Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que parecia que os caps iam ser só Rose e Scorpius, mas decidi que seria bom pôr outros personagens também, pra dar uma variada, sabe?
Enfim, esse é da Nicky.



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Narrado por Dominique

Um dia desses ainda estarei indo ao funeral da coisa ruiva que eu chamo de prima, Rose Weasley. Pois é, ainda mato aquela traíra dos pântanos.

Motivo? Aquela *****, de um jeito muito esperto, acabou fazendo com que eu tenha que ir a Hogsmeade no Dia dos Namorados com o MALDITO DO POTTER.

É isso aí. Eu, a loira e linda Dominique Delacour Weasley, terei que engolir a raiva e sair com o meu não-tão-querido-primo-lindo-e-babaca James Sirius Potter.

A parte boa da situação é que eu não vou pagar o pato sozinha. Rose terá que ir com o Scorpius, o que eu acho bombástico e maravilhoso, e que vai me poupar um trabalhão dos infernos para unir aquelas almas gêmeas.

Já superei o Scorpius faz tempo. Claro que ele partiu meu coração, mas o meu coração nunca foi dele mesmo, então tá de boa.

E ROSE VAI COM O SCORPIUUUUUUUS! Ai, quase chorei de emoção quando soube dessa boa nova. Tava esperando alguém dizer “1°de Abril!”, o que graças a Morgana das Calçolas roxas com desenho de patinho, não aconteceu.

Bom, só não mato a Rose porque os meus sonhos e os do Scorpius já estão se realizando mais cedo, e seria meio trágico deixar o Scorp viúvo antecipadamente.

Mas o Jam... Potter não faria muita falta pro mundo. Quem ele pensa que é pra me dar um beijo? Tudo bem que foi só um selinho, mas não foi nadaaaaaa inocente! E isso só deixa minha cabeça mais confusa ainda em relação àquele filho de uma... Foi mal, tia Gina.

Só a Rose sabe que eu gosto um pouquinho dele. TÁ, BASTANTE! Mas engulo bosta de dragão antes de admitir isso pra alguém. E agora vou ter que agüentar ele me cantando o dia inteiro. Valeu, Rose, valeu mesmo. Tendo você como primamiga nem preciso de uma droga de inimiga. Perto de você a vaca louca da Parkinson até parece um ser angelical.

O Potter correu e se escondeu em algum lugar por aí depois de eu começar a gritar e a correr atrás dele, o que me deixa aliviada, porque eu não respondo por mim se eu por as mãos dele e... Ah, deixa pra lá!

–Ei, Domi!

Virou-me e vejo minha BFF, Charlotte Warren, me chamando e correndo afobada em minha direção.

–Domi, mas o que foi que deu em sua família hoje? Até parece que o Dia dos Namorados é hoje! Primeiro a Molly com o Fred, depois a Rose com o Malfoy, Roxy com o Potter menor, Lucy com o seu irmão e o Hugo com a Lily! Que droga que eles tomaram hoje? Eu quero!

OPA, O QUÊ? EU NÃO ACREDITO QUE EU PERDI ISSO!

–Peraí, o quê? Meu irmão com Lucy e Lily com Hugo?

Ela assentiu vigorosamente.

–É isso aí. Seu irmão se ajoelhou na frente de Lucy e na frente de todos e perguntou se ela queria ir a Hogsmeade com ele e ser a futura namorada dele, e aí depois eu vi a sua prima Lily dando um selinho no seu primo Hugo.

AH, NÃO! POR CAUSA DA DROGA DO POTTER EU PERDI A HORA EM QUE MEU IRMÃO FINALMENTE VIROU HOMEM? E QUE LILY FINALMENTE FISGOU O BROTHER DA ROSE? Ah, isso é demais pra mim.

–Eu. Vou. Matar. O. Potter. –sibilei pausadamente.

–O que ele te fez dessa vez, amor?- uma voz masculina se fez presente.

Me viro só pra contemplar a beleza ambulante do Davies caminhando em minha direção. Claro que ele não é tão lindo quanto a inchação de saco que é o Potter, mas dá pro gasto.

–Você quer a versão resumida ou a completa? Bem, vou dar a resumida se não vamos ficar até amanhã listando as coisas que o panaca do meu primo já fez pra mim. -eu comecei. -Bom, primeiro ele me irritou hoje no café da manhã com aquelas cantadas dele, mas até aí tudo bem, porque já virou rotina pra mim, mas depois todo mundo começou a formar pares pra ir a Hogsmeade, e eu já tinha você, mas aí fui inventar de falar que a Rose deveria ir com o Malfoy, mas ela retrucou e disse que eu tinha que ir com a droga do Potter, e eu, num momento infeliz, falei que só ia com o Potter se ela fosse com o Malfoy. Resultado? Ela acabou revelando que ia mesmo com o Scorpius, e agora estou sendo moralmente obrigada a ir com o Potter, sacou? Além disso, o ser irritante me fez perder o momento da declaração histórica do Louis pra Lucy e eu não pude ver o beijo da Lily e do Hugo. Ah, e não vamos nos esquecer do fato daquele galinha infeliz ter me beijado. Fim da história. -finalizei.

Os dois me olharam pasmos. É, falei muito mas falei bonito. O que não ia ficar nada bonito era a cara do Potter se ele chegasse 10 quilômetros de mim. Pelo menos por agora.

–O quê? Você vai com o Potter?- Davies estava irritado.

–Por Merlin, você só ouviu essa parte? É, eu vou sim!- eu me irritei também.

Charlotte olhou de mim para ele, se encolheu, sussurrou um “Falo com você depois”, e foi embora. Que bela amiga ela é, nem pra me dar apoio moral ela fica.

–Puxa, Dominique, até parece que não consegue dizer não para o seu primo!

Cerrei os dentes. Davies podia ser bonito, mas era um imbecil, coisa que James não era (vou levar isso que disse para o túmulo). Foi por isso que minha mãe nunca casou com o pai dele, o Rogério Davies, e preferiu o meu pai, Gui Weasley. Pelo simples fato de o sangue Davies conter alguma substância que os tornava idiotas.

–Consigo sim!- teimei.

–Não, não consegue. Sabe por quê? Porque é apaixonada por ele. Mas será que você não consegue perceber que ele nunca vai te amar? Você não é nada pra ele além de uma prima gostosa que ele acha que consegue pegar fácil.

Auch. Essa doeu. As palavras teriam me ferido infinitamente menos se fossem mentira. Mas era verdade.

Eu senti meus olhos marejando. Eu não sou uma pessoa durona, apesar de que todos achem que sou. Apenas Rose e Charlotte conhecem esse meu lado frágil, e elas são minhas melhores amigas, apesar de só Rose saber do que sinto pelo Potter. Nunca contei pra Charlotte porque... Bem... Ela gosta dele. Outra coisa que também dói.

Engoli o choro e me dirigi arrogante para o Davies.

–Isso é o que você pensa. –fiz uma cara do mal.-Ah, esqueci que você não pensa! Foi mal, Davies!

E dei as costas pra ele.

***

Eu não estava a fim de assistir uma aula de poções com a Corvinal, ainda que Molly, outra melhor amiga minha, estivesse lá, e hoje ela estaria colérica, aposto, pelo fato de o Fredoca ter beijado ela. Sério, a menina finge que não liga mas aposto que deve estar vibrando com o beijo bombástico que ele deu nela.

Mas eu não posso culpá-la. O Fred é tão galinha quanto o Potter, e ela tem medo de sofrer, ter o coração partido e tudo mais. Como eu.

Me sento no banco que fica na frente do lago Negro. Gosto de sentar ali sempre quando estou pensativa, quando quero ficar sozinha, ou quando o Potter faz alguma coisa que me entristece e Rose não pode falar comigo pra me aliviar.

É, eu sei que falo que ela é uma doida e tudo mais, mas é minha prima doida preferida (que as outras não escutem isso!), e entende o que estou passando. Bom, entedia, pelo menos até acordar pra vida e perceber que ama o Malfoy.

Mas o bom de sentar aqui, e sozinha, é que eu posso me sentir eu mesma e baixar aquele muro de força que eu não tenho.

Sinto as lágrimas escapando de meus olhos. E me lembro dele.

“O dia estava lindo e, pela primeira vez em muito tempo, meus primos estavam passando as férias aqui, no Chalé das Conchas. Eu tinha quase 16 anos, e meus primos, não as primas, nunca haviam me visto de biquíni, e, segundo Rose, eles teriam uma bela surpresa. Mas será que ele teria? Provavelmente não. O término dele com a Thomas só fez o lado galinha dele se mostrar mais, só que ele não olharia pra “priminha loira”.

E agora eu, que sempre quis a atenção dele, não queria mais pelo simples fato de não querer ser uma vadia na lista dele.

Infelizmente pra mim, ele ficou bem mais surpreso que o resto dos meninos. Os lindos olhos castanho-esverdeados me fitaram estupefatos, e logo começaram a me secar sem pudor nenhum. E ele estava lindo. Estava de bermuda, mas sem camiseta, e exibiam um daqueles tanquinhos em que até dá pra esfregar a roupa, bem definido graças ao Quadribol, e os cabelos escuros, que iam até o queixo, estavam despenteados de um jeito que eu gostava.

Tentei fingir que não ligava, mas o idiota não conseguiu fingir nada.

–Nossa, Domi! Por que escondeu toda essa beleza por tanto tempo?-ele me disse, me olhando de cima a baixo.

–Pra pervertidos como você não abrirem a boca. -eu disse friamente.

Ele me olhou meio estarrecido, mas o sorrisinho atrevido não morreu.

E ele passou o dia todo me olhando de um modo nada inocente, e nos dias de Natal, e nos começos das aulas, resumindo, sempre quando me vê.”

Aqueles olhares me matavam por dentro. De um modo bom e ruim. Então, depois daquele dia, ele mudou a visão que ele tinha de mim e deixou de ser aquele primo que adorava fazer brincadeiras comigo, de bagunçar meu cabelo e de me defender de garotos atrevidos.

Por que agora o atrevido era ele.

–Oi, linda. - ele pegou meu malão pesado como se fosse um mero travesseiro e colocou rapidamente no compartilhamento de cima da cabine.

–Potter. -eu disse secamente.

Ele não ligou muito para o meu humor e se sentou ao meu lado na cabine. Estávamos sozinhos, e esperando o resto da turma chegar.

–Você não parece muito feliz em ver o seu primo mais lindo e gostoso!-ele fez uma voz de falsete, o que me rir.

–Não é nada não. -tentei disfarçar, senão ele perceberia meu incômodo.

–Ah, tá bom. Soube que vai fazer testes para ser artilheira da Lufa-Lufa esse ano.

–É, eu vou.

–Tome muito cuidado pra não acabar se machucando e perder essa gostosura toda.

Me irritei na hora.

–Puxa, Potter, será que não dá pra parar de falar comigo desse jeito não?

–Desse jeito como?-ele fez cara de desentendido.

–Como se eu fosse uma vadia que você pega diariamente! Eu sou sua prima, não uma qualquer.

–Eu sei, Domi. Mas você é linda, não posso nem dizer isso?

– Não vale dizer coisas que eu já sei!

Ele riu enquanto o resto da família entrava ruidosamente e eu saía de perto dele.”

E é claro que não posso me esquecer da última vez que falei com ele. Que foi antes de eu falar com a Rose.

“-Domi! - me viro e dou de cara com James Sirius me olhando intensamente.

Eu estava indo para a aula de História da Magia que teria com a Grifinória, onde eu poderia me sentar com a Rose, conversar ou até dormir um pouco.

–Fala, James.

Ele bagunça um pouco os cabelos negros, um gesto que ele herdou do avô, segundo tia Gina, o outro James Potter, um gesto que ele sempre faz perto quando está meio... Pensando bem, nem sei por que ele faz isso.

–Quer ir a Hogsmeade comigo?-ele soltou a bomba.

Nem se ele falasse que Bellatrix Lestrange tinha ressuscitado eu ficaria mais surpresa.

Como ele ousava me pedir uma coisa assim, como se eu fosse uma daquelas vadias que ele ama tanto? Por que ele insiste em fazer isso? Eu já não tinha dito a ele como me sinto quando ele me trata de um jeito que pareça que não sou prima dele? Até parece que entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

Meus olhos encontram as íris castanho-esverdeadas. Uma cor que sempre me fascinou, que me fez perceber o que sinto por ele. Quando eu era menor, achava os olhos dele incríveis, brilhantes, queria ter olhos como aqueles. Quando fiquei um pouco mais velha, queria que aqueles olhos olhassem pra mim e que meus filhos tivessem aqueles olhos também. Um tempo depois, entendi o porquê daquele fascínio todo. Eu amava aqueles olhos porque amava ele. E não só porque ele era meu primo.

Mas eu não podia fazer isso. Ele me decepcionaria assim como fez com a Thomas, assim como Scorpius fez comigo. Mas a diferença é que eu não era apaixonada por Scorpius, ele era como todos os outros meninos, era apenas um jeito de me esconder dos olhos castanho-esverdeados que eu tanto amava. Um jeito de esquecer James. Agora, se o Potter em pessoa me decepcionasse, bem, eu choraria e ficaria bem mais chateada do que quando Scorpius terminou comigo.

Porque meu coração se partiria de verdade.

–Não-eu disse por fim. -Não, James, eu não quero. Você é meu primo, e é só isso que você é pra mim, nada mais. Não confunda as coisas entre nós. -eu falei olhando nos olhos dele, sabendo que aquelas palavras me afetariam muito mais do que afetariam ele.

Os olhos dele escureceram.

–Tudo bem, então.

E ele se foi, levando parte do meu coração junto.”

E, na hora seguinte, Molly me contou que James tinha convidado a Melody Thompson, o que quase me fez chorar de frustração e de raiva, mas de mim e dele. De mim por ser tão estúpida e de destruir minha felicidade, e dele por ter me feito me apaixonar por ele. Molly falou naturalmente, sem perceber que a cada palavra eu morria por dentro.

Tentei fingir que não me importava depois, desabafei apenas para a Rose. Continuei normal para todos, e James, estranhamente, não deixou de me lançar cantadas, mesmo com eu tendo desencorajado ele. Talvez isso signifique que ele não se importa mesmo com meus sentimentos, só quer me por logo na lista dele de vadias, que deve ser bem extensa, por sinal.

Limpo as lágrimas. Não quero que ninguém me veja assim.

–Domi?-escuto a voz que eu menos quero ouvir agora.

Viro um pouco a cabeça e encaro James.

–Oi, James. -tento esconder a angústia e o ressentimento presentes na minha voz, mas acho que não obtive muito sucesso, pois o Potter faz uma careta meio estranha.

–O que aconteceu?-ele se senta ao meu lado e seus olhos lindos me fitam meio preocupados.

–Ah, não é nada.

–Você discutiu com o imbecil do Davies, é isso?-agora ele parece meio raivoso.

–É, mas...

–O que aquele filho da mãe te fez?-ele se levantou meio apressado. Percebi de cara que ele ia dar uma surra no Davies.

–Ele não fez nada!-o puxei de volta para o banco. -A gente só discutiu porque, bem...

–Por que nós vamos juntos para Hogsmeade?-os olhos dele brilharam um pouco.

–É. Mas o que você está fazendo fora da aula?

Ele sorriu perversamente.

–Eu e Fred soltamos uma bomba de bosta na aula do Flitwick, e vazamos antes que percebessem que fomos nós. O Fred foi na cozinha, acho, e eu vi você aqui sozinha, parecia estar chorando, daí eu fiquei preocupado e resolvi ver o que tinha acontecido. Sério, se eu ficar sabendo que o Davies fez alguma coisa eu quebro a cara daquele maldito, ouviu bem?

Engoli em seco. Disso eu não duvidava nada.

Fez-se um silêncio constrangedor entre nós dois. É claro que existiria tensão entre nós depois dele ter me beijado. Agora eu não podia, não conseguiria, agir como se ele não fosse nada mais que meu primo. Porque ele era muito mais que isso.

–Olha-ele quebrou o silêncio. -Você não precisa se preocupar quanto a esse encontro. Eu não vou fazer nada que você não queira, e vou ser apenas seu primo, se é isso que você quer. Me desculpe por ser idiota e te tratar como se não fosse minha prima. Me desculpe mesmo. É que, antes de ser seu primo, sou homem. E você é, bem, linda, e não consigo me segurar perto de você.

ÃN? ELE FALOU ISSO MESMO?

–Ah, tudo bem. -cara, eu estava muito desconfortável. –Mas talvez nós devêssemos ignorar a Rose e irmos com nossos pares mesmo. Você quer ir com a sua namorada, não quer?

–É esse o problema. -ele suspirou. –Eu não quero. E ela não é minha namorada.

–Então chame outra pessoa, ué! Você é James Potter, todas as garotas dessa escola seriam capazes de matar alguém só pra ir com você!

–Todas menos uma. -ele evitou olhar pra mim. –É tão difícil assim pra você aceitar que eu gosto mesmo de você?

Ele não estava falando sério. Não podia.

Decidi ignorar isso.

–Uhn. Bem, eu tenho que voltar. -me levantei depressa. –Tchau, Potter.

Vazei dali antes que ele pudesse abrir a boca.


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Notas finais do capítulo

E aí? James e Nicky são megafofos, não são?



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