Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 30
Não é hora para problemas amorosos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Bom, próximo capítulo temos a primeira prova!
Espero que gostem
Câmbio e desligo



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PDV Lyra

A primeira prova se aproximava rapidamente, cada dia eu tinha mais dificuldade para dormir pensando em tudo o que poderia acontecer, tenho até um pouco de vergonha de admitir, mas os meus pesadelos eram divididos em imagens da morte de Harry e de Cedrico machucado.

Era terrível acordar completamente molhada de suor, com o coração explodindo no peito.

Essa era uma dessas noites.

Levante-me da cama indo em direção ao banheiro, jogando um pouco de água no rosto. Não conseguiria dormir de novo. Não dava para mim. Saí do quarto o mais silenciosamente que podia e desci até o salão comunal. O lugar já estar completamente vazio, mas já ia dar meia noite, não devia me surpreender com aquele vazio. Sentei numa poltrona olhando para o fogo da lareira, amarrei o cabelo e abanei meu pescoço que ainda estava suado.

Naquele momento a porta do salão comunal foi aberta. Esperei para ver quem entrava, mas a porta se fechou novamente sem ninguém passar por ela.

Franzi o cenho e em seguida tive um estalo de compreensão.

—Harry? –Chamei, sem saber exatamente para onde olhar.

A capa da invisibilidade escorregou devagar deixando Harry visível aos poucos. Ele tinha um sorriso de lado, olhando para mim.

—Por que está acordada? –Perguntou andando devagar em minha direção e sentando no chão em frente a minha poltrona.

—Ando tendo alguns pesadelos. –Confessei me arrumando melhor na poltrona.

Ele acenou que sim com a cabeça, em seguida olhou para o chão, parecia ter muita coisa na cabeça.

—Aonde você foi? –Perguntei.

Ele levantou a cabeça me olhando um pouco confuso, então como se o significado da minha pergunta tivesse finalmente entrado no seu cérebro ele arqueou as sobrancelhas e suspirou.

Ele parecia meio aéreo.

—Estava com Hagrid. –respondeu simples.

Franzi o cenho.

—A essa hora?

—Ele tinha me pedido isso quando nos encontramos em Hogsmead. –Explicou.

—Vocês se encontraram em Hogsmead?!

Ele sorriu ao notar meu tom de voz contrariado.

—Você anda meio desatualizada. –Falou ele.

Suspirei.                                                      

Ele estava certo. Em Hogsmead eu estava com Rony, Nate e Karina, enquanto ele foi com Mione e Rose, as duas estavam muito mais próximas de Harry do que eu ultimamente. Não o culpava por fazer aquele comentário, minha cabeça andava tão cheia com Karina, os amantes desafortunados Nate e Michelle, as implicâncias de Draco, as provocações de Dimitry, as investidas de Cedrico, as faltas das aulas com Dumbledore e como achar um modo de ajudar o próprio Harry que não houve espaço para parar e simplesmente conversar com ele.

Um erro meu.

—Eu mereci essa. –Confessei.

Ele sorriu, negando com a cabeça.

—Você também parece ter bastante coisa na cabeça, principalmente com o ataque que você sofreu da campeã de Beauxbatons e te levou para a enfermaria. –Ele disse.

Nate, Karina e eu decidimos não contar a ninguém quem realmente havia me atacado, queríamos evitar qualquer espécie de atrito, por isso para todos os efeitos eu não sabia quem era meu atacante. As únicas pessoas que sabiam, além dos que estavam presentes, eram Dumbledore, Harry, Rose, Ron e Mione.

—Mas diga-me, o que houve em Hogsmead? –Perguntei.

—Encontramos Hagrid lá. –Ele explicou. –Eu fui para Hogsmead debaixo da capa por que não queria todo mundo me olhando atravessado por causa de história do torneio. Ele estava bebendo com Olho-tonto. Sabia que aquele olho dele pode ver através de capas de invisibilidade? Ele contou a Hagrid que eu estava lá e Hagrid pediu que eu o encontrasse hoje. 

—Mas por que tão tarde? –Perguntei.

Naquele momento o rosto de Harry pareceu mais sombrio.

—Ele queria me mostrar qual era a primeira tarefa do torneio tribruxo. –Falou.

Senti um arrepio descer pelos meus braços.

—A primeira prova? –Minha voz saiu falha.

—Ele me levou até a floresta proibida, na verdade acho que ele estava mesmo era levando Madame Maxime para um encontro. E como eu estava na capade invisibilade ele me mostrou qual era a primeira tarefa ao mesmo tempo que mostrava a ela. –Explicou ele.

—E qual vai ser a primeira prova, Harry? –Perguntei ansiosa.

Ele suspirou.

—Dragões.

Naquele momento algo nas chamas da lareira trepitou, chamando a atenção de nós dois. O rosto de Sirius flutuava nas chamas como se fosse uma espécie de espectro. Arregalei os olhos olhando para Harry.

—Você está vendo a mesma coisa que eu? –Perguntei chocada.

Harry riu acenando que sim com a cabeça.

—Essa é outra coisa que você perdeu. –Disse ele. –Sirius me mandou uma carta marcando um encontro comigo na lareira.

—Na lareira?

—Na lareira. –Confirmou.

Nós nos aproximamos do fogo, Harry sorriu alegre ao ver o padrinho.

—Harry! Lyra! –A voz dele soou pelo lugar.

Era bom ouvir sua voz, sentia falta se suas gritarias e brincadeiras pela casa.

—Oi Pai. –Acenei sorridente.

—Sirius, como é que você vai indo?

—Eu não sou importante. –Falou ele animado. – Como vai você?

—Estou... –Harry começou, mas suas palavrs morreram na garganta.

Ele olhou para o chão meio desnorteado e eu coloquei a mão no seu ombro, ele olhou para mim e eu acenei que sim com a cabeça.

—Pai, a história é longa. –Avisei.

Então Harry começou a contar tudo, sobre a escolha do cálice de fogo, o torneio, as mentiras de Rita Skeeter no jornal, sobre os ciúmes e a briga com Rony e finalmente sobre a primeira prova se tratar de dragões.

—Eu estou perdido. –Ele disse desesperado.

Ouvir todo aquele desabafo me fez sentir culpada por não estar tão presente com Harry nesses últimos dias. Estava tão preocupada com tudo e a única coisa que eu devia fazer era estar ao lado dele, mas eu não havia feito isso.

—Dragões a gente pode dar um jeito Harry, mas falaremos disso em um minuto. –Meu pai falou em seguida. –Não posso me demorar aqui, estou usando a lareira de casa, mas o tio do Nate enlouqueceu e veio fazer uma visita surpresa, nós não podemos usar mágica na frente dele por ser um trouxa, em mais de um sentido se me permite dizer.

—Pai! –Falei num tom de censura.

—Desculpe querida. –Ele disse. - Mas antes, tem coisas que eu preciso alertá-lo.

—Quais? –Harry perguntou.

—Karkaroff- disse Sirius. - Harry, ele era um dos Comensaís da Morte. Você sabe o que é isso, não sabe?

— Sei, ele... Quê?!

Lembrei-me daquele homem asqueroso, o modo como Karina falava dele, eu sempre soube que ele não era uma boa pessoa.

—Eu devia imaginar. –Comentei. –Nunca viria coisa boa daquele ali.

— Ele foi apanhado, esteve em Azkaban comigo, mas foi libertado. Aposto o que quiser que foi essa a razão de Dumbledore querer ter um auror em Hogwarts este ano, para ficar de olho nele. Moody foi quem pegou Karkaroff. Foi o primeiro que trancafiou em Azkaban.

Para falar a verdade entre um e outro eu não achava conserto. Os dois me causavam arrepios.

— Karkaroff foi libertado? - perguntou o garoto lentamente, seu cérebro parecia estar lutando para absorver mais uma informação chocante. - Por que foi que libertaram ele?

— Ele fez um acordo com o Ministério da Magia - disse Sirius amargurado. – Ele fez uma declaração admitindo que errara e então revelou nomes... E mandou uma porção de outras pessoas para Azkaban no lugar dele ... Ele não é muito popular por lá, isso eu posso afirmar. E desde que saiu, pelo que sei, tem ensinado Artes das Trevas a cada estudante que passa pela escola dele. Por isso tenha cuidado com o campeão de Durmstrang também.

—Nisso ele está certo Harry, Karina pode ter aquela cara de anjo, mas o arsenal de magia negra dela é mais variado do que você imagina. –Avisei.

—OK - disse Harry devagar. - Mas... você está dizendo que Karkaroff pôs meu nome no Cálice? Porque se fez isso, ele é realmente um bom ator. Parecia furioso com o acontecido. Queria me impedir de competir.

—Sabemos que ele é um bom ator. - respondeu Sirius - porque convenceu o Ministério da Magia a libertá-lo, não é? Agora, tenho acompanhado o Profeta Diário, Harry...

—Você e o resto do mundo - disse o garoto com amargura.

—... e lendo nas entrelinhas do artigo que aquela tal de Skeeter publicou no mês passado, Moody foi atacado na véspera de se apresentar para trabalha em Hogwarts. É, sei que ela diz que foi mais um alarme falso - acrescentou Sirius depressa, ao ver Harry fazer menção de falar -, mas tenho a impressão de que não foi. Acho que alguém tentou impedi-lo de chegar a Hogwarts. Acho que alguém sabia que seria muito mais difícil agir com ele por perto. E ninguém vai investigar muito. Olho-Tonto andou ouvindo estranhos, vezes demais. Mas isto não significa que tenha se tornado incapaz de identificar a coisa verdadeira. Moody foi o melhor auror que o Ministério já teve.

—Então... que é que você está me dizendo? - perguntou o garoto hesitante. -Karkaroff vai tentar me matar? Mas... por quê?

—Não... Não pode ser assim. Ele jamais faria isso debaixo das barbas de Dumbledore. –Falei meio chocada com aquilo tudo.

Sirius hesitou.

—Tenho ouvido coisas muito estranhas - disse pausadamente. - Os Comensais da Morte parecem andar um pouco mais ativos do que o normal ultimamente. Mostraram-se publicamente na Copa Mundial de Quadribol, não foi? Alguém projetou a Marca Negra no céu... e, além disso, você ouviu falar na bruxa do Ministério da Magia que está desaparecida?

—Berta Jorkins? –Harry perguntou.

—Ainda não acharam essa mulher? –Ofeguei surpresa.

—Não. Ela desapareceu na Albânia, e sem dúvida foi lá que diziam ter visto Voldemort pela última vez... e ela saberia que ia haver um Torneio Tribruxo, não é?

—É, mas... não é muito provável que ela tivesse dado de cara com Voldemort, ou é? –Questionou Harry.

—Se for isso, a mulher é bem azarada. –Comentei.

—Ouça, eu conheci Berta Jorkins - disse Sirius sério. - Esteve em Hogwarrs no meu tempo, alguns anos mais adiantada do que seu pai e eu. E era uma idiota. Muito bisbilhoteira, mas completamente desmiolada. Não é uma boa combinação, Harry. Eu diria que ela poderia ser facilmente atraida para uma arapuca.

—Então... então Voldemort poderia ter descoberto tudo sobre o torneio? É isso que você quer dizer? Você acha que Karkaroff poderia estar aqui por ordem dele?

—Não sei - disse Sirius lentamente. -Não sei... Karkaroff não me parece o tipo que voltaria para Voldemort a não ser que soubesse que o lorde teria poder suficiente para protegê-lo. Mas quem pos o seu nome no Cálice de Fogo fez isso de caso pensado, e não posso deixar de achar que o torneio seria uma boa ocasião para atacar você e fazer parecer que foi um acidente.

—Até onde posso ver, parece um plano muito bom - disse Harry desolado. – Só precisam sentar-se e esperar que os dragões façam o serviço por eles.

—Certo... esses dragões - disse Sirius, falando agora muito rapidamente. - Tem um jeito, Harry. Não ceda à tentação de usar um Feitiço Estuporante, os dragões são fortes, e têm demasiado poder mágico para serem nocauteados por um único feitiço. É preciso meia dúzia de bruxos para dominar um dragão...

— É, eu sei, acabei de ver - disse Harry

— Mas você pode dar conta sozinho - disse Sirius. - Tem um jeito e só precisa de um feitiço simples. Basta...

Mas naquele momento um barulho na escada fez com que Harry e eu olhássemos para trás ao mesmo tempo, olhamos um para o outro, apreensivos.

— Vá! - sibilou Sirius. - Vá! Tem alguém chegando!

Harry levantou-se depressa, escondendo as chamas com o corpo - se alguém visse o rosto de Sirius entre as paredes de Hogwarts, faria um estardalhaço dos diabos - o Ministério seria chamado, Harry seria interrogado sobre o paradeiro de Sirius...

Então com um estalido o rosto do meu pai sumiu das chamas.

Eu não conseguia ver quem estava descendo as escadas àquela hora da noite por que o lugar onde estava sentada era justamente de frente a poltrona o que tapava minha visão da escada. Então o barulho de passos parou, a pessoa havia visto Harry.

—Com quem você estava falando? – A voz de Rony soou.

Eu abri a boca para responder que eu estava ali, mas Harry apertou minha mão discretamente.

—E isso é da sua conta? – rosnou ele. - Que é que você está fazendo aqui em baixo a essa hora da noite?

—Fiquei imaginando onde você... –Ele começou, mas não terminou a frase. -Nada, vou voltar para a cama. -Falou em seguida.

—Achou que poderia vir bisbilhotar, não foi? - gritou Harry.

Apertei a mão de Harry de volta, num pedido mudo que ele não fosse tão rude. Rony estava preocupado, era visível. Não era culpa dele, o garoto não sabia o que ia encontrar quando desceu as escadas.

— Sinto muito - disse Rony num tom irritado. - Eu devia ter percebido que você não queria ser perturbado. Vou deixar você continuar praticando em paz para a próxima entrevista.

Fechei os olhos envergonhada por aquela péssima interação entre eles. Como os dois queriam voltar a se falar se não davam um primeiro passo?

Mas Harry soltou a minha mão e apanhou um dos bottons que havia ali perto, Draco havia criado e os irmãos creevey tentanvam fazê-los apoiar Harry, mas até aquele momento eles só conseguiram fazer o bottom brilhar em verde com as palavras  POTTER REALMENTE FEDE. Harry atirou-o com toda a força para o outro lado da sala. O distintivo acertou alguma coisa com um ruído abafado e pude ouvir Rony cambalear.

— Toma - disse Harry. - Uma coisa para você usar na terça-feira. Quem sabe você até arranja uma cicatriz agora, se tiver sorte... É o que você quer, não é?

Então ele atravessou a sala subindo as escadarias sem olhar para trás.

Quando o som dos passos de Harry sumiram e não ouvi nenhuma reação de Rony foi que eu finalmente me mexi. Levantei do chão entrando na linha de visão do Ruivo, ele virou o rosto em minha direção, tinha uma mão na testa onde estava levemente vermelho. Então havia sido ali que batera o botton.

—Era com você que ele estava conversando. –Afirmou ele baixinho.

Seu tom de voz era estranho, Rony parecia aéreo.

—Na verdade, estávamos conversando com Sirius. –Confessei. Ele pareceu um pouvo surpreso. –Mas entendo por que Harry não contou.

Dei de ombros.

Rony se abaixou e tomou o bottom entre os dedos, olhou as letras brilhando em verde e tocou novamente a testa. Me aproximei dele e tomei seu rosto em minhas mãos, olhei o machucado, não era nada tão grave, tinha só machucado um pouco.

—Está tudo bem. –Ele disse tirando o rosto de minhas mãos.

Suspirei baixando as mãos.

—Ele precisa de você, sabe? –Falei. –E você dele.

Ele bufou.

O ruivo abriu a boca para retrucar de modo raivoso, mas ao olhar meu rosto ele fechou a boca e negou com a cabeça.

—É impossível brigar com você. –Riu levemente.

Sorri de volta.

—Se vocês dois pelo menos pudessem dar o braço a torcer. Mas não... São dois teimosos. –Resmunguei.

Toquei seu braço levemente e o puxei para um abraço, Rony passou os braços pela minha cintura e eu fiquei na ponta dos pés para passar meus braços pelo seu pescoço.

—Quando você cresceu tanto? –Perguntei.

Ele riu levemente me abraçando forte e eu encostei meu queixo no seu ombro.

—Obrigado Lyra.

Nos separamos e eu coloquei a mão no ombro dele.

—Vou dormir. –Avisei. –Não fique muito tempo ai, sim? Precisa dormir também.

Ele acenou que sim com a cabeça e foi se sentar na poltrona onde eu estava antes. Eu subi as escadas, sabia que Rony não iria dormir agora. Abri a porta do quarto devagarzinho, sem fazer barulhos e voltei a me deitar na cama.

Toda aquela situação parecia tão surreal, Rony e Harry separados, Sirius, o torneio, dragões... Naquele momento que minha mente deu um estalo.

Como Hagrid sabia qual era a primeira prova? Talvez Dumbledore tenha dito a ele... Mas Dumbledore também não devia saber já que é diretor de uma das escolas participantes e tem dois concorrentes no torneio. Não, quem sabe esse tipo de coisa é a comissão que organiza o torneio. E não me parecia que Barto Crouch era o tipo de pessoa que sai batendo papo e contando segredos assim. Talvez Ludo Bagman? Ele faria algo assim. Mas... Não fazia sentido.

Tinha alguma coisa ali.

—--

PDV Nate

Na manhã de domingo acordei com Harry batendo pelos moveis do quarto, Simas e Neville ainda dormiam, mas Rony não parecia vista.

—Que diabos? –Levantei sonolento.

Harry estava sentado na cama, ele tinha uma expressão distraída enquanto se vestia.

—Bom dia Nate. –Ele disse ao notar que eu estava acordado.

—Cara! Você tá tentando calçar seu chapéu? –Perguntei apontando para seu pé.

Harry olhou para o chapéu onde ele tentava enfiar seu pé, sem ter muito sucesso. Pareceu um pouco perdido ao notar aquilo.

—Droga. –Resmungou jogando o chapéu em cima da cama.

—Aconteceu alguma coisa? –Perguntei.

Ele me olhou sombriamente.

—Aconteceu muita coisa. –Suspirou.

Quando finalmente colocou cada peça de roupa no lugar certo, Harry e eu descemos para o salão principal procurando Hermione, ela tomava café da manhã com Gina, Rose e Lyra. Esperamos as garotas terminarem, então Mione, Rose e eu fomos arrastados para os jardins onde Lyra e Harry nos contaram sobre os dragões e sobre o que sirius havia dito na noite anterior.

—Meu amigo, você está ferrado. –Comentei.

Harry me olhou emburrado.

—Não está ajudando Nate! –Rose reclamou me dando uma tapa no braço.

—Vamos nos concentrar em manter você vivo até terça, sim? -Hermione falou tentando se acalmar.

Ficamos os cinco espalhados pelos jardins, dando voltas pelo lado negro, procurando algum feitiço bom o bastante para derrubar um dragão.

—Eu posso ir ver nos livros que a Karina me emprestou. –Lyra comentou certa altura.

—Pode ser. –Hermione suspirou. –Nós devíamos ir para a biblioteca, talvez lá tenha algo.

—Não custa tentar... –Rose disse.

Harry e eu fomos andando pensativos, estávamos seguindo Rose e Hermione enquanto lyra decidiu ir em direção ao salão comunal atrás de seus livros misteriosos. Na biblioteca, Harry baixou cada livro que conseguiu encontrar sobre dragões e começamos a pesquisar uma grande pilha de livros.

— O corte mágico de unhas... o tratamento da podridão de escamas... isto não serve, isto é para gente biruta feito o Hagrid que quer criar dragões saudáveis... –Hermione resmungou olhando algumas páginas.

—Os dragões são extremamente difíceis de matar, graças à magia muito antiga que impregna seu grosso couro, que nenhum, exceto os feitiços mais poderosos são capazes de penetrar... –Rose leu. –Mas Tio Sirius disse que um feitiço simples funcionaria...

—Vamos tentar alguns livros de feitiços simples, então. – disse Harry, deixando de lado Homens aficionados por dragões.

Ele voltou à mesa com uma pilha de livros de feitiços, descansou-os e começou a folhear um a um, com Hermione E Rose cochichando sem parar ao seu lado.

—Eu vou procurar mais alguns por ali. –Avisei. Mas eles nem me deram atenção.

— Bom, tem Feitiços de Substituição... mas qual é a vantagem de substituir um dragão? A não ser que a pessoa substitua as presas dele por gengivas ou outra coisa qualquer para torná-las inofensivas... o problema é que, como diz o livro, pouca coisa atravessa o couro de um dragão... Eu diria: transfigure o bicho, mas com uma coisa daquele tamanhão, a gente realmente não tem a menor esperança, duvido até que a Profa Minerva... –A voz de Hermione foi sumindo de acordo com que eu me afastava.

Eu fiquei olhando a prateleira com livros sobre dragões sem saber exatamente como ajudar Harry. O que eu devia encontrar? Como se destrói um dragão?

—Tente eze aqui. –A voz delicada com sotaque francês soou atrás de mim.

Virei um pouco surpreso por não tê-la ouvido chegar, mas naquele momento o seu cheiro de morangos invadiu minhas narinas e eu senti um arrepio descer a minha coluna, meu corpo começou a ficar quente e meu coração acelerou.

—Michelle. –Ofeguei.

—Hey Nate. –Ela acenou com a cabeça.

Ficamos nos encarando, eu estava tão consciente dela ali na minha frente que parecia que o resto do mundo havia sumido. Outra parte da minha anatomia também estava bastante consciente da presença dela ali, e parecia bastante ansiosa para que ela se aproximasse mais.

—Você... –Limpei a garganta. –Digo, não entendi o que você disse.

Ela soltou uma risadinha.

—Eu aconselhei focê a pegar aquele lifro. –Ela apontou para um livro na prateleira. Havia algumas palavras em dourado na lombada, mas eu não consegui ler.

Não conseguia me concentrar em nada que não fosse ela.

—Eu...

Ela se aproximou um passo de mim e eu engoli seco.

—Focê parrece nervoço. –Ela comentou sorrindo de lado, um sorriso sacana.

A desgraçada sabia as reações que causava em mim e parecia gostar disso.

—Michelle... –Falei num tom de aviso.

Ela se aproximou um pouco mais, sua mão veio até minha bochecha.

—Aligum prroblema Nate? –Ela perguntou trazendo seu rosto até bem perto do meu.

Fechei os olhos inspirando aquele cheiro de morango... Aqueles malditos morangos.

Sorri.

—Nenhum. –Falei sorrindo.

Então segurei sua cintura e a puxei para mais perto, ela sorriu também. Delicadamente ela encostou seus lábios nos meus.

CARAMBA! Eu estava beijando Michelle, a garota mais bonita que eu já vi na minha vida! Eu sou um desgraçado sortudo.

—--

PDV Lyra

Bom, os livros que a Karina me emprestou foram totalmente inúteis. Pelo menos no que concerne ao assunto dragões. Por isso deixei todos eles espalhados na minha cama e voltei para a biblioteca o mais rápido que pude.

Mas quando estava virando a esquina, aonde já podia ver a entrada da biblioteca, as portas se abrem e Hermione passa por elas com a mão na boca e olhos arregalados, ela meio andou e meio correu em minha direção.

—Hermione? –Chamei.

Ela parou me olhando um pouco surpresa.

—Eu tenho... –As primeiras lágrimas começaram a rolar pela sua bochecha.

—Oh meu Merlin, o que houve Hermione?! –Perguntei tentando me aproximar, mas ela deu dois passos para trás, negando com a cabeça.

—Eu tenho que ir ao banheiro.  Volto logo... –Ela disse colocando a mão na boca novamente para impedir um soluço. –Me desculpe.

Então ela correu na direção em que eu vim.

Olhei para ela sumir ao virar o corredor, então as portas da biblioteca se abrem novamente, dessa vez Rose saiu de lá, ela tinha o rosto choroso e correu na direção contrária a minha.

—Rose! –Chamei.

Mas ela não parou de correr.

Fui em direção a biblioteca, Harry estava numa mesa arrumando uns livros.

—O que houve com a Hermione e a Rose? –Perguntei preocupada.

Ele pareceu confuso.

—Não tenho ideia! –Ele levantou os braços, impaciente. –Ela me chamou para ir ao salão comunal por causa do fã clube búlgaro ali. –Apontou para onde um grupo de garotas observava Krum lendo. –Ela foi chamar Nate e depois saiu correndo, Rose achou estranho e foi atrás dele também, então em seguida ela saiu correndo também. Eu já não entendo mais nada.

Ele jogou os livros de volta para a mesa e bufou.

—Cadê o Nate? –Perguntei.

—Você não vai sair correndo também, não é? –Ele perguntou.

Neguei com a cabeça, rindo um pouco.

—Ele está ali naquelas prateleiras.

Olhei para o lugar onde Harry apontava, naquele mesmo momento Michelle saia de lá, com um sorrisinho animado no rosto, alguns segundos depois Nate saiu também, sorrindo do mesmo modo. Os dois se separaram e Nate veio em minha direção segurando um livro.

Foi ali que eu entendi o que havia acontecido.

—Cadê as meninas? –Ele perguntou.

Olhei irritada para ele.

—Você é tão estupido! –Reclamei batendo no peito dele.

Nate me olhou assustado.

—O que foi isso? –Perguntou confuso.

Voltei para a mesa, pegando alguns livros e jogando em nossas mochilas.

—Vamos Harry, eu vou te ajudar a procurar, Hermione foi no banheiro, ela volta daqui a pouco. –Expliquei.

—E a Rose? –Ele perguntou colocando a mochila nas costas e me seguindo.

Ele olhou para Nate e para mim, notando o clima estranho.

—Rose... Precisa ficar um pouco sozinha. – Expliquei. Olhei para Nate em seguida. –Vai fazer qualquer coisa longe de mim tá bom, Nate?

—Mas o que eu fiz?!

—Nada! Você não fez nada. –Murmurei irritada.

Eu sabia que a culpa não era realmente do Nate, ele não obrigou nenhuma das meninas a se apaixonarem por ele, mas o garoto podia ser mais discreto, não era? Hermione e Rose não eram obrigadas a ver seja lá o que ele fez.

—Vem Harry! –Eu o puxei pela blusa. –A gente tem que se preocupar em salvar a sua vida agora.

—Obrigado! –Ele respondeu sarcástico.

Eu não tinha tempo de pensar nos problemas amorosos da minha família, faltavam apenas dois dias para a primeira prova e eu não estava afim de ver o Harry morrer na minha frente. Não se eu pudesse evitar.


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
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