Acordei bem e disposta, como se nada tivesse acontecido, mas tive um choque de alívio quando vi Nathalia Valadares me encarando.

–E aí, Valadares?- perguntei me apoiando nos cotovelos.

–E aí, Swan?- ela disse, nos fazendo rir, era tão fácil ficar com ela, tão agradável, ela é meu Sol particular.

–Por quanto tempo eu dormi?

–Dois dias e meio- ela disse.

–E... onde estamos?

–Na enfermaria.

–Onde eu vou ficar?- perguntei- no chalé de Hermes?

–Bom, eu queria que você ficasse comigo no chalé de Apolo, Quíron...

–Quem?

–Quíron, centauro, diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue,- ela viu minha cara confusa e disse- o mesmo que treinou Hércules.

–Ah tá.

–Bom, de qualquer forma, ele disse que ia pensar.

–Vamos conversar com ele, então!

Ela foi até uma porta e eu a segui.

–Essa é a Casa Grande- ela disse, se referindo a uma casa azul de três andares, bom, era grande- venha!

Ela nem bateu na porta, entrou e nos deparamos com uma sala extensa, onde um cara gordo com uma camisa de tigre bebia um Diet Coke e outro estava sentado em uma cadeira de rodas.

Eles jogavam um tipo de jogo, e pela frustração do gordo do tigre, o da cadeira de rodas estava ganhando.

–Sr.D, Quíron- disse Nath.

–Oi Natasha- disse Sr.D.

–Na verdade, Sr.D, é Nathalia.

–Olá criança- disse Quíron com simpatia.

–Quíron, a Bella acordou- disse Nath.

–Eu vi, prazer Isabella, eu sou Quíron, e esse é...

–Dioniso? O deus dos tigres e do vinho?

–Como sabe?- perguntou Nath.

–Deduzi.

–Ótimo, ótimo, quer um Oscar?- disse o deus.

–Tem um pra me dar?- eu disse.

–Bom!- disse Quíron- Nathalia sobre o que você me pediu, acho que seria um desrespeito as regras, a resposta é não, desculpe.

–Tudo bem, Quíron, podemos nos ver durante o dia- disse Nath, mas havia um toque de tristeza em sua voz.

–Leve Isabella até o arsenal ok?- Quíron disse.

–Ok, tchau Quíron, tchau Sr.D, vem Bell.

Fomos conversando sobre um assunto qualquer enquanto N me levava pro arsenal, escolher minha arma.

Quando chegamos lá, vi infinitas opções, mas, nenhuma me agradava de verdade.

Eu gostava de arco-e-flecha, mas, numa batalha entre vida ou morte, não seria minha escolha.

As espadas eram todas muito pesadas, ou muito leves, quando achei uma equilibrada, coloquei ela no lugar, ela era muito... não sei dizer, só não era pra mim

Depois de vasculhar todo aquele lugar, acabei achando uma caixinha de veludo azul marinho, abri a caixinha com cuidado, pois era realmente muito velha.

Era um anel de prata com um raio rabiscado na frente.

Coloquei ele no dedo e senti algo diferente, o tirei novamente e coloquei sobre a palma da minha mão, ele brilhou um pouco e então se transformou numa adaga de prata, mas de alguma maneira eu sabia que ela era feita de bronze celestial, porém banhada em prata, era linda e mortal, também tinha um raio rabiscado no punho.

–Bella! Você conseguiu!

–Consegui o que criatura?

–Dizem que esse anel só se transformará quando a pessoa que o tocar não o quiser apenas por poder, mas, ninguém nunca conseguiu, até agora.

–Então, é isso que ele é afinal, uma adaga?

–Não exatamente, ele pode se transformar na arma que você quiser, até um escudo!

–Uau! É tipo uma arma universal?

–Mais ou menos, só você pode usa-lo, ele, apartir de agora, só obedece a uma pessoa, você.