[...]

Hoje é sábado e eu e as meninas decidimos ir ao shopping comprar umas coisinhas (lê-se comida [lê-se besteiras {lê-se doces e pizza}]) para a festa. Estávamos todas animadas e por um milagre nenhum dos meninos veio nos perturbar nos ligando ou nos visitando.

Depois que lanchamos fomos dar mais uma voltinha, pois já tínhamos comprado o que queríamos. Passamos em frente daquelas lojas grandes onde vende ursinhos de pelúcias, almofadinhas e outras coisas fofinhas... Nossa como sou meiga... só que não! Pelo vidro, nos chamaram atenção um grupo de quatro garotos que pareciam ter mais o menos a nossa idade. Achamos um pouco estranho, mas fofo, até que um se virou e vimos que era Finnick, mas não dava para ver quem eram os outros. Ficamos bem curiosas. O que será que ele estava fazendo naquela loja de coisas fofas? Annie ficou um pouco desconfiada.

– Gente, vou ter que ir. Meu primo já deve estar chegando e eu preciso estar em casa! Depois me contem os babados. Beijos! – Johanna se despediu da gente. Ela já havia comentado sobre esse primo dela. Ele se chama Gloss, e passaria uns quinze dias na casa dela porque ele estava de férias na faculdade, alguma coisa assim.

Nós cinco entramos na loja disfarçadamente, mas não conseguíamos encontrar mais o Finn. Será que nesse pouco tempo que nos despedíamos da Joh ele saiu? Decidimos ir embora já que não encontrávamos mais ele.

[...]

Finalmente sexta. Dia da festa do pijama. Segunda a quinta-feira foram resumidos em: Garotos cochichando – o que era muito estranho – durante as aulas. Garotas loucas e animadas para uma noite nada normal. Gloss buscava Johanna todos os dias e acabava todas as meninas indo juntas até o caminho possível junto com os dois, e os meninos – principalmente Cato, Finnick, Marvel e... Gale? Ficavam com ciúmes. Só achei estranho mesmo o Gale, mas ele dizia que só queria proteger a amiga, tipo “anh?”, mas tudo bem. Mas sério, o primo da Johanna é lindo e tem um corpo que só de pensar dá calor. Se eu fosse um garoto acho eu também teria ciúmes de ver essa gostosura com minhas amigas grudadas nele!

Sei que você quer saber como foi minha quarta-feira à tarde com o Peeta. Vou contar.

Nessa quarta o estudo foi na casa dele então eu conheci sua mãe Cashmere. Ela era uma pessoa bem simpática e agradável, mas fiquei com muita raiva dela quando eu fui explicar um negocio ao Peeta, por enquanto que ela estava nos observando estudar... então entenderam o porque de eu estar ajudando o Peeta. Mas foi o seguinte, ela começou a falar que eu explicava muito bem e que me adorou. Até aí tudo bem. Mas o pior foi quando ela disse que eu e o Peeta formaríamos um lindo... casal. Na hora eu e Peeta levantamos a cabeça e eu a olhei com um olhar furiosíssimo, isso durou cerca de uns cinco segundos. Então me levantei e fui ao banheiro e lavei o rosto e comei a falar a mim mesma tampando os ouvidos “Se eu não ouvir não é verdade, se eu ouvir não é verdade!” (http://br.web.img2.acsta.net/c_640_360/videothumbnails/195/357/19535777_20131028120714687.jpg heuheuheu).

Então sequei meu rosto e voltei para a sala onde estávamos estudando. A mãe de Peeta já tinha saído de lá. Eu vi que já eram quase quatro horas da tarde e fui arrumar minhas coisas. E mesmo que não fosse a hora eu iria embora do mesmo jeito!

– Não liga para o que ela diz. Ele só fala coisa que não presta, - até ai tudo bem, eu já havia reparado isso - a não ser quando ela me chama de lindo. Isso com certeza é verdade! – Peeta falou jogando seu topete loiro, com aquele sorriso... PARA KATNISS, VOCÊ O ODEIA. ELE É UM IDIOTA!

– Se ela não achar quem vai achar? – falei convencida. – Tchau! – bati a porta e fui para casa. Deixei ele com um perfeito O na boca. Morri de rir.

Então foi isso que aconteceu.

Eu já havia chego do colégio. Já comi e estava indo arrumar meu quarto. As meninas se ofereceram para vir me ajudar, mas preferi arrumar sozinha. Preparei os colchonetes e a mesinha onde colocaria a noite as comidas e bebidas. Minha mãe sairia as oito com meu pai, bem na hora marcada para as garotas chegarem. Diz ela que queria nos deixar mais a vontade. Ela já imaginava que iriamos gritar, pular, conversar e tal, e só chegaria às onze... Disse ela...

Já eram sete e meia, mas Clove já havia chego. Quando deu oito chegou Johanna e Annie, e às oito e meia Glimmer e Rue. Fomos umas de cada vez tomar um banho e nos trocar. Elas gostaram do jeito de como eu arrumei meu quarto.

Estávamos prontas para a bagunça!

Katniss > http://www.polyvore.com/katniss_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112459261

Clove > http://www.polyvore.com/clove_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112460324

Johanna > http://www.polyvore.com/johanna_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112462646

Annie > http://www.polyvore.com/annie_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112461109

Glimmer > http://www.polyvore.com/glimmer_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112465125

Rue > http://www.polyvore.com/rue_cap%C3%ADtulo_11/set?id=112467634

Iríamos primeiro ver o filme Starstruck, Meu Namorado é uma Superestrela, só para iniciar a festa. Sério que elas iriam ficar comparando a Jessica Olson e o Christopher Wilde comigo e com o Mellarck. Fiquei com muita raiva delas e elas ficaram rindo de mim. Então, quando o filme terminou fomos comer e contar coisas sobre pessoas (lê-se fofocar).

– Primeiro você Glimmer. – falou Rue.

– Já pode nos contar o que foi aquilo lá no parque! – falou Johanna autoritária.

– O nome daquilo é beijo Joh. – falou Glimmer e começamos a gargalhar, menos Johanna.

– Tá bom. Sério, desembucha o que está rolando entre você e o Marvel. – falou Clove.

– Sei lá... sabe aquelas histórias que os protagonistas estão em um parque e “sem querer” tropeçam um no outro e acabam caindo e ficam se olhando e depois se beijam? Foi isso. – diz Glimmer.

– Mas e agora? Como está o clima estre vocês? – eu pergunto curiosa.

– Normal. Nos tratamos como amigos... – fala Glimmer, mas não sentimos muita confiança em sua voz.

– Fala a verdade Glim. Você está afim dele? – pergunta uma curiosa chamada Rue.

– Okay, okay. Eu gosto dele, mas só ficamos, mais nada. Sei que ele só me considera uma boa amiga, e o que aconteceu no parque... acho que foi por puro impulso. – falou Glimmer.

– Uhum... sei... – falou Rue desconfiada.

– Eu já acho que está acontecendo alguma coisa na vida da Disney, e a mesma não quer nos contar... – falou Johanna.

– Disney? – perguntou todas nós em uníssono.

– É. Disney, ou vocês não repararam que a Rue está quase fantasiada de Mickey com os pés do Sullivan dos Monstros S.A.? – falou Johanna em um tom divertido. Na mesma hora todas nós olhamos para Rue e reparamos que ela corou e paramos.

– Não exagera Johanna, eu só gosto dos acessórios da Disney. E pode falar a verdade que vocês todas gostam muito além de acessórios Disney... Você até reconheceu personagens que nem eu sabia o nome Johjo. – falou Rue.

– Sim, eu reconheci e gosto de coisas da Disney! Mas chega! Agora que todas sabem que Disney é igual a Rue eu repito o meu deboche. – disse Johanna. – Eu já acho que está acontecendo alguma coisa na vida da Disney, e a mesma não quer nos contar... – Rimos bastante da Johanna imitando a... Johanna.

– Vocês são persistentes em... – Todas nós a olhamos seriamente. - Tá, eu conto. Eu tenho um novo vizinho. Ele se chama Tresh. Sei disso porque ouvi uma pessoa o chamando assim logo quando ele se mudou, mas nunca troquei uma palavra com ele. Então...

– Rue afim do vizinho novo? – falou Annie animada cortando Rue – Isso é novo pra mim... – demos risadas.

– Mas quando você vai falar com ele? – pergunto.

– Eu não sei como fazer isso Kat... Vocês sabem como sou tímida quando o assunto é garotos... – diz Rue.

– Então vamos perder essa timidez na segunda-feira! – falou Johanna já planejando alguma coisa. Rimos. – E você Kat, como vai com o Peeta? – todas soltam um “Hummm...” com um sorriso malicioso.

– Hahaha, muito engraçadas vocês. – rio sarcasticamente - Não rola nada entre a gente! Nem amigos nós somos. Vocês sabem que eu sou praticamente obrigada a passar mais tempo que o normal com ele...

– Mas fala a verdade Kat... Você não acha ele bonito nem nada? – pergunta Johanna.

– Sim, ele é bonitinho, mas só isso! Ele é muito chato e convencido também! – respondo. – E você Johanna? Todas nós reparamos como você olha para o seu primo... Será que são somente primos mesmo?

– Para de ser boba Katniss. Eu e ele somos grudados desde bebês, somos praticamente irmãos. Não rola nada entre a gente, e nunca rolou! – disse Johanna.

– Acredito em você Jojoh! – falou Annie em um tom brincalhão. – Eu também somente sou praticamente irmã do Finnick... – ela continuou debochada. Rimos até dizer chega. Sério, não deu para controlar a risada!

– O que vocês acham de uma guerra de travesseiros? – falou Clove já pegando a almofada dela.

– Partiu! – respondeu Johanna.

Liguei o rádio e coloquei em uma música bem animada. Cada uma pegou seus travesseiros.

– Preparar, apontar, valendo! – gritou a Annie.

Começamos a tacar a almofada uma nas outras, e gritávamos demais, mais o som da música I Love It que tocava no rádio. Nada poderia nos parar. Até agora...

– Gente! – falou Rue baixinho. – Vocês ouviram esse barulho? – Desliguei o rádio e ficamos em silêncio.

– Agora estou ouvindo! – falou Glimmer.

– Eu também! – falou Annie.

Todas nós estávamos ouvindo. Era como se alguém estivesse dando petelecos no vidro de minha janela.

– Katniss liga pros seus pais voltarem agora por favor! Eu sou muito nova para morrer! – disse a dramática Rue.

– Não deve ser nada demais... – falou Clove.

– Eu vou lá ver o que é! – digo.

O resto das meninas foram vindo atrás de mim, menos Clove que estava ao meu lado. Fui até a janela e vi que alguém estava ali no jardim, escondido, mas não dando petelecos, mas sim jogando pedrinhas.

– VOCÊS ESTÃO LOUCOS? – grito. – QUEREM QUEBRAR MINHA JANELA?

– Calma Katniss. – disse Gale agachado. – A Clove está ai com vocês não é?

– Ela está ao meu lado, por quê? – falo ainda um pouco alterada.

Ouvi Gale cochichar com os outros meninos e de repente Cato, Marvel e Finnick começam a cantar... E a cantar muito mal! Todas as meninas já estavam apoiadas na janela.

– Eu não aguento ouvir isso! – diz Clove fechando minha janela.

– NÃO VAMOS SAIR DAQUI ATÉ VOCÊS VIREM FALAR COM A GENTE! – gritou Marvel através da janela.

– VOCÊS DISSERAM QUE NÃO ATRAPALHARIAM NOSSA NOITE! – gritou Glimmer de volta e eles começaram a cantar de novo, só que mais alto.

– CHEGA! – gritou Johanna. – Foi mal, mas não vou conseguir me divertir ouvindo essas três gazelas cantarem, ou melhor gritarem! Vou lá fora. – disse ela saindo do meu quarto indo em direção a porta da frente. – Vocês vão ficar aí?

Fomos seguindo ela. Abri a porta.

– Pensei que não viessem! – falou Cato. – Nossa!

– Fiu fiu! – disse Finnick nos olhando de baixo a cima. Esqueci que estávamos todas de pijamas curtos, mas foi bem engraçada ver a cara dos meninos.

– Uou! – soltou Marvel involuntariamente. Já estávamos iguais a pimentas.

– Olha a baba Gale... – disse Peeta.

– Oi, o que? – disse Gale depois do transe.

– O Cato quer dizer umas palavras. – disse Finnick. – Dê um passo a frente, por favor, Clove! – ela fez. Cato foi até Peeta e pegou um pequeno buque de rosas rosa e ficou de joelhos em frente a Clove.

– Perdoe-me por tudo que te fiz passar. Perdoe-me se alguma vez fracassei. Perdoe-me se algum dia fiz algo que você não tenha gostado. Perdoe-me pelas mensagens. Obrigado por você ter entrado em minha vida. Obrigado por você sempre ser você. Eu te amo do jeito que você é e nunca mudaria nada, nem mesmo os defeitos. Hoje você é uma pessoa não só especial como também muito importante na minha vida. Porque só temos uma vida não é mesmo? Devemos aproveita-la o máximo possível, e eu quero aproveitá-la com você! Você me desculpa? – disse Cato. Realmente, esse trechinho também deixou cair um olho em minha lágrima. Ele foi tão fofo. Espero que a Clove não seja burra como antes e faça o certo.

– Quanto tempo você demorou para gravar isso? – falou Johanna quebrando o clima.

– Shiut Joh! – disse Annie.

Clove estava bem emocionada. Cato levantou e entregou o buque. Ela o abraçou bem forte e sussurrou um “Te perdoo por tudo, você também me perdoa por minhas crises, mesmo sabendo que eu farei tudo de novo? E eu também sei que você fará muitas besteiras na vida, mas vamos faze-las juntos!”. E cato sussurrou de volta alguma coisa, mas não deu para ouvir. Então eles se olharam e deram um beijão.

– Não sei dizer palavras bonitas e sou horrível pra gravar coisas então eu acho que um eu te amo já basta! – disse Finnick em direção a Annie e lhe entregou um porquinho de pelúcia.

– É a sua cara Annie! – digo com uma voz de criança. Annie me deu um dedo do meio e se virou para o Finn pegando o porquinho.

– Anw! Que fofo! – disse Annie.

– Eu sei que sou um fofo agora vem cá. – disse ele puxando a Annie. Acho que ele esta convivendo de mais com Peeta pra estar convencido assim!

– Eu estava falando da porquinha! – diz Annie. Finnick e ela se beijam intensamente.

Quando olhei para o lado vi Marvel e Glimmer se beijando e ela estava com um anel lindo no dedo.

– Estou com sede. Tem como me dar um copo d’agua Kat? – perguntou Gale.

– Tá. – respondi – Mais alguém quer água? – momento ignorada, menos por um ser com o sobrenome Mellarck.

– Pode ser. – disse Peeta.

– Vamos. – disse dando um suspiro no final.

Fomos para a cozinha e Gale vinha ao meu lado junto com o Peeta. Peguei os copos coloquei água e os entreguei.

– Onde é o banheiro Everdeen? – perguntou Peeta.

– Segue o corredor a sua frente, mas não entre na porta do final do corredor. Vire à esquerda. – agora dei uma de GPS...

– Vamos indo lá pra fora Katniss? – disse Gale me puxando para voltarmos ao jardim. Logo depois Peeta voltou e aproveitei que estavam todos reunidos e decidi que era a hora de expulsar os garotos.

– Chega gente! – digo. – Aqui não é a casa da mãe Joana e sim da mãe Effie e a mãe Effie não iria curtir muito se ela chegasse e visse... estas cenas. – disse apontando para os três casais. – Vão procurar uma moita vocês, mas só depois da festa, porque as três garotonas vão voltar para o quarto comigo e com as outras garotonas. Foi lindo as homenagens e presentinhos – disse meiguinha. – MAS CHEGA!

Os casais se separaram e se despediram. Os meninos foram embora e nós voltamos para meu quarto.

– Fala sério gente, o Cato foi um fofo... – falou Clove como se estivesse nas nuvens. – E nós voltamos!

– Também, depois daquelas declarações e beijos se você não tivessem voltado eu não sei como definiria essa relação... – digo eu.

– Seria como a Annie e o Finnick! – diz Johanna. Rimos.

– Finnick me contou que comprou o bichinho e as outras coisas com Peeta, Marvel e Cato naquela loja do shopping. – disse Annie. – Vocês sabem como é, tive que perguntar...

– Ciúmes mandou lembranças. – disse Johanna.

– Vamos comer os chocolates? – disse Glimmer com um sorriso de orelha a orelha.

– Vamos! – respondemos em coro.

Glimmer foi pegar na geladeira.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! –berrou ela. Fomos correndo em direção à cozinha.

– O que aconteceu? – gritou Annie.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – gritou Rue. – Ali no canto!

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – gritou Johanna.

– Dá pra vocês calarem a porcaria da boca e me dizer o que é, porque eu não estou entendendo nada! – falei irritada.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – berrou Annie.

– Vou te dar um soco em cada uma de vocês se não pararem! – Diz Clove irritada junto comigo. Agora ela saiu do transe das nuvens.

– Tem uma barata em cima da mesa! – falou Glimmer.

– Fala sério que vocês estão gritando por causa dessa barata... – disse Clove. – Nem de verdade é! – falou Clove irritada de novo. – Isso aqui é plástico! – ela pegou a barata.

– Eu já imaginava... – fala a Joh. – Eu só gritei porque... porque... porque elas estavam gritando, aí deu vontade!

– Mellarck idiota, babaca, ridículo! – disse eu. – Eu fui uma burra por não ter prestado atenção!

– Como assim? – perguntou Annie.

– Na hora que os casaizinhos estavam se melecando lá fora eu trouxe Gale e Peeta aqui dentro. – elas me olharam com uma mistura de desconfiança e malicia. – Para beber água, suas mentes poluídas! Mas enfim, depois Peeta foi ao banheiro e eu voltei para o jardim com Gale. – me expliquei.

– Deve ter sido nessa hora! – disse Rue.

– Eu não quero deixar isso limpo! – disse Glimmer.

– Aposto que foi tudo proposital! – diz Clove. – Eles já deviam estar tramando isso a tempos!

– Depois a gente consulta a Katniss em como se vingar. – disse Johanna e dei um dedo do meio pra ela. – Mas vamos comer chocolate primeiro!

Voltamos para o quarto e fizemos uma rodinha e colocamos os chocolates no meio. Annie estava com sua nova pelúcia nos braços.

– Ann... – comecei meio sem jeito. – Tem como você colocar esse porco de frente pra parede? Ele está me encarando muito...

– Ele deve estar se sentindo em família Kat... – ela respondeu e eu a olhei séria.

– Está com medo do porquinho da Ann, Katniss? – perguntou Johanna debochando.

– Não é medo... ele ainda está me encarando! – levantei, peguei a porca do braços de Annie e coloquei de frente para o meu armário. Resolvido.

– Mas quando eu dormir eu vou pega-la de novo!

– Faça o que quiser, mas se você acordar e ela estiver sem a cabeça não diga que eu não avisei... – digo.

– Quanta violência Katniss... – diz Annie.

– Faz ele parar de me encarar então!

– Chega gente! – disse Glimmer. - Isso já está chato!

– O que vamos fazer agora? – pergunta Johanna quebrando o silêncio que acabara de se instalar.

– Vamos tirar fotos! – disse Rue feliz.

– Okay, pode ser! – disse Annie. – A primeira vai ser da Katniss com a Kat!

– Anh? – perguntei.

– Você com a Kat, minha porquinha! – Ann respondeu.

– Por que colocou meu apelido/nome nela?

– Porque eu acho que vocês se parecem tanto... – diz ela com a porquinha ao seu lado, nos olhando e comparando. – E como vocês se deram tão bem, achei que cairia bem o nome!

– Você parecesse com a pantufa da Johanna... uma vaca! – falei com raiva.

– Chega de elogios garotas! – disse Rue. – Vamos nos fotografar!

Tiramos fotos de tudo a qualquer jeito! Caretas, sorrisos, fotos espontâneas... até que foi bem divertido!

– Vamos agora comer pizza! – digo com um sorriso de orelha a orelha.

– E ver filme de terror! – diz Clove no final e dando uma risada de bruxa.

– Ai gente, eu não gosto muito de filme de terror não... – diz Johanna.

– Fala sério, só é filme. Nada real! – digo.

– Pelo menos não sou eu que tenho medo de uma porca que tem meu apelido como nome! – Joh revida.

– A porquinha da Ann é diferente, a porca é do capeta! – digo.

– Calma ae, a porca é da Annie ou do capeta? – diz Glimmer. – Estou confusa... – ela coça a cabeça.

– Não é a mesma pessoa? – digo.

– Puts, deu ruim! – diz Rue.

– Isso vai dar besteira! – diz Clove.

– O. Que. Você. Disse. Katniss. Everdeen? – disse Annie pausadamente.

– Calma ae gente. Vamos levar na zoação! – diz Rue tentando afastar a Annie de mim.

– Briga! Briga! Briga! – começaram a gritar Clove e Johanna.

– Cala a boca vocês duas! – digo com a cara fechada.

– Okay. Eu paro de te provocar com a porca e você para de xingar ela, pode ser? – diz Annie.

– Pode. – respondo.

– Isso! Até que não foi tão difícil! – diz Rue. – Ainda bem que dizem que quem ama maltrata! – Todas olharam para mim de uma vez só e eu dei até um passo pra trás.

– Vai se ferrar todas vocês! – digo depois que entendo.

Liguei a televisão do meu quarto e o aparelho de DVD e coloquei o filme pra rolar enquanto comíamos pizza. Aah, como eu amo pizza!

– AAAAAAAAAAAAAAAAH! Caramba! - em outras palavras vocês sabem o que a Johanna quis dizer.

– AAAAAAAAAAAH! Monstro filho da mãe! – gritou Clove.

– Gente eu quero ir no banheiro, quem quer vir comigo? – diz Glimmer.

– Okay. Eu vou, mas te espero na porta e você vai fazer seu xixi correndo! – diz Rue. – É xixi não é? – perguntou desconfiada.

– Sim Rue. – falou Glimmer bufando.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Joh, Clo, eu e Ann gritamos juntas com o susto que a Glim e a Rue deram em nós.

– SOCORROOOOOOOO! – grita Clove.

– Minha vizinha se chama Socorro, quer que ela acorde porque acha que estão chamando o nome dela? – digo. Começamos a rir.

– Suas loucas! – protesta Annie. – Querem me matar do coração?

– Gente chega! Vamos dormir logo! – diz Johanna desligando a televisão e bocejando.

Fomos cada uma para sua cama.

– Boa noite Disney e suas feias! – Disse Johanna.

– Boa noite fofas, e eu não sou Disney nenhuma Johanna! – disse Rue.

– Que seja, eu só quero dormir! – respondeu a Joh.

– Boa noite garotonas! – disse eu.

– Boa noite gente e Kat, cuidado com a Kat de noite! – disse Ann me zuando.

– Vai se ferrar Annie! – retruquei.

– Acho que eu nunca gritei tanto numa noite... – demos risadinhas. - Boa noite suas vacas! – disse Clove.

– Boa noite garotas! Até amanhã! – diz Glimmer.

[...]

Senti uma luz invadir meu rosto e logo depois alguma coisa rosa embaraçosa. Abri melhor meus olhos e vi que era a Kat, a porca amaldiçoada da Ann, me encarando. Levantei em um pulo – reparei risadinhas - e peguei a porca e joguei na parede com bastante força – agora todas sérias.

– Tadinha da Kat gente! – disse Ann. – Plena manhã e vocês aterrorizando ela com a cara da Katniss!

– Você é uma vaca sabia Annie? – disse eu.

– Já me disseram ontem... – ela cantarolou.

– Estão todas acordadas? – pergunto eu voltando ao normal.

– Menos a Clove e a Rue. – respondeu Johanna.

– Cadê Glimmer? – pergunto.

– No banheiro. Ela disse que depois do café da manhã ela vai pra casa. – respondeu a Joh.

– Não só ela... – digo – Bricadeirinha... – levantei e fui pegar uma roupa. - ... ou não...

– Finalmente Glimmer, eu já estava começando a pensar que você tivesse descido pelo vaso! – disse Ann.

– Hahaha. – diz Glimmer.

– O que vocês acham da gente zuar um pouquinho? – disse Johanna com um sorriso malicioso olhando para Clove e Rue que ainda dormiam.

– Boa ideia Jojoh. – digo.

Fui na cozinha e quando passei pelo quarto dos meus pais ouvi roncos. Senhora Effie e Senhor Plutarch, a noite deve ter sido boa... ou não.

Abri a geladeira e peguei chantilly, depois fui no banheiro e peguei pasta de dente e um batom vermelho.

– Voltei!

– O que tem ai Kat? – pergunta a Ann.

– Chantilly, batom e pasta!

– Vamos ao trabalho, mas não me sujem porque já estou quase pronta para ir embora. – avisou Glimmer.

Primeiro fomos na Rue. Passamos batom em seu rosto e fizemos marcas de pasta de dente em seu nariz e braços. Depois fomos na Clove que estava com os dois braços jogados. Colocamos chantilly em sua mão direita e esquerda, só para não ter duvidas em qual ela levaria ao rosto, e pegamos a ponta do cabelo de Glimmer e fizemos cosquinha em sua bochecha. Por incrível que pareça, com a mãe direita ela coçou os cabelos e a esquerda o rosto. Clo acordou em um susto toda suja de chantilly.

– Cato que gostaria de te ver assim... – disse Glimmer.

– Ou melhor, lamber assim... – disse Johanna com uma risada maliciosa.

– Fala sério! – disse Clove com raiva, mas ainda meio zonza por ter acabado de acordar. – Eu não acredito que vocês fizeram isso!

– Acho que a Rue está pior! – disse Ann, como se isso resolvesse alguma coisa.

– Repito. Não acredito que vocês fizeram isso... e não me acordaram para ajudar! – rimos.

– Rue ainda dorme... – diz Johanna.

– Dormindo não tem tanta graça... – diz Clove pegando o frasco de chantilly que estava em minhas mãos. – ACORDA RUE!

– Não grita! – digo – Meus pais ainda estão dormindo!

– O QUE FOI? O QUE FOI? ACONTECEU ALGUMA COISA! – acordou Rue assustada.

– É a mesma coisa que eu falar GRITEM! – digo.

– Ainda não aconteceu, mas vai acontecer agora! – diz Clove com uma risadinha.

Clove apertou o botãozinho do frasco e jogou no cabelo de Glimmer, passando depois em Johanna, Rue, Annie e eu.

– Sua vaca! – disse Glimmer. – Quer guerra? Então vamos fazer guerra!

Peguei mais dois frascos de chantilly na geladeira, deixando somente um para minha mãe, e voltei para o quarto. Começamos a uma tacar chantilly na outra e depois passando batom na testa, bochecha, nariz, menos no lugar apropriado para passar. Rue pegou o celular e tiramos umas fotos nossas imundas.

Depois da guerra e fotos fomos arrumar meu quarto que estava pior que uma zona. Por incrível que pareça ele ficou impecável. É bom que agora que minha mãe sabe que deixei quarto limpo e pode ser que ela deixe a festa ocorrer mais vezes!

Fomos tomar um banho, nos limpar e arrumar, e depois fomos tomar café.

– Bom dia Tia Effie! – disseram as meninas em coro. Minha mãe? De onde saiu? Brotou do chão?

– Se arrumou rápido em mãe! – digo. – Passei por aqui a pouco tempo, porque estávamos arrumando a bagunça do quarto e achei que a senhora estivesse dormindo ainda.

– E o quarto ainda existe? – ela pergunta.

– Não, alienígenas de madrugada invadiram a casa e levaram meu quarto, só ele, porque ele é o mais divo da casa! – debocho.

– Essa mesa esta incrível! - disse Johanna. Realmente estava com muitas coisas gostosas para o café da manhã.

– E com um cheirinho muito bom! – disse Glimmer.

– Ainda bem que a senhora acordou, porque se fosse a Katniss para fazer o café... Estaríamos mortinhas ou de fome ou por ter comido o que ela fez! – disse Clove.

– Ou ela poderia ir na casa do bonitão da frente e pedir para que ele fizesse um sanduiches, tipo aqueles que ele levou para nosso piquenique no parque! – disse Ann. Fuzilei-a com os olhos.

– Lembra que ainda planejamos guerra e vingança contra os boys! – disse Glimmer.

– Verdade! – disse Johanna – Já ia esquecendo!

– Então meninas fiquem a vontade que eu vou dar uma saidinha lá no shopping e depois passar no mercado, então tentem não colocar fogo na casa como ontem não fizeram. – disse minha mãe. – Qualquer coisa chamem o papi da Kat que esta lendo jornal e vendo televisão em nosso quarto. – Ela deu um beijo na cabeça de cada uma de nós depois que sentamos ao redor da mesa. – Beijos e comportem-se!

– Tchau Effie! – disseram em coro.

– “Tchau Effie!” – digo debochando de como elas falaram com minha mãe. – Fala sério gente! Toda vez que falarem com minha mãe vai ter coro?

– Só zueira Kat. Calminha! – disse Rue.

– Então, vamos comer que depois temos que planejar! – disse Clove.

Comemos bastante e depois de lavar a louça sentamos no sofá para assistir um pouco de televisão.

– Você não ia sair Glimmer? – pergunta Rue.

– Ia, não vou mais. Decidi ficar para bolar a tal vingança!

– Eu já tenho algumas ideias em mente... – disse eu e Johanna em uníssono e com sorrisos maliciosos nos lábios.