Encosto a minha testa na janela do meu quarto e solto um gemido longo:

–Assim você me deixa excitado- Felipe fala

Olho para janela chovia muito lá fora:

–Devia ter uma lei contra chover no ultimo dia de férias- falei me jogando na minha cama

Felipe ri da minha cara.

Felipe e eu nós conhecíamos desde bem pequenos, crescemos juntos e sempre fizemos tudo juntos desde ir para mesma escola até ficar doente juntos:

–Bingo- ele grita levantando-se do chão do meu quarto- nós podíamos ir pra piscina aqui do prédio

–A piscina tá fechada mané- falei

Ele riu.

–Achei que gostasse de fazer coisas erradas Lu.

Alguns minutos depois estávamos de roupa de banho andando pelo corredor que daria para a piscina:

–A porta vai ta trancada como você acha que vamos conseguir entrar?

–Com isso!-Ele disse me mostrando um clipe de papel

Continuamos andando até chegar à porta da piscina Felipe começou e mexer no cadeado:

–Você não vai conseguir- falo

Assim que termino de falar ousou um click e a porta se abrindo:

–O que você disse? – ele falou com ar de satisfeito

Não respondo entro na sala da piscina, jogo a toalha que me envolvia no chão:

–JERONIMO- Felipe grita agarrando a minha cintura e correndo para a piscina

Caímos na agua morna, começamos a nadar e a jogar agua um no outro.

Depois de muitas brincadeiras já estávamos cansados resolvemos sair da piscina, juntamos nossas coisas e saímos. Pegamos o elevador, quando chegamos no andar do meu apartamento eu sai do elevador:

–Lu- Felipe disse segurando a porta

Eu me virei para ele.

–Tchau- ele falou com ar triste

–Fê ta tudo bem?

Ele olhou para mim com cara de cachorrinho.

Eu sorri:

–Ai que cara de cachorrinho mijando na chuva- falei dando um soco leve em seu ombro- fica calmo você vai conseguir salvar a princesa do Mario.

Ele não riu da minha piada apenas baixou a cabeça, seus cabelos negros cobriam seus olhos, eu cheguei mais perto dele e afastei os fios molhados do seu rosto:

–Ei!- disse

A porta do elevador bateu no meu ombro e voltou.

Felipe levantou o rosto ele ainda estava serio, ele chegou mais perto e puxou alguns fiapos da toalha que estava na minha cintura:

–Você sabe que pode me contar qualquer coisa né?- eu falei

Ele assentiu

–Eu só preciso de coragem para te falar isso- ele sussurrou

–Fê você é meu irmãozinho lembra amigos para sempre- falei

Ele se afastou de mim murmurou algo que eu não entendi e as portas do elevados se fecharam.