Linked escrita por Miss Hana


Capítulo 4
"Por você"


Notas iniciais do capítulo

Heey, darlings! Demorei? Well... Me desculpem D: De onde eu estava, não tinha condição nenhuma de editar a imagem do capítulo, então, assim que cheguei na minha casa, editei logo a imagem e estou postando ;D (por isso ela ficou meio feinha, mas fazê oq? KKKK)

Antes que leiam o capítulo, quero que:
Lady Love;
CokeeH;
Pamonha e
Feh97
Recebam, meus maiores agradecimentos, pois elas deixaram os comentários mais maravilhosos possíveis no capítulo anterior ;D

Esse capítulo é inteiramente dedicado a Queen Love, que recomendou a fic *O* espero que goste, fofa

Obrigada



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“Por você”

Por: Hana Laufeyson

L-I-N-K-E-D

Algumas horas antes...

– Pode ir falando – o moreno recostou-se no tampo da mesa, esperando que o loiro continuasse a falar o que havia começado alguns minutos antes.

O Odinson olhou demoradamente para os outros três que estavam presentes. Não sabia se deveria falar sobre as coisas estranhas que aconteceram na noite anterior. Não queria fazer alarde por nada. Mas eles eram seus amigos. Estavam ali para ajuda-lo, afinal.

– Ontem de noite, quando eu estava procurando a Anna – começou, escolhendo as palavras certas – Eu fui até um campo de treinamento perto do rio e achei ela. Ela estava quase desmaiada e tremendo de frio. Mas não sei por que não levei-a dali logo. Estava tão linda, com uma face tão serena, que não fiz nada além de ficar olhando para ela.

Desviou o olhar, fixando seus olhos azuis em algum lugar do céu.

– Mas aí, do nada, Loki apareceu e levou ela dali – terminou, franzindo o cenho. Como se aquilo ainda não fizesse sentido em sua mente.

– Só isso? – o outro loiro arqueou uma sobrancelha quase incrédulo – Eu pensei que havia acontecido alguma barbaridade.

– Mas aí é que está – falou rápido, como se sentisse a necessidade de explicar a situação. Talvez por que ela fosse ridícula demais ou por que estava constrangido – Alguma coisa me fez querer leva-la e foi estranho ver que logo o meu irmão estava fazendo isso. E isso realmente me irritou, por que eu tinha chegado lá antes dele.

– Que infantil... – Hogun franziu o cenho.

– Espera aí! – o ruivo interrompeu-o, com os olhos levemente arregalados – Você realmente está gostando da Anna? Fala sério.

– Não! – Thor franziu o cenho, indignado. Não tinha muita certeza se estava indignado com o fato de o amigo ter sugerido isso, ou com a possibilidade de aquilo ser real – Na verdade... não.

– “Na verdade... não”? – o moreno riu levemente – Isso é o melhor que você consegue?

– Eu não sei de onde vocês tiraram isso.

– “Estava tão linda, com uma face tão serena, que não fiz nada além de ficar olhando para ela” – Fandral fez uma pose à la Hamlet, ser ou não ser.

– Você só pode estar brincando comigo – o ruivo revirou os olhos – Logo a Anna? Ela não fez nada para merecer essa desgraça.

– Ninguém merece conversar com vocês – o loiro franziu o cenho – Eu só queria que me dessem um conselho.

– É que você gostar da Anna parece uma coisa tão surreal.

– Mas eu nunca disse que gostava dela! – esbravejou, erguendo as mãos para o alto – Querem saber? Deixa para lá, ok?

– ‘Tá na chuva, é para se molhar – Fandral revirou os olhos – Eu sugiro que você vá falar com ela.

– E dizer o quê?

– Não sei – deu de ombros – Esclarecer as coisas?

– Não é como se tivesse algo para ser esclarecido – desviou o olhar – Mas obrigado pelo seu “conselho”.

– Às vezes é bom ser útil – riu – De qualquer forma, fica por sua conta. Eu tenho que ir.

– As suas garotas estão lhe esperando, não é, Fandral? – o ruivo deu um riso sonoro e o loiro o acompanhou.

– Sempre, meu caro Volstagg – caminhou até a porta e a abriu – Sempre.

T-H-O-R

Eu não sabia exatamente o motivo de estar andando até a casa de Anna àquela hora da noite. Quando mal pude perceber, já estava na metade do caminho. Infelizmente, as conversas que eu tina com Hogun, Volstagg e Fandral davam mais ou menos na mesma coisa: Em mim fazendo alguma coisa sem pensar. Ótimo.

De qualquer forma, já estava na metade do caminho para a casa de Anna e não fazia a mais remota ideia do que falaria para a mesma. “Esclareça as coisas”. A voz de meu amigo ecoou na minha mente, como se ele fosse a minha consciência. Bufei. O que eu iria esclarecer, afinal? Não havia nada para ser dito, mas aquilo ainda me parecia o certo.

Minha relação com Anna nunca fora complicada, mas estava tudo se tornando uma bagunça! Coisas confusas dentro de mim e vontades repentinas de socar o nariz perfeitinho do meu irmão. Aquilo nunca acontecera antes e estava sendo perturbador demais, para uma primeira vez.

Bufei pela segunda vez naquela noite. Definitivamente, aquele dilema não resolveria o outro dilema: O que eu iria falar para Anna? Não podia simplesmente aparecer e... nada. E não falar nada. Não daquela vez. Eu nunca precisara de um assunto previamente pensado para falar com Anna. Era tudo muito natural, as coisas fluíam completamente entre nós, mas naquele dia eu simplesmente não achava que aquilo iria funcionar. Por isso que estava tão em dúvida sobre o que falar.

– Que ridículo... – murmurei comigo mesmo, ao constatar que já estava parado na porta da casa de Lisanna.

Pense rápido, Thor”. Ordenei a mim mesmo. “Volte ao início de tudo”:

Meu pai me dera a notícia de que eu seria nomeado rei, fiquei animado para contar isso à Anna, fui atrás dela, encontrei-a desmaiada e tremendo de frio, meu irmão apareceu, levou-a dali e eu senti uma vontade descomunal de bater em algo – ou alguém. Por capricho de dona Frigga, no dia após a notícia ser dada a mim, ela quis enviar convites a pessoas mais próximas, convidando-os à cerimônia. Mais tarde nesse dia, Fandral me aparece dizendo que Anna estava com raiva de mim por que eu não dava valor a nossa amizade.

“Espera aí”. Se estivesse sentado, tinha certeza de que teria dado um pulo. “É isso! Eu vou me desculpar com a Anna. Não sei exatamente o porquê, mas vou pedir desculpas!”. Eu iria me desculpar por não ter dado o devido valor a nossa amizade. Era um ótimo começo de conversa.

Confiante e levemente animado, dei três leves batidas na porta. Um minuto depois, a mãe de Anna atendeu. Ela olhou-me curiosa.

– Pois não, príncipe Thor? – fez uma breve reverência e olhou-me novamente.

– Eu gostaria de falar com Anna – franzi o cenho – Ela está?

– Temo que não – respondeu – Ela mandou que me dissessem que chegaria mais tarde. Provavelmente deve estar na biblioteca.

– Muito obrigado – sorri e me despedi, pondo-me a andar.

T-H-O-R

Alguns minutos depois, já estava parado em frente as grandes portas de vidro da biblioteca municipal. Estava fechada. Maravilhoso. Revirei os olhos e olhei ao redor. Quem sabe ela não tinha acabado de sair? Por sorte – ou obra do destino, um vulto se mexera agilmente, virando a esquina e, não tendo nada a perder, resolvi segui-lo. Caminhei rápida e silenciosamente até a esquina e só tive tempo de ver o mesmo vulto virando em outra esquina.

Em verdade, não sabia quem era o primeiro vulto. Estava escuro demais, e ele se movia com agilidade. Só estava seguindo-o por mera curiosidade. Eu provavelmente não acharia Anna naquela noite mesmo. Passei a segui-lo discretamente até eu perceber que, além de mim, mais alguém seguia aquela pessoa.

Em um flash, quando o vulto passara rapidamente pela luz, pude ver por dois milésimos de segundo longos cabelos esvoaçando. Era uma mulher, pelo jeito rápido e gracioso em que andava. Diversas vezes sua silhueta não passou despercebida aos meus olhos.

Super normal uma garota andar sozinha essa hora da noite – ironizei comigo mesmo.

Por mais dois minutos eu a segui. Aquela definitivamente não era Anna. Eu ainda não havia visto seu rosto, mas pela rota que ela estava tomando – indo em um caminho completamente diferente do que o usual – pude dizer que não era a minha amiga.

Um barulho estranho interrompeu os meus pensamentos, fazendo-me esconder nas sombras: Um cara estava aparentemente seguindo a garota. Eu não havia prestado muita atenção antes, mas já fazia um tempo que outro homem estava seguindo a garota.

Liguei os pontos: uma garota, entrecortando o caminho por entre becos escuros, andando apressadamente e sem olhar para trás com um homem indo pelo mesmo caminho em que ela fora. Aquilo era, no mínimo, preocupante. Se não para mim, para a garota.

Passaram-se mais alguns minutos e eu só continuava a seguir a garota para ter certeza de que nada de mal aconteceria com a mesma. Ela não parecia segura de onde estava indo, já que passou pela mesma esquina sete vezes, e o homem continuava a segui-la.

Por dois segundos, me distraí com outro barulho vindo de uma das casas escuras e, quando voltei minhas atenções a garota, ela havia sumido. Sem deixar sinais. E o homem que a seguia também. Olhei nervosamente para os lados, tentando acha-los, mas a rua estava mais deserta do que antes.

...você não precisa fazer isso... – escutei um sussurro, que mais parecia um gemido. Ou alguém chorando.

Cala a boca! – a segunda voz era abafada, mas eu pude perceber que era um homem.

Olhei atordoado para os lados. Não sabia de onde as vozes estavam vindo. De repente escuto um grito feminino, que fora rapidamente abafado e eu tive certeza de que ele veio de um dos muitos becos daquela parte da cidade. Caminhei a passos largos até o lugar.

– Eu disse para calar a boca!

Em meio a uma luz fraca e minha confusão, demorei para perceber que um homem empurrava alguém contra a parede, enquanto o mesmo se debatia furiosamente. Tamanha fora a minha surpresa quando percebi que o “alguém” era na verdade Anna. Seu vestido estava quase que em farrapos e, não sei como, pude ver o rastro de uma lágrima em sua bochecha.

As mãos sujas do homem percorriam libidinosamente por todo o seu corpo delicado e um sorriso podre se apoderava de seus lábios. Trinquei os dentes e estreitei os olhos. Que audácia. Dei um silencioso passo na direção dos dois. Respirei fundo para que um estrago muito grande não fosse feito.

Algo ruim demais estava se formando no meu estômago e uma voz em minha cabeça me alertava a cada segundo de que eu não poderia fazer algo que comprometesse o evento que estava por vir – minha nomeação.

Só percebi o quão forte estava apertando minhas mãos em punho quando senti a ardência de pequenas feridas na palma delas. Iria ser mais fácil se eu acabasse com tudo aquilo naquele exato minuto.

Lutando bravamente contra a raiva crescente em meu peito, em dois movimentos rápidos eu dei um soco no homem e o chutei, fazendo-o bater na outra parede do beco. Força demais.

Anna deum um pequeno grito e olhou assustada para mim. Depois para o homem. Depois para mim. A confusão em seu olhar era mais do que clara e percebi que ela deveria não estar me vendo. Dei mais um passo e ela se encolheu. Suspirei pesadamente e fui à luz. Seus olhos se fecharam em alívio, porém logo se abriram em raiva.

– O que é que você está fazendo aqui?!

L-I-S-A-N-N-A

Apesar de eu quase ter sido violentada, não cedi à minha gratidão por Thor. Eu continuava com raiva dele, mesmo tendo salvo a minha vida. E estava decidida a não deixar o meu alívio transparecer. Eu estava sendo infantil? Sim. Me importava? Não.

– O que é que você está fazendo aqui?! – perguntei em alto e bom tom.

Trinquei os dentes, querendo ignorar o meu vestido esfarrapado. Fiz uma prece mental para que meu rosto não ficasse vermelho.

– De nada – estreitou os olhos para mim – Não sei se você percebeu, mas eu acabei de salvar a sua vida.

– Eu estava bem – esbravejei sem pensar, mas me arrependi o mesmo segundo. Eu estava sendo ridícula.

– Claro que estava – ironizou.

– Posso saber com que direito você está irritado comigo? – franzi o cenho.

– Talvez por que eu mereço pelo menos um “obrigada”?

– Talvez não mereça... – desviei o olhar. Ele estava certo.

Mas todos diziam que eu era teimosa demais e aquela foi a minha prova concreta. Eu não iria dar o braço a torcer.

– Você não pode estar falando sério – bufou irritadiço.

– E você ainda não me respondeu o que está fazendo aqui – dei um passo até ele

– Para o seu governo, eu estava atrás de você para me desculpar, mas estou vendo que vou ter que repensar isso – falou alto, quase gritando.

Arregalei os olhos. Eu estava realmente sendo ridícula. E idiota. Ele, além de querer se desculpar, salvou a minha vida e eu estava bancando uma de demente para o lado dele. Suspirei pesadamente.

– Você... – não sabia o que falar. Estava envergonhada demais. Respirei fundo antes de continuar – Me desculpa?

De acordo com os outros, eu tinha uma aparência dócil e meiga, mas acho que meu orgulho também era uma característica predominante. Foi difícil pedir desculpas. Sempre era. Principalmente quando eu estava bem errada. Duplamente errada, como nesse caso.

– Mas já?! – seu sarcasmo apertou o meu coração.

– Eu estava meio que com raiva – suspirei e o encarei – Me desculpe, novamente.

Vi que o mesmo abriu a boca para responder, mas no mesmo segundo senti-me ser empurrada para o lado e bati fortemente a cabeça na quina de um caixote de madeira que, antes, eu nem havia percebido que estava ali. Uma dor se espalhou pelo local e senti o sangue quente escorrer.

Olhei assustada para cima e vi que Kazzio – que havia sido esquecido por algum motivo que eu não sabia qual – havia se levantado e desferido outro soco em Thor, que cambaleou para trás.

Meu chefe, apesar de ser forte, não era um guerreiro. Não era páreo para Thor. Em menos de dois minutos ele já estava caído no chão.

– Anna! – o loiro correu até mim, mas eu não conseguia tirar os olhos de Kazzio.

Eu não o culpava, afinal. Conhecia o moreno há muito tempo e sabia que, em sã consciência, ele não seria capaz de fazer algo daquele tipo comigo. Com ninguém. Eu só sentia pena dele por que sabia que, no outro dia, sua dor de cabeça seria de outro mundo e, conhecendo-o como conhecia, estaria, no mínimo, envergonhado demais.

– Você está sangrando – o Odinson constatou preocupado e puxou meu braço para que eu me levantasse – Eu vou te levar para o castelo.

– Não podemos deixar ele aqui – olhei para ele e depois para o corpo inconsciente no chão.

– Ele acabou de te atacar – protestou. Vi incredulidade em seu olhar.

– Ele não é ruim – franzi o cenho.

– Isso não o salva do que acabou de fazer!

– Eu o conheço, Thor – senti uma pontada no local da ferida e, instintivamente, pus a mão no local.

– Você está sangrando muito, Anna – apoiou meu braço em seu pescoço e pôs a mão na minha cintura – Eu mando alguém aqui para leva-lo para casa.

– Promete? – olhei profundamente em seus olhos e ele assentiu.

– Por você.


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Notas finais do capítulo

Mereço pedradas ou flores?
Muito obrigada novamente a todos que sempre marcam presença nos comentários, me apoiando e elogiando e fazendo as críticas construtivas, pois são elas que ajudam o autor a melhorar sempre ^^

Eu fico sem palavras para descrever tudo o que eu sinto em relação a vocês ^^ sério, um HIPER obrigada ^^