Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 11
Começou a partida!


Notas iniciais do capítulo

Já está na hora de terminar essa copa não acham não? kkkk Desculpem meninas, demorei demais! Podem me culpar... recebi uns comentários reclamando. Desculpem mesmo! Sou uma pessoa terrível por deixar vocês esperando! (Drama...) Mas ele veio, isso é o que importa.
Quero agradecer a Hazel Black Uchiha pela recomendação e também a Tomlinson Cyrus! Vocês são demais, esse capítulo é para vocês.



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PDV Michelle

Diário da Michelle, terça-feira.

Ah! Eu devia ter sabido que aquilo iria acontecer. Aquela carta chegando, a minha mãe irritada... Na verdade eu sabia, só não pude fazer nada para impedir. Por que me dar um dom se não posso usá-lo para o meu bel prazer? Isso era o que me deixava mais desgostosa.

Eu sabia as consequências de se mexer com o tempo. E você não vai gostar de descobrir isso.

Mamãe me acordou cedo naquele dia (E quando digo que ela me acordou quis dizer que ela mandou a empregada me acordar). Quando desci para o café-da-manhã ela estava com uma careta de desprezo e impaciência.

–Sua madrinha mandou uma carta. –Ela disse por fim.

Naquele momento eu entendi por que ela estava tão irritada. Minha madrinha é uma mulher incrível e eu sabia que o futuro reservava coisas extraordinárias para ela, acredite em mim, eu vi.

–Espero que a senhora não tenha jogado fora. –Falei num tom divertido mostrando que era apenas uma brincadeira.

O negócio é que mamãe tem muito ciúme da minha madrinha por que na personalidade sou muito parecida com ela de um jeito que nunca fui com a minha mãe. Por causa disso não fazíamos muitas coisas juntas.

–Se tivesse jogado fora não teria nem contado que ela chegou! – Ela respondeu irritada, pelo jeito não pegou o tom de brincadeira.

–Okay mamãe. Desculpe.

Ela acenou para o mordomo que veio em minha direção com a carta numa bandeja de prata, Nós não temos elfos domésticos por que mamãe é muito desconfiada com qualquer coisa que não seja humano, inclusive... Talvez até a sua própria filha.

Naquele momento perdi o apetite e pedi para me retirar da mesa, ela não pareceu fazer questão com isso, depois do que aconteceu cinco anos atrás a nossa relação, que já não era das melhores, ficou cada dia mais tensa. Tento não irrita-la ou deixa-la triste, mas acho que somente o fato dela estar viva já a entristece por si só.

Entenda, não foi minha culpa. Ela é minha mãe e eu simplesmente não podia deixa-la morrer quando tinha o dom de...

–Michelle! Michelle! –Alguém gritava meu nome.

Eu estava sentada no jardim escrevendo. Olhei para o caderno totalmente escrito em inglês, assim se alguém da casa o pegasse não teria perigo de lê-lo.

–Oui?

Era Savine, a governanta da casa.

–Michelle, ma chère. Sa mère était la recherche, nous avons, aujourd'hui, c'est le jour pour mettre des fleurs dans Tumu ... (Michelle, minha querida. Sua mãe estava a sua procura, vamos, hoje é o dia de colocar flores no tumu...)

Mas a voz dela foi ficando grossa e incompreensível para mim, o mundo pareceu fora de foco e senti o chão sob meus pés sumir.

– Oh, putain! (Oh, droga!) –Murmurei antes de cair do chão.

–Michelle! Michelle! Aidez-moi! S'il vous plaît! (Michelle! Michelle! Ajudem-me! Por favor!)–A voz dela gritava com os empregados, mas me parecia longe e fraca.

Minha cabeça explodia de dor e luzes brilhantes saltavam nos meus olhos como fogos de artifício, eu sabia o que aquilo significava, não era a primeira vez que acontecia, mas nem por isso era menos doloroso. Com a ajuda dos empregados da casa fui carregada para o quarto, estava parcialmente consciente de tudo, mas quando essa coisa vinha eu ficava derrubada, me deitaram na cama.

– Ses yeux commencent à virer au rouge, Miss Michelle (Seus olhos estão começando a ficar vermelhos, senhorita Michelle). –Alguém falou.

Obrigada por me dizer, capitão obvio. Como se eu não soubesse que meus olhos ficam vermelhos.

Então as imagens saltaram em minha cabeça, eu quase podia sentir, como se eu estivesse lá.

“Havia pessoas correndo, elas empurravam e batiam umas nas outras tentando fugir de alguma coisa, vi o momento em que Nate passou correndo.

–Rose! Lyra! Hermione! –Ele gritava pelas mulheres de sua vida.

Correndo junto com ele estava um garoto alto e forte, mais velho que ele pelo jeito.

–Lyrrra! –Ele gritou.

Tinha um sotaque diferente. Não sei... Búlgaro talvez.

Foi quando alguém passou por ele e o empurrou, Nate rosnou com raiva e seus olhos ficaram amarelos. Alguém na multidão que corria notou isso.

–LOBISOMEM! –A pessoa gritou.”

–NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! –Sentei na cama.

–--

PDV Nate

Os espectadores gritaram e bateram palmas. Milhares de bandeiras se agitaram, somando seus desafinados hinos nacionais à barulheira geral. O grande quadro-negro onde Lyra havia aparecido beijando o jogador Bulgaro (coisa que eu ainda não engoli direito) apagou a mensagem (Feijõezinhos de todos os sabores Beto Botts - um risco cada dentada!) e passou a informar BULGÁRIA: ZERO, IRLANDA: ZERO.

–E agora, sem mais demora, vamos apresentar... os mascotes do time búlgaro! –Ludo narrou.

O lado direito das arquibancadas, que era uma massa compacta e vermelha, berrou manifestando sua aprovação.

– Que será que eles trouxeram? - comentou o Sr. Weasley curvando-se para a frente na cadeira. - Ah-ha! - Ele de repente tirou os óculos e limpou-os depressa nas vestes. - Veela!

– Que são Veela...? –Harry perguntou.

Mas cem Veela deslizaram pelo campo e a pergunta de Harry ficou respondida. Veela eram mulheres... as mulheres mais belas que eu já vi na minha vida... Só que não eram - não podiam ser – humanas, era impossível, tanta beleza assim...

Só que então elas começaram a cantar, tinham uma voz tão linda, nada mais parecia importar no mundo que não fosse agradá-la.

Meu lobo rugiu de insatisfação na minha cabeça, ele não queria agradá-la, não precisava. Mas eu queria! E quem mandava ali...

–Hey garotão, que tal se você sentasse a bunda aqui? –A voz de Lyra me acordou do transe, ela apontava para a minha cadeira.

Percebi que tinha me levantado e estava em posição de pulo, como se fosse pular da cadeira e ir até o campo pegar uma daquelas Veela. Eu sabia que se fizesse isso todos saberiam que eu sou um lobisomem, mas isso não importava, eu tinha que ir até lá.

–O que? –Perguntei vagamente consciente.

A multidão do estádio gritava, não queriam que as Veela fossem embora.

–Por favor, que papelão vocês três hein! –Lyra levantou da cadeira e me puxou de volta para sentar.

Olhei ao redor e vi que Harry tinha passado a perna pela grade e estava pronto para se jogar do camarote, enquanto Rony estava numa posição como se estivesse pronto para pular de um trampolim.

Então as Veela foram para o lado direito do campo e ficaram ali enfileiradas. Notei então que estava voltando a mim.

–O que foi isso? –Perguntei.

–Eram Veela. –Gui, o irmão do Ron, respondeu. –A música delas pode enlouquecer um homem. Fazê-lo cometer loucuras como... Pular do camarote.

Ele disse rindo enquanto apontava Harry, que era puxado pela Hermione, com a cabeça.

–E agora - trovejou Ludo Bagman - por favor levantem as varinhas bem alto... para receber os mascotes do time nacional da Irlanda!

No instante seguinte, algo que lembrava um imenso cometa verde e ouro entrou velozmente no estádio. Fiquei chocado ao perceber que era totalmente feito de...

–Nossa! São homenzinhos segurando luzes verdes. –Exclamei.

–São o que?! –Lyra e Rose perguntaram juntas.

Eles deram uma volta completa, depois se dividiram em dois cometas menores, que se projetavam em direção às balizas. De repente, um arco-íris atravessou o céu do campo unindo as duas esferas luminosas.

A multidão fazia "aaaaah" e "ooooh", como se presenciasse um espetáculo de fogos de artifício. Depois o arco-íris foi se dissolvendo e os homenzinhos se aproximaram e se fundiram, tinham formado um grande trevo que subiu em direção ao céu e ficou pairando sobre as arquibancadas. Percebi que deixavam cair uma chuva dourada de moedas.

–Excelente! - berrou Rony, quando o trevo sobrevoou o camarote, fazendo chover pesadas moedas de ouro, que ricocheteavam nas cabeças e cadeiras.

–Leprechauns!- exclamou o Sr. Weasley, fazendo-se ouvir em meio ao tumultuoso aplauso dos espectadores, muitos dos quais continuavam a disputar o ouro e a procurá-lo por todo o lado em volta e embaixo das cadeiras.

O maior dos trevos se dissolveu e os leprechauns, que são duendes irlandeses, foram descendo no lado do campo oposto ao das veela, e se sentaram de pernas cruzadas para assistir à partida.

PDV Lyra

–Isso foi divertido. –Falei enquanto girava uma moeda entre os dedos, joguei para o alto e peguei no ar.

–Foi, não é? –Nate falou sorrindo.

–Lyra! É a hora de apresentar os jogadores. –Gina falou animada.

Eu sabia por que ela estava animada, Dimitri joga no time da búlgaria. Eu só gostaria que todo mundo esquecesse aquele beijo.

–Cala a boca Gina. –Rose disse rindo e me olhando como se pedisse desculpas, mas seus olhos não pareciam arrependidos.

–E agora, senhoras e senhores, vamos dar as boas-vindas... ao time nacional de quadribol da Bulgária! Apresentando, por ordem de entrada... Dimitrov!

Um vulto vermelho montado em uma vassoura, que voava tão veloz que parecia um borrão, disparou pelo campo, vindo de uma entrada lá embaixo, sob o aplauso frenético dos torcedores da Bulgária. Quando parou perto das balizas eu vi o cabelo loiro e o sorriso contido. Dimitrov... Nikolai Dimitrov.

–Nikolai! UHU! –Gritei sorrindo e batendo palmas junto com Rose.

Rony parecia um pouco irritado comigo por estar torcendo pela Bulgaria, mas o que eu podia fazer? Eu conhecia os jogadores da Búlgaria, os da Irlanda não.

–Ivanova! – Ludo gritou.

Um segundo jogador de vermelho passou zunindo. Antes de chegar até onde Nikolai estava ele parou a vassoura em frente ao camarote onde eu estava e sorriu charmoso.

– Sŭzhalyavam za tseluvkata. (Me desculpe pelo beijo.) –Ele gritou nada convincente.

Enquanto isso Ludo continuava a chamar os outros jogadores do time.

–Zografi! – Ele gritou e outro jogador passou.

As pessoas ao meu redor me olharam esperando resposta enquanto Dimitri continuava voando em frente ao camarote.

– Toĭ ne izglezhda sŭzhalyavam . (Não parece arrependido.) – Gritei de volta irritada com o tom insolente dele. Okay, ele me ajudou a entrar, mas não precisava ser tão convincente! Não vai ser ele quem terá que lidar com o meu pai quando ele ver isso no profeta diário amanhã.

–Levski! –outro jogador passou.

– Ne sŭm (Não estou.) –Ele respondeu... SORRINDO!

Quando estava pronta para jogar o chapéu de trevo do Nate na cara dele o maldito voou para as balizas.

–Vulchanov! Volkov! Eeeeeeeee... Krum! –Ludo gritou animado.

– É ele, é ele! - berrou Rony, acompanhando Krum com o onióculo.

Krum passou pela frente do camarote onde nós estávamos e me olhou, sua cabeça mexeu quase imperceptivelmente em minha direção, como se pedisse desculpas pelo que Ivanova tinha feito. Era um cara tão sério e maduro.

Era difícil acreditar que tivesse apenas dezoito anos.

–Ele acenou para mim! Acenou para mim! –Rony gritava em êxtase.

–Na verdade Ron... –Gina o interrompeu risonha. –Ele acenou para a Lyra.

Uma rodada de risadas preencheu o nosso grupo.

–E agora vamos saudar... O time nacional de quadribol da Irlanda! - berrou Bagman. -Apresentando... Connolly! Ryan! Troy! Mullet! Moran! Quigley! Eeeeeee... Lynch!

Sete borrões entraram velozes no campo.

–E conosco, das terras distantes do Egito, o nosso juiz, o famoso bruxo-presidente da Associação Internacional de Quadribol, Hassan Mostafa!

Um bruxo miúdo e magro, completamente careca, mas com uma bigodeira que parecia mais um rabo de guaxinim, entrou em campo trajando vestes de ouro puro para combinar com o estádio. Um apito de prata saía por baixo dos bigodes e ele sobraçava de um lado uma grande caixa de madeira e, do outro, sua vassoura.

Ele montou a vassoura e abriu a caixa com um pontapé - quatro bolas se projetaram no ar: a goles vermelha, os dois balaços pretos e o minúsculo pomo alado de ouro. Com um silvo forte e curto do apito, Mostafa saiu pelos ares acompanhando as bolas.

–COOOOOOOOMEÇOU A PARTIDA! - berrou Bagman.

–--

–É Muíler! Troy! Moran! Dimirrov! De volta a Muíler! Troy! Levski! Moran!- Ludo falava rápido, eu mal conseguia virar a cabeça.

Estava usando o Onióculo que Nate havia comprado para mim e aquele jogo era quadribol como eu nunca vira ninguém jogar antes.

A velocidade dos jogadores era incrível - os artilheiros jogavam a bola um

para o outro tão depressa que Bagman só tinha tempo de identificá-los.

Vi o momento em que três artilheiros irlandeses voarem juntos, Troy no meio, um pouco à frente de Mullet e Moran, e investiram contra os búlgaros. Troy fingiu que ia subir com a goles, atraindo Ivanova, e deixou cair a bola para Moran. Um dos batedores búlgaros, Volkov rebateu violentamente, com o seu pequeno bastão, um balaço que passava, derrubando-o no caminho de Moran, mas ele se abaixou para evitar o balaço e soltou a goles, e Levski, que voava mais abaixo, apanhou-a. Troy fvoou na direção dele como uma flecha e tomou a goles, jogou para as balizas e...

–GOL DE TROY! - berrou Bagman, e o estádio estremeceu com o rugido dos aplausos e vivas. -Dez a zero para a Irlanda.

Troy dava uma volta no campo para comemorar o gol. Vi Dimitri fazer uma careta e voar em direção aos batedores.

Os leprechauns, que assistiam ao jogo na extremidade do campo, tinham novamente levantado vôo e formavam o grande trevo refulgente. Na outra extremidade, as veela assistiram a essa exibição em silêncio.

Os jogadores Bulgaros tinham garra, mas eu entendia o suficiente de quadribol para saber que os artilheiros irlandeses eram fantásticos. Deslocavam-se em harmonia, parecendo ler o que ia nas mentes uns dos outros pela maneira com que se posicionavam, era incrível de se ver.

Em dez minutos a Irlanda marcou mais duas vezes, elevando sua vantagem para trinta a zero e provocando uma onda de gritos e aplausos dos torcedores de verde. Rose mordia a mão de nervosismo. A partida se tornou ainda mais rápida, porém mais brutal. Volkov e Vulchanov, os batedores búlgaros qua pareciam montanhas, atiravam os balaços com bastonadas fortíssimas nos artilheiros irlandeses e estavam começando a impedi-los de executar alguns dos seus melhores movimentos, o que era ótimo, claro. Duas vezes eles foram obrigados a dispersar e então, finalmente, Ivanova conseguiu passar por eles, driblar o goleiro Ryan, e marcar o primeiro gol da Bulgária.

– Dedos nos ouvidos! - berrou o Sr. Weasley, quando as veela começaram a dançar comemorando o lance.

Rose pulou de alegria e apesar de o ponto ter sido marcado pelo Ivanova eu pulei também e gritei comemorando. Nós nos abraçamos, mas quando Ivanova passou pela nossa arquibancada comemorando com um sorriso largo... Eu quase senti vontade de beijá-lo de novo.

O jogo voltou ao normal.

–Dimitrov! Levski! Dimitrov! Ivanova... ah, essa não! - berrou

Cem mil bruxos e bruxas prenderam a respiração quando os dois apanhadores, Krum e Lynch, mergulharam no meio dos artilheiros, tão velozes que pareciam ter pulado sem pára-quedas de um avião.

–O pomo! –Levantei da cadeira e me debrucei na grade.

– Eles vão colidir! - berrou Hermione ao lado de Harry.

Hermione estava parcialmente certa - no último segundo, Vítor Krum se recuperou do mergulho e se afastou em círculos. Lynch, no entanto, bateu no chão com um baque surdo que pôde ser ouvido em todo o estádio. Um enorme gemido subiu dos lugares ocupados pelos irlandeses.

–Nossa! Isso vai deixar marca! –Rose disse rindo.

– Idiota! - lamentou o Sr. Weasley. - Era uma finta de Krum!

–Tempo! - berrou Bagman. -Os medibruxos vão entrar em campo para examinar Aidan Lynch!

Eu lembrava vagamente sobre essa jogada, a finta, tinha lido sobre ela em Quadribol através dos séculos.

– Ele está bem, só levou um encontrão! - disse Carlinhos tranquilizando Gina, que estava pendurada por cima da lateral do camarote, horrorizada. -E isso era, naturalmente, o que Krum pretendera...

Olhei para o rosto de Krum se contorcer, concentrando-se, quando o apanhador se recuperou do mergulho no último instante, ao mesmo tempo em que Lynch se estatelava, e lembrei da jogada - Krum não vira pomo algum, estava só fingindo para Lynch segui-lo.

–Esperto! –Murmurei para mim mesma.

Minha opinião sobre Krum mudava constantemente.

Ele voava em círculos bem acima de Lynch, que agora estava sendo reanimado pelos medibruxos com xícaras de poção.

Pelo modo como ele olhava ao redor no campo estava usando o tempo em que Lynch era reanimado para procurar o pomo sem interferência. Não era a toa que era considerado um dos melhores.

Lynch se levantou finalmente, sob ruidosas vivas dos torcedores de verde, montou a Firebolt e deu impulso para o alto. Sua reanimação parecia ter dado à Irlanda novas esperanças. Quando Mostafa tornou a soar o apito, os artilheiros entraram em ação com uma destreza impressionante.

Depois de quinze minutos de velocidade e fúria, a Irlanda acumulara uma vantagem de mais dez gols. Agora liderava por cento e trinta pontos a dez e a partida estava começando a ficar mais desleal. Rose apertava os dentes e os dedos. Eu não parava de morder os lábios de nervosa.

Quando Mullet disparou em direção às balizas mais uma vez, segurando firmemente a goles embaixo do braço, o goleiro búlgaro, Zograf, correu ao encontro da jogadora. O movimento seguinte foi muito rápido, só percebi os gritos irritados da torcida irlandesa e o apito de falta.

–E Mostafa repreende o goleiro búlgaro pelo jogo bruto – usou os cotovelos! - informa Bagman aos espectadores que berram. -E... Confirmando, é pênalti a favor da Irlanda.

Os leprechauns, que haviam levantado voo, furiosos, quando Mullet fora atingida, agora corriam a se juntar formando as palavras "HA! HA! HA!".

Não pude evitar rir dessa reação.

As veela, do lado oposto do campo, levantaram-se de um salto, sacudiram os cabelos com raiva e recomeçaram a dançar.

E Como se fossem um, os garotos Weasley, Nate e Harry enfiaram os dedos nos ouvidos, mas não me dei a esse trabalho, assim como Hermione, Rose e Gina.

Vimos o momento em que o Juiz começou a passar vergonha.

–Ah meu Deus! –Eu disse e explodi numa risada acompanhada de Rose.

Hassan Mostafa arerrissara bem diante das veela dançantes, e estava agindo de modo realmente estranho. Flexionava os músculos e alisava os bigodes, muito agitado. Estava paquerando as Veela!

–Ora, isso é admissível! - disse Ludo Bagman, embora seu tom de voz fosse o de quem estava achando muita graça. –Alguém aí dê um tapa nesse juiz!

Um medibruxo entrou correndo em campo, os dedos enfiados nos ouvidos, e deu um baita chute nas canelas de Mostafa. O juiz pareceu voltar a si, Mostafa parecia extremamente constrangido e gritava com as veela, que tinham parado de dançar e pareciam estar se rebelando.

–E a não ser que eu muito me engane, Mostafa está de fato tentando despachar as mascotes do time da Bulgária!- comentou Bagman. -Aí está uma coisa que nunca vimos antes... ah, isso é capaz de dar confusão...

E deu: os batedores Volkov e Vulchanov, pousaram ao lado de Mostafa e começaram a discutir furiosamente com o juiz, gesticulando em direção aos leprechauns, que agora formavam alegremente as palavras "HI! HI! HI!".

Mostafa, porém, não se deixou impressionar com a argumentação dos búlgaros; espetou o dedo indicador no ar, dizendo claramente a eles que voltassem ao ar e quando os jogadores se recusaram, ele puxou dois silvos breves no apito.

–Dois pênaltis a favor da Irlanda! -gritou Bagman.

–Não! –Rose e eu gritamos irritadas. Assim como toda a torcida Bulgara.

Rony começou a rir. Joguei o chapéu do Nate (Lyra! Isso é meu!-Ele gritou) na cara dele.

–E é melhor Volkov e Vulchanov voltarem a montar as vassouras... é isso aí... e lá vão eles... e Troy toma a goles...

A partida agora atingira um nível de ferocidade que ultrapassava tudo que eu já tinha visto. Os batedores dos dois lados jogavam sem piedade: principalmente Volkov e Vulchanov pareciam nem ligar se os seus bastões estavam fazendo contato com balaços ou com gente, quando os giravam violentamente no ar.

E acreditem no que eu digo quando falo sobre o quanto dói um balaço. Já levei um na cara.

Nikolai disparou um balaço em cima de Moran, que segurava a goles, e quase a derrubou da vassoura.

– Falta!- urraram os torcedores irlandeses em uníssono, todos de pé como uma enorme onda verde.

–Falta!- ecoou a voz de Ludo Bagman, magicamente ampliada. –Dimitrov esfola Moran - O jogador saiu com intenção de dar um encontrão - e tem que ser outro pênalti - e aí vem o apito!

Os leprechauns subiram ao ar mais uma vez e agora formaram uma gigantesca mão que fazia um gesto muito grosseiro para as veela.

–Ai que merda. –Falei sem prevendo a reação delas.

Ao verem isso, elas se descontrolaram.

Precipitaram-se pelo campo e começaram a atirar algo com o aspecto de bolas de fogo contra os duendes irlandeses.

Naquele momento elas mostraram suas verdadeiras faces, feias que dói, tinham unas cabeças de aves com bicos afiados e crueis e asas longas e escamosas nos seus ombros...

– E aí está, rapazes. - berrou o Sr. Weasley se sobrepondo ao tumulto da multidão embaixo. -Está aí a razão por que vocês não devem se deixar levar só pelas aparências!

Bruxos do Ministério invadiam o campo para separar as veela e os leprechauns, mas sem muito sucesso. Mas a batalha no campo não era nada comparada a que estava ocorrendo no ar.

A goles trocava de mãos com a velocidade de uma bala...

–Levski - Dimirrov - Moran - Troy - Mullet - Ivanova - Moran de novo - Moran - um GOL DE MORAN!

Mas a gritaria da torcida irlandesa mal conseguia abafar os gritos agudos das veela, os barulhos que agora vinham das varinhas dos funcionários do Ministério e os berros furiosos dos búlgaros.

A partida recomeçou imediatamente.

Agora Levski estava com a posse da goles, agora Nikolai...

O batedor irlandês Quigley levantou com violência o bastão contra um balaço que passava e arremessou-o com toda a força contra Krum, que não se abaixou com suficiente rapidez.

Senti uma sensação nostálgica e fiz uma careta lembrando-me do quando aquilo dói.

O balaço atingiu-o em cheio no rosto.

Ouviu-se um lamento ensurdecedor da multidão. O nariz de Krum parecia quebrado, saía sangue para todo lado, mas Hassan Mostafa não apitou. Estava distraído com as Veela que lançavam uma bola de fogo e incendiaram a cauda da sua vassoura.

–Não vão marcar falta? O que esse juiz tem de errado?! –Rose gritava com raiva.

Eu só conseguia segurar na grade olhando para o campo a procura de alguém que pudesse ajudar Krum.

–Tempo! Ah, anda, ele não pode jogar assim, olha só para ele... –Rony gritou. Apesar de torcer pela Irlanda ele parecia entender esse momento.

–Olha o Lynch!- berrou Harry.

O apanhador irlandês repentinamente mergulhara e ali eu vi que era para

vale...

–Ele viu o pomo! - berrou Harry. - Ele viu! Olha lá ele correndo!

–E agora? –Perguntei apertando a grade.

Metade da multidão parecia ter compreendido o que estava acontecendo, a torcida irlandesa se levantou como uma grande onda verde, animando o apanhador... mas Krum voava na esteira dele.

Era impressionante! Ele devia estar completamente desorientado, mas não desistiu. Gotas de sangue voavam pelo ar à sua passagem, mas ele emparelhava com Lynch agora e os dois disparavam em direção ao chão...

– Eles vão bater! - esganiçou-se Hermione.

– Não vão! - berrou Rony.

– O Lynch vai! - gritou Harry.

E tinha razão - pela segunda vez, Lynch bateu no chão com um tremendo impacto e foi imediatamente pisoteado por uma horda de veela raivosas.

– O pomo, onde é que está o pomo? - berrou Carlinhos, mais adiante na fila.

E foi aí que eu vi... Krum irrompeu com sua roupa totalmente suja de sangue e o punho erguido com o pomo na mão.

– Ele pegou, Krum pegou, terminou o jogo! - gritou Harry.

Fique calada vendo aquela cena, eu tinha certeza que nunca veria algo tão incrível como aquilo de novo e tomei nota de decorar cada detalhe.

O placar piscou por cima da multidão.

BULGÁRIA: CENTO E SESSENTA. IRLANDA: CENTO E SETENTA.

A Irlanda tinha pontos demais, Búlgaria não conseguiu vencer mesmo com o pomo.

Mas os torcedores não pareciam ter percebido o que acontecera. Então, lentamente, o rugido da torcida da Irlanda foi se avolumando e explodiu em urros de alegria.

–VENCE A IRLANDA! - gritou Bagman, que, como os irlandeses, parecia estar espantado com o inesperado desfecho da partida.

–KRUM CAPTURA O POMO, MAS VENCE A IRLANDA! Deus do céu, acho que nenhum de nós esperava uma coisa dessas!

–Para que foi que ele agarrou o pomo? - berrou Rony, ao mesmo tempo que continuava a pular, aplaudindo com as mãos no alto. - Ele encerrou a partida quando a Irlanda estava cento e sessenta pontos à frente, o idiota!

Eu também não havia entendido muito bem o por que, mas Harry conseguiu me esclarecer.

– Ele sabia que o time não ia conseguir se recuperar - respondeu Harry aos gritos, tentando se sobrepor à zoeira geral e aplaudindo com estrépito - Os artilheiros irlandeses eram bons demais... Ele queria encerrar a partida nos termos dele, foi só...

– Ele foi valente, não foi? - comentou Hermione esticando-se à frente para ver Krum pousar e um enxame de medibruxos abrir caminho à força entre os briguentos leprechauns e as veela que brigavam para chegar ao apanhador. - Ele está pavoroso...

Sim, ele estava. Era um homem interessante esse Viktor Krum. Vi o momento em que Karina, que estava entre os medibruxos, o abraçou e beijou sua testa. Ela falou algo para ele e sorriu, ela então o ajudou a entrar, tendo o cuidado de não deixar ninguém ver o seu rosto.

Tendo o mesmo rosto que o meu ela não queria se expor a mídia que havia ao meu redor por causa do beijo do Ivanova.

Krum foi levado pelos medibruxos e eu sorri.

Não, ele não foi idiota... Ele foi valente, como Hermione havia colocado tão bem.

–--


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Notas finais do capítulo

Meus amores lindos da Tia Mika, está aqui em baixo o motivo do meu sumiço:

Não sei quem aqui gosta de crepúsculo, mas peço que vocês deem uma olhadinha na minha fanfic. Me digam se eu tenho jeito para escrever sobre vampiros, ou se eu sou uma droga, por favor!

Sinopse:

Meu nome é Amélia Didyme Martino.
E eu sempre acreditei que existia um motivo para tudo acontecer, o por quê de vivermos, o por quê de conhecermos as pessoas que conhecemos.
O fato de eu ter o poder de ver o passado das pessoas com apenas um toque e ter o mesmo rosto de uma vampira que morreu décadas antes de eu nascer só me comprova essa teoria. Me orgulho em poder dizer que colecionei muitos amigos e aliados durante meu tempo de humana e de imortal e por ter criado um clã tão poderoso que assustou inclusive os Volturi, mas mesmo tudo isso não me fez livre de sua traição. Eu cometi, novamente, o erro de acreditar.
Sendo Didyme eu deveria saber que isso ia acontecer, devia ter tido mais cuidado, ter sido mais vigilante, não ter confiado em todo mundo. Mas eu quis acreditar em meu irmão, quis acreditar que dessa vez ficaríamos juntos, Marcus e eu, que o nosso amor não seria interrompido por mais séculos de tristeza e morte. Fui ingênua e ignorei o meu destino.
Não repetirei o mesmo erro um terceira vez.
Ó caros leitores, me escutem com atenção, vou começar a minha história...


Opinem, por favor!

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
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Câmbio e desligo