Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 25
Melhor presente do mundo


Notas iniciais do capítulo

ALEGRIA, ALEGRIA, ALEGRIA.
É ISSO QUE NOSSO CASAL MARRENTINHO MERECE, CERTO?



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Claro que disfarçar uma gravidez por seis semanas seria difícil. Giane estava enjoada em excesso, o que para ela era um bom sinal: significava que o bebê estava se desenvolvendo dentro dela. Ela também estava tendo muitas mudanças de humor, sono e calor, em pleno inverno. Eram coisas difíceis de disfarçar, mas com algum esforço, ela é Fabinho conseguiram.

Fizeram um ultrassom por semana, querendo garantir que o bebezinho dentro dela crescia com saúde. Todos os exames mostraram o coraçãozinho batendo, o corpinho de desenvolvendo e tudo dentro do planejado. Por sorte, Giane ainda não estava engordado tanto, apesar de sua barriga começar a salientar, o que era escondido pelas roupas de inverno.

E quando ela completou o terceiro mês, logo antes da festinha de três anos dos gêmeos, pode afinal respirar aliviada.

_ Muito bem Giane, pode ficar tranquila. – a Dra. Carla finalizou o ultrassom – Esse bebê parece muito bem agarrado aí dentro e nada disposto a se soltar.

_ Assim espero Carla, assim espero. – garantiu a corintiana, enquanto o marido beijava sua mão, ambos sorrindo para a imagem congelada na tela.

~*~

_ Damos a notícia hoje ou esperamos amanhã? – perguntou Fabinho, enquanto terminavam de se vestir para a festa.

_ Se contarmos agora, a festa toda vai saber. – Giane ponderou – Podemos contar no final... Tira menos a atenção das crianças.

_ Por mim tá ótimo. – ele a abraçou por trás, envolvendo a barriga dela – Tão bom poder ficar assim, sentindo isso.

Giane sorriu, se recostando nele e acarinhando a barriga. Havia passado as últimas semanas com medo, e não se deixara envolver totalmente. Mas agora, tudo estava bem, e ela sabia que aquele serzinho que crescia em seu ventre, estaria ali pelos próximos meses.

E não podia expressar em palavras o quanto aquilo era regozijante para seu coração.

~*~

O tema daquele ano era a turma do Mickey, e os gêmeos usavam orelhinhas dos camundongos. As demais crianças usavam chapéus de festa, e Fabinho e Giane estavam com camisetas com estampas do personagem.

Haviam contratado animadores fantasiados para entreter as crianças, enquanto os pais desfrutavam de um momento para conversar. Os doces tinham formatos de personagens, os salgadinhos formavam os contornos de Mickey, Minnie, Pluto, Donald e Pateta, e os copinhos eram preenchidos por refrigerantes e sucos combinando com a cor do personagem na estampa.

_ Olha cunhadinha, você sempre capricha, mas se superou hoje. – elogiou Malu, observando a festa – Tá tudo impecável.

_ Tudo pelos meus anjinhos. – Giane sorriu, observando os filhos. Abraçou discretamente a barriga, sentindo o pequeno volume – Quero que eles tenham as melhores lembranças possíveis.

_ Você é uma mãe incrível, sabe disso não é? – Giane corou, fazendo a cunhada rir.

_ Pivete, vamos cortar o bolo que já ta dando a hora. – chamou Fabinho, e ela e Malu o seguiram.

O bolo era lindo e tinha o formato do ratinho símbolo da Disney. Miguel e Belle foram trocados pela mãe, vestindo fantasias dos personagens e correndo para a mesa do bolo. Como sempre, Malu e família ficaram do lado de Belle, os Cardoso do lado de Miguel, e os avós e tios fechando as pontas da mesa.

Após o animado coro de parabéns, os gêmeos se preparavam para assoprar as velinhas. Miguel sussurrou algo para a irmã, que assentiu.

_ 1, 2, 3. – contaram, assoprando as velas juntos. Todos bateram palmas, incluindo os pais, que sorriam emocionados para os pequenos.

_ Papai pode saber o que vocês pediram? – perguntou Fabinho, abraçando a filha.

_ A gente pediu po Papai do Céu manda o maninho logo. – explicou Miguel, fazendo os pais trocarem um olhar emocionado.

_ Vocês não precisam pedir mais, meus amores. – garantiu Giane, sentindo os olhos cheios de água – O irmãozinho de vocês já está aqui, na barriga da mamãe.

Os dois irmãos arregalaram os olhos, maravilhados. Eles puxaram a blusa da mãe, fazendo ela e Fabinho rirem, e constaram que ela estava mesmo um pouquinho maior e mais redonda. Os dois pularam para os braços de Giane, enquanto Fabinho fechava o abraço e todos os presentes comemoravam.

~*~

_ Eu não acredito que vocês esconderam isso por um mês e meio. – Malu ainda estava um pouco emburrada, porque não tinha ficado sabendo antes – Poxa, vocês podiam ter contado pelo menos para mim.

_ Maninha, do jeito que você é ansiosa, teria espalhado para a família inteira antes que nós terminássemos de dizer “vamos ter outro bebê”. – Fabinho abraçou a irmã mais nova, enquanto ela o ajudava a levar os presentes para o quarto de brinquedos – E a Giane estava bem insegura. Nós fizemos seis ultrassons nessas semanas, para ela ter certeza que estava tudo bem com o bebê. Foi praticamente o mesmo número de exames que fizemos na gravidez dos gêmeos inteira.

_ Mas ela está bem? – Fabinho assentiu.

_ Todos os exames mostraram que está tudo bem, a saúde dela está perfeita, a exceção dos enjoos. – os dois riram – Ela apenas não queria dar esperanças para o Miguel e a Belle, e depois acontecer alguma coisa. O aborto mexeu muito com ela, sabe?

_ Você sabe que eu entendo. Morro de medo de ter outro filho e passar pelo que passei com o Rafa. – garantiu a pedagoga – Mas ainda sim... To triste que fiquei sabendo com todo mundo.

_ A gente ia contar depois, mas na hora, com as crianças falando daquele jeito... – Fabinho sorriu – Eles pediram tanto por isso, torceram tanto... Nós não aguentamos mais privar eles disso, eles mereciam esse presente.

_ Vocês todos mereciam. – Malu abraçou o irmão mais velho – Você e a Giane surpreenderam nesse lance de serem pais... Saíram muito bem, bem mais do que eu algum dia imaginei.

_ Eu sei, eu mesmo fico surpreso às vezes. – ele riu – O Miguel e a Belle despertaram um lado meu que eu não conhecia, e nem imaginava que podia existir. Eu sou maluco por eles dois, e vou ser maluco pelo novo bebê. Virei um melosinho.

_ Não Fabinho. Você virou em excelente pai.

~*~

Naquela noite, o casal entrou com os filhos na banheira da suíte. Colocaram bastante água e fizeram espuma, para que as crianças se divertissem. Mas eles pareciam mais interessados em saber do irmão.

_ Vocês ficaram felizes? – perguntou Fabinho, observando os filhos abraçados com a mãe, acariciando a barriga dela.

_ Sim. O maninho tá vindo. – sorriu Belle, enquanto a mãe acariciava seus cabelos molhados – Canto tempo ele vai fica na barriga?

_ Mais seis meses. – os gêmeos ficaram confusos, fazendo os pais rirem – Quer dizer que vai passar o Natal, o ano novo, o Carnaval, e aí ele vai nascer.

_ Vai demoa. – reclamou Miguel.

_ A gente já esperou até agora campeão, podemos esperar mais alguns meses, não é? – o menino concordou – E enquanto isso, a gente vai ver a barriga da mamãe crescer.

_ Ele já mexe, que nem o Matheus mexia? – os pais negaram – E cando ele vai mexe?

_ Daqui um ou dois meses. – as crianças fizeram bico – É assim amores... O bebê começa como uma sementinha. E aí, ele vai crescendo. Que nem o feijãozinho que vocês colocaram no algodão. Demorou um tempo para ele começar a ser visível, não é?

_ É. – os dois concordaram com o pai.

_ Então, o bebê é igual, só que mais devagarzinho. – o homem sorriu – Ele começou como uma sementinha que plantou na barriga da mamãe. Agora, ele já é um feijãozinho e está começando a formar os braçinhos, as perninhas... Daqui a pouquinho, ele vai estar com tudo formado e vai ficar chutando a barriga, e nós vamos poder sentir. Com vocês foi assim também.

_ A gente chutava a baiga? – Giane confirmou.

_ Faziam uma festa com as costelas da mamãe, que eu não conseguia nem dormir. – os dois riram – É verdade, vocês não paravam quietos. Só quando o papai cantava para vocês.

_ Cê cantava papai? – perguntou Miguel, e o pai confirmou.

_ Quando vocês não deixavam a mamãe dormir, o papai ficava cantando. Aí vocês dormiam e a mamãe também. – ele lembrou, sorrindo – Tudo que o bebê vai fazer na barriga da mamãe, vocês também fizeram.

_ São dois nenéns, que nem a gente? – os pais negaram – Poque?

_ Nem todo mundo é gêmeo que nem vocês meu amor. – explicou Giane – Isso só acontece às vezes. Normalmente, é um bebê só, que nem agora.

_ A gente foi na Dra. Carla, lembram dela? – os gêmeos confirmaram – Nós vimos o bebê trouxemos o filme para casa. Vocês querem ver?

Perguntar se criança quer doce. Logo, estavam os quatro na cama do casal, onde passariam a noite, já que os gêmeos haviam pedido. Normalmente o casal não deixaria, mas devido a ocasião, abriram uma exceção.

Giane se apoiou no peito do marido, enquanto as duas crianças deitavam na barriga dela, as mãozinhas acariciando a barriga. Eles sorriam diante daquele carinho, imaginando o que os filhos estariam sentindo.

Fabinho deu play no DVD, começando a rodar todos os exames. Eles foram explicando o que estava na tela, deixando as crianças ouvirem o coração, perguntarem...

No 5º, perceberam que Belle havia pegado no sono e Miguel já beirava a inconsciência. Dois minutos depois, o menino ressonava junto da irmã, fazendo os pais rirem. Desligaram a TV e o DVD, ajeitando as crianças entre si.

_ Acho que nunca vi eles tão felizes. – comentou Fabinho.

_ Nem eu. – Giane sorriu – Só quero ver se vão continuar assim quando o bebê nascer.

_ Óbvio que não, eles vão ser irmãos mais velhos. É parte do trabalho reclamar. – os dois riram – Boa noite pivete. Eu amo vocês.

_ A gente também te ama. – ela sussurrou de volta, envolvendo os filhos com um braço, e a barriga com o outro.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando.
Beeeijos