Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 18
Primeiro Dia de Aula


Notas iniciais do capítulo

Heeeello
Teremos uma passagem de tempo de quase um ano aqui, e bom, o tempo vai começar a passar mais rapidinho e tal.
Mas espero que gostem, ok?



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_ Miguel, para de perturbar a sua irmã. Fica com os seus carrinhos e deixa ela com as bonecas. – mandou Giane, da cozinha, enquanto preparava o jantar. Não precisava ver para saber o que estava acontecendo, só os choramingos de Isabelle eram o bastante.

_ Adorável chegar em casa. – brincou Fabinho, entrando pela porta da cozinha. Giane riu, quando ele a abraçava pela cintura e beijava seu pescoço – Boa noite maloqueira.

_ Boa noite fraldinha. – ela lhe deu um selinho – Agora me solta ou eu vou queimar os legumes.

_ Saudades de comer pizza. – ele choramingou, indo para a sala – Olá monstrinhos.

_ Papai. – as duas crianças se atiraram sobre o pai, deixando seus brinquedos para trás. Ele os ergueu do chão, revezando os beijos nos rostinhos gorduchos.

_ Giane, acho que cortou demais o cabelo da Belle. – Fabinho reclamou – Poxa, os cachinhos dela são lindos.

_ Eu falei pro tio Lili cortar menos. Mas ele não deu bola. – a corintiana bufou – E eu tive que pedir para cortar mais o do Miguel. Ele é um gênio para arrumar noivas, mas para cabelos de crianças de dois anos...

_ Vamos procurar um salão especializado em crianças na próxima. – garantiu Fabinho, colocando as crianças no chão – Vão brincar amores, daqui a pouco a janta está pronta.

Os dois correram para a sala, e Fabinho ficou um tempo observando se precisaria bronquear Miguel. Nos últimos meses, o pequeno andava terrível, louco para infernizar a irmã gêmea de todas as maneiras possíveis.

_ Giane, eu andei pensando... Acho que já passou da hora de eles irem para a escolinha. – comentou Fabinho, recebendo uma fuzilada – É sério pivete. Eles só convivem com a gente, com o Rafa e a Marcela. Eles precisam ter uma convivência maior com crianças da mesma idade, até mesmo para diminuir essa implicância do Miguel.

_ Fabinho, eles fizeram dois anos algumas semanas atrás, ainda é muito cedo. – Giane voltou sua atenção para o jantar, ouvindo o marido suspirar.

_ Eu sei que é difícil para você abrir mão deles... Mas uma hora, eles vão ter que sair de baixo da nossa asa amor. Mesmo que por meio período.

~*~

_ Eu ainda acho que é uma má ideia. – Giane resmungava, a caminho da escola. Após muita persuasão de Fabinho, Silvério, Irene e Margot, a corintiana concordou em deixar os dois pequenos irem à escolinha. Ela e Camila haviam passado os últimos meses do ano avaliando todas as escolas infantis de São Paulo, até se decidirem pela que Pedro estudava.

E agora, ali estavam, no final de janeiro, levando os pequenos para seu primeiro dia de aula.

_ Giane, curte o momento e como eles estão fofos no uniforme. – pediu Fabinho, arrumando a mochila de Miguel – Gostou da mochila do Batman?

_ Baiman. – gritou o menino, fazendo o pai rir.

_ E você meu amor? Gostou da mochila da Bela? – ela observou a bolsa confusa – Essa é a Bela, a princesa. Não é?

_ Belle, eu. Bela, ela. – ela apontou as duas, fazendo o pai assentir.

_ Vão ser as crianças mais espertas da sala. – riu Fabinho, vendo Giane ainda fazer bico – Amor...

_ Fabinho, e se eles tiverem fome? Ou frio? E se eles se machucarem? E se ficarem com medo? – ela explodiu, fazendo o marido rir – Eu não vou ter como acudi-los.

_ Pivete, nós não vamos ter como cuidar deles o tempo todo, para sempre. – lembrou o publicitário – Eles precisam aprender isso, e nós dois também. É só meio período, às 17h nós estamos aqui para pegá-los. Fica calma.

Ela concordou, não tão certa disso. Pegaram os gêmeos pelas mãozinhas, caminhando com eles até o portão de entrada. Camila e Caio estavam enchendo Marcela de beijos, o homem tentando convencer a esposa a soltar a menina.

_ Crianças, vocês vão ficar com a Marcelinha aqui hoje. – explicou Fabinho – O papai e a mamãe vem buscar vocês de tarde, tá bom?

_ A não ser que vocês queiram antes. Aí vocês pedem para ligar para a mamãe. – Giane quase chorava, enquanto Fabinho revirava os olhos – Eu amo vocês, está bem?

_ Ti amo. – garantiu Miguel, abraçando a mãe. Belle fez o mesmo, e Fabinho fechou o abraço. Eles beijaram os filhos, e Fabinho os levou até a moça do portão, que os pegou pela mão sorrindo – Tchau mamãe.

_ Tchau mamãe. – Belle fez eco ao irmão, acenando com a mãozinha. Os pais acenaram para eles, enquanto eles entravam. Giane mordeu o lábio inferior, enquanto Fabinho a abraçava e puxava para o carro.

_ Eu não gostei disso, não gostei nenhum pouco. – ela fez bico, começando a chorar. O publicitário riu, beijando a testa dela – É sério seu cavalo, eu quero meus filhos.

_ Calma Giane, eles estão bem. – riu Fabinho – Só fazem dois minutos que nós os deixamos.

_ Mas em dois minutos eles podem ter caído, ralado o joelho, levado uma picada de abelha... Ai meu Deus, precisamos voltar. – Fabinho a segurou pela cintura, enquanto via Caio arrastar Camila.

_ Pelo amor de Deus, parecem duas leoas. – assustou-se o fotógrafo – Vamos precisar dopar elas?

_ Não sei... Tem vodca no carro? – as duas mulheres bufaram – Calma, se acontecer alguma coisa séria, a escola vai ligar. Vamos tocar com o dia?

~*~

Pela primeira vez em três anos, Giane voltou à agência de Caio. Claro que havia feito visitas esporádicas, mas agora estava ali novamente como fotógrafa. E já tinha uma sessão naquela tarde, o que ela esperava que ajudasse a mascarar a falta dos gêmeos.

_ Giane, são três horas. – cantarolou Camilinha, assim que a sessão acabou – Já podemos pegar as crianças.

_ Mas não é até as cinco? – perguntou Brunetty, que era a modelo do dia.

_ Nos primeiros dias não. Nós vamos buscar eles mais cedo, para eles irem acostumando aos pouquinhos. – explicou Giane, guardando a máquina – O Caio ainda não terminou a sessão lá na Liberdade?

_ Não, ligou que atrasou tudo lá. – explicou Camila, fazendo bico – Mas eu vi que o Fabinho mandou mensagem e já está indo para lá.

As duas praticamente voaram pela cidade, até chegar em frente a escola. Fabinho já estava lá, escorado no carro, falando ao celular com Érico. Desligou assim que viu as duas, caminhando até elas e dando um selinho na esposa.

_ Pronto meninas. Morreram? – ele brincou, recebendo um beliscão.

_ Vamos logo pegar as crianças. Elas devem estar desesperadas. – as duas mães correram para dentro da escola, esperando encontrar os filhos aos prantos, desesperados por vê-las.

Mas o que encontraram foi o trio em meio as demais crianças, brincando no parquinho, se divertindo como nunca na vida.

_ Eles três se adaptaram super bem. – explicou a professora, sorridente – O Miguel ficou brincando com os carrinhos, enquanto a Isabelle e a Marcela brincaram com os fantoches. Elas adoraram contar historinhas com as crianças. Eles comeram o lanche direitinho e...

Enquanto a mulher falava, o peito de Giane se apertava, enquanto Fabinho sorria mais e mais. A professora, uma mulher de cerca de trinta anos, chamada Luciana, contou tudo das horas que as crianças haviam passado ali.

_ Bom, se amanhã eles continuarem nesse ritmo, já podem ficar até às 17h. – ela garantiu – Se não amanhã, depois. Eles estão se adaptando muito bem. – os pais assentiram – Eu vou buscá-los.

Ela foi até o parque, chamando os três e apontando os pais. Logo, os pequenos se atiravam sobre os mais velhos, começando a tagarelar sobre tudo que haviam feito.

_ Calma, calma, calma. – mandou Fabinho, rindo. As duas mulheres, ao contrário, estavam emburradas – Vamos pegar as mochilas e ir para casa? Lá vocês contam tudo.

Pegaram as mochilas e se despediram de Camila e Marcela. Colocaram os gêmeos na cadeirinha, e Fabinho começou a perguntar coisas que a professora havia contado, como o nome dos amiguinhos que haviam conhecido. Apesar da fala falha de dois anos, as crianças respondiam razoavelmente bem.

_ Agora falem para a mamãe que vocês morreram de saudade dela, para ela desemburrar. – Fabinho pegou a mão da esposa, que estava quieta no banco.

_ Mamãe, tava com saudai. – Belle colocou a mãozinha no encosto do banco da mão. A morena tocou a mão da filha, dando um beijinho – Ti amo.

_ Ti amo. – repetiu Miguel, fazendo Giane sorrir.

_ E eu também te amo. – garantiu Fabinho – Todos nós te amamos, ouviu?

_ Eu também amo vocês três. – ela sorriu, apertando a mão do marido – Mas me contem... A tia Luciana é legal?

E recomeçou o falatório.


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Notas finais do capítulo

Quero um Fabinho para a minha vida, obg, de nada.
QUERO REVIEWS, OK?
Beeeijos