Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 28
Pequena Catarina


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente.
Bom, chegou a hora... Bem vinda ao mundo da fic pequena Cat



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Janeiro terminou, fevereiro começou, as aulas das crianças voltaram, e a excitação na casa dos Sousa Campana só crescia com a proximidade do nascimento de Catarina. Giane já estava de repouso, para não haver risco de a pequena chegar antes da hora.

E afinal chegou março, com as tardes começando a esfriar lentamente, anunciando a chegada do outono. Giane praticamente só ficava na cama, apesar de não gostar disso. Os gêmeos passavam a tarde na escola, e dormiam até nove e pouco da manhã. O tempo restante, passavam na cama da mãe, querendo carinho.

Belle já estava dormindo no quarto novo desde meados de fevereiro, e os brinquedos haviam sido divididos nos dois quartos menores, dando assim um espaço individual para meninas e meninos. Então, quando Marcela, Rafael e Pedro iam brincar, ficava metade em cada lado, diminuindo o número de brigas e provocações.

Era tarde do dia 14, uma sexta-feira, quando Giane começou a sentir as contrações. A bolsa rompeu meia hora depois, logo que Fabinho chegou para buscá-la. As crianças estavam na escola, então não tinham com o que se preocupar.

Correram para o hospital e ao chegarem, a médica examinou Giane, avisando que em uma hora, no máximo, ela estaria dando a luz.

_ Meu Deus, da última vez demorou quase seis horas. – Fabinho se espantou.

_ Normalmente da primeira vez demora mais. – Carla explicou – A dilatação já está avançada, e as contrações estão com um tempo bom. Vocês vão querer buscar as crianças para estarem presentes?

_ Nós achamos melhor não. – Fabinho explicou – Eles são ansiosos demais, vai acabar dando bagunça. A Camila vai pegar eles na escola com a Marcela, e ficar com eles até amanhã. Ai eu vou conversar e avisar que a Catarina nasceu.

~*~

Perto das 17h, tomaram o caminho conhecido para a sala de parto. Dessa vez, só os avós estavam na sala de espera. Malu e Maurício estavam viajando com Rafael e seus avós paternos, e Camila e Caio haviam ficado dos gêmeos e Pedro.

Luz e Jonas, que seriam os padrinhos de Catarina, estavam deixando Matheus na casa de Salma e Gilson, para poderem chegar ao hospital assim que a menina nascesse.

_ Você parece tranquila Giane. – comentou a médica, enquanto terminavam de ajeitar as coisas.

_ Só de saber que só vai sair um, já é um calmante excelente. – a corintiana brincou, fazendo todos rirem.

_ Então podemos começar? – a mulher assentiu, dando a mão para o marido – Muito bem... Empurre.

Mesmo sendo só um bebê, o parto era doloroso e trabalhoso. Demorou cerca de quarenta minutos até a médica sorrisse.

_ Muito bem Giane... A Catarina coroou. Só mais um empurrão, está bem?

A parturiente assentiu, enquanto Fabinho secava seu rosto. Ela estava exausta, e ele podia ver isso bem.

_ Vai maloqueira, só mais um. – ele sorriu para ela, que sorriu de volta – Traz a Catarina para cá.

Ela apertou a mão dele, levando o corpo para frente e empurrando com força, gritando alto. Fabinho segurou o corpo dela, os dois focalizando as mãos da médica, que erguiam a criança recém-nascida, que chorava alto.

_ Parabéns papais, é uma menina linda. – sorriu a Dra. Carla, colocando a criança sobre a mãe. A enfermeira a enrolou, enquanto Giane a envolvia com os braços.

_ Oi bonequinha. – a mulher acariciou o rosto da filha, sorrindo emocionada.

_ Princesinha do papai. – Fabinho sorriu, beijando a cabeçinha da filha – Acho que ela saiu misturada.

_ Tem o meu nariz, mas os seus olhos. – Giane observou, sorrindo.

_ Muito bem papai, corte o cordão para podermos levar a mocinha aí para ser examinada. – pediu a médica, e Fabinho se levantou, indo cortar o cordão – Uma foto?

_ Vocês gostam de me pegar detonada. – reclamou Giane, fazendo o marido rir.

_ Já falei que você é linda o tempo todo. – ele beijou a testa dela, se inclinando ao seu lado – Agora sorri para a foto pivete.

~*~

Catarina de Sousa Campana nasceu no começo da noite de uma sexta feira, medindo 45 cm e pesando 2,985kg. Ela era pouco maior que o irmão mais velho que nasceu, mas ainda sim, Fabinho conseguia segurá-la com um só braço, talvez por não ter mais o nervosismo de pai de primeira viagem.

_ Ela é tão linda. – garantiu o pai babão, fazendo a esposa rir – Vai dizer que você não acha?

_ Óbvio que acho. Ela é maravilhosa – Giane puxou o celular do marido da cômoda – Vai, faz cara de gente para eu tirar uma foto. A Camila e o Caio devem estar se matando de curiosidade.

Ele arrumou a filha nos braços, sorrindo para a câmera. Giane tirou algumas fotos, estendendo o celular para ele. O homem riu, entendendo que era a deixa para devolver a menina para a mãe.

_ Uma vez leoa, sempre leoa. – os dois riram, enquanto Giane ajeitava a filha no colo e abria a camisola do hospital, a posicionando para mamar – Cadê sua máquina? Vou fotografar isso.

_ Tá na minha mala. – ela apontou a bolsa no canto, e o marido foi lá buscar – Você podia ter me dado tempo para tentar disfarçar o quão detonada eu to.

_ Giane, você acabou de parir. Isso não é novela para a mulher estar de maquiagem e cabelo arrumado, estando recém-parida. – ela deu risada, mas logo tinha a atenção inteiramente voltada para Catarina.

Apesar de Fabinho estar ali, aquele momento era só das duas. Ele tirou algumas fotos, logo saindo do quarto para atender o celular. Poderia ter atendido ali dentro, mas sabia que aquele momento era especial para Giane, e deixaria que ela aproveitasse.

A mulher observava a criança quase adormecida em seus braços, relembrando tudo que haviam passado até ali. Lembrou-se do aborto, praticamente um ano antes, e de como seu mundo havia caído no momento em que o médico confirmara que o bebê havia sido perdido, como havia tentado não sofrer, afastado Fabinho, feito-o sofrer ainda mais.

Lembrou de todos os momentos com os gêmeos, do carinho deles, de seu ciúmes, de sua ansiedade e animação. Tentava imaginar como eles ficariam ao ver a irmã ao vivo, se Isabelle iria novamente se fechar, se Miguel iria fazer dengo...

_ Pode se preparar princesa, você veio cair em uma família meio doida. – ela sussurrou, acariciando o rostinho da filha – Mas eu prometo que ninguém no mundo poderia te amar mais do que eu, seu pai e seus irmãos.

Catarina piscou os olhos para a mãe, fazendo-a sorrir. Ela acariciou os cabelos castanhos da menina, sentindo os olhos molhados.

_ Vocês realmente me transformaram em uma melosinha.

~*~

A manhã na casa dos Cardoso começou animada. Miguel, Belle e Marcela haviam demorado a pegar no sono, os três animados com as brincadeiras que faziam. Caio e Camila haviam penado para aquietar os três, especialmente porque os gêmeos ficavam perguntando pelos pais de tempo em tempo.

As 8h em ponto, os três pulavam na cama do casal, fazendo Caio quase ter uma epifânia. Camila tratou de trazê-los para a cozinha, começando a cozinhas panquecas (sua única especialidade), enquanto fazia-os falar sobre a semana na escola.

_ Mamãe, tem foto. – Marcela pegou o celular de Camila, desbloqueando a tela. Miguel e Belle esticaram os olhos, tentando ver – Que neném é esse com o dido?

_ Marcela. – bronqueou a mãe, pegando o celular. As crianças a olhavam curiosas – Hã... Caio.

_ Que foi Camila? – o homem entrou na cozinha.

_ Eles viram a foto. – ela indicou o celular, fazendo o fotógrafo suspirar.

_ Quem é o neném tio? – perguntou Belle.

_ O neném é a sua irmãzinha, meu anjo. – os gêmeos arregalaram os olhos – Ontem a tarde, os médicos tiraram ela da barriga da mamãe de vocês, que nem tiraram vocês.

_ E poque a gente não tá lá? – perguntou Miguel.

_ Porque criança só pode entrar no hospital em um determinado horário. – ele explicou – E quando for esse horário, o papai vem buscar vocês dois para irem lá, ver a mamãe e conhecer a Catarina, tá bom?

_ E que horário é esse? – Belle começava a ficar ansiosa.

_ Hã... Vou ligar para o Fabinho. – Caio pegou o celular.

_ Melhor. – concordou Camila.

~*~

_ Cêis não consegue engambelar duas crianças, pelo amor de Deus. – Fabinho entrou na casa dos amigos rindo, enquanto Caio fazia careta.

_ Não é minha culpa que eles saibam mexer no celular aos três anos. – defendeu-se o fotógrafo – E a propósito, parabéns pela filha. É linda.

_ Claro que é. Eu que fiz. – o publicitário debochou, abraçando o amigo – E cadê meus filhos?

_ Estão lá em cima. – ele apontou as escadas – A Belle quis que a Camila arrumasse ela para ir conhecer a Catarina. E o seu moleque tá dando em cima da minha filha.

_ É meu garoto. – Fabinho riu – MONSTRINHOS.

_ Papai. – ouviu os dois gritarem. Foi até o pé da escada, vendo-os descer correndo. Abriu os braços, onde os dois se jogaram – Cadê a Cat?

_ Tá no hospital, junto com a mamãe. – ele explicou.

_ Poque ela tá no hospital? – perguntou Belle.

_ Porque ela acabou de nascer. – explicou ele – E quando os bebês nascem, eles tem que ficar um pouquinho no hospital com as mamães, para os médicos terem certeza que eles tão bem.

_ E canto é um poquinho? – perguntou Miguel.

_ Só um dia, filho. – Fabinho sorriu – Hoje a tarde a mamãe e a Catarina já vão com a gente para casa. Tudo bem?

_ Sim. – concordou o menino.

_ Agora vaaaaamo. – implorou Belle, fazendo os adultos rirem.

_ Amanhã a gente dá uma passada lá. – avisou Camila – Pelo visto o dia vai ser agitado.

_ Cê nem imagina quanto.

~*~

Giane estava sentada na poltrona do quarto, ninando a filha. Catarina piscava os olhos para a mãe, que cantarolava uma cantiga de ninar. Fabinho havia mandado uma mensagem avisando que havia chegado, para que ela não estivesse na cama. Seria mais fácil dar atenção aos gêmeos assim.

_ Amor? – Fabinho colocou a cabeça para dentro da porta. Ela sorriu, indicando que ele entrasse – Tem duas pessoas bem ansiosas aqui.

Contrariando o que o pai havia dito, Miguel e Belle entraram agarrados nas pernas dele. Os mais velhos riram, enquanto Giane estendia um braço na direção dos filhos.

_ Vem dar um beijo na mamãe. – pediu ela, chamando-os com a mão. Eles se aproximaram devagar, beijando o rosto dela um de cada vez, ficando atrás da poltrona, observando a irmã com curiosidade – Essa é a Catarina, a irmãzinha de vocês.

_ Ela parece boneca. – comentou Belle, enquanto a bebê alternava o olhar entre os irmãos.

_ Parece, mas não é. Ela é bem delicadinha, então tem que tomar cuidado, tá bom? – os dois concordaram – Podem mexer nela.

Isabelle estendeu a mão, passando com cuidado na cabeça de Catarina. A menininha fechou os olhos, fazendo a mais velha sorrir.

_ Ela gostou. – Giane deu um beijo na cabeça da filha mais velha – E você Miguel?

_ Ela queba? – os pais riram.

_ Se você tomar cuidado, não. – garantiu Fabinho, que estava com a máquina da esposa – Porque você não pega a mãozinha dela?

O menino assentiu, pegando a mãozinha da irmã. Ela agarrou dois dedinhos dele, fazendo-o sorrir. Ele balançou um pouquinho, rindo com a gêmea. Giane sorria maravilhada para os três filhos, enquanto Fabinho clicava sem parar.

_ Pode beja? – perguntou Belle, e os pais concordaram. Ela se inclinou, beijando a cabeçinha da irmã. Miguel logo a imitou, os dois cada vez mais agitados.

_ Vocês querem segurar ela? – perguntou Giane.

_ Pode?

_ Com cuidado, sim. – a mãe se levantou, indicando que eles sentassem na poltrona. Como ainda eram pequenos, conseguiram sentar um ao lado do outro – Eu vou colocar a cabeçinha dela no colo da Belle, depois do Miguel. Tá bom?

_ Tá. – os dois estavam ansiosos.

_ Pivete, deixa que eu ponho. – Fabinho deixou a câmera na cama, se aproximando – Ainda deve ser ruim para você ficar abaixando.

Ela concordou, passando Catarina para o pai. Ele se abaixou no joelho, colocando a filha caçula no colo da mais velha, arrumando o braçinho dela para que ficasse ajeitado.

_ Pronto... Tá segurando a Catarina. – o pai sorriu, vendo o sorriso enorme da filha. Miguel parecia estar feliz também, encarando a irmã caçula maravilhado. Fabinho se afastou para o lado, deixando que Giane fotografasse os três pequenos. Pegou o celular, ele mesmo tirando algumas fotos, e já mandando para a família.

_ Minha vez. – pediu Miguel, e ele se aproximou, trocando a bebê de lado. As duas crianças pareciam maravilhadas, imersas em alegria e ansiedade. Foi quando Catarina começou a chorar, assustando os irmãos mais velhos.

_ Acho que ela tá com fome. – riu Fabinho, enquanto Giane ia pegar – Muito bem 911-peitos, entre em ação.

_ De novo 911-peitos? Pelo amor de Deus, Fabinho. – Giane se acomodou na cama, abrindo a camisola. As crianças levantaram correndo, indo até a cama e observando o que aconteceria, curiosos. Quando Catarina abocanhou o peito da mãe, eles arfaram surpresos – Que foi?

_ O que ela tá fazendo? – perguntou Miguel.

_ Ela tá mamando. Lembra que a gente falou, que ela ia mamar no peito da mamãe? – perguntou Fabinho, e os dois concordaram – Então... Ela está comendo, porque ela tava com fome.

_ É assim que ela vai come sempre? – perguntou Belle.

_ Até ela ficar maior, sim. – concordou Fabinho – Vem aqui, vou colocar vocês na cama.

Ele sentou os dois de frente com a mãe, enquanto eles observavam a irmã se alimentando. Sentou-se na poltrona, pegando o celular e tirando uma foto. Giane amamentava Catarina, enquanto Miguel e Belle a observavam, sentados com as perninhas cruzadas.

“Dando as boas vindas a mais nova integrante da nossa família. Bem vinda ao mundo Catarina, nós te amamos muito ♥ #bonequinha #princesa #campeao #pivete #fraldinha”


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Notas finais do capítulo

Eu morri de fofura com esse capítulo, realmente hihi'
Espero que tenham gostado
Beeeijos