Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 4
Família Dó-Ré-Mi


Notas iniciais do capítulo

Heeeello
Tendo tão poucos comentários?
Vou enrolar para postar u.u



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Quando Isabelle e Miguel tinham 17 dias, em um domingo fresco de primavera, aconteceu o primeiro almoço de família na Mansão Campana. Nos dias anteriores, Fabinho e Giane haviam tentado se adaptar da melhor maneira possível a dois bebês em casa, além das visitas constantes das avós, tias e o pessoal da Casa Verde, que já não mais se aguentava de curiosidade para conhecer os pequenos.

Os dois tentavam lidar com isso da melhor forma possível, pois as visitas não se contentavam apenas em ir e ver as crianças, mas também queriam passar horas jogando conversa fora enquanto os bebês dormiam, horas essas que os novos papais pretendiam usar para também descansar. Mas ninguém parecia se tocar disso, e certa tarde Érico e Silvia haviam invocado de discutir uma grande campanha com Fabinho, que pegou no sono no meio da conversa.

E Irene, Margot, Malu e Camila não facilitavam, só saindo da casa da família Souza-Campana quando era hora delas mesmas irem dormir, e deixando que Giane e Fabinho enfrentassem sua maratona noturna.

_ Amor, promete que você vai conversar com elas. – implorou Giane, terminando de trocar Isabelle – Eu já falei com o Caio e ele vai segurar a Camila, mas as suas mães e a sua irmã é com você.

_ Relaxa pivete, eu vou dar meu jeito. – garantiu Fabinho, entrando no quarto da filha com Miguel já pronto – Até tentei que a Dra. Carla me desse um atestado que as crianças deviam ficar sem visitas por algumas semanas, mas ela negou.

_ Eu gosto das visitas, mas quando são como a tia Salma ou a Rosemere foram: vieram, viram os bebês, tiraram fotos, e foram embora.

_ E não como a Odila, que veio e ainda pediu para tomar um cafezinho enquanto o seu Nestor assistia jogo no último volume. – bufou Fabinho, lembrando do ocorrido – E vocês perguntam porque eu não gosto da velha.

_ Estamos prontas. – cantarolou Giane, apanhando Belle e virando para o pai, que sorriu.

_ Mas como tá linda a minha princesa. – ele sorriu se aproximando, beijando a cabecinha da filha – Você também tá gata pivete. Cê começou a emagrecer mais desde que eles vieram pra casa, né?

_ É que aqui eles mamam mais e mais vezes no peito. No hospital era só quando nós estávamos lá. – os dois desceram as escadas com os bebês – Já colocou tudo no carro?

_ O carrinho está lá, assim como as duas bolsas, os dois móbiles e um pacote de fraldas extra. – Fabinho conferiu a lista mental, fazendo Giane rir – Só não coloquei uma bola de futebol porque nem eles, nem você, podem jogar ainda.

_ Estou contando as horas para ser liberada, e ter disposição, para jogar com você. – a morena deu um selinho no marido – Vamos tirar uma foto antes de irmos? A Belle esta linda com esse vestidinho, e o Miguel com esse conjuntinho.

_ Eles ficam lindos até pelados. – garantiu o pai coruja, enquanto pegavam o celular e iam até o espelho grande no hall de entrada – Posso segurar os dois?

_ Pode bezerrão. – riu a corintiana, passando Belle para o pai e o abraçando pelas costas, posicionando a câmera do celular – Digam X.

~*~

Chegaram à casa de Plínio e Irene perto do meio dia, com os gêmeos adormecidos. Enquanto Fabinho armava o carrinho, Giane ficou de olho para ninguém aparecer gritando e acordar as crianças.

_ Pronto, podemos entrar. – avisou Fabinho, após ter colocado os dois bebês no carrinho - Vai na frente e pede silêncio.

Giane concordou, abrindo a porta da casa dos sogros com a chave e sendo recebida com gritaria, enquanto gesticulava pedindo silêncio.

_ Eles estão dormindo. – avisou ela – Ninguém grita ou toca neles, senão eu e o Fraldinha levamos eles embora.

_ Ai, não precisa ser grossa. – resmungou Malu, acariciando a barriga de quatro meses – Tá parecendo neurótica.

_ Tente dormir três horas por noite e você vai ver o que é neura. – resmungou Fabinho, entrando com o carrinho. Quando todos começaram a se levantar, ele praticamente rosnou – Emília, ajuda a Giane a levar eles para o quarto do Pedro, enquanto eu converso com minhas mães e a Malu.

A mulher concordou, se aproximando e pegando Miguel, enquanto Giane segurava Belle. As duas subiram diante dos olhares dos presentes, que pareciam emburrados.

_ Muito bem família colorida, vamos conversar... – pediu o publicitário – Eu tenho dois bebês pequenos e chorões, que só dormem e comem e choram e defecam. E mais importante: que exigem atenção em período integral enquanto não estão dormindo. Eles são dois, nós somos dois, mas infelizmente só a Giane tem peitos, então tem horas que o trabalho fica complicado.

"E não é que nós não apreciemos que vocês fiquem horas a fio acampados na nossa casa, tentando evitar o máximo possível que os bebês durmam, para que vocês se aproveitem da doce companhia deles... Na verdade, nós não apreciamos, mas isso não vem ao caso, ou vem, porque eis o lance: vocês podem ficar no máximo duas horas por dia lá em casa, começando hoje depois que sairmos daqui."

_ Como assim meu filho? – espantou-se Irene.

_ É isso aí mãe. Nosso tempo para dormir são as horas em que eles dormem. E com vocês fazendo bagunça em casa, o Pedro gritando o tempo todo, essa obsessão por não tirar as crianças do colo, nenhum de nós dois consegue descansar. E enquanto vocês voltam para suas casas e descansam a noite toda, nós aguentamos uma maratona de fraldas e vômitos. Então me desculpem se estou sendo rude, mas vai ser assim que a banda vai tocar. – Fabinho explicou teatralmente, da maneira irônica que só ele sabia fazer – Ah, e a Emília vai com a gente pra casa.

_ Como assim a Emília vai ficar lá? Não senhor, eu ou a Irene faremos isso. – protestou Margot, e Fabinho negou.

_ Nada isso avós corujas do ano. Vocês duas querem tanto ajudar que até atrapalham. – ele tentou ser o mais delicado que a falta de sono permitia – Olha, eu vou precisar voltar a trabalhar, mesmo que em casa, pra poder prolongar minha licença e ajudar a Giane, e isso quer dizer que durante o dia eu não vou mais poder ficar fazendo sala e impedindo ela de enlouquecer. Por isso a Emília vai conosco, e pra poder cuidar da casa.

_ Ela já tinha me avisado. – Plínio se manifestou – Ela volta antes do Rafael nascer, fica tranquila Malu.

_ Eu não to preocupada com isso. Eu estou é horrorizada com essa atitude de vocês, de quererem colocar tempo pra visita. – indignou-se a pedagoga.

_ Espera o Rafael nascer e você vai me dar um prêmio por essa ideia. – garantiu Fabinho – Bom... Vamos comer?

~*~

Claro que, depois da bronca de Fabinho, a tarde passou um pouco pesada, mas ele não se importou com isso, tampouco Giane. Silvério e Plínio concordavam com a posição dos filhos, assim como Maurício, e não fizeram cena, apenas aproveitaram o tempo que tinham com os bebês.

Malu, Irene e Margot, por outro lado, estavam ofendidíssimas, e quase nem falaram com o casal durante a tarde.

_ Eu já tenho duas crianças para cuidar, não preciso lidar com a birra de mais três. – foi o que Fabinho disse, quando colocavam as crianças no carro no final da tarde – Sério, eu não queria ter sido grosseiro, mas não está dando pra aguentar.

_ Elas logo vão entender. – garantiu Silvério – Agora vão antes que esfrie. Não queremos os bebês gripados.

Combinaram que Plínio levaria Emília no dia seguinte, e se despediram, pegando o trânsito de final de domingo. Giane estava no banco traseiro, entre as duas cadeirinhas, cantarolando para os bebês.

_ Você acha que nós pegamos muito pesado? – perguntou Fabinho, e a mulher negou.

_ Francamente foi um bem que fizemos. Sua irmã ainda está encantada com as crianças, mas quando o Rafa nascer e ela tiver que tomar essa atitude, vai ver que foi bom já prepararmos o terreno.

_ Às vezes eu acho que elas duas estão tentando compensar por não terem estado comigo quando bebê. As minhas mães. – Fabinho comentou – Querendo viver nos meus filhos o que não viveram comigo.

_ Pode até ser... – concordou Giane – Mesmo a Irene tendo dado toda aquela atenção pro Pedro, não preencheu o que ela perdeu com você. Mas ficar em cima da Belle e do Miguel também não vai compensar.

_ Eu sei, você sabe, mas elas ainda vão levar um tempo para entender. – Fabinho se recostou no banco do carro, observando o congestionamento – Isso aqui vai longe.

_ E tá quase na hora do Miguel abrir o berreiro de fome. – observou Giane, e o homem riu.

_ 911-peitos se preparando para entrar em ação. – os dois riram – Você podia amamentar para sempre, se isso significar esses peitões para sempre.

_ Eu tenho cara de vaca agora? – ofendeu-se a corintiana – Mas eu to realmente gostando de ter peitos grandes. Acho que vou colocar silicone.

_ Só depois de termos nossos sete filhos. – lembrou Fabinho, recebendo um beliscão. Miguel chorou, fazendo os dois rirem – 911-peitos, o que deseja? Um peito esquerdo cheio de leite? Ouviu pivete, alimente seu filho.

_ Você é muito babaca. – Giane gargalhou, pegando Miguel nos braços – Espero que eles não puxem seu senso de humor.

_ Só se forem filhos do padeiro, porque meu senso de humor está agarrado ao meu esperma.

_ Cala a boca e me deixa amamentar em paz. – pediu Giane rindo. Fabinho deu de ombros, ligando o rádio e começado a cantarolar o que quer que estivesse tocando.


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Notas finais do capítulo

COMEEEEEENTEM



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