Ódio, Amizade ou Amor?! escrita por Jubs Hudson


Capítulo 14
Colegas


Notas iniciais do capítulo

Heeeey leitores gatosos! Eu adorei que vocês ficaram revoltados comigo no capítulo passado heuheuheu Obrigado aos comentários e fantasminhas camaradas deem sinal de vida, please! Se quiserem favoritar e recomendar a fic eu também não me importo não... Eu não gostei muito desse capítulo não, mas lá vamos nós! Boa leitura ;))



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Decido sair porta a fora, quando me viro para começar a caminhar ele segura em meu pulso.

– Me desculpa. – Peeta sussurrou tão baixo que eu quase não ouvi.

– Não estou acreditando. Peeta Crane Mellark me pedindo desculpas? Isso é pegadinha não é? Cadê as câmeras? – digo impressionada.

– Estou fazendo um sacrifício para ser legal com você, então coopera, tá bom? – ele disse.

– Voltou o Mellark de sempre... – digo.

– Você poderia voltar para minha casa para a gente conversar melhor? – Ele me convidou para ir na casa dele, sério isso? Eu e Peeta Mellark calmos, ou não, numa casa, sozinhos. Isso será épico.

– Você não vai tentar me matar, estuprar ou qualquer coisa do tipo, né?

– Vai vim ou não? – ele bufou. Continuei o olhando duvidosa. Eu não confio nele nem um pouco. – Não farei nada com você garota! Para de ser desconfiada Everdeen!

– Tá bom, eu vou. Sem demoras entendeu? – ele se virou e voltamos para a casa dele.

Nos sentamos na típica mesa de estudos e ele começou a falar.

– Meus pais chegam hoje à noite com minha irmã. – Peeta tem uma irmã? Como eu não sabia disso? Ele nunca falara sobre ela. Ele suspira e continua. – Meu pai pediu para que quando ele chegasse, eu e você fossemos colegas. Quer dizer, ele pediu amigos, mas colegas basta. Ele quer que nós nos reconciliemos. Seneca teve a ideia de exibir um jantar com nossas famílias, para seus pais conhecerem minha mãe e minha irmã. Ele adorou seus pais. Eu pretendia dizer que vocês não poderão vir, quando ele chegasse, mas tentei aproveitar a oportunidade que você veio aqui, e também podemos disfarçar sobre esse “romance” sobre nós que estão achando.

– É, mas, amigos?! – Perguntei surpresa. – Tem certeza?

– Eu disse colegas depois, caso você não tenha percebido.

– Ignorante.

– Vamos tentar? – ele disse e estendeu a mão para eu concordar. Não custa nada tentar ser colega dele. Mentira custa sim! Ele é muito chato e arrogante! E eu sinto muita raiva quando estou perto dele.

– Ainda estou com muita raiva de você. – e apertei sua mão. – Tentar... Agora eu tenho que voltar para a casa da Clove, quer me levar até lá?

– Não sou seu escravo, eu disse colegas!

– Ridículo! Maneira nessa sua arrogância, porque vai ser difícil assim. Eu estava de brincadeira. Tchau. – disse e fui saindo para voltar a casa de Clove e ele me chama.

– Amanhã, ás oito e vinte e nove, você e seus pais.

–Oito e vinte e nove?

– Gosto de números quebrados. – Que raiva! Eu gosto de pessoas que gostam de números quebrados, porque raios ele tinha que GOSTAR DE NÚMEROS QUEBRADOS! É estranho, eu sei, MAS EU GOSTO!

– Tanto faz. – e revirei os olhos. Na verdade por dentro estou gritando, mas preferi fingir que está tudo normal.

Pela primeira vez consegui controlar minha raiva de Peeta. Sei que será difícil todos acreditarem que não temos um romance depois de ver aquela foto.

Agora, pensando melhor, eu e Peeta Mellark colegas, como ele diz? Isso será uma aventura e tanta. Vamos rir para não socar a cara dele.

[...]

– Voltou! – disse Glimmer.

– Não, ainda estou na casa do Peeta. – digo com irônia.

– Você foi mesmo na casa dele? – pergunta Clove impressionada.

– Fui e amanhã vou a um jantar no mesmo local. – respondo.

– Por acaso vocês estão... – diz Clove com uma voz alterada, baixa, estranha e confusa.

– NEM NO INFERNO! – a repreendo. – Rue!

Reparo que Rue está presente e que todas elas estavam com cadernos e livros nas mãos.

– Oi Kat, vamos estudar? – pergunta Rue. Me junto a elas pegando uma folha e um lápis.

– Claro.

– Depois me conte todos os detalhes. – sussurrou Glimmer ao meu ouvido.

Estudamos de tudo um pouco pelo resto da tarde e noite. Entendi bastante coisa, mas estava cansada de tudo. Quando cheguei em casa, fui diretamente para cama, depois de avisar aos meus pais sobre essa palhaçada de “jantar para conhecer minha mãe e minha irmã” como diz Peeta. Ninguém merece...

[...]

Estou um pouco nervosa. Acabei de fazer a primeira prova do ano e não sei se fui bem. Eu me esforço para tirar uma boa nota, mas sou uma pessoa insegura nesse caso. Sempre tem alguém que me pede cola, pois sou uma das pessoas mais inteligente da turma – não querendo ser convencida, mas já sendo. Uma vez me pegaram dando cola e zeraram minha prova e do coleguinha que não sabia disfarçar. Depois disso, eu não dou cola para ninguém, e tento não pegar, porque uma vez eu estava com dúvida na questão se era ou não o que eu achava e colei do menino que estava na minha frente, e me ferrei porque a resposta era o que eu achava que era.

Pedir a Deuses, gnomos, duendes entre outros seres mágicos antes da prova é quase um ritual nessa turma, principalmente com meus amigos. Se torna até uma coisa engraçada, e não é que a maioria das vezes eles conseguem?!

– Esses matemáticos não deviam ter mulher em casa para ficar inventando essas contas loucas! - protestou Finnick após o termino da prova seguido por Cato.

– Eles têm sorte de já estarem mortos, caso ao contrário, eu os matava! - Que garotos adoráveis com noventa e nove por cento de ironia.

[...]

Minha querida Effie está praticamente me obrigando a colocar um vestido que disse ela é a minha cara. Eu devo então ser muito feia por que só Zeus na causa. O vestido parece até uma blusa – cinza – com uma saia – preta com uns pequenos e vários detalhes brancos. Não usarei mesmo essa roupa.

Aliás, quando contei aos meus pais sobre esse jantar, eles ficaram encarnando em mim e também ficaram desconfiados e por pouco não falaram para eu ir sozinha, por acharem que eu tenho um caso com Peeta. ATÉ OS MEUS PAIS! Este mundo está realmente perdidíssimo. Só não disseram para eu ir só, porque o pai de Peeta ligou para o meu pai.

– Filha coloca esse rosa aqui então? – disse minha mãe que não tira da cabeça que eu tenho que ir com o que ela quer que eu vá.

– Não mãe, não quero vestir esse! Será que eu não posso escolher a minha própria vestimenta? – critiquei.

– Não, porque você ou vai colocar uma calça ou short jeans com uma blusa qualquer e tênis, e nós estamos indo para um jantar. Ok, eles podem não ser ricos e não terem muito luxo, mas vamos socialmente. Agora coloca esse vestido! – dessa vez eu devo concordar, até porque ela está ficando com raiva e dona Effie com raiva não é uma coisa legal. – Comprei esse semana passada, e vai ser ele que você vai sem discussões. E coloca aquela sapatilha bege para combinar. – disse apontando para a gaveta do meu pequeno closet (sim, eu tenho um closet, beijos para os invejosos).

– Pelo menos não preciso de salto. – resmunguei baixinho.

– Disse alguma coisa Katniss?

– Não mãe, pode ir se arrumar que eu já vou descer. – e ela foi, para minha alegria.

Estamos todos prontos:

Katniss: http://www.polyvore.com/katniss_cap%C3%ADtulo_14/set?id=123570161

Effie: http://www.polyvore.com/effie_cap%C3%ADtulo_14/set?id=123571350

–Que roupa é essa Effie? – pergunta meu pai impressionado tirando as palavras da minha boca. Minha mãe está arrasando no péssimo sentido.

– Chega de admirarem minha beleza, vamos logo! – ela disse caminhando a porta.

Blim Blom Blim Blom – colocaram campainha aqui.

– Entrem. – disse uma garota loira toda de preto (http://www.polyvore.com/primrose_cap%C3%ADtulo_14/set?id=123573200) ao abrir a porta. Será nova ficante do Peeta? Pouco me importo. Só sei que é fria de um jeito que eu entendo bem...

– Boa noite! – cumprimentamos os pais de Peeta e o próprio logo em seguida.

– Você está muito feia. – sussurrou em meu ovido.

– Obrigado por dizer o que eu já sei, e além do mais, ninguém te perguntou nada. – sussurrei de volta e nos separamos.

– Está é minha esposa Cashmere (http://www.polyvore.com/cashmere_cap%C3%ADtulo_14/set?id=123577552)... – apresentou Seneca.

– Prazer, Effie e Plutarch. – disse minha mãe.

– E essa é nossa filha Prim... – Seneca continuou, e quando anunciou o nome fez com que a garota loira de preto que estava encostada na parede próxima a cozinha americana o repreendesse.

– É Primrose! – disse ela depois de abaixar o celular do rosto. Então ela é a irmã de Peeta.

– Oi. – a cumprimentei. Pelo menos ela tem cara de ser mais legal que o irmão.

O jantar foi tudo de bom. Cada coisa mais gostosa que a outra e sempre alguém arrumava um intervalo para conversar e dar risadas. Eu procurei ficar silenciosa o jantar inteiro, só falava algo quando alguém me perguntava. Quando acabou, Peeta, eu e a Primrose ficamos sentamos no banco branco que havia no fundo da casa, como um quintal. Foi muito desconfortável, pois ninguém dava um pio, Primrose só ficava no celular, Peeta observava o vento – que por um bom tempo eu fiz o mesmo – mas depois fiquei no celular também. Acho que a filha dos Mellark não é muito de se conversar, mas vou confessar, ela me deixou com um ar misterioso e eu como sou um pessoa pouco curiosa perguntei sobre ela para Peeta, quando a mesma se retirou – acho que para dormir. Peeta disse:

– Ela é assim por causa de um professor de ciências. Ele explicou um pouco sobre como é a vida, que um dia morremos e tal. Ela devia ter uns oito anos quando aconteceu. Ela colocou na cabeça que um dia ela iria morrer e não demoraria, então quis ficar pronta para o velório, como ela diz. Decidiu desde então se vestir toda de preto, não queria mais que ninguém a chamasse do apelido, Prim, e sim de Primrose, e passou a sempre procurar o silencio através da voz, porque como você viu, os dedos dela nunca se calam. E também meus pais sempre contribuíram, pois a cada dois ou três anos ela estuda em uma escola diferente, em diversos lugares no país. Minha mãe ia com ela, mas depois dos dez anos, ela passou a viajar sozinha. E quando eu pergunto para eles do porque a Prim tem que trocar sempre de escola, eles dizem que é para ela não ficar perdida no mundo igual a mim. Agora ela quis voltar para aqui, pois disse que A Data estava chegando. Ela também não consegue fazer amigos, as pessoas sempre se afastam quando... a olham.

– Qual a idade dela? – essa era uma pergunta urgente depois de saber essa história.

– Quatorze anos. – ele respondeu e eu estou chocada.

Logo depois da conversa meus pais me chamaram para ir embora e o Peeta fez questão de dizer “Queima essa roupa quando chegar em casa” antes de eu ir, e eu o puxei para um canto e dei um lindo soco em seu queixo. Mellark reclamou até não conseguir mais.

[...]

Essa semana de provas está acabando comigo, mas o bom é que depois vamos entrar de férias e eu vou descansar até o impossível. Gale deu a ideia de irmos para a casa de praia de seus tios na Florida, mas só iriamos caso ele tivesse acima da média no boletim. Os próprios pais dele fizeram a proposta, mas saberemos no início da próxima semana se vamos ou não, até porque temos que perguntar para nossos pais. Infelicidade de ser menor de idade.

Tenho passado mais tempo que o normal com Peeta e estamos tentando não brigar. Ninguém no colégio comentou nada sobre nossa aproximação, nem nossos amigos, mas deu para perceber os olhares maliciosos e desconfiados de cada um quando eu e o Mellark estamos próximos. Não estamos mais precisando estudar juntos as quartas devido a quase finalização de provas, então não consegui ter contato com sua irmã, que para ser sincera, eu queria muito conhecer ela de verdade.

[...]

Hoje é o grande dia. Saber se estarei de férias ou não. Meus pais autorizaram a viagem, mas, por conta do destino, decidiram fazer a mesma proposta que os pais de Gale. Eu só vou caso passar no trimestre sem recuperações, e como sou inteligente – modéstia parte – sei que consigo.

Já avistava de longe o papel branco pendurado no velho painel da sala. Havia um grande tumulto formado e de repente vi uns olhinhos verdes de longe com o corpo esmagado conforme fazia movimentos para tentar sair, e quando conseguiu deu um pulo em cima de mim.

– TODOS NÓS PASSAMOS! –gritou Annie quando me soltou.

– Sério? Não acredito! – falei. – Preciso ver com meus próprios olhos. – olhei novamente para o tumulto. – Ou não né...

De pouquinho em escasso, meus outros amigos iam se aproximando e Annie anunciando que todos nós passamos, e todos confirmaram sobre a questão viajar.

– VAMOS PARA FLÓRIDA! – gritou Gale.

E agora só se via abraços e mais gritos.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam? Quero opiniões e muuuuitooos comentários (sim, eles motivam qualquer escritor) !!! Até o próximo capítulo e abraços Everlarks para vocês :D

~cupcakeblackandwhite