkkk



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Estou há uns vinte minutos sentada na Sala da diretora McGonagall, ouvindo calada os berros do meu pai. Para a minha sorte e a de Scorpius, James e Fred estavam por perto quando o meu pai chegou ao Salão Principal e me viu com o loiro, então eles seguraram Rony Weasley quando ele avançou no Scorpius.

Minha mãe também estava com o meu pai, e tentava tranquilizá-lo até agora, mas obviamente isso não está dando certo. Segundo a minha mãe, eles vieram aqui hoje pra me visitar e visitar o Hugo, já que não nos veem há uns quatro meses, mas devo dizer que essa visitinha não está sendo saudável pra ninguém.

–COMO É QUE VOCÊ PÔDE ROSE WEASLEY?-o rosto do meu pai já estava adquirindo uma coloração roxa. –SE COMPORTAR DAQUELE JEITO, E COM O FILHO DA DONINHA QUICANTE? AH, EU VOU MATAR AQUELE SCORPION!

–É Scorpius. -falei com a voz fraca.

–TÔ ME LIXANDO! VOU É IR ARRANCAR A PELE DAQUELE MOLEQUE SEM VERGONHA!

–RONY!- Hermione Weasley fechou a cara pra o ruivo alto e colérico.

–VOCÊ NÃO VIU AQUILO, MIONE?! ELE ESTAVA SE APROVEITANDO DA NOSSA PRINCESINHA!

–NÃO GRITE COMIGO RONALD WEASLEY! E Scorpius não estava se aproveitando da Rose, estava só beijando ela!

–Dá no mesmo!-ele retrucou, cerrando os dentes.

–Nossa, tio Rony, grita mais alto que Beauxbatons ainda não ouviu. -Nicky revirou os olhos. Só ela pra estar tão calma nessa hora. Deve ser porque ela vai ao meu funeral, e não ser enterrada nele.

Na sala da tia Minnie estamos eu, meus pais, Nicky, Fred, Hugo, James e Roxy. A tia Minnie disse que ia nos dar um pouco de “privacidade”, mas acho que ela queria é não ficar surda. Sabe como é, com a velhice no rosto e os berros de Rony Weasley no ouvido, não me admira que ela tenha escapulido daqui.

–Fique quieta, Dominique. E não pense que Gui ficará diferente quando souber de você e James. –meu pai fuzilou Nicky com os olhos.

–Tomara que ele não grite desse jeito, porque estou quase perdendo a audição aqui. -James fez uma careta.

–Então porque estão todos vocês aqui, hein? Que eu saiba, só uma pessoa se chama Rose aqui, e não seis!-ele lançou um olhar irritado a Hugo, James, Fred, Nicky e Roxy.

–Estamos aqui para garantir que você não faça nenhuma besteira, tio Rony. -Fred disse divertido.

–Eu sei me controlar, viu?-ele rosnou.

–Ô, super!-eu exclamei. Qual é, eu não tava mais agüentando aqueles ataques do meu pai, então eu tinha direito a um pouco de rebeldia, né? –Nem parece aquele cara ruivo que saiu por aí atrás do meu namorado e gritando “MORTE À DONINHA”!

Ops! Frase errada. O rosto do meu pai se avermelhou novamente, e ele tomou fôlego antes de começar com a gritaria:

–SEU NAMORADO MERDA NENHUMA! ELE É UMA FUTURA DONINHA MORTA, É ISSO QUE ELE É! APOSTO QUE TEM COISA DA DONINHA 1 NISSO E...

–O Sr.Malfoy nem sabe do nosso namoro!-eu protestei.

–AH, AGORA É SR.MALFOY PRA VOCÊ, É?

–RONALD BILLUS WEASLEY! OU VOCÊ ABAIXA ESSE TOM OU LANÇO UM FEITIÇO SILENCIADOR EM VOCÊ!-você não vai quer ver minha mãe brava. Ela é fera.

Meu pai grunhiu e se sentou na cadeira ao lado dela. Ele cruzou os braços como uma criança emburrada, mas pelo menos ficou quieto.

–O Malfoy tá vivo?-Roxy sussurrou no meu ouvido.

–Por enquanto. -engoli em seco.

Scorpius não fugiu depois do ataque do meu pai nem nada do tipo, ele não é covarde nem tem medo do meu pai, só obedeceu a minha mãe quando ela disse a ele que era mais “prudente” se afastar de mim nesse momento. Minha mãe não ia querer ver o loiro sem poder respirar, acho que ela não conseguiria explicar muito bem para Astória Malfoy o que aconteceu com o “anjinho loiro” dela após o ataque de um trasgo ruivo e irritado.

–Tragam a donin... O garoto Malfoy aqui. -o meu pai falou, ainda meio escarlate. Todos nós nos viramos para encará-lo, e ele levantou as mãos em rendimento. -Eu não vou assassiná-lo, embora queira muito fazer isso, só vou conversar com ele.

–Er, acho melhor o senhor se acalmar primeiro, pai. -Hugo disse, tentando segurar o riso. Será que aquela anta ruiva não podia pelo menos fingir que está preocupado com o cunhado?

–Concordo com ele, querido. -minha mãe suspirou. –Tente se acalmar mais um pouquinho, e depois você conversa com ele. Enquanto isso, eu quero TODO MUNDO VAZANDO DAQUI pra eu poder conversar com Rony e Rose a sós.

Meus cumpanheiros de sofrimento resmungaram e se viraram para sair ruidosamente. Nicky piscou pra mim, e Roxy murmurou um “Que Merlin esteja com você”, antes de me dar as costas e sair da sala.

–Então, querida... -minha mãe se sentou na cadeira ao meu lado do meu pai, os dois de frente pra mim. –Será que poderia nos contar quando é que esse... Esse namoro começou? Que eu me lembre, você odiava esse rapaz!

Eu balancei e cabeça lentamente, enquanto meu pai grunhia algo como “Bons tempos aqueles” e eu o ignorava.

–Ódio sempre foi uma palavra forte demais pra descrever nossa relação. É verdade que eu não ia muito com a cara dele, mas é porque ele era meio que um galinha naquela época e eu achava que era só mais uma conquista pra ele, então ignorava qualquer tentativa dele de se aproximar de mim. –eu disse sinceramente e os dois franziram o cenho. –É, eu o repelia sempre, enquanto ele me lançava cantadas diariamente. Mas eu demorei para perceber que ele gostava de verdade de mim e eu dele, só me toquei disso quando nós fizemos aquele feitiço do patrono, e ele usou as lembranças que tinha de mim para fazê-lo e... Eu usei minhas lembranças dele. -corei um pouco.

–Mas como você sabe que ele usou lembranças suas? E como conseguiram realizar um feitiço tão complicado?-minha mãe levantou as sobrancelhas, impressionada. O feitiço do patrono é um feitiço muito difícil de ser realizado mesmo, e meus pais só o aprenderam quando tinham dezessete anos, não dezesseis como eu e Scorpius.

–Bom, apenas eu e ele conseguimos realizar o feitiço, e Teddy nos elogiou por isso, e disse que nossas lembranças e os sentimentos que vinham com elas eram tão fortes que foi possível pra nós conjurarmos dois patronos imensos, o dele um leão e o meu uma tigresa. E eu vi nos olhos dele quanto perguntei sobre as lembranças dele... -suspirei nessa última parte, me recordando daqueles olhos azuis expressivos, tão sinceros. –Vi que ele me amava de verdade. Depois disso foi só uma questão de tempo pra ele me convidar pra ir a Hogsmeade com ele no Dia dos Namorados, mas começamos a namorar de verdade uns dias antes do passeio.

Encarei os dois. Eles estavam perplexos, mas minha mãe até que sorria um pouco.

–Rose, que coisa mais... LINDA!-ela teve um ataque de mãezice e pulou em mim, me esmagando no abraço de urso dela.

–Hermione... –meu pai estava irritado. –Querida, será que agora você poderia, por favor, chamar aquele moleque pra termos uma conversa séria, nós quatro?

Minha mãe olhou do meu pai pra mim com compreensão, e logo saiu da sala, mas não antes de dar um beijo carinhoso na minha testa.

–Então, Rose... –os olhos azuis gélidos do meu pai se voltaram pra mim. –Agora vamos ter uma conversinha séria.

***

–Você não vai mais chegar a um quilômetro desse pervertido. -ele começou.

–Ele não é um...

–CALADA! Não quero ouvir como você acha essa doninha loira linda e maravilhosa e blábláblá, só quero ouvir você dando um belo dum fora nele e...

–Não. -eu disse simplesmente. –Pai, acha mesmo que se ele não gostasse de mim ele ia conseguir fingir por tanto tempo? E ele passou DOIS ANOS tentando me fazer mudar de ideia sobre ele, pelo amor de Merlin!

–Isso não interessa! Ele é mais um aproveitador barato!

–Pai, só pelo fato de ser filho de quem é não significa que ele seja igual ao Draco Malfoy! Será que você não entende?

–NÃO! Não, Rosinha, eu não entendo. -ele se levantou da cadeira, ainda com os braços cruzados. –O Malfoy, pai dele, fez tanta coisa horrível a mim, Mione e Harry durante anos, sem mencionar que ele tentou matar nós três pelo menos umas três vezes, assim como tentou matar o Dumbledore. Até onde eu sei, esse garoto pode muito bem ser uma cópia perfeita do pai!

–Ele não é um comensal!-protestei. Só a ideia do meu pai insinuar algo assim do loiro incrível por quem eu sou apaixonada me dá ânsias.

–Não estou dizendo que ele é. -meu pai suspirou. –Estou apenas dizendo que ele pode não ser quem você pensa que ele é.

–Palavras!-eu disse exasperada. –Mas você me conhece, pai! Sabe que eu não sou acostumada a me enganar em relação ao caráter das pessoas! Ele é uma pessoa maravilhosa, e nunca te menosprezou como o pai dele fazia, nunca deixou que a opinião que o pai dele tem sobre os Weasley em geral prejudicasse ou interferisse nos sentimentos dele em relação à nós!

– Rose, por favor, só acabe com isso logo. Sabe que não vou aceitar esse namoro, não importa o que aquele garoto tenha a dizer.

–Pois eu não diria isso, Sr.Weasley. -eu e meu pai nos viramos surpresos para a porta.

Scorpius olhava para o meu pai sério, e minha mãe olhava para o loiro com certo respeito, parada do lado dele.

Eles caminharam até as cadeiras sem muita pressa e se sentaram em duas, em frente a mim e ao meu pai, que se sentou novamente. Percebi que ele lançava Avadas em Scorpius pelos olhos, mas o loiro não parecia nada intimidado com aquilo. Se Fred e James estivessem aqui se surpreenderiam de verdade ou fariam muitas piadinhas, já que Malfoy agora agia com um verdadeiro grifinório: sem medo.

Os olhos azuis se encontraram com os meus rapidamente e pude ver vestígios de um sorriso nos lábios dele.

Depois de um silêncio meio constrangedor de uns dois minutos, minha mãe se voltou para Scorpius:

–Então, querido, Rose já nos deixou a par da situação, mas eu e Rony queremos saber por você por que não nos contaram antes e...

–E O QUE VOCÊ TEM NO SEU CÉREBRO DE DONINHA PRA AGARRAR A MINHA FILHA DAQUELE JEITO?-Vixe, como estamos exaltados hoje, hein?

–Ronald, querido, por favor, CALE A BOCA!-minha mãe gritou e Scorpius pulou de susto do lado dela. -Agora, Scorpius, será que podia nos responder? Não se preocupe que o Sr.Weasley vai ficar bem quieto aí.

O loiro olhou de minha mãe para o meu pai meio surpreso, mas logo relaxou.

–Bom, Sra.Weasley...

–Hermione, por favor. -minha mãe sorriu gentilmente pra ele. Pelo jeito, ela já gostou do futuro genro dela por ele ser tão educado. É, eu sei que às vezes eu digo que o Malfoy tem modos de doninha e cérebro de uma, mas ele sabe ser cavalheiro quando quer (aquela história da rosa já deixou isso bem claro, né?).

–Bom, Hermione, Rose e eu preferimos manter segredo para evitar reações como essas que presenciamos hoje. –pude ver meu pai se segurando pra não tacar o pergaminho que estava em cima da mesa na cabeça de Scorpius. –Mas sabíamos que uma hora íamos ter que contar, mas é uma pena que tenha sido assim. Quanto ao fato de eu ter, er, “agarrado” a ruiva, quer dizer, Rose, eu só estava agradecendo por ela...

Ele parou de falar ao ver minha cara desesperada. Se o meu pai soubesse que eu comprei um estojo polidor de vassouras pra ele, bom, é aí que o meu pai surta de vez.

–... Por ela existir. -ele sorriu, entendendo a minha reação desesperada, e deu uma piscadela pra mim.

Minha mãe suspirou e olhou para nós dois com evidente encanto, enquanto meu pai torceu o nariz.

–Bem, eu não vejo problema nenhum em vocês namorarem, quero apenas que evitem coisas mais íntimas, sabem?-minha mãe fez uma careta e eu e Scorpius seguramos o riso. –Vocês têm a minha permissão.

–MIONE, DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?-Meu Deus, meu pai já está passando dos limites!

–DO DELES, ORA BOLAS!-parece que minha mãe concorda comigo.

–Mione... -meu pai grunhiu. –Não pode permitir um negócio desses! Nunca que eu vou confiar minha princesa a um Malfoy!

–Pai!-eu revirei os olhos. -Eu sei me defender, tá? E eu duvido que o Scorpius faça alguma coisa que eu não queira.

–Continuo sem mudar de ideia. Não é não, filha minha não namora com Malfoy nenhum, ouviu, Scórpio?-ele mandou mais alguns Crucio pelo olhar para o loiro.

–É Scorpius, pai! –protestei. O dito cujo deu um sorrisinho pra mim, enquanto Rony Weasley bufava.

–Tanto faz! Mas ainda é não!

–Ignorem ele!-minha mãe sorriu. –Agora eu e Rony vamos dar uma palavrinha com o Neville, mais tarde falamos com vocês. -ela piscou pra nós dois.

–Tô te avisando, Scorpion, se eu te pegar perto da minha filha eu vou...

–Vai calar a boca! E o nome dele é Scorpius!-minha mãe arrastou um Ronald Weasley relutante e irritado para fora da sala de Minerva McGonagall.

Eu voltei o olhar pro Malfoy. Ele não parecia nadinha preocupado com o drama que tinha acabado de rolar aqui, observava a porta por onde meus pais acabaram de sair com um sorrisinho divertido.

–É, isso não foi tão ruim. -ele se sentou ao meu lado e lançou um daqueles sorrisos “Tenho 32 dentes. E daí?” pra mim, mas que eu consegui ignorar, com muita força de vontade.

–NÃO FOI TÃO RUIM? Meu pai quase arrancou sua alma pra fora do corpo, se você não percebeu!

–Não é pra tanto, ruiva. –ele pegou minha mão. –E a sua mãe é super legal, mas eu teria ficado bem mais preocupado se ela não tivesse nos aceitado, não o seu pai. Ela parece ser bem mais barra pesada do que ele.

–Só porque ele só fica nos gritos primais, né?-eu dei uma risadinha.

–É!-ele fez uma careta. -Sou muito grato por ainda ter a capacidade de poder ouvir, acredite. Agora, que tal se a gente saísse dessa sala e deixasse todos em Hogwarts verem com os próprios olhos que ainda respiramos?

–Tudo bem. Mas você vai contar pro seus pais?-eu perguntei curiosa.

–Vou. -ele acariciou minha mão. –Mas não se preocupe porque isso será bem menos traumático.

–Disso eu não duvido nada.

Ele beijou minha testa antes de sairmos daquela sala.


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Notas finais do capítulo

E aí? Ah, tô adorando os reviews, sei que já falei isso, mas é que eles me deixam muito feliz, sério mesmo!



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