Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Esse é da Rose!



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Meu corpo inteiro gelou. É claro que eu já sabia que estava ferrada escolhendo tanto verdade quanto desafio, mas nunca pensei que eu teria que beijá-lo. Mas depois percebi que eu sou muito burra, que Nicky estava fazendo aquilo por vingança.

OH SHIT!

Todos me olhavam com pena e entusiasmo; eles veriam a humilhação do ano. Meus olhos se voltaram ao Malfoy, que me olhava meio sorridente, meio confuso.

E não era pra tanto; finalmente eles nos pegaram.

Me levantei meio cambaleante, meu coração pulando rapidamente, meus pelos arrepiados, meu corpo tremendo. Ele também se levantou, mas não parecia muito nervoso.

Ficamos de frente um pro outro. Incrivelmente, não fiquei corada com o olhar dele. Deve ser porque eu estava prestes a beijá-lo, o que me deixaria tão lindamente corada quando uma pimenta tingida de vermelho. Não seria muito bonito, não. Os olhos azuis me olhavam esperançosos, os lábios formavam um sorrisinho de canto, que eu achava lindo, e os cabelos claros caiam nos olhos, outra coisa que eu achava linda.

Ele foi se aproximando devagar, e meu coração me socava a cada passo que ele dava. Até que ele parou quando estávamos a alguns centímetros um do outro.

Ele colocou uma mão em minha cintura e me puxou pra um pouco mais, perto, acabando com qualquer distancia entre nós. A outra mão estava em minhas costas, um toque que me arrepiava. Ele abaixou um pouco a cabeça, já que era alguns centímetros mais alto que eu, e seus lábios encostaram nos meus.

O toque gelado, novamente. No que eu era quente, ele era frio. Mas recebi o toque com uma dormência agradável. Ele entreabriu os lábios, assim como eu, e a sua língua pedia passagem. E eu cedi. O hálito de menta dele logo me atingiu, e nossas línguas dançavam unidas.

Os choques iam e vinham pelo meu corpo todo. A adrenalina me fez perder a noção do que estava fazendo e uma mão minha agarrou o pescoço dele, enquanto a outra foi automaticamente para os cabelos macios dele. Era tão bom tocar neles... Não acredito que eu já chamei aquilo de pelo de doninha!

Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando, mas pareceu uma eternidade. Conseguia sentir as exclamações e risadas dos outros, mas eu não estava nem aí. Eu estava ocupada, qual é?!

Só parei de beijá-lo quando uma porcaria chamada ar faltou. Nos separamos ofegantes, embora ele ainda me segurasse pela cintura e eu pelo pescoço. Os lábios dele estavam meio inchados, assim como os meus, mas ele ainda sorria e me olhava maravilhado.

Putz, Malfoy, eu não acredito que você consegue fazer isso comigo! Encarei aqueles olhos lindos e sorri. Minhas mãos largaram o pescoço dele e ele largou minha cintura enquanto o bando de animais batia palmas e sorria.

–Cara, isso foi tão... PORNÔ!-o idiota do James berrou e todos riram. Nicky fez uma dancinha estranha com Molly e as duas caíram rindo no chão. Hugo gritava “Até que enfim!”, Alvo e Zabini davam tapinhas nos ombros de um Malfoy sorridente, Roxy e Alice davam as mãos e dançavam uma espécie de valsinha, Lucy berrava “YEEEEEES”, Louis, Fred e James tiravam sarro, Charlotte Warren sorria um pouco e eu olhava toda a cena vermelha de vergonha. Pimenta de vermelho, não falei?

–Idiotas. -resmunguei e todos se voltaram pra mim sorridentes. Revirei os olhos. -Alguém gira logo essa joça, pelo amor de Merlin! Quer dizer, eu sei que sou linda, mas não precisam me olhar desse jeito não, tá?!

Todos riram e Roxy rodou a garrafa. Me sentei no meio de Molly e Nicky, que me olhavam maliciosas. Eu não conseguia olhar pro Malfoy, mas sabia que ele me encarava com um sorriso.

A parte com a tampa parou em mim e a outra parte em James. Hehehe. Hora da vingancinha, cara Nicky. Ela percebeu meu olhar malévolo e se encolheu. Bem feito pra ela.

–Verdade ou desafio, Jamesyto?-o moreno sorriu com o apelido.

–Verdade.

–Okey então. É verdade que você é apaixonado pela Dominique?

A loira franziu o cenho, bem como o resto do pessoal. Todos estavam curiosos. A verdade é que não sabíamos o que James sentia de verdade por ela, mas agora estávamos prestes a saber. Graças a mim e à minha ruivice.

Mas foi a expressão de James que me desconcertou. Ele parecia sério e... preocupado. Como se não soubesse o que responder. E isso era ruim, porque se ele dissesse que não, Nicky teria o coração partido, e se dissesse sim, bem, aí já não sei.

Mas eu era a perfeita duma anta! Agora Nicky sairia quebrada daqui! Parabéns, Rose Weasley! Acabou de ganhar o prêmio de pessoa mais insensível do mundo!

–Bem, é. -o moreno suspirou. - É verdade sim que sou apaixonado por Dominique. Nunca disse porque temia que ela não correspondesse, já que ela me vê apenas como primo.

A boca de todos abriu em um “O” perfeito. Não. Isso não pode estar acontecendo.

MAS ESTÁ!

A garrafa ficou verde.

***

Depois de dois minutos de silêncio constrangedor, com todos olhando sem saber o que fazer ou falar uns pros outros, Nicky acordou do choque.

–Bom, isso é sim uma surpresa. -James a olhou meio culpado. –Mas fazer o quê? Era isso que eu queria ouvir.

E antes que qualquer um pudesse processar essas palavras, ela agarrou James pela camiseta e o beijou. Todos nós olhávamos a cena estupefatos.

James a agarrou pela cintura e a colocou no colo, beijando-a do mesmo jeito que eu e Malfoy nos beijamos.

–Então, er, será que podemos continuar?-Roxy disse meio incrédula. Domi e James não pararam de se beijar, e a loira mostrou o dedo do meio pra Roxy, enquanto todos riram da cara de retardada da Roxy.

Mas ela girou a garrafa mesmo assim.

A parte da tampa parou em Hugo e a outra em Roxy. Toma essa, Roxanne! Meu irmão é fogo.

–Verdade ou desafio, priminha?-ele sorriu.

–Desafio. -ela parecia confiante. Tipo, só parecia.

–Eu quero que você vai lá na mesa dos sonserinos, suba nela e diga que os ama mais do que tudo na vida, e que você sempre foi sonserina de coração.

Todo mundo zombou da cara de tacho da Roxy.

–Agora?-ela franziu a testa.

–Claro que não!-Hugo respondeu. -Amanha, na hora do café da manhã. Será bem mais público, não acha?

–Tanto faz. –ela deu de ombros.

Lily girou a garrafa. A parte com a tampa parou no Alvo e a outra no Scorp... Malfoy.

Alvo fez uma cara do mal.

–Verdade ou desafio?

–Desafio. -Malfoy sorriu.

–Te desafio a pedir a Rose em namoro.

–O QUÊ?-eu berrei. –É O QUE É QUE EU TENHO A VER COM O MALFOY?

–Bom, você tecnicamente já selou a união dos dois com um beijo, ué. -Nicky disse. Ela já acabou de desentupir a boca do James, ao que parece, então é claro que vai tirar uma com a minha linda cara agora.

–Calada, senhora Potter. -eu resmunguei e ela riu amarelo, enquanto James piscava pra mim.

–Vamos logo com isso, cambada!-Fred fez um gesto apressado.

–Calma que já já você pega a Molly, apressadinho.-Alvo respondeu e Fred piscou pra dita cuja, que só deu língua pra ele.

–Tá bom, então. – Scorpius se levantou, foi pro meio do circulo, e se ajoelhou bem na minha frente, enquanto Molly e Alice me obrigavam a ficar de pé.

–Rosalie Jane Granger Weasley, aceita ser minha namorada?-os olhos azuis me fitavam divertidos e esperançosos.

Céus, como eu odeio esse cara! Sempre me confundindo!

O que eu respondo? O que sinto por ele? Não, que pergunta idiota, eu já sei o que sinto, é só que eu não tenho certeza se é certo namorar o filho do pior inimigo do meu pai. Porque se Rony Weasley souber, tenho certeza que haverá uma doninha a menos no mundo.

Mas quer saber? Ele não é o pai dele e pronto. E ele gosta mesmo de mim, e se partir meu coração Hugo parte a cara dele e pronto.

Lá vai.

–Eu aceito. -respirei fundo. -Aceito ser sua namorada, Scorpius Hyperion Malfoy.


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Notas finais do capítulo

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