Moustache escrita por Ster


Capítulo 1
Moustache - Capítulo único




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Eu sempre sorria quando as pessoas me perguntavam sobre minha infância.

Para mim, os dez primeiros anos da minha vida foram um escaldante verão na grama do Parque Bristol na esquina de minha casa. Com diversas crianças correndo pelo grande gramado, virando os balanços, subindo o escorregador e brincando de casinha no Casulo do Coelho. Os berros da Senhor Weasley atrás de Bill e Charlie batucavam em minha mente se eu a forçasse o suficiente para me mostrar cada detalhe dos dias mais preciosos que eu já tive.

E então eu via seu sorriso.

Seus cachos balançavam quando ele me erguia bem alto. Então colocava-me deitada em seu ombro e corria enquanto eu fingia ser uma super-heroína. Me jogava para o alto e eu me sentia tão segura quando sentia suas mãos em minha volta. Seu sorriso escandaloso semelhante a latidos invadiam meus ouvidos e eu simplesmente sabia...

Estava tudo bem.

5

– Ok, agora nós vamos embora. – eu me lembro claramente do dia em que Bigode me levou ao grande Big Daddy. Era uma loja de brinquedos muito popular no mundo bruxo, era enorme e cheia de crianças, era o paraíso completo. Na verdade, Bigode estava encantado com a facilidade de números que ele conseguia das mães fingindo que eu era sua filhinha enquanto ele improvisava em uma triste história da morte de sua esposa na hora do parto.

Particularmente, eu gostava mais quando ele fala que minha suposta “mamãezinha” morreu em um grande acidente de vassoura. Quando eu chorava enquanto ele contava a história era um bônus que me rendia um sorvete na volta pra casa.

– Não! – meu cabelo se tornava vermelho e eu cruzava os braços com toda a ira que uma pirralha de cinco anos poderia ter.

– Ohhhh está me desafiando? – Ele ficava de joelhos e olhava no fundo dos meus olhos. – Nós vamos para casa agora, Ramona.

A morena que Bigode estava paquerando daquela vez olhou-me carinhosamente enquanto eu me preparava para tocar o terror. Havia dias que inexplicavelmente eu detestava Bigode. Simplesmente não conseguia conversar com ele quando ele não fazia minhas vontades.

– Eu não vou para casa. Ela está mal assombrada! – Bigode uniu as sobrancelhas.

– Assombrada? – perguntou a mulher morena, agachando-se também. Bigode ajustou sua coluna para parecer mais másculo e eu sorri para eles, mostrando apenas minha gengiva, afinal, eu estava sem os dois primeiros dentes.

– Sim, papai leva muitas mulheres para lá e elas voltam depois e ficam chorando e implorando...

– Ramona! – Bigode levantou-se de supetão e agarrou-me pela cintura, tapando minha boca enquanto eu me contorcia. – Ela tem psicologia fantástica, já foi diagnosticada e tudo...

Mulheres? Você disse que não sai com ninguém desde que sua mulher morreu! – acusou a mulher.

– E SÃO MUITAS! – gritei com todas as minhas forças, irritada por Bigode dizer novamente que eu tinha psicologia alguma coisa! Aquilo era só uma desculpa para gente mentirosa, o que na verdade ele devia ter, pois mentia compulsivamente para as mulheres.

– Ramona!

– MEU NOME É TONKS, MEU NOME É TONKS, MEU NOME É.... – Bigode finalmente colocou-me no chão quando a mulher foi embora. Ainda irritada, tratei de morder seu braço e puxar seu cabelo. Sai correndo por toda a loja em seguida, ouvindo os berros e ameaças de Bigode. Nós passamos pelo Grande Escorregador, pulamos na cama elástica e subimos a Grande Muralha para cairmos na Grande Piscina de bolinhas. A essa altura ele já não estava mais com tanta raiva assim, então eu ainda ganhei meu sorvete no fim do dia.

E claro, o ajudei a paquerar a sorveteira.

6

Bigode estava de mal humor.

Estava chovendo muitíssimo forte e mais uma vez ele teria que ser minha babá enquanto meus pais saiam juntos. Eu já havia milhões de desenhos de Bigode e estava terminando minha versão zumbi do mesmo quando eu tive a brilhante ideia de lhe pedir um cachorro.

– Não.

– Por que não?

– Porque cachorros dão trabalho.

– Bem, você dá trabalho.

– Sim.

– Sim o quê?

– Já disse que não, Dora!

– Mas Bigode, você acabou de dizer sim!

– É, mas não foi pra isso.

– Você pode ser meu cachorro então.

– Claro que não, que absurdo.

– Por que? Você não é um cachorro?

– Você não entende.

– Então explica.

– Dora, será que não pode voltar a fazer sei lá o que estava fazendo?

– Bigode...

– O quê?

– Por que temos sobrancelhas?

– Não sei.

– Como não sabe? Você é um adulto.

– Não sabendo, oras!

– Então use a varinha.

– Ok.

– Quero fazer essas tatuagens,

– Quando você crescer...

– Quando você blahblahblahblah...

– Puta que pariu!

– Puta que pariu.

– Não! Não repita isso, é feio... Oh meu Deus, Andrômeda vai me matar...

– Puta que pariu!

– Nymphadora, pare com isso!

– MEU NOME É TONKS, PUTA QUE PARIU!

– TONKS, PARE!

– Estou parada.

– Me prometa que não vai repetir essa palavra na frente de seus pais.

– Puta que pariu?

– SIM! Começando agora, pare de falar isso.

– Por que? O que significa ‘puta que pariu’?

– Significa... Olha, só pare de falar, ok?

– Mas Bigode, o que significa?

– Significa algo muito feio.

– O que é tão feio para ter esse nome?

– Olhe só, Dora, está passando aquele desenho que você gosta, vamos assistir...

– BIGODEEEE, O QUE SIGNIFICAAAAAAAAAA

– Pare de gritar!

– Pare de gritar!

– Não comece com isso...

– Não comece com....

– NYMPHADORA!

– MEU NOME É....

– CHEGA! – Então eu conseguia o que eu tanto queria. E ele me erguia o mais alto que ele conseguia e subia as escadas em uma velocidade assustadora. E me girava e brincava comigo como se eu fosse um avião. Talvez ele cantasse ‘Nymphadora In The Sky With Diamonds’ até eu dormir, ou revesse todos os meus desenhos. Também tinhas quando brincávamos de mimica ou simplesmente vestíamos roupas de todas as cores e tirávamos fotos engraçadas.

E alguns anos mais tarde ele me explicou o significado da palavra feia.

7

– É meu chá de princesas! – bati o pé no chão, chorando escandalosamente. – Tem que ter bolinhos, Bigode, tem que ter bolinhos...

– Porra, vamos atrás desse caralho desses bolinhos! – Bigode me carregava como se eu fosse uma bolsa debaixo de seu braço. E ele realmente saiu na sua de calção, tiara de fadas, e comigo vestida de princesa. Entrou no mercado com muita coragem e comprou os bolinhos para o Chá das Princesas. Voltou para casa ainda com a tiara e levou-me novamente até meu quarto, onde nos reunimos na mesinha e tomamos chá de mentira.

– Está uma delícia. – ele estava odiando cada segundo do chá e eu sabia disso. Mas ele teria que me aguentar. Eu estava amando vê-lo com aquela tiara de princesas entre seus cachos bagunçado e embaraçados, sua barba mal-feita por conta das missões da Ordem da Fênix e sua camiseta suja de tinta que ele me pegara sujando a casa na noite passada.

– Quer chá de pizza?

– Que tal chá de rinoceronte cruzado com uma hiena? – sorriu ironicamente, erguendo sua mini xicara cor-de-rosa. – Docinho, será que eu posso ir agora?

– Não se sai assim do chá das princesas.

– Amor da minha vida, eu não sou uma princesa.

– Claro que não, a única princesa aqui sou eu. – continuei enchendo minhas xícaras de chá, tranquilamente. – Coma um bolinho, Bigode.

– Não estou com fome.

– Coma um bolinho. – olhei-o mortalmente enquanto ele pegava um bolinho de má vontade e enfiava na boca, mastigando agressivamente.

– Dora...

– Meritíssima Senhora Princesa Tonks. – Bigode suspirou de olhos fechados.

– Meritíssima Senhora Princesa Tonks, será que posso ir agora?

– Mas Bigode... – fiz beicinho, prestes a chorar. Era minha arma mortal contra Bigode, ele não resistia ao meu alto e escandaloso choro. Ele arrependeu-se do que disse em segundos e ergueu sua xícara.

– OK, OK, MAIS CHÁ, MAIS CHÁ, ME DÁ CHÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!

8

– Pelo amor de Merlin, Bigode, eu te imploro...

– Não, eu já disse que não!

– Mas é rápido, ninguém vai ver! – os primeiros sinais de magia no meu sangue foram o fato de eu ser uma metamorfomaga, mas eu realmente usei magia quando eu apostei corrida de pulos com Bill Weasley e dei um salto tão grande que fui parar no terceiro quarteirão do bairro. E não era daqueles dias meu desejo absurdo de furtar a varinha dos adultos, principalmente a mais fácil de todas que era a de Bigode.

– Eu já disse que não! Pare de insistir e suba logo. – Como ele havia me prometido um passeio de moto, eu subi na sua preciosa Guzzi e olhei o mais emburrada que eu conseguia ser enquanto ele colocava o capacete em mim. Ele subiu na moto e ordenou que eu abraçasse forte enquanto ele dava partida.

Sua varinha escapava pelo bolso quando eu a peguei e sai maneando em todas as direções, atirando raios para todos os cantos.

– NYMPHADORA!

– MEU NOME É TONKS, MEU NOME É TONKS, MEU NOME....

– NYMPHADORA, ME DÊ ESSA VARINHA AGORA! – berrou ele sonoramente enquanto guiava a moto. As pessoas olhavam assustadas o garoto de dezoito anos berrando com a criança de cabelo roxo com um graveto enquanto a moto seguia em alta velocidade. Frágil, assustada com os berros de Bigode, abri o berreiro. – Cristo crucificado o que eu fiz pra merecer essa garota!

– EU QUERO VOLTAR!

– DORA, GUARDE A VARINHA, AGORA!

– MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃE

– SUA MÃE NÃO ESTÁ AQUI... CHEGA! – Bigode parou a moto e desceu da mesma, arrancando a varinha de minhas pequenas mãos e o capacete também. Ele estava furioso. – Será que você não pode se comportar nenhuma vez na sua vida? É tão difícil assim?

Chorei mais alto assim.

– Pare de chorar. – sua voz era profunda. Autoritária e séria. O meu choro diminuiu aos poucos até restarem apenas soluços. – Você vai ter sua varinha em breve, não precisa da minha.

– Mas eu quero agora.

– É, mas a vida não é tão fácil assim, não é? – ele enxugou minhas lágrimas e rendeu-se a um sorrisinho. – Olhe, falta pouco, ok? Não pode usar minha varinha, porque ela é minha. Tem que ter a sua própria varinha, uma feita unicamente e especialmente para você.

– Uma varinha só minha? – sorri, encantada.

– Desenhada e formulada apenas para você. – sorriu Bigode. – Agora vamos tomar um grande milk-shake e depois jogar bombas de bosta na casa de James. Certo?

E eu assentia, sorrindo como se o sol fosse brilhar para sempre.

Ele parecia imortal.

9

Eu estava apaixonada.

O cabelo vermelho, as sardas por todo o rosto magro, os olhos verdes e brilhantes... Ele era perfeito! Que garota poderia resistir a um sorriso tão sincero e adulto? Ele estava indo para Hogwarts, era um homem completo!

– Aquele pirralho dos Weasley? Qual o nome dele mesmo? – Bigode fazia descaso de minha jovem e imperfeita vida amorosa. Ria de meus relatos sobre como meu estomago se revirava e minhas mãos tremiam quando ele se aproximava demais com seu cheirinho de grama.

– É BILL WEASLEY, BIGODE!

– Pare de gritar que eu não sou surdo! Já disse pra você aprender a controlar sua voz. – ele continuou concertando sua moto e sorrindo para a vizinha que o admirava sem camisa. Eu sinto vontade de rir quando eu me lembrava que tinha nojo quando Bigode tirava sua camisa, não entendia porque as meninas ficavam tão agitadas perto dele.

– O que eu faço, Bigode? O que eu faço para Bill Weasley se apaixonar por mim?

– Nada. Você é muito nova pra essas coisas.

– Eu tenho nove anos.

– E eu tenho dezenove. Dez anos a mais de experiência para repetir: Você é nova demais para essas coisas. – Então novamente, eu sentia raiva de Bigode. Na verdade, ele teve sorte de não estar por perto quando aprendi azarações, pois eu iria testar todas nele. – E você não está apaixonada por Bill, você não sabe o que é isso...

– Claro que sei!

– É claro que ela sabe, Bigode. – a mulher que concordou comigo era a namorada de Bigode, Piper Greengrass. Ela era a mulher mais bonita que eu já vira em toda a minha vida de nove anos. Tinhas longas madeixas negras com as pontas azuis, usava um óculos de grau preto e tinha uma tatuagem de rosas no ombro. Eu gostava muito dela.

Mas ela morreu duas semanas depois naquele dia.

E Bigode nunca mais foi o mesmo.

10

Bigode apareceu na véspera do meu aniversário.

Ele tinha cortado o cabelo e feito a barba, sequer tinha sentido continuar a chama-lo de Bigode. Tinha um ar sério e preocupado, havia deixado de ser o mesmo há muito. Após a morte de sua Piper, só vieram desgraças. Metade de seus amigos morreram também, o que fizeram mudanças drásticas no Bigode que eu costumava conhecer.

– Hogwarts está chegando. – sorriu ele agachando-se para ficar do meu tamanho. – Ansiosa?

– Estou com medo, Bigode. – lamentei-me, prestes a chorar. Ele pareceu triste.

– Por que, princesa? Não precisa ter medo, Hogwarts é incrível.

– Mas... Mas em que casa eu vou cair se não me encaixo em nenhuma? – Bigode sorriu enormemente, uma coisa que estava ficando muito rara nele.

– Você é tão ambiciosa quanto uma Sonserina, corajosa como uma Grifinória, inteligente como uma Corvinal e leal como uma Lufa-Lufa... Seja qual for a casa que te receber, será a mais sortuda de toda Hogwarts. – ele enxugou minhas lágrimas carinhosamente. – Me perdoe, mas agora eu realmente preciso ir. Mas juro solenemente que irei te levar para comprar os materiais semana que vem, ok?

– Para onde está indo?

– Meu amigo Pedro está sumido, vou na casa dele ver onde ele está.

– E o bebê Harry?

– Por isso mesmo preciso ir atrás de Pedro, pois caso ele não esteja bem, bebê Harry corre perigo. – Bigode levantou-se e arrumou sua capa, avaliando-me com um sorriso. – E você está ótima com essa fantasia de Dumbledore.

– Obrigada. – sorri.

Era Halloween, 31 de Outubro.

A última vez que eu vi Bigode.

22

Meu coração estava palpitando.

Cada passo meu deixava-me mais nervosa, ainda mais quando finalmente vi o homem no fundo da sala. Ele parecia mais alto nas minhas lembranças. Esqueci-me como respirar... Como eu posso respirar? Continuei caminhando até chegar perto o suficiente. Era ele.

Era Bigode.

Os cachos, mesmo que agora tivessem fios brancos e estivessem mal tratados. Os olhos acizentados, o bigode e as tatuagens. Era o próprio. Seu olhar passou por mim de relance, o que atingiu-me mais do que eu podia ter pensado. Fez meu peito pesar.

– Essa é minha protegida, novata Tonks. – apresentou Moody. Então ele realmente me olhou. Mas seus olhos estavam tão duros e gélidos, não eram semelhantes aos amendoados e carinhosos de Bigode. Ele ergueu a mão e eu apertei.

– Espere... Tonks? – sua voz... Estava mais rouca, mas era a mesma de minhas lembranças. Comecei a soar frio, sentindo minha garganta secar. – Nymphadora Tonks?

Assenti lentamente.

– Meu Deus... Não é possível... – ele parecia emocionado. Largou minha mão, um pouco assustado, e então arrumou seu cabelo rapidamente. – Minha princesinha... Eu... Meu Deus, como... Como cresceu tão rápido?

Sinceramente? Eu não liguei em responder, apesar atirei-me em seus braços. Eu realmente o abracei. Eu queria sentir-me segura em pleno 1994, onde Voldemort estava novamente tentando dominar o mundo bruxo. E eu finalmente havia achado meu melhor amigo perdido, ali estava ele. Bigode pareceu assustado no começo, mas fora questão de segundos para que me desse um verdadeiro abraço.

Eu bebi saudade por doze anos.

23

BLUE MORGAN - MILLION DOLLAR BABY

Eu perdi Bigode um ano depois após tê-lo encontrado.

Não fora o suficiente para voltarmos a nossa relação de antes. Ele veio tão rápido quanto foi. E por toda a minha vida eu estive procurando em todos os cantos alguém que pudesse substituí-lo na minha vida, mas eu descobri que isso era impossível.

Porque Sirius era insubstituível.

Ele era um grande sopro de verão que traz esperança em uma tarde escaldante. Era uma grande e preciosa pedra, ou aquela imagem valiosa em sua vida, em que você não pode ouvir ou tocar, que está apenas na sua mente. E eu acho que está tudo bem agora. Pois eu aprendi tudo que ele poderia ter me ensinado. Eu tinha fotos, não tinha roupas ou lembranças, eu não tinha nada de uma das pessoas mais importantes da minha vida. Em seu testamento, Sirius deixara tudo para Harry, exceto...

“Minha Nymphadora no céu com diamantes,

Infelizmente eu já estou morto quando receber essa carta. Mas é através dela que venho pedir desculpas por não ter voltado depois do Halloween. Eu daria qualquer coisa para ter te levado para comprar seus materiais e te ver experimentando sua varinha pela primeira vez.

Eu juro que iria no último Grande Chá das Princesas.

Não regularia nenhuma dica para você conseguir algo com Bill Weasley, te diria onde estavam as passagens secretas de Hogwarts e não hesitaria em te ensinar boas azarações. Te levaria ao shopping e aguentaria suas crises de adolescentes até eu me estressar, claro, e te deixar sozinha e sem como voltar pra casa.

Estou divagando, desculpe.

O que eu quero dizer é que eu queria participar de cada momento de sua vida. Mas como eu não posso voltar no tempo, vou te aconselhar agora: Se realmente ama Remus, estão o consiga. Lute por ele. Nunca desista, ele é teimoso, mas eu sei que ele corresponde seus sentimentos. Não tenha medo do futuro e nem da morte, minha princesinha... A vida passa tão rápido, não seja boba e evite se preocupar...

PS.: Você disse que queria uma foto nossa, as que eu tinha queimaram com minha casa em 81, a única coisa nossa que eu tenho está no fundo dessa carta, guarde com carinho.

Sempre seu,

Bigode”

O desenho estranho de um alto homem com bigode de mãos dadas com uma garotinha de cabelos roxos conseguiu reunir esses dez anos muito bem.

Ele estava de mãos dadas comigo...

E isso significava que estava tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Aos leitores de About Sirius Black, vemos nossa iluminada Piper Greengrass mais uma vez.

Uma one bem bobinha pra gente não perder o costume.

Espero que tenham gostado.

MUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH ♥