Who We Are escrita por Winger


Capítulo 3
Capítulo 3: Sirius Black is an idiot


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Aí está mais um capítulo! Esse aqui eu quero dedicar para a Miss Stars pela recomendação logo no 2º CAPÍTULO! Muuuuuuuuito obrigada, linda! Você não tem ideia do quão grata eu estou agora!
Bem, espero que gostem.
LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Lily Evans

– Não estou desconfiando de você. – retruquei. James me lançou um olhar acusador. – Tudo bem, estou sim. – confessei. – Mas eu só acho um pouco estranho o fato de Sirius ter ficado como dupla da Lene no trabalho de História da Magia, Remo com Dorcas e eu com você. Isso parece apenas planejado. – tentei falar o mais baixo possível, visto que nos encontrávamos na biblioteca.

– Como você se atreve a me acusar de algo assim? – ri da expressão exagerada que ele fez. Segundos depois, suavizou o rosto e vi surgir o seu típico sorriso maroto. – Tudo bem, fui eu. Não sei se você percebeu, mas os casais daqui estão precisando de um “empurrão”.

– Nós não somos um casal.– rebati.

– Não estava falando de nós dois. – revirou os olhos. – Mas do nosso grupo nós fomos os únicos que sobraram, você não gostaria de correr o risco de ficar com o Mike Meleca, ou gostaria?

Senti um arrepio percorrer todo o meu corpo ao me lembrar de toda a meleca que escorria do nariz de Mike. Aquele garoto estava sempre gripado. Provavelmente já pegou mais gripes do que eu vou pegar em toda a minha vida.

– Não, - tremi mais uma vez. – definitivamente não. – James sorriu da minha cara de espanto.

– Poxa, Lily, por quê? – ele perguntou debochado. – Aquela linha de secreção descendo do nariz dele é tão sexy.

Gargalhei em voz alta, recebendo depois vários “shhhhh” de quem estava na biblioteca.

– Sabe, - eu disse, me controlando para não rir. – você não é tão babaca quando não está me convidando para sair.

– Eu nunca sou babaca. – o fitei. – O.k., talvez um pouco, mas você estava sempre muito ocupada gritando o quanto eu era impertinente para perceber o quão legal e gato eu era. – ele deu de ombros, sorrindo.

– Ora, cale a boca. – eu disse. – Você dava motivo para eu agir do jeito que eu agia.

– Bem, talvez eu fosse um pouco chato. – admitiu.

Um pouco?­ – como resposta, ele, num ato totalmente maduro, me deu língua, e eu ri.

Por um momento me peguei pensando em tudo aquilo que estava acontecendo à minha frente. Caramba, eu estava conversando com James Potter, e estava me divertindo. Se alguém me dissesse tempos atrás que algo desse tipo iria acontecer, eu no mínimo levaria o tal alguém para a enfermaria. Mas agora está tudo tão diferente, tão bom. Tão estranhamente bom.

– Lily, você está aí? – James perguntou.

– Ahn...? Oh, sim. Estava pensativa. – balancei a cabeça para espalhar todos aqueles pensamentos. – Você dizia que...

– Que próximo sábado vai ser a próxima ida à Hogsmead. Não estou saindo com nenhuma menina, então achei que você talvez pudesse ir comigo, a não ser que tenha sido convidada por mais alguém e...

James. – disse em sinal de alerta. A semana tinha corrido tão bem com nós dois sendo apenas amigos, não podia deixar que isso se estragasse.

– Como amigos, Lily. – ele avisou, levantando as mãos em sinal de rendimento. – Nós temos um trato.

Parei por um minuto. Não vi nada que pudesse afetar nosso trato naquele simples convite. Dois amigos normais, num passeio normal, fazendo coisas normais. Parecia normal para mim. Suspirei e respondi:

– Tudo bem. – o olhei de forma cautelosa. – Como amigos.

– Yay! – ele fez uma comemoração em voz baixa, pois ainda encontrávamos na biblioteca.

– Só tem uma coisa que eu não entendi. – disse com um sorriso debochado. – O “irresistível” – fiz aspas com as mãos – James Potter não tem nenhuma acompanhante para o passeio à Hogsmead? – fiz uma falsa cara de desaprovação. – Estou decepcionada com você, Potter. Tsc, tsc.

– Engraçadinha. – me olhou com um sorriso irônico e me lançou uma bolinha de papel, da qual eu consegui desviar. – Para a sua informação, eu estou apenas cumprindo uma promessa.

E foi aí que eu lembrei do que ele havia me dito há três dias atrás.

“- Fiz uma promessa para mim mesmo esse ano. Não vou sair com mais nenhuma garota que não seja você.”

Tentei soar o mais normal possível.

– Acho melhor nós dois voltarmos ao trabalho. – eu disse.

– É, é mesmo. – James pareceu despertar de um devaneio. – Como acha que Marlene e Sirius estão se saindo?

Olhei para ele com um olhar pouco esperançoso e disse:

– Não faço a mínima ideia.

Sirius Black

Sem querer acabei me atrasando para o trabalho com Lene porque estava ocupado com outras coisas. E com “outras coisas” não quero dizer “ficando com outra menina”, e sim “lavando a colcha da minha cama por desconfiar seriamente que Remo tinha sim se divertido com Dorcas ali em cima”.

Quando cheguei ao Salão Principal da Grifinória, já era tarde da noite, e lá estava Lene, que de tanto esperar agora estava dormindo. Droga, aquela garota me provocava até quando não queria. Os dois primeiros botões da camisa dela estavam abertos inocentemente, e por estar sentada de modo inclinado em um pufe, sua saia deixava parte da sua coxa extremamente atraente amostra. Com qualquer outra garota eu teria imaginado as cenas mais pervertidas possíveis, mas com Marlene eu simplesmente não conseguia. Parecia apenas errado demais, como se fosse um modo de... desrespeito.

Parabéns, Sirius Black, pensei. Que papo mais gay, cara.

Claro que quem me conhece sabe que eu obviamente iria me aproveitar de Lene quando fosse acordá-la. E foi o que eu fiz.

Em silêncio, fui até a parte de trás do seu pufe e me inclinei em sua direção, até que minha boca estivesse bem próxima do seu pescoço. Comecei a dar leves beijos naquela área tão cheirosa.

Hum. – ela se mexeu um pouco.

Lene, acorda. – sussurrei no ouvido dela, mordendo o lóbulo da orelha dela em seguida.

Hum, Sirius. – ela abriu os olhos de repente. – Sirius?! – ao me olhar e ver onde eu estava, ela apenas pegou seu relógio e viu as horas. E começou a me bater. Não, espancar era a palavra certa. – Seu desgraçado, como você se atreve a chegar nesse horário?! Imprestável!

Fiz um esforço para segurar os punhos dela parados em um lugar. Poxa, ela só tinha cara de menina indefesa. Que tapa forte!

– Eu estou aqui, não estou? – falei, tentando dar meu melhor sorriso. – Vamos apenas terminar isso de uma vez para eu poder dormir. – me joguei ao pufe ao lado dela.

Ela me olhou, ainda com ira nos olhos, mas resolveu desistir e se ajeitar novamente. Quase soltei um suspiro de frustração ao ver que ela recolocou a saia no lugar.

– Tudo bem. – ela resmungou. – Vamos logo fazer essa porcaria de trabalho.

(...)

Enquanto fazíamos o tal trabalho, Lene me deu no mínimo mais dez tapas. Não que eu não estivesse me divertindo. Sempre achava engraçado quando ela se irritava por minha causa, mesmo que outros garotos provavelmente ficariam com medo de morrer no meu lugar. E na maioria das vezes, todos os tapas que eu levava era porque tentava provocá-la de algum modo. Aquilo ia ser mais difícil do que eu pensava. A Marlene não facilitava nem um pouquinho sequer.

– Chega. – resmunguei, tirando das mãos dela o livro que ela estava lendo. Ela arqueou as sobrancelhas. – Poxa, Lene, não dá pra prestar atenção em mim? Eu tô tentando algo com você desde que a gente começou a fazer tudo isso e...

– E aí você achou – ela disse, soando desafiadora. – que por estar me provocando sempre eu vou simplesmente deixar você me beijar à vontade?

Resisti à vontade de dizer “É, eu estava pensando exatamente nisso”

– Poxa, o que você quer que eu faça? – perguntei frustrado. – Quer que eu te elogie? Tudo bem: seu cabelo é lindo, seus olhos me prendem, e eu adoro olhar para a sua boca, pelo simples fato de elas serem beijáveis.

Ainda que ela parecesse um pouco mais satisfeita, apenas cruzou os braços e continuou me encarando.

– O quê? – resmunguei. – Quer que eu faça promessas de exclusividade também? Beleza: se você aceitasse ficar comigo, eu não iria te descartar no dia seguinte, e nem ficaria com você pensando eu outras garotas. Eu só que que você pod...

– Ora, cale a boca. – ela me interrompeu, e fez algo que eu realmente não esperava: ela me puxou pela gravata e colou os lábios dela no meu e... Caramba! Aquele beijo estava bom pra caralho. Num gesto ainda mais inesperado, ela pediu passagem com a língua dela, e eu obviamente sedi. Naquele ponto, não estava pensando em mais nada. Minhas mãos pousaram em sua cintura, e eu a trouxe para o meu colo. Os lábios dela eram simplesmente as coisas mais macias que eu já tinha provado.

– Nós temos que entregar esse trabalho amanhã. – ela murmurou, enquanto eu beijava seu pescoço, explorando aquela área totalmente.

– Eu sei. – resmunguei, e a puxei para outro beijo. Não resisti ao impulso de pousar minhas mãos naquelas lindas coxas que eu havia apreciado anteriormente, sem deixar de dar um leve aperto.

Com muita luta, ela se separou de mim.

– Sirius, é sério. – nós respirávamos ofegantes, nossos lábios a centímetros um do outro. – Nós precisamos terminar isso agora. Preciso pegar um livro na biblioteca.

– Deixo você ir com uma condição: - sussurrei no seu ouvido. – você vai ter que me garantir que nós continuaremos isso mais tarde.

Ela se separou um pouco mais de mim e me deu um sorriso. Um sorriso maroto. E eu entendi que ela estava querendo dizer um sim.

À muito custo, nós finalmente nos separamos por completo e ela saiu. Ao meu ver sozinho naquela sala, percebi que eu estava sentindo muito calor. E não pude deixar de dar um sorriso ao lembrar que os motivos não tinham nada a ver com a temperatura do ambiente. Como o calor já estava insuportável, retirei minha gravata e desabotoei minha camisa, afim de me ver um pouco mais livre. Diverti-me imaginando o rosto de Lene corar ao me ver nessa cena quando chegasse.

– Sirius?

Droga, ela não.

– Nossa, que cena mais sexy. – Angie deu um risinho, antes de vir em minha direção.

– Olhe, Angie, hoje não estou afim de... – tentei explicar.

– Ora, calma. – ela continuava vindo até mim. Já começava a me sentir desconfortável. – Não venha com papo furado, Sirius. Você sempre está afim. – ela provocou, antes de sentar de forma bruta no meu colo.

– Estou falando sério, eu...

– Shhh... – ela tampou meus lábios com o dedo indicador. – Deixe que hoje eu faça o serviço, tudo bem? – ela se aproximou de mim e me beijou, tentando ganhar passagem com a língua, mas eu não cedi. – Sirius, o que está acontecendo com voc..

– Sirius?

Merda.

– Lene?! – me espantei, empurrando Angie de forma bruta de cima de mim por instinto.

Ela se esforçava para não chorar, mas seus olhos já estavam vermelhos. Merda merda merda.

E naquela hora eu desejei que ela tivesse me batido. Que ela tivesse gritado. Que tivesse me dito o quão idiota eu era. Qualquer coisa seria melhor do que receber aquele olhar profundamente magoado e ouvir ela dizer:

– Eu sabia que isso ia acontecer.

E então sair, me deixando para trás. Imóvel. Mergulhado na minha própria estupidez.

Marlene McKinnon

Burra burra burra. Eu sou tão idiota. Você tinha que beijar ele, né, McKinnon? Mas, poxa, ele pareceu tão verdadeiro quando disse aquilo tudo que... Caramba! Eu cheguei a esquecer que ele era Sirius Black, o arrasa-corações e pensei que por um momento ele era apenas Sirius. O Sirius que presta, o Sirius legal. Mas aí é que está: Não existe um Sirius que presta, nem um Sirius legal. Existe apenas esse Sirius que eu tinha acabado de ver se pegando com Angie. Eu estou me sentindo tão estúpida. Eu sou tão estúpida. Mas que droga, tem tantos caras legais em Hogwarts, por que justo ele?

Mas as coisas iam mudar a partir de agora. Chega de provocações, eu não iria mais provocá-lo. Muito pelo contrário, eu quero total distância daquele trasgo montanhoso. E me recuso a derramar uma lágrima sequer por aquele idiota.

E assim eu fui para meu dormitório, com apenas um pensamento prevalecendo sobre minha mente: Sirius Black é um idiota.


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Notas finais do capítulo

Hey, leitores!
Enfim, o que acharam do capítulo? Sei que esse não houve ênfase nem na Dorcas, nem no Remo, mas é porque o próximo capítulo vai ser meio que "dedicado" somente a eles.
Ah, e para postar o próximo capítulo vou querer 7 comentários!

7 COMENTÁRIOS PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO!

Sugestões? Críticas? Dúvidas? Respondo tudo! :)

Beijos,
Camila R.