Ódio, Amizade ou Amor?! escrita por Jubs Hudson


Capítulo 21
Sentimentos São


Notas iniciais do capítulo

HEYHEY PEOPLE!!!!!! Aqui estou eu de volta e olha que nem demorei em, RUM! Depois de tantas coisas deprimentes nessa fic, aqui está um capítulo que eu espero de verdade que vocês se divirtam lendo tando quanto eu escrevendo. Vão aparecer umas músicas ae e sugiro que ouçam (mas não sugiro q leiam a tradução) mas enfim é com vcs, vcs quem sabem.
Boa leitura :))



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A situação é a seguinte: minha mãe está sentada no colo de Haymitch, que está sentado em sua poltrona atrás da mesa central da diretoria, onde ele pertence uma sala só para ele, e ambos estão se beijando vorazmente (N/A: HAYFFIE ♥).

Aprendi na aula de biologia que os casais, mesmo idosos, ainda fazem sexo, não todos, porém muitos, mas nunca quis imaginar minha própria mãe fazendo isso. Fala sério!

E além do mais É O HAYMITCH! E Plutarch? Meu pai! Effie e Plutarch é um casal! Eles são casados! Minha mãezinha e meu paizinho. Eu acho que traição é uma das coisas mais escrotas do mundo. Se você não quer mais a pessoa fala pra ela e pronto! Alguém vai sair ferido? É claro que vai, mas o ferimento passa, e você arranja outra pessoa que te faça feliz! O chifre? Esse fica para o resto da vida, você pode se relacionar com quem for depois, mas sempre será corno(a)! Eu estou indignada! Não aceito isso de forma alguma.

A raiva está se apoderando de mim mais e mais e nenhum dos dois percebem minha presença. Acredito que estou mais vermelha que aquelas dinamites de desenho animado, mas não sou como elas que demoram tanto pra explodir e eu explodo de um vez só, dando um grito que acho que eu mesma estou surda. Mas o que importa? Eu estou me sentindo traída pela minha mãe, e indiretamente estou.

Ela não me conta nada. Todas essas conversas do diretor com ela e essas vindas ao colégio só poderia ser isso. Eu sou muito trouxa e burra mesmo. Estava tudo tão óbvio! Tudo na ponta do meu nariz!

Logo quando grito os dois me olham assustados e tentam se ajeitar. Minha mãe logo levanta do colo dele e balbucia algumas coisas emboladas tentando dar explicações. Eu simplesmente não aguento ficar neste lugar. Estou me sentindo suja.

Volto onde eu estava com as meninas antes e não as acho. O pior é que elas estavam com a minha mochila. Dane-se, vou embora sem ela mesmo! De longe avisto Peeta e lembro que minha chave de casa também estava dentro da mochila. Que raiva! Uma ideia surge a minha cabeça, aliás, não quero voltar para aquela casa. Posso estar sendo infantil? Demais. Mas deixa-me ficar alterada em paz!

— Peeta, me da a chave da sua casa!? – o pergunto mais ordenando do que perguntando. – Quer dizer, me empresta a chave da sua casa, por favor?

— O que aconteceu com você Katniss? – ele pergunta me analisando com um olhar preocupado. – Pra que a chave? O que aconteceu?

— Menos perguntas e mais ação. – tento abrir sua mochila para pegar, mas não consigo, pois ele desvia e me segura com cada mão sua em um braço meu.

— Calma Katniss Everdeen. – Minha mãe, aquela... suja, me chamava assim. Que droga! Que droga! Que droga! Sinto minhas lágrimas escorrendo e abafo o choro na camisa de Peeta que me abraça. – Vamos.

E estamos a caminho de sua casa que pra ele deve estar um silêncio ensurdecedor, mas na minha mente há só perturbação.

[...]

Ele me dá um copo d’água e logo depois procura um calmante, enquanto eu estou sentada em um dos bancos da bancada da cozinha. Que bosta de vida eu tenho!

[...]

Abro os olhos lentamente. Parece que me deram socos com intenção de me matar, nem foi de desmaiar.

Que cama é essa? Lembro que eu estava na casa de Peeta. Será este seu quarto? Acho que sim, é todo branco com um guarda roupa pequeno em frente à cama, porém afastado, uma escrivaninha ao lado esquerdo da cama, próximo à janela, com alguns livros que parecem nunca terem sido tocados e um porta canetas, acima tem um quadro de fotos dele com sua família. Prim está lá.  Levanto-me e olho através da janela, parece estar de tardinha. Avisto um banheiro ao lado direito da cama, dentro do quarto e decido lavar meu rosto.

Saio do cômodo (suíte) e passo em frente á um quarto que conheço bem. Quarto de Prim. A porta se mantém trancada (sim, eu tentei entrar). Sou curiosa mesmo. Quando eu ia descer as escadas, Peeta vem subindo.

— Acordou dorminhoca. – e ele bagunça meu cabelo com uma das mãos.

— Não, sou sonâmbula mesmo. – respondo.

— Sonâmbula não, cavala.

— Égua. – o corrijo.

— Tanto faz. Vem! – e ele me leva escada a baixo, de volta a cozinha que eu conhecera. – Come isso. – e depois que me sento no mesmo banco que eu estava quando cheguei à casa dele de manhã, ele me oferece um prato com uma comida de aparência um tanto estranha, confesso, mas com um ótimo cheiro. Acabou até despertando meu estômago... e outra coisa que eu tentara afastar.

Pensar na ação de minha mãe hoje de manhã me deixa derrubada.

— Quer desabafar? – ele me olha piedosamente.

Afirmo que sim com a cabeça e ele se senta no banco ao meu lado.

— Minha mãe traiu meu pai e a mim... Com o diretor da nossa escola. – digo já sentindo meus olhos marejarem.

— Com o Haymitch? Tendo esse pedaço de mau caminho chamado Peeta Mellark do outro lado da casa dela? – ele diz apontando para si mesmo.

Minhas lágrimas começam a escorrer e nossas mãos se esbarram numa competição de quem secara mais lágrimas minhas. Dou um sorriso de canto.

— Não me leve á mal, mas como assim ela te traiu? – Peeta fez uma cara de interrogação que merecia ser um meme.

— Ela não me contou Peeta! – falo indignada novamente.

— Olha, posso te dar um conselho? Conselhos de Peeta Mellark não se deve jogar fora por ai, é um conselho. – ele diz rindo.

— Fala.

— Você já deve ter ouvido falar que briga de marido e mulher não se mete a colher. Então, seria bem estranho um casal estar discutindo e de repente você aparece e colocar uma colher no meio deles, certo?

— Certo. – respondo rindo.

— Simplesmente é isso! Nossos pais tem a vida deles de casal e você como filha não deve se intrometer. Você não sabe o que eles estão passando de fato. Deixa pra lá, eles são adultos e eles se resolvem sozinhos. Nós só não temos que repetir o erro deles, até porque é burrice, e viver o máximo que pudermos. Não é simples?

Realmente, pensando por esse lado ele está correto.

— Pontos para Grifinória! Como consegue ver as coisas dessa forma?

— Sei lá. Ah, hoje tenho uma festa normal na casa de um ex-vizinho meu. Quer ir? Será bom para relaxar um pouco... – e ele me olha com um olhar que parece ser o mais malicioso do mundo.

— Sério isso, Mellark?

— Relaxa, chamei a Johanna para ir comigo e Glimmer irá com Marvel.

— Eu não estou com disposição para ficar com ninguém Peeta... – digo chocha.

— Você não precisa, ué. Só estará se divertindo com seus amigos.

— E nem tenho roupa para ir. – e ele vira o rosto em direção à janela da sala, que é interligada com a cozinha, só a bancada americana da cozinha mesmo para separá-las. Dá para ver minha casa daquela janela. – Não vou voltar para lá.

— Okay, falarei para Johanna e Glimmer trazerem alguma coisa para você, por que realmente essa roupinha (http://www.polyvore.com/katniss_cap%C3%ADtulo_21/set?id=189530728) ai pra balada está brochante. Desculpa a sinceridade.

Brochante? OH MEUS DEUS? ELE FEZ ISSO MESMO? Eu vestia roupas que eu nunca sonhei em vesti-las na minha vida. Era uma blusa e calça de moletom muito largas em mim.

— Peeta mellark você trocou minhas roupas? – o pergunto com raiva. Vai ele na verdade é um estuprador?

— Espera. – e ele pega seu celular o atendendo.

Que safado!

— Me responde Peeta!

E finalmente ele desliga o celular. Parecia estar falando com algum amigo, e agora me dá atenção.

— Você parecia desconfortável demais com aquela roupa (http://www.polyvore.com/katniss_cap%C3%ADtulo_21/set?id=189529589), então coloquei uma minha. Não posso fazer nada se você é pequena, mas tem um corpo sensa... – e Peeta para de falar percebendo o que estava saindo de sua boca - Só ficaram largas. Além do mais, é como se estivesse de biquíni, então deixa de ser chata.

— Falou o legalzão, né?

— Johanna e Glimmer virão aqui antes de irmos. – ele muda de assunto - E você não poderá fugir para sempre Katniss.

[...]

Glimmer: http://www.polyvore.com/glimmer_cap%C3%ADtulo_21/set?id=188849592

Johanna: http://www.polyvore.com/johanna_cap%C3%ADtulo_21/set?id=188847487

Katniss: http://www.polyvore.com/katniss_cap%C3%ADtulo_21/set?id=188635765

Logo quando Glimmer e Johanna apareceram na casa de Peeta acabamos por discutir. Todas minhas amigas me deixaram sozinha quando eu tive um ataque, mas agora usam o argumento de que fariam tudo passar com a ajuda dessa festa e por fim me produziram. Vamos ver...

[...]

A rua, que por sinal era muito nobre, estava lotada de carros. Marvel que dirigia achou melhor irmos entrando no local enquanto ele tentava encontrar uma vaga, mas para não nos perdemos um do outro e esperá-lo na entrada.

Avistamos um segurança que parecia um muro de terno com um tablet nas mãos e outros dois seguranças muros, um do seu lado direito e outro ao lado esquerdo. Dissemos nossos nomes e fomos autorizados a entrar, seguindo por onde o segurança nos indicou.

Depois que passamos por uma porta de vidro parecia um corredor normal com algumas luzes, muito bonitas por sinal, e uma decoração simples, porém elegante. Ao final do corredor era bem sinistro, como uma caverna muito escura, porém eram avistáveis alguns coqueiros.

Quando ficamos frente a frente com a escuridão, outra porta de vidro se abriu automaticamente. Parecia quando você está no cinema e a cena que está passando é escurecida e de repente BAM! fica tudo claro novamente e você tem que piscar mais de dez vezes para enxergar normalmente. E foi isso que aconteceu.

Adentramos um pouquinho mais no lugar e vinham luzes temáticas de todo lugar. Avistamos uma piscina enorme em nossa direção, mas bem distante. Era tanta gente, mas tanta gente que acho que todos os jovens de Nova Iorque estavam aqui.

Tinha uns seis bares grandes espalhados pelo local amplo e qualquer canto que você avistasse tinha pessoas.

Para uma festa normal isto aqui é um festão, numa mansão! Ou melhor, na parte externa da mansão. Estava tudo com um ar bem tropical com vários coqueiros e outros matos decorando. A pista poderia ser em qualquer lugar, aliás, estavam todos dançando animados (provavelmente por causa da bebida). A música estava muito alta que em qualquer canto deste lugar poderia ser ouvida. No momento estava tocando The Hills do The Weekend.

Nós quatro já estávamos começando a dançar ali mesmo sendo levados pela música enquanto Marvel não aparecia. Infelizmente um cara estranho apareceu começando a puxar papo conosco e com toda certeza do mundo ele já devia ter bebido mais do que deveria.

— Vocês são muito gatas! – ele disse embriagado se aconchegando perto de mim e das minhas amigas.

— Ei, tira o olho! – disse Peeta se aproximando mais e encarando o cara, que por sinal dava dois de Peeta, frente a frente.

— Dúvido estar pegando as três. – o cara o desafiou.

— Ele está sim, algum problema? – Johanna se pronunciou cruzando o braço.

— Eu deixo vocês em paz, mas tem que me provar que são um casal de quatro mesmo.

E foi ai que Marvel apareceu e puxou Glimmer depois que percebeu nossa situação. Traidor.

— De quatro não é mesmo, mas de três, ai não sei. – aquele que acabara de chegar disse e foi se infiltrando no local junto á Glimmer e acabei os perdendo de vista.

— Estou esperando.

Mais que cara chato! Fui para o lado esquerdo de Peeta, já que Johanna estava no direito e juntamos nós três para acabar logo com essa palhaçada. Seria só um selinho mesmo, nada demais.

Peeta parecia estar impressionado com nossa decisão, entretanto balançou os ombros como se não tivesse nem ai e nós três nos inclinamos. Demos um beijo com três bocas e depois foi uma troca de saliva e tanto para só um selinho. Johanna e Peeta se beijaram enquanto eu fazia carinho no pescoço dos dois, e numa troca rápida beijei Johanna tendo a certeza que sou hetero enquanto Mellark nos agarrava pela cintura, e na segunda troca rápida lá estávamos eu e Peeta nos beijando pela segunda vez contra nossa vontade enquanto Johanna variava em mordiscar a orelha de Peeta e a minha.

Depois de pouco tempo Johanna parou e eu já estava com falta de ar e variando entre beijos e respiradas disse a Peeta que já podíamos parar. Não que eu quisesse, como esse garoto pode beijar tão bem? Esquece isso Katniss ele é só seu ami...

— Ele já foi, pombinhos. – Johanna afastou-me de meus pensamentos e fiz pressão contra o peito de Peeta para nos afastarmos.

— Ufa! – disse Peeta respirando fundo como se estivesse com falta de ar e com um sorrisinho de canto. – Gostei desse cara. – afirmou.

Bufei e decidi ir atrás de uma bebida sendo seguida por Peeta e Johanna.

Confesso que foi bem difícil alcançar um dos bares. Fui espremida quase o caminho inteiro e tudo está um pouco escuro, só foi fácil identificar onde era o bar pela luz brilhante das letras que formavam o nome “BAR”.

Pedi uma bebida que me fizesse esquecer os problemas, então o barman sugeriu o “Drink á Moda da Festa”. Aceitei e só o vi misturando altas coisas, algumas que eu nunca tinha visto. Ele colocou três taças no balcão e nós três brindamos.

— Para esquecer os problemas! – eu disse e os meus dois amigos repetiram.

Bebi um gole e que sensação! Parecia que eu estava bebendo o Sol de tão queimando que desceu na minha garganta e depois se estabilizou numa sensação de madrugada agitada e eu já estava até me sentindo mais feliz.

— Sabe aquilo que eu disse sobre não estar a fim de pegar ninguém Peeta? – direcionei-me para o mesmo – Esquece. Vou é curtir!

— Katniss... – o mesmo me encarou com cara de desaprovação.

Levantei do banco com minha bebida e me infiltrei no meio do povo. O que ele ia fazer? Nada, lógico! Ele não é nada meu e eu não sou nada dele. Eu posso ser de qualquer um se eu quiser. Logo um cara me abordou. Olhei em seus olhos castanhos escuros e alguém me segura! Que cara lindo!

— Opa. – ele disse me segurando sem jeito e abrindo o sorriso mais lindo que eu já vi.

Quando eu pedi pra alguém me segurar era sério, e ele leu meus pensamentos! Esse é para casar!

— Você é vidente? – o pergunto.

— Não. Sou Messala. – ele gargalha e responde.

— Katina... Katis... Ka... – me embolei para pronunciar meu nome – Só Kat. – acho que é bebida.

— Podemos jogar conversa fora, o que acha Kat? – Messala diz. Eu balanço a cabeça afirmando e ele me puxa me levando para sei lá onde e percebo que ele é bastante popular, pois cumprimenta praticamente todas as pessoas por quem passamos, e são muitas.

Chegamos a um lugar que tinham menos pessoas do que na multidão, mas não era um local escondido. Tinha até um sofazinho para duas pessoas e algumas cadeiras tropicais. Sentamos no sofá.

— Mora perto daqui Kat?

— Perto, muito perto. – respondi e peguei um drink que um garçom acabara de nos servir.

— Gosta de beber então? – ele sorri de novo. Estou derretendo.

— Adoro. Tá calor aqui, não é? – digo, realmente estava abafado. Tinha um ou outro ventilador e ar condicionado, mas não estava dando muita vazão.

— Mas calor humano é bom.

— Eu não estava me referindo a... – e sem erolação Messala veio com tudo sem nem pedir permissão, explorando minha boca de uma forma inexplicável, mas confesso que não estava a lá tudo isso. Estava ruim.

Ele segurou minha cabeça com uma das mãos e meu cabelo parecia fazer com que sua mão escorregasse e não apoiasse direito. Ele foi tentar se ajeitar e encostou-se ao meu drink. Fingi que ele tinha esbarrado derrubando todo líquido em sua roupa.

— Desculpa. – eu disse levantando-me do sofá.

— Não quer ajudar-me a me limpar? – ele disse com uma cara de sínico ameaçando entrar na porta nos fundos da festa.

— Não, a bebida é mais importante. – falei e nessa hora agradeci pelo lugar estar tão cheio e eu ter consegui sumir da vista daquele cara que ficou com cara de desentendido.

Conclui que o efeito da primeira bebida que tomei aqui passou rápido demais, e já que não encontro nenhum dos meus amigos, vou ao bar mais próximo e peço mais uma bebida, porém que a mesma fosse mais forte. Depois mais uma. Mais uma. E mais uma.

Meu sonho está virando realidade. Um mundo que só tenha pessoas felizes e eu sou a rainha de todas elas. Nunca mais vou sair daqui. Por que meus súditos não estão me clamando? Subo numa mesinha perto do bar e sinto olhos sobre mim, mas está tudo tão embaçado. O que ouve com a minha vista? Quem se importa em ver podendo ouvir essa música incrível. Eu adoro New Thang do Redfoo. Ela me define. Eu sou uma sexy girl e a melhor dançarina deste lugar. Eu danço muito. Não fiquem com inveja de mim súditos. Rebolo, giro e sinto a aproximação de mais pessoas ao meus redor. Por que elas estão gritando? Me gritando! Meus súditos finalmente estão me clamando! Assim que eu gosto.

Ué? Por que alguém subiu no meu palco? Esse cara não têm direito! Ele não é eu! Por que ele está tão próximo de mim? Estamos quase se agarrando enquanto dançamos, mas ainda não sei quem é.

Ela não ia gostar nada disso. Eu não deveria me importar.

— Você não pode! – grito no ouvido do cara já que o som está alto de mais.

— O que? – ele grita de volta.

— Ela não deixa! Mas por que eu me importo? Ela me traiu. – e nasce uma cachoeira nos meus olhos.

O homem seca minhas lágrimas com a ponta do dedo enquanto continua dançando.

— Mas o Mellark disse para eu não meter a colher! – grito.

— Quem? – ele grita.

— Peeta Mellark!

E só sinto dois braços fortes me jogando em um dos lados de seu ombro.

— Quem é vo... – pergunto me afastando do ombro do outro homem quando vejo que é o meu vizinho. – Peeta, meus súditos precisam de mim! Eu sou a rainha, eu sou a sexy girl!

— Chega de beber por hoje Katniss! – ele diz. – Vamos procurar Marvel e dar o fora. Você não aguenta mais uma gota de álcool.

— Eu não quero ir embora! – esperneio como uma criança. – Peeta! Por que ela não me contou? Eu nunca vou querer ser igual a ela!

— Tá bom Katniss, fica quietinha ai.

Estamos passando ao lado da minha banheira de rainha. Está muito calor, a rainha aqui merece um banho. Jogo-me com tudo para trás fazendo o Peeta perder um pouco o equilíbro e depois me jogo para o lado em direção a minha banheira de rainha que por sinal é gigantesca. Faço um TIBUM lá dentro e trago o Peeta junto á mim.

— Você está louca, Katniss? – ele não pode gritar comigo!

— Só deixei você entrar porque você é meu amigo, mas você não pode gritar comigo. EU SOU A RAINHA! – grito o mais alto que consigo a última frase.

Peeta me leva para a escadinha na borda da minha banheira e o mesmo sobe.

— Agora vem Katniss. – e ele me dá a mão. Mas eu não quero sair e fico boiando.

— Eu te ajudo Peeta – e um cara pula na minha banheira e se aproxima de mim... NA MINHA BANHEIRA! EU NÃO DEIXEI!

— Não, ele beija mal! – digo depois de perceber que era aquele tal de Messala que me babou.

E Messala me carrega pela cintura até a escadinha novamente, desta vez me cercando na mesma para eu não fugir enquanto Peeta estica o braço para eu me apoiar e sair.

— Só não fico aqui porque ele beija muito mal! – e aceito a mão de Peeta saindo da minha banheira que agora já parecia pública.

— Para com isso Kat, ele é o anfitrião da festa, o meu amigo. – diz Peeta.

— Ela que é a famosa Katniss, Mellark? – pergunta Messala admirado.

— É, e tira o olho. – Peeta diz.

Messala gargalha com aqueles dentes branquinhos e alinhados.

— Já peguei.

— E pegou... muito mal. – complemento. – Eu... não gostei... de você. – falo com dificuldade.

Peeta resmunga algo e olha com raiva para Messala.

— MARVEL! – grito quando o avisto junto com Glimmer carregando Johanna no meio deles. Minha visão está bem melhor.

— Finalmente! - diz Peeta. – Obrigado pelo convite Messala e tenta ser menos traidor. – complementa sem vontade. Traidor? Anh?

— Depois podemos repetir a dose Kat. – diz o anfitrão.

— EU SOU UMA SEXY GIRL E NÃO FICO COM GENTE QUE BEIJA MAL IGUAL A VOCÊ! – grito para o último e saio correndo em direção á saída da festa que é por onde entramos.

Quando parei de correr me senti mais tonta que antes e antes de desmaiar senti alguém me carregando.

[...]

Aqui é aconchegante. Cheira bem. E está calmo. Entreabro o olho e vejo um rosto conhecido.

— Peeta. – digo.

— Sim? – ele pergunta.

— Estou no seu quarto?

— É melhor aqui do que no quartinho de empregada. Achei melhor meus pais não pensarem que eu estou ficando com a vizinha bêbada deles.

Sorrimos.

— Ninguém liga para mim Peeta. – sussurro. Acabo sentando na cama e abraçando meus joelhos. Ele se senta de frente para mim.

— Você está me lembrando a Prim em seus momentos de depressão quando eu estava por perto. – e uma lágrima escorrega em seu rosto.

— Talvez eu mereça morrer também.

— Não fale bobagens! Você só é agora minha vizinha bêbada deprimida. – ele se aproxima olhando no fundo de meus olhos – Nunca mais repita isso, está bem?

— Por que se preocupa?

— Katniss Everdeen...

O corto.

— Não me chame assim, você sabe que pessoa me lembra. – e lágrimas começam a fugir de meus olhos.

— Everdeen, você já se olhou no espelho? Você é jovem, linda, divertida, inteligente, se preocupa com os outros, é engraçada em seus momentos, você simplesmente é você.

— Espera. Você disse que eu sou linda? – digo cessando as lágrimas. Um momento desse não pode passar despercebido. – Cadê meu celular para eu colocar no gravador?

— Bobona. – ele diz sorrindo e disfarçando o olhar.

— Nós somos pessoas deprimentes.

— Só agora, e quer saber de uma coisa? – ele faz uma longa pausa e se concentra em meus olhos - Eu gosto de você.

— Eu também gosto de mim, que coincidência, não é? – brinco, é claro que amigos se gostam.

— É sério Katniss. Eu gosto de você de verdade! – anh? Questiono-me em minha mente, mas prefiro zoar.

— E tem como gostar de mentira? – falo rindo.

— Não sei, mas sei como é gostar de verdade, quer que eu te ensine? – Calma! Desde o início da conversa isso estava sendo uma declaração? Inacreditável.

— Quando amanhecer. – por que não arriscar? – Certo alguém disse que devemos viver o máximo que pudermos, só espero que isso não seja burrice. – repito o conselho que ele me disse á tarde.

O sono e a tonteira da bebida me derrubaram. Só me apoiei meu rosto de lado nos meus joelhos que ainda estavam dobrados, não me permitindo quebrar aquela troca de olhar. Azul no cinza. Cinza no azul. E seus olhos foram a última imagem da minha mente até eu cair no sono.


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Notas finais do capítulo

E aee??? O que acharam?? Sinto cheiro de Peetniss e vcs? Talvez o próximo seja um POV Peeta, o que acham da ideia? Fico por aqui leitores maravilhosos! Bjão de Peeta para vcs, e até o próximo capítulo! :D



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