Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 25
E tudo começa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu estava trabalhando gente! kkkk



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PDV Michelle

–Não! –A voz da irmã do Nate soou alto no silêncio sepulcral que tomou o salão principal.

O nome de Harry Potter havia acabado de ser tirado do cálice de fogo. Gabrielle me olhava chocada, seus olhos arregalados e a pequenas mãozinhas em frente a boca.

O garoto estava pálido, feito uma estátua de mármore na mesa da grifinória. Minha madrinha levantou de sua cadeira na mesa dos professores e foi cochichar no ouvido do diretor.

–Eu não inscrevi meu nome. –A voz dele soou apavorada. –Vocês sabem disso.

Emelli me olhou séria, naquele momento todas as visões que tive com Harry Potter nos últimos tempos fizeram sentido, todas aquelas cenas de luta, o coitado não se colocaria naquela situação, eu sabia disso.

–Lyra, calma. –A voz de alguém falou.

–Não me peça para ter calma! –Ela gritou de volta. A garota estava tão branca quanto o próprio Harry Potter.

–Harry Potter. –A voz de Dumbledore tornou a chama-lo. –Harry! Aqui se me faz o favor.

O garoto ficou de pé, pisou na barra das vestes e tropeçou brevemente. Saiu pelo espaço entre as mesas da Grifinória e da Lufa-Lufa.

–Bom... Pela porta. –o diretor falou sem sorrir.

Então Harry Potter entrou na sala dos campeões. Ludo Bagman entrou logo em seguida.

–Você está de brincadeira com a minha cara Rony? –A garota ainda brigava com os amigos. –Não pode estar falando sério.

–Lyra, se controla. –Outra voz.

–Não me peça isso Hermione, você melhor que ninguém entende meu desespero.

Todos olhavam a cena dela quando a voz do diretor cortou tudo aquilo.

–Bem... foi realmente uma noite de surpresas. –A voz tensa dele era notável. –Monitores, levem os alunos para seus devidos salões comunais.

Então virou para entrar na sala dos campeões.

Emelli me encarou, seus olhos tensos por trás dos óculos com armação de gatinho, ela acenou com a cabeça e eu simplesmente sabia o que devíamos fazer.

–Marie. –Chamei a garota que levantava a minha frente. – Prenez Gabrielle au transport. (Leve Gabrielle para a carruagem.)

Ela apenas acenou com a cabeça, gabrielle me olhava confusa, mas eu apenas sorri.

–Allez, cher. (Vá, querida.) –Falei, ela acenou que sim com a cabeça e seguiu Marie.

Enquanto os alunos levantavam das mesas em direção a porta, eu e Emelli fomos juntas em direção a sala dos campeões. Passando por entre as pessoas subi em direção a mesa dos professores puxando Emelli pela mão.

–Michelle. –A voz da minha madrinha ecoou na minha cabeça me fazendo parara antes de chegar até a porta.

Eu sabia o que ela faria se me visse ali naquele momento, ela teria aquele olhar de censura que me dizia para não entrar naquela sala, mas eu tinha que fazer aquilo.

–Désolé, il est nécessaire. (Desculpe, é necessário.) –Falei baixinho para mim mesma.

Então invadi a sala dos campeões.

–--

Ainda consegui pegar parte da conversa, estavam todos tão concentrados que não me notaram entrar.

– Não é culpa de ninguém, exceto de Potter, Karkaroff- falou o Professor Snape suavemente. Seus olhos negros brilharam de malícia. - Não saia culpando Dumbledore pela determinação de Potter de desobedecer às regras. Ele não tem feito nada exceto transgredir limites desde que chegou aqui...

Homem intragável.

– Muito obrigado, Severo - disse Dumbledore com firmeza, e olhou então para Harry. - Você depositou seu nome no Cálice de Fogo, Harry? - perguntou Dumbledore calmamente.

– Não. - Respondeu Harry. Estava consciente de que todos o olhavam com atenção.

Nas sombras, Snape fez um barulhinho impaciente de descrença.

– Você pediu a um estudante mais velho para depositá-lo no Cálice de Fogo para você? - tornou o diretor, sem dar atenção a Snape.

– Não. -Disse Harry com veemência.

– Ah, mas é clarro que ele está mentindo - exclamou Madame Maxime. Snape agora sacudia a cabeça, a boca crispada.

Nesse momento eu e Emelli não aguentamos aquela situação.

–Não, ele não está! –Eu e ela falamos ao mesmo tempo, todos viraram para nos olhar.

–Michelle! –A voz da minha madrinha soou horrorizada ao me ver ali.

–O que essas duas estão fazendo aqui? –A voz de Karkaroff era raivosa.

–Esta tudo bam, elas eston comigo. Focês tem algo a dicer, Michelle? Emelli? –A voz de Madame Maxime era tensa.

Seu aviso era claro... Não deixe que ninguém saiba sobre seus poderes.

Suspirei e andei em direção a diretora, ficando ao lado dela.

–Eo sei que ele non está mantindo. –Falei, olhei em direção a Fleur que me encarava tensa.

O mesmo aviso em seus olhos... Não deixe ninguém saber dos seus poderes.

–Como pode saber disso? –O professor Snape perguntou friamente, ele me olhava curioso.

– Ele não poderia ter atravessado a linha etária - interpôs a minha madrinha energicamente. - Tenho certeza de que todos concordamos nisso...

– Dumbly-dorr deve terr se enganado ao traçarr a linha - concluiu Madame Maxime, encolhendo os ombros, também querendo mudar de assunto rapidamente.

– É claro que isto é possível - respondeu Dumbledore polidamente, tomando a deixa das duas.

– Dumbledore, você sabe muito bem que não se enganou! -Exclamou a minha madrinha, aborrecida. - Francamente, que tolice! Harry não poderia ter cruzado a linha pessoalmente, e como o Prof. Dumbledore acredita que ele não convenceu um colega mais velho a fazer isso por ele, decerto isto deveria bastar para todos nós!

Ela lançou um olhar muito zangado ao Prof. Snape que ainda me encarava com a pulga atrás da orelha.

– Sr. Crouch... Sr. Bagman... - começou Karkaroff, a voz mais uma vez untuosa -, os senhores são os nossos... hum... juizes objetivos. Certamente os senhores concordarão que isto é extremamente irregular?

Bagman enxugou o rosto redondo e infantil com o lenço e olhou para o Sr. Crouch, que estava parado fora do círculo das chamas da lareira, o rosto semi-oculto pelas sombras. Parecia um pouco sobrenatural, a obscuridade fazia-o parecer muito mais velho, emprestando-lhe quase uma aparência de caveira. Quando falou, porém, foi em seu tom habitualmente seco.

– Devemos obedecer ao regulamento e o regulamento diz claramente que as pessoas cujos nomes saírem do Cálice de Fogo devem competir no torneio.

– Bom, Bartô conhece os regulamentos de trás para diante - disse Bagman, sorrindo, e se voltou para Karkaroff e Madame Maxime como se o assunto estivesse definitivamente encerrado.

Madame Maxime virou em direção a Emelli e olhou em seus olhos.

–Emelli? –Pediu.

A garota olhou para a diretora e acenou que sim com a cabeça.

–O Senhor Crouch está certo. O regulamento obriga Harry Potter a participar. Sinto muito Madame Maxime. –Ela respondeu.

– Eu insisto em tornar a submeter os nomes do restante dos meus alunos - disse Karkaroff. Ele agora deixara de lado seu tom untuoso e o sorriso. Seu rosto tinha uma expressão realmente feia. - Vocês prepararão novamente o Cálice de Fogo e continuaremos a depositar nomes até cada escola ter dois campeões. Seria o justo, Dumbledore.

Emelli riu alto e olhou para Karkaroff como se ele fosse um inseto, eu odiava quando ela fazia isso.

–O cálice de fogo é um objeto mágico de extremo poder, ele não funciona desse modo. –Ela disse.

Karkaroff abriu a boca para retrucar, mas o Sr. Crouch o interrompeu.

– A garota está certa Karkaroff, a coisa não funciona assim - comentou Bagman. - O Cálice de Fogo se apagou, e não voltará a arder até o ínicio do próximo torneio...

– ... no qual Durmstrang, com toda a certeza, não irá competir! - explodiu Karkaroff - Depois de tantas reuniões e negociações e tantos compromissos, eu não esperava que acontecesse uma coisa desta natureza! Tenho até vontade de me retirar agora mesmo!

– Uma ameaça inútil, Karkaroff- rosnou uma voz próxima à porta. - Você não pode abandonar o seu campeão agora. Ele tem que competir. Todos têm que competir. Um ato contratual mágico, conforme disse Dumbledore. Conveniente, não é mesmo?

Olho-Tonto Moody acabara de entrar na sala. Encaminhou-se, mancando, até a lareira, e a cada passo que dava, ouvia-se uma batidinha. Senti-me tensa quando aquele olho azul passou por mim e parou me encarando fixamente.

– Conveniente? - perguntou Karkaroff. - Receio não estar entendendo, Moody.

O bruxo tentava parecer desdenhoso, como se não valesse a pena dar atenção ao que Moody dissera, mas suas mãos o traíam, tinham se fechado em punhos.

– Não mesmo? - perguntou Moody em voz alta. - É muito simples Karkaroff. Alguém depositou o nome de Harry naquele cálice sabendo que o garoto teria que competir se saísse o seu nome.

– Evidaman algém que querria oferrecer a Ogwarts duas oporrtunidades de vancerr! - comentou Madame Maxime.

– Eu concordo, Madame Maxime - disse Karkaroff, com uma reverência. – Vou reclamar com o Ministério da Magia e a Confederação Internacional dos Bruxos...

–Não! Não! Não foi isso que ele quis dizer! –Emelli interrompeu novamente, dessa vez seu tom de voz era aborrecido. –Santo Deus, vocês são todos cegos?

–Emelli! –A voz de Madame Maxime soou autoritária.

–Désolé, Madame Maxime. (Desculpe Madame Maxime.) Mas acho realmente que vocês não estão vendo a mesma coisa que eu aqui. –Ela reclamou.

–Pelo menos alguém consegue ver a realidade. –Moody falou olhando para Emelli. -Se alguém tem razão para reclamar é o Potter, mas... O que é engraçado... não estou ouvindo ele dizer uma única palavra...

– Por que ele irria reclamar? - disse Fleur Delacour de repente, batendo o pé. – Ele tam a chance de competirr, não é? Durrante semanas vivemos a esperrança de serr escolhidos! A honrra de nossas escolas! Mil galeões de prrêmio, é uma chance pela qual muita jante morrerria!

–Fleur, pessoas morrem nesse torneio! Ele só tem quatorze anos! –Emelli disse para ela como se Fleur fosse uma estúpida.

– Talvez alguém tenha esperança de que Harry morra - disse Moody, com um leve vestígio de rosnado na voz.

Seguiu-se um silêncio extremamente tenso às suas palavras.

Ludo Bagman, que parecia de fato muito ansioso, balançou-se nervoso e disse:

– Moody, meu caro... Que coisa para você dizer!

– Todos sabemos que o Prof. Moody. considera a manhã perdida se não descobrir seis conspirações para assassiná-lo antes do almoço - disse Karkaroff em voz alta. - Pelo visto, agora está ensinando a seus alunos o medo de serem assassinados, também. Uma estranha qualidade para um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dumbledore, mas com toda a certeza você tem suas razões.

–Isso não tem nada a ver com as paranoias de Alastor Moody diretor Karkaroff! –Emelli falou duramente. –Meu Merlim, qual é o problema de vocês! É d’O menino que sobreviveu que estamos falando! Foi um bruxo ou uma bruxa habilitada que pôs o nome do garoto naquele cálice, com toda certeza.

– Ah, que prrova há disso? - exclamou Madame Maxime olhando para Emelli.

– Porque enganou um objeto mágico de grande poder! - disse Moody complementando Emelli. - Seria preciso um Feitiço para Confundir excepcionalmente forte para mistificar aquele cálice a ponto de fazê-lo esquecer que apenas três escolas competem no torneio... Estou imaginando que alguém tenha inscrito Potter em uma quarta escola, para garantir que ele fosse o único de sua categoria...

Chegava a ser estranho o modo como o pensamento deles dois se completava.

– Você parece ter pensado muito no assunto. - disse Karkaroff com frieza -, e não deixa de ser uma teoria criativa, embora, é claro, eu tenha ouvido dizer que recentemente você meteu na cabeça que um dos seus presentes de aniversário continha um ovo de basilisco ardilosamente disfarçado e o fez em pedaços antes de se dar conta de que era um relógio de trem. Então você compreenderá se não o levarmos inteiramente a serio. E bom... –Ele virou para olhar Emelli. –Não podemos levar a sério também uma criança.

–Essa crrianza nos seus pocos anos de fida já encontrou a curra parra espaterrgroitite* e crriou mas fetiços do que focê em toda sua fida Karkaroff, por iso, sugero rrespeito. –Madame Maxime falou friamente.

A sala toda ficou em silêncio por uns segundos depois daquilo, Emelli apenas sorriu petulante e arrumou os óculos no rosto.

– Há pessoas que usam ocasiões inocentes em proveito próprio. - retrucou Moody. - o meu trabalho é pensar como os bruxos das trevas pensariam, Karkaroff, como você deve se lembrar...

– Alastor! - exclamou Dumbledore em tom de aviso.

O rosto de Karkaroff estava em brasa.

Claro, eu lembrava bem de que Karkaroff havia sido comensal da morte, era uma coisa que não se esquecia.

– Como foi que essa situação surgiu, não sabemos - disse Dumbledore dirigindo-se às pessoas reunidas na sala. - Parece-me, no entanto, que não temos alternativa alguma senão aceitá-la. Os dois, Cedrico e Harry, foram escolhidos para competir no torneio. E, portanto, é o que farão...

– Ah, mas Dumbly-dorr...

– Minha cara Madame Maxime, se a senhora tiver uma alternativa, ficarei encantado em ouvi-la.

Madame Maxime virou para olhar em minha direção e depois para Emelli.

–Não existem brechas para esse caso Madame Maxime, sinto muito. –Emelli respondeu.

–Estafa escrrito Madame Maxime, Arry Potter parrticiparrá do torrneio trribrruxo.

Todos encaravam a nós duas, nossas habilidades nos precediam, nossas palavras eram levadas a sério, Emelli por sua extrema inteligência e eu pelo sabedoria do futuro.

Snape parecia furioso, Karkaroff, lívido. Bagman, porém, parecia bastante excitado.

– Bom, vamos agilizar isso, então? -disse, esfregando as mãos e sorrindo para os presentes. - Temos que dar nossas instruções aos campeões, não é mesmo? Bartô, quer fazer as honras da casa?

O Sr. Crouch pareceu despertar de um profundo devaneio.

–Instruções. E... a primeira tarefa... -Encaminhou-se, então, para a claridade das chamas. - A primeira tarefa destina-se a testar o arrojo dos campeões - disse ele a Harry, Cedrico, Fleur e Krum -, por isso não vamos lhes dizer qual é. A coragem diante do desconhecido é uma qualidade importante em um bruxo... Muito importante... A primeira tarefa terá lugar em vinte e quatro de novembro, perante os demais estudantes e a banca de juizes. É proibido aos campeões pedirem aos seus professores, ou aceitarem deles, ajuda de qualquer tipo para realizar as tarefas do torneio. Os campeões enfrentarão o primeiro desafio armados apenas de varinhas. Receberão informações sobre a segunda tarefa quando a primeira estiver concluída. Por força da natureza árdua e demorada do torneio, os campeões estão dispensados dos exames do fim do ano letivo.

O Sr. Crouch virou-se para encarar Dumbledore.

– Acho que é só isso, não é, Alvo?

– Acho que sim - respondeu Dumbledore, que observava o Sr. Crouch com uma leve preocupação. - Você tem certeza de que não quer pernoitar em Hogwarts, Bartô?

– Não, Dumbledore, preciso voltar ao Ministério. Estamos passando um momento muito movimentado e muito difícil... Deixei o jovem Weatherby responsável pelo departamento... Muito entusiasmado... Um pouquinho demais, para dizer a verdade...

– Você vai pelo menos tomar um drinque antes de partir? - convidou Dumbledore.

– Vamos, Bartô, eu vou ficar! - disse Bagman animado. - As coisas estão acontecendo em Hogwarts agora, sabe, está muito mais excitante aqui do que no escritório!

– Acho que não, Ludo. - respondeu Crouch.

– Prof. Karkaroff, Madame Maxime, um último drinque antes de nos recolhermos? - perguntou Dumbledore.

Mas Madame Maxime puxou Fleur pelos ombros e nos chamou com um aceno na cabeça, acenei para minha madrinha em despedida.

– Êtes-vous fou Michelle? (Você está maluca Michelle ?) –Fleur me perguntou irritada enquanto íamos em direção a nossas carruagens.

–Non, Non! Désolé. Mais je devais le faire. (Não, não ! Sinto muito. Mas eu precisava fazer aquilo.) –Expliquei. - Arry Potter a été sur mon point de vue il ya trois ans, je sais que ce ne fut pas lui qui a mis son nom dans le calice. (Harry Potter tem estado nas minhas visões há três anos e eu sei que não foi ele quem colocou o nome no cálice.)

– Pourquoi quelqu'un lui faire ça Michelle? (Por que alguém faria isso com ele , Michelle ?) –Emelli perguntou.

– Je ne sais pas, Emelli, Madame Maxime, quelqu'un essaie de tuer Arry Potter. (Eu não sei, Emelli, Madame Maxime, tem alguém tentando matar Harry Potter.)

– Bon, je ne veux pas vous près de lui Fleur, vous comprenez? (Certo, nao quero você perto dele Fleur, está entendendo?) –Madame Maxime falou.

–Oui Madame Maxime.

– Nous ... nous avons tous le sommeil. (Vamos... vamos todas dormir.) –Ela suspirou.

Estavamos na entrada das carruagens e Madame Maxime entrou tensa. Fleur, Emelli e eu ficamos ali paradas olhando uma para a outra.

–O que querro é vencerr. Non vou me meterr nisso. –Fleur falou abraçando o próprio corpo.

–Cerrto. –Falei.

Ela entrou em seguida.

–Pobre Fleur... –Emelli falou quando ficamos sozinhas. –Ela não tem ideia de que já está metida até o pescoço.

Então entrou em seguida.

Aquela sentença me deixou arrepiada, as vezes Emelli era quem parecia ser a garota que vê o futuro, eu sabia que ela não era vidente, ela era apenas lógica, trabalhava as probabilidades e descobria o que viria a seguir... Ainda assim, tamanha inteligência numa garota de quatorze anos era assustadora.

Não é a toa que ela veio junto, eu e Emelli não viemos para competir, viemos para auxiliar a campeã de Beauxbatons. Ela com a sua inteligência e eu com minhas visões. Mas mesmo com tamanho suporte eu sabia que Fleur não ganharia esse torneio... Essa taça não pertence a Beauxbatons.

Pertence a Hogwarts.

Eram as mãos de Cedrico Diggory e Harry Potter que minhas visões mostram tocando a taça... Juntos.

–--

PDV Nate

–Colocaram o nome de Harry, Nate! Ele nunca colocaria o nome no cálice em busca de mais fama . –Lyra disse.

Ela andava de um lado para outro na minha frente, Rose estava sentada numa poltrona, angustiada com tudo aquilo. Elas pareciam as únicas preocupadas, o resto do salão comunal estava em festa por ter um campeão da grifinória.

–Como o diretor pode deixa-lo competir, como? –Rose perguntava a si mesma, batendo o pé no chão de nervosismo.

Hermione já havia subido para se deitar, ela deu a desculpa de estar com dor de cabeça por causa de todo aquele barulho de comemoração, não a culpava, aquilo estava me dando dor de cabeça também. Rony també havia subido, mas ao contrário do resto de nós ele parecia irritado com alguma coisa.

Foi então que Harry chegou.

A comemoração foi a loucura, pessoas o abraçavam a parabenizavam, apesar dele insistir que não havia colocado o nome no cálice de fogo, não importava quantas vezes repetisse, as pessoas não ouviam. Por isso quando ele finalmente conseguiu chegar até nós tinha uma enorme bandeira da grifinória nas costas como uma capa, os cabelos mais desgrenhados que de costume, marcas de batom pela bochecha e um copo de cerveja amanteigada na mão.

–Harry! –Rose correu em direção ao irmão e o abraçou forte.

–Como foi que isso aconteceu? –Lyra perguntou.

–Acredite, eu gostaria de saber também. –Ele disse colocando a o copo no chão, tirando a bandeira das costas e entregando a Rose.

Lyra se aproximou tentando dar um jeito no cabelo dele e Rose usava a bandeira para limpar o batom do seu rosto.

–E agora? Você vai mesmo competir?-Perguntei.

–Pelo jeito sim. –Ele disse cansadamente. –Sou obrigado pelas regras do torneio.

Ele suspirou.

Lyra pegou o rosto dele nas mãos e sorriu.

–Vá dormir. Descanse, amanhã você nos conta tudo. –Ela disse e ele acenou que sim com a cabeça.

Harry foi andando para as escadas tentando arrumar o cabelo.

–Oh meu Deus, o que vamos fazer? –Lyra perguntou angustiada colocando a mão em frente ao rosto.

–Temos que avisar ao Sirius e ao meu pai. –Falei.

–Podem deixar comigo. –Rose disse. –Eu estava escrevendo uma carta para Mamãe, é só acrescentar isso no final.

Lyra acenou que sim com a cabeça e virou em minha direção.

–E você, suba com ele. Vá dormir também. –Ela disse.

Eu sorri pequeno e acenei que sim com a cabeça. Então subi as escadas, mas lá em cima eu encontrei algo que jamais imaginei ver na minha vida ao abrir a porta do quarto que dividia com Ron e Harry.

– Eu não pus o meu nome naquele cálice! – disse a voz de Harry aborrecida.

– Ah, tá bem - retorquiu Rony com um tom cético. - Só que ainda hoje de manhã você disse que teria posto à noite passada sem que ninguém o visse... eu não sou burro, sabe?

Arregalei os olhos surpreso, Ron e Harry estavam brigando!

– Pois está parecendo - disse Harry com rispidez.

– Ah, é? - respondeu Rony, mas agora não havia nenhum vestígio de sorriso em seu rosto. - Você está querendo se deitar, Harry, imagino que vai precisar se levantar cedo amanhã para a sessão de fotografias ou seja lá o que for.

Então ele fechou a cortina vinho de sua cama, Harry virou para me olhar, seus olhos surpresos e magoados.

–Interrompi algo? –Perguntei sem saber bem como agir.

Mas Harry não parecia capaz de responder, ele apenas se sentou na sua cama que se localizava entre mim e Ron. Aproximei-me dele e coloquei a mão no seu ombro.

–Ele vai perceber que está errado Harry. –Falei baixinho.

Harry sorriu fracamente para mim e deitou na cama.

A coisa é que Eu e Harry somos amigos, mas o Ron... O Ron é quase um irmão para ele. Tenho certeza que aquela desconfiança estava machucando Harry bastante. Mas eu também entendia Ron, o garoto estava se sentindo menosprezado por que Harry sempre recebia atenção.

Eu só esperava que eles se resolvessem.

–--

PDV Rose

Lyra suspirou tristemente.

–Pelo jeito não pudemos fazer nada para você hoje Rose. –Ela disse como se pedisse desculpas.

–Tudo bem, eu nem quero comemorar nada hoje... Foi um dia muito tumultuado. –Falei.

Ela, no entanto, ainda parecia triste. Então virou e até a cama e de debaixo do seu travesseiro tirou dois embrulhos pequenos.

–O meu presente e do Nate. –Ela disse.

–Do Nate? –Falei chocada. –Agora é oficial, ele está me evitando.

Lyra sorriu.

–Nate está passando por uma fase meio complicada, se você tiver paciência tudo vai se resolver. –Ela explicou. –Você devia ir dormir.

Eu realmente devia, mas estava irritada demais para dormir agora.

–Não, vou levar a carta para o corujal, volto daqui a pouco. –Avisei.

–Não seja pega pela Madame Norrra. –Ela disse arrastando o R de Nora, como um gato.

–Com quem você acha que está falando? –Me fingi de ofendida. –Aquela gata nunca me pegaria.

A risada de Lyra ecoou no quarto enquanto eu saia. Fui em direção ao meu quarto, Gina já estava deitada, segundo ela não queria comemorar algo que Harry claramente não gostava de estar participando. Peguei a carta na minha gaveta e rapidamente escrevi os acontecimentos daquela noite, esperava que Harry quisesse falar mais por isso só falei o básico, mas tudo bem, Tio Sirius saberia o que fazer.

Saí do meu quarto indo pelo corredor até as escadas, lá em baixo o pessoal ainda comemorava e se divertia, por isso quase ninguém reparou que eu saia do salão comunal. Os corredores estavam escuros, a luz dos archotes fazia todo o cenário mais macabro, era um pouco assustador, eu não era como Lyra que sentia prazer em lugares assim.

Isso só me assustava.

Por isso o caminho para o corujal pareceu mais longe do que de costume.

Charlie estava dormindo quando cheguei lá, ele parecia realmente irritada comigo, mas lhe dei um carinho e pedi desculpas, era uma coruja muito boazinha.

–Charlie, leve para a mamãe, sim? –Pedi.

Ela saiu voando rapidamente e mais rapidamente ainda eu saí de lá. Fui andando rapidamente pelas escadas e corredores, quando estava nos corredores perto do salão comunal da grifinória eu ouvi aquela voz me chamando.

–Rosemary?

Virei sentindo como se tivessem me pegando no flagra, o que era estranho por que eu não estava fazendo nada de errado.

–Zabine? –Surpresa, era esse o tom da minha voz.

Blásio Zabine estava na esquina para o meu salão comunal, segurando um embrulho verde. Ao me ver seu rosto ganhou um enorme sorriso.

–Parece que tudo conspira... –Ele disse mais para si mesmo do que para mim.

Aproximei-me dele, curiosa.

–O que você faz tão longe do seu salão comunal? –Perguntei.

–Eu... –Ele começou, mas deu um sorriso e baixou o rosto.

–Está tudo bem?

Ele respirou fundo e pareceu se recompor.

–Tudo ótimo. Eu queria falar com você. –Ele disse.

–Então você veio me chamar? –Perguntei apontando em direção do meu salão comunal.

–Sim, quer dizer... Não. –Ele falou.

–Sim ou não? –Fiquei confusa.

–Eu saí meio tomado pela coragem, mas percebi que não conseguiria te chamar, então decidi falar com você amanhã. Aí você apareceu. –Explicou ele.

–Que coincidência, não? –Falei rindo levemente, meus olhos foram em direção a cobra do seu uniforme.

Ele agia estranho para um sonserino.

–É, coincidência. –Ele disse rindo comigo.

–Mas então, o que você quer? –Perguntei.

Ele mexeu no cabelo, um pouco nervoso.

–É seu aniversário, não é? –Perguntou ele, então se aproximou me entregando a caixinha verde que ele trazia.

Meio surpresa eu não me movi para pegar, ele ficou segurando a caixinha na mão estendida em minha direção, eu olhei para a caixa e de volta para ele.

–Por que? –Perguntei. –Por que está me dando um presente? Você nem me conhece.

Ele não pareceu afetado por isso.

–Quero... Quero ser seu amigo. –Falou sincero.

Que estranho.

–É algum tipo de piada? Está querendo fazer algo contra mim? –O olhei desconfiada.

–Não! –Os olhos dele se arregalaram. –Maldita seja essa briga da Grifinória e Sonserina. Eu não quero magoar você nem nada desse tipo eu só quero... Conhecer você.

Ele parecia sincero.

–Por que eu? –Perguntei. –Tem vários outros grifinórios por aí, tem a Lyra!

Ele negou com a cabeça.

–Quis ser seu amigo desde a primeira vez que te vi.

–No trem? –Perguntei.

Ele negou.

–Antes. –Respondeu. –Correndo o risco de parecer um louco obcecado eu te acho interessante desde o seu primeiro dia em Hogwarts.

Foi aí que eu percebi o que chamou a atenção dele.

–É a cicatriz, não é? –Perguntei desconfortável.

Ele pareceu meio sem jeito.

–Primeiro foi a cicatriz, depois foi você. Você é alguém que eu gostaria de ter como amiga. –Explicou.

–Então você tem me observado? –Disse, ele mordeu o lábio, culpado, e eu soltei uma risada. –Agora você realmente está parecendo um louco obcecado.

–Desculpe. –Ele disse rindo também. –Olha, você não precisa aceitar o presente se não quiser, mas Dafne parece gostar da sua irmã, Theo também, então agora que eles estão sendo simpáticos eu achei que era uma boa hora de tentar ser seu amigo.

Franzi o cenho, não devia ficar surpresa que Lyra confraternizasse com sonserinos.

–Certo. –Respondi. –Eu aceito, obrigada.

Então ele estendeu a caixinha novamente e dessa vez eu peguei. Abri, curiosa, e me apaixonei na mesma hora.

–Ah meu Merlim. Que lindo! –Falei olhando para ele e de volta para o presente.

Zabine sorriu orgulhoso.

–Fico feliz que tenha gostado.

–Eu adorei! –Falei.

Toquei o colar delicado, era prateado com uma pedrinha verde em forma de lágrima... Eram as cores da sonserina.

–Posso... Posso colocar em você? –Ele perguntou envergonhado.

Eu podia notar um leve rubor na sua pele negra.

–Claro. –Sorri.

Animado, Zabine se aproximou e tomou o colar delicadamente de minhas mãos, então passou ele pelo meu pescoço, eu levantei os cabelos para que ele pudesse fechar. De costas eu podia sentir sua respiração na minha nuca.

–Pronto. –Ele sussurrou.

Virei em sua direção.

–Está bonito? –Perguntei tocando delicadamente a pedra.

–Linda. –Ele ofegou olhando meu rosto. –É a mesma cor dos seus olhos.

Zabine levantou a mão e tocou minha bochecha, no mesmo lugar da minha cicatriz, mas ele não tocou levemente, como se tivesse medo de me ofender, ele tocou e fez carinho, como se a cicatriz não existisse.

Aquilo me surpreendeu tanto que nem consegui me mexer, somente olhei seus olhos negros como a noite. Foi então que eu ouvi, o miado da gata, estava longe ainda, mas chegaria perto logo.

–Madame Nora! –Sibilei para ele de olhos arregalados. –Vai rápido, ela não pode pegar você aqui.

Ele pareceu assustado e olhou ao redor. Eu o empurrei para o corredor direito, a direção contrária de onde ela vinha, Zabine apenas ia andando chocado demais para agir.

–Vai, vai, vai! –Falei.

–Estou indo! –Ele disse rindo.

–Obrigada pelo presente. –Falei enquanto ele andava em direção as escadas. –Cuidado na volta.

Ele virou sorrindo.

–Certo. –Concordou.

Fiquei ali parada o olhando ir embora, Zabine volta e meia olhava para trás e sorria para mim, até que teve que virar o corredor.

Eu soltei uma risadinha quando ele foi embora, que situação inusitada essa em que me meti. Toquei a pedra no meu pescoço sem saber direito o que pensar daquilo tudo, então o som das patas de Madame Nora e fizeram acordar para a vida e corri de volta ao salão comunal.

Sorrindo o caminho inteiro.

–--

*A espatergroitite é uma doença cutânea, causada muito possivelmente por um fungo, que gera manchas no rosto e corpo do contagiado. O agente infeccioso pode também instalar-se na orofaringe, impedindo o doente de falar ou deglutir. São descritas pústulas de cor roxa, que podem desfigurar a pele do doente. Tendo em conta que normalmente é aconselhado que o doente infetado permaneça na cama, suspeita-se que seja também uma doença debilitante. É altamente contagiosa e pode ser fatal.


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo