Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 24
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

To com sono, então sem grandes notas, ok?



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_ Já disse que odeio o inverno? – resmungou Fabinho, se arrastando para fora das cobertas – Ele é frio.

_ É por isso que se chama inverno. – riu Giane, se enrolando mais – Quer que eu desça fazer o café?

_ Não precisa, a Santa já deve ter cuidado disso. – ele garantiu, entrando no closet – Pode voltar a dormir e aproveita que só trabalha depois do almoço.

_ Eu to de folga essa semana, para poder ficar com os gêmeos. Não quero deixar eles tanto tempo com as avós. – garantiu a mulher, coçando os olhos – Mas não vou poder dormir muito mais não... Em uma hora, no máximo, eles estão aqui, pulando para me acordar.

_ Pensa o seguinte: você ainda vai ficar na cama por uma hora. – ele saiu do closet rindo, já completamente agasalhado – Eu vou enfrentar as ruas frias de São Paulo.

_ Deu até peninha. – Giane lhe deu um selinho – Você vem almoçar?

_ Porque vocês não vão à agência, e nós almoçamos naquele restaurante que as crianças gostam? Vai ficar difícil para eu voltar. – ele propôs, e Giane concordou – Ótimo... Vou comer e ir para agência. Te amo.

_ Também. – ela lhe deu outro selinho, vendo-o sair do quarto, enquanto voltava a se acomodar nas cobertas e adormecia.

~*~

_ Mamãe, mamãe, mamãe. – sentiu dois corpinhos pulando na cama, balançando tudo. Riu baixinho, virando-se e encontrando os filhos – Bom dia.

_ Bom dia amores. – ela estendeu os braços, e os dois correram se acomodar ali – Dormiram bem?

_ Sim. – respondeu Miguel.

_ Sim. – Belle fez eco ao irmão – Mamãe, cando você e o papai vão compa uma cama pa gente?

_ Nós podemos ir ver uma, se vocês quiserem. – garantiu a mulher – Mas vocês ainda não tão muito pequenos para isso? – ela riu da careta deles, enquanto Miguel ficava de pé.

_ Eu sou gande mamãe, gandão. – ele garantiu, estufando o peito – Só bebê dome em berço.

_ Tudo bem grandão, tudo bem. – ela riu novamente, se sentando – Vamos tomar café da manhã e brincar, e mais tarde nós vamos lá na agência, almoçar com o papai. E depois, eu levo vocês verem uma cama, está bem?

_ A tia e Dida podem ir? – pediu Belle, e Giane concordou.

_ Vou ligar para elas também, ok? – as crianças concordaram, enquanto viam a mãe jogar as pernas para fora da cama – Bom, vamos tomar café e...

_ Mamãe? – os gêmeos se assustaram ao ver a mãe bambear, se apoiando na cama – Mamãe, tá tudo bem?

_ Tá sim, só fiquei tonta. – ela fez careta – Acho que faz muito tempo que não como nada.

_ Qué que chame a Santa? – perguntou Belle, mas a mãe negou.

_ Tá tudo bem princesa, de verdade. – Giane ajudou os dois a descerem da cama – Vamos comer?

~*~

A manhã na agência correu depressa. Fabinho teve que resolver problemas de duas campanhas, e estava enfiado na sala de criação quando a família chegou.

_ Papai. – os filhos atravessaram a agência correndo, passando pelo meio das pernas das pessoas. Todos riam dos gêmeos, enquanto Fabinho saia da sala de criação com um sorriso enorme – Papai.

_ Monstrinhos. – ele abaixou, pegando um em cada braço. Os dois começaram a beijar o rosto do pai, que sorria deliciado – Sentiram saudades?

_ Sim. – garantiram os dois, enquanto Giane vinha cumprimentando todo mundo – Papai, a mamãe fico dodói.

_ Como assim dodói? – Fabinho arqueou a sobrancelha, enquanto Giane bufava.

_ Eu fiquei tonta quando sai da cama. Ontem não jantei direito e hoje eles acordaram tarde. – ela explicou, pegando Miguel e colocando no chão. Fabinho soltou Belle, e logo os dois corriam para todo o lado, sendo paparicados – Não foi nada, sério.

_ Tudo bem, então vamos comer logo. Não quero você passando mal de novo. – ela concordou – Sócio, vou almoçar com a família. Volto em uma hora.

_ Vai lá cara. – riu Érico, que estava com Belle no colo – Tchau boneca. O Gabriel falou que tá com saudades de você.

_ mantém seu moleque na dele, que se não eu mantenho. – resmungou o publicitário, pegando a filha do chão. Todos que estavam perto riram, enquanto Giane dava a mão para Miguel e saiam andando.

Miguel media 95 centímetros, um pouco alto para a idade, mas dentro do peso correto, 15 kg. Já Belle era baixinha, media 90 cm e pesava 13 kg, mas ainda dentro do peso esperado. Os dois já deixavam o formato de bebê para o formato de criança, mais esguios e menos gordinhos. As mãozinhas ainda eram gordinhas, mas bem menos do que antes.

O restaurante ficava há apenas dois quarteirões, então a família foi a pé. As crianças logo correram para os brinquedos, enquanto os pais sentavam-se à mesa e faziam os pedidos.

_ Eu vou no shopping com a Malu e a Camila. – Giane contou – As crianças resolveram que querem uma cama, e não mais berços.

_ Eles não têm nem três anos. – riu Fabinho, mas a esposa deu de ombros.

_ Acho que não tem problema... Compramos uma bicama para cada um, assim podem trazer os priminhos dormir em casa. – ela explicou – Logo eles estarão pedindo por isso.

_ Realmente, o Miguel comentou que queria que o Pedro e o Rafa dormissem em casa. – contou Fabinho, bebericando sua coca-cola – Bom, você quer que eu vá junto?

_ Não precisa amor, você tá enrolado na agência. As meninas me ajudam, porque vão escolher para as crianças também. – garantiu a corintiana – Se eu precisar, te ligo.

_ Tudo bem... Os pratos estão vindo, vou pegar as crianças. – ele levantou da mesa, indo para a área infantil. Giane suspirou, virando seu copo de suco e tentando disfarçar a tontura.

~*~

Se mulher é complicada para comprar móvel, imagine tentar conciliar o gosto de uma mulher com o de uma criança. Ou crianças.

_ Eu quelo a cama rosa.

_ Eu queo aquela com um cainho do Oi Uils.

_ A da Babie, mamãe.

_ Eu vou morrer louca. – suspirou Giane, enterrando o rosto nas mãos – Miguel, Belle, nós vamos levar uma bicama branca para cada um. Está bom?

_ Ah mamãe... – choramingara.

_ A gente compra lençol da Barbie e do Batman, e aí a cama vai ficar legal. – ela propôs, vendo os pequenos pensarem – E podemos comprar um bichinho de pelúcia para enfeitar a cama. Pode ser?

_ Tá bom. – as crianças se deram por vencidas, fazendo a mãe sorrir.

Malu convenceu o filho a fazer o mesmo, mas Camila não teve tanta sorte. Marcela acabou vencendo e levando uma cama rosa com a cabeceira da Barbie, na qual ela dormiria por um mês, no máximo, antes de enjoar e fazer a mãe comprar uma igual a dos primos. Mas Camila era quem sabia o que fazia com a filha.

Foram em busca das roupas de cama para as crianças, que quiseram diversas diferentes. Foram à loja de brinquedos, onde Belle escolheu um panda de pelúcia, Miguel uma bola igual a que mãe tinha, Rafael um carro de pelúcia e Marcela um dálmata.

No fim da tarde, pela primeira vez na vida, as três mulheres estavam exaustas de shopping, cheias de sacolas, mas sem nada para elas.

_ Chega, nós vamos para casa. – decretou Giane, apanhando as sacolas – Eu to morrendo de cólica, preciso deitar.

~*~

Fabinho chegou já de noite, após horas resolvendo uma campanha complicada. Estava cansado, com sono, pronto para cair na cama, mas sabia que ainda teria uma maratona pela frente. Os gêmeos dificilmente dormiriam antes das 23h e ele teria que aguentar, para não deixar Giane morrer louca.

Mas para sua surpresa, a casa estava silenciosa. Eram apenas 20h, esperava pelo menos um pouco de bagunça. Foi direto para seu quarto, encontrando Giane deitada na cama, com os gêmeos esparramados ao lado.

_ Que milagre é esse? – ele sussurrou, vendo-a rir.

_ A vizinha estava com o cachorrinho aqui em frente, e eles quiseram brincar com ele. Levaram ele para o campinho e correram por uma hora e meia. Caíram duros depois do jantar. – ela contou, levantando da cama – Amor... Vem comigo no banheiro.

Ele a encarou confuso, mas concordou. Entrou no banheiro atrás dela, vendo-a fechar a porta. Ela suspirou, caminhando até a gaveta da pia e pegando algo lá de dentro. Ela virou-se para ele, mordendo o lábio inferior e estendeu o objeto em suas mãos.

_ Isso é... – ela confirmou, sorrindo. Ele pegou o teste de farmácia na mão, vendo o sinal de positivo – Ai meu Deus, você tá grávida.

Ele correu abraçá-la, erguendo-a no ar. Ela riu, agarrando o pescoço dele, enquanto rodavam pelo banheiro.

_ Fabinho, para que eu quero vomitar. – ela pediu, fazendo-o rir – Nunca estive tão feliz por estar enjoada.

_ Por isso você ficou tonta hoje? – ela confirmou – Você marcou médico? – ela confirmou novamente, mordendo o lábio.

_ Amor, não vamos contar para ninguém ainda, por favor. Nem para as crianças. – ele sorriu, compreensivo – Depois do terceiro mês, é mais difícil perder. Pela data da minha última menstruação, eu devo estar de seis semanas. Eu completo três meses logo antes do aniversário deles. Pode ser uma surpresa.

_ Calma, não fica afobada. – ele riu, fazendo-a rir também – Nós vamos manter isso só para nós dois, pelo menos até termos certeza que está tudo bem. E então... As crianças terão o melhor presente de aniversário do mundo.


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Notas finais do capítulo

Yeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey, alegria, alegria, alegria.
Beijos ;@