Um mês depois...

Pov Percy Jackson

Está sendo muito difícil, já faz exatamente um mês que ela sumiu e desde então não tivemos se quer uma miséra pista de seu paradeiro!

Parte do acampamento já desistiu, já perdeu as esperanças, mas eu não. Eu nunca vou desistir. Permanecerei de pé até encontrá-la. Nem que eu procure até o fim dos meus dias.

Pelo menos ainda tenho algumas pessoas do meu lado, felizmente. Nathalia, Travis, Connor, Annabeth, a tal Alice e o resto da família Cullen, Apolo e mais alguns campistas se recusavam a desistir, e todos nós decidimos ir até o Olimpo, isso mesmo, foi uma ideia minha, mas eu não sabia como ia colocá-la em prática, quem fez isso foi Annabeth.

Chegamos ao Empire State, não viemos todos isso seria idiotice com tantos monstros por aí, só estavamos eu (mas é claro), Nathalia, Annabeth, Travis e Emmett (queríamos um vampiro para o caso das coisas não darem certo, mas não levaríamos a Alice pois daria briga entre ela e Nathalia e Annabeth, e é óbvio que não levaríamos Edward pois eu lhe daria um golpe certeiro com Contracorrente com a primeira insinuação que ele fizesse sobre Bella, Jasper não queria sair de perto de Alice, Carlise e Esme eram o que seguravam a família em pé depois do sumiço repentino de minha Bella, ou seja, nenhum dos dois poderiam deixa-los sozinhos, tinham medo, Rosalie chama muita atenção dos mortais, embora Bella de 10 a 0 nela, enfim, o armário ambulante foi nossa última opção).

–Olá- eu disse, ao homem atrás de um balcão- seicentésimo andar.

–Esse andar não existe garoto, volte pra casa- ele disse, sem desviar os olhos da revista que lia.

–Tenho hora marcada com os deuses, é urgente- eu disse- essas pessoas estão comigo.

Ele nos levou até o elevador e em cinco minutos estávamos no Monte Olimpo.

Fomos até o palácio e abrimos as portas, Emmett teve que ficar pra trás pois nenhum monstro sem autorização pode entrar na cidade dos deuses.

Quando entramos os olhares dos deuses se cravaram em nós, os únicos que pareciam estar felizes com nossa aparição repentina era Poseidon, Apolo e Afrodite, embora eu não fizesse ideia do porque ela estaria assim.

–O que vocês estão fazendo aqui?!!!- berrou Zeus, eu pude ver Hera se encolhendo.

–Queremos saber de Bella- disse Nathalia.

–E por que pensaram que eu teria alguma informação sobre ela?- perguntou Zeus.

–Porque ela é sua filha!- exclamou Annabeth, vi Hera se encolher ainda mais em seu trono.

Assim que meu olhar se cruzou com o da rainha dos céus, eu soube que tudo isso tinha um dedo dela, ela tinha alguma coisa haver com isso, por menor que seja, ela sabia de algo.

–Você pode até não saber de nada- comecei-, mas o mesmo infelizmente não pode ser dito da mulher sentada ao seu lado.

Todos os olhares de repente se voltaram para Hera, Zeus se levantou e sacudiu seus ombros.

–Você não pode ter feito isso! Minha menina não! Me diga, minha rainha, por favor, me diga que da boca daquele moleque que ousou tocar minha filha só saem mentiras!

–Foi tudo por você!- Hera disse, Zeus parou se sacudi-la e suas mãos caíram ao lado do corpo- eu te amo muito! Aquela pirralha estava me tirando você! Eu via o jeito como você falava dela! E... da mãe dela!

–ELA NUNCA NEM ME VIU!!!- urrou Zeus- ATENDI AO SEU DESEJO E NUNCA ME APROXIMEI DELA!!! FORAM APENAS DEZ MESES!!! DEZ MESES DE ALEGRIA AO LADO DA MINHA PEQUENA!!! E AGORA VOCÊ A DEIXA SEM NENHUMA LEMBRANÇA A MERCÊ DE QUALQUER PERIGO!!! VOCÊ SABE O ESFORÇO QUE EU FAÇO PARA PROTEJE-LA!!! SABE O QUANTO ME ESFORÇO!!! E SIMPLESMENTE ACABA COM TUDO!!!

–POR ISSO MESMO!!! VOCÊ ESTÁ SEMPRE CANSADO FORÇANDO O "OUTRO LADO" DELA RECUAR!!! NÃO ENTENDE QUE EU LHE FIZ UM FAVOR?!! FIZ UM FAVOR A TODOS LEVANDO AQUELA COISINHA INSIGNIFICANTE PRA LONGE DE TUDO E TODOS!!!- urrou Hera em resposta.

–JÁ CHEGA!!!!!! QUERO SABER ONDE ESTÁ A MINHA BELLA AGORA!!!!!!– gritei, mais alto que Zeus e Hera juntos.

Zeus não falou nada e dirigiu mais um olhar de mágoa a Hera, então se retirou da sala.

Então fiz o que nunca pensei que sonharia em fazer, mas eu estava muito desesperado...

Me ajoelhei de frente para a rainha dos céus.

–Por tudo que lhe é mais sagrado, eu lhe suplico! Onde está a minha Bella?- perguntei, ela apenas me olhou, fria e traiçoeira como uma geleira.

–Você já sabe que foi eu, já sabe que ela não se lembra de nada, agora descubra– ela disse, seguindo os passos de Zeus.

Uma lágrima solitária caiu de meus olhos e foi parar no chão de mármore.

Senti um cheiro doce de perfume caro e uma mão no meu ombro.

Me levantei e vi Afrodite me encarando, com um sorriso nos lábios.

–Tudo vai acabar bem, Perseu Jackson, e seu final feliz começa ainda hoje- ela disse.

Tirei sua mão de meu ombro e fui até as portas, senti outra mão em meu ombro, me virei e vi meu pai com o rosto sério.

–Você a ama, não é?

Assenti incapaz de falar qualquer coisa, a dor do coração partido já era ruim, mas eu não estava com meu coração aqui para quebra-lo, Bella o havia levado consigo, meu peito estava vazio, oco, a única coisa que me mantinha vivo era a crença de que eu iria encontra-la.

–Então não perca a esperança- ele disse.

–Pai, a esperança no momento é a única coisa que me mantém vivo- eu disse, então saí, podia sentir os outros atrás de mim, mais nem liguei.

Quando chegamos ao andar de baixo, um barulhinho irritante me tirou de meus pensamentos.

–Alô?- disse Annabeth, com um celular pressionado sobre a orelha- sim Di, ele tá aqui sim... não sei... é alguma notícia sobre... tudo bem... não, eu entendo... estou passando pra ele.

Ela me estendeu o pequeno aparelho, peguei e o pressionei no meu ouvido.

–Alô?- eu disse.

–Percy? Sou eu Diana, finalmente consegui um celular!

–Diana? Diana Smith?

–Sim, me escuta não tenho muito tempo, eu a encontrei, Percy.

–Encontrou o que?

–Nossa! Você é mesmo um lerdo!! A Bella, idiota! Quem mais seria?!! Você acha que eu teria me arriscado de usar um celular com tantos monstros a solta só pra falar com você?! Mas é claro que eu não faria isso!! O idiota lerdo aqui é você, não eu!! Mas eu nunca que iria fazer...

Diana continuou tagarelando como um papagaio, mas eu não prestava atenção.

Minha Bella, minha bela Bella, tinha sido encontrada!

–Cala a boca, Diana!!- exclamei ao celular- onde ela está.

–Estamos em Arendelle, a uns cento e cinquenta quilômetros a sudoeste de Nova York, você vai saber quando chegar, a uma grande placa azul e branca escrito: "Bem-Vindo a Arendelle! Uma cidade fria, mas que tem sua magia!"

–E... como ela está?- perguntei.

–De cabelos brancos. Literalmente. Adeus.

–Espera! Como assim de...- comecei, então ela desligou- cabelos brancos?

Entreguei o celular a Annabeth e pela primeira vez em trinta dias...

Eu sorri.