Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 8
Outra vez?


Notas iniciais do capítulo

Tal como prometi, aqui esta o capitulo de hoje!
Peço desculpas pela demora!
Espero que gostem!



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POV ROSE

– Bom dia princesa – desejou Rachel

Bocejei e espreguicei-me na cama. Eu sei. Uma atitude nada digna de uma princesa.

– Não me chames isso – pedi. – Bom dia!

Rachel corou um pouco.

– Mas, Rose, tu és uma princesa – constatou.

Revirei os olhos, outra coisa fora do alcance de uma princesa normal, e antes de conseguir responder, uma figura loira entrou de rompante no quarto.

– Ainda estás na cama Rose? – Perguntou Alexia. – Está um ótimo dia! O que achas de irmos ao povoado?

Rachel olhou chocada para Lexi e eu sorri. Vi o olhar de Rachel voltar ao normal á medida de que se ia lembrando da minha relação com a loira. Sorriu.

Levantei-me rapidamente.

– Vou tomar banho – disse. Olhei para o espelho. – Em meia hora estou pronta, mas devo precisar de ajuda com isto – apontei para uma madeixa de cabelo que parecia um ninho de pássaros de tão baralhado que estava. – Havia algo pior do que cabelo ao acordar?

Lexi riu-se de mim e Rachel sorriu timidamente.

– Anda logo ruiva – disse a loira.

Sorri e dirigi-me ao banheiro.

POV DOMINIQUE

Rachel e Alexia estavam a preparar Rose.

Draco e Astónia estavam a tomar o pequeno-almoço com Scorpius.

Não havia novas mensagens dos reis de Beauxbatons.

Rose não tinha feito mais nenhum espetáculo.

Sorri. Tudo estava em paz. Finalmente.

Não que eu critica-se Rose. Não era nada disso, apenas gostava das coisas organizadas.

– Domi – alguém chamou atrás de mim.

Olhei e suspirei. A paz foi-se embora.

– O que precisas, James? – Perguntei educada.

James sorriu e aproximou-se de mim, ficando apenas a sentimentos de mim. Ele era alto o suficiente para que eu ficasse a olhar para o seu queixo.

– Já te disse que te acho bastante impressionante? – Perguntou ele galanteador.

Dei um passo atrás.

– Sim, já – afirmei. – E creio ter respondido que não me interessava a tua opinião.

– Oh, vamos lá loirinha – disse ele aproximando-se de novo. – Eu sei que por detrás desse muro que tu criaste para me deixar de fora, há uma rapariga doida por mim.

Outro passo atrás.

– James por favor, volta á terra – brinquei. – Em que planeta, eu iria querer algo contigo?

Ele aproximou-se de novo.

– Sabes Dominique, se tu deixasses de fingir que não gostas de mim – aproximou-se mais um pouco – talvez nós pudéssemos, sei lá, avançar.

Dei um passo atrás, ou pelo menos tentei. James tinha-me encostado á parede. Não conseguia fugir dele.

Ele sorriu.

– James, deixa-me ir – implorei.

Ele aproximou-se mais. A sua boca estava a dois centímetros da mim. Senti a minha respiração aumentar.

– Tens a certeza que queres ir? – Provocou enquanto descia os seus lábios ao meu pescoço.

Oh merlin! Esta posição não era nada boa para a minha reputação, mas que fazer?

– James – tentei de novo.

– Sim? – Senti a sua respiração na minha pele, arrepiando-me.

Abri a boca para responder.

– Ora ora, não acham que se deviam controlar um pouco? – Ouvimos uma voz masculina.

Afastamo-nos assustados e olhamos para o dono da voz.

Scorpius e Luke encaravam-nos com um sorriso na cara, cada um.

– Deixa-os Luke – disse o loiro. – Eles pareciam estar a divertir-se.

Corei e baixei a cabeça envergonhada.

– E-eu vou ver da Rose – disse e sai do corredor, deixando os três a sorrirem. Malditos!

POV ROSE

Uma hora depois do meu banho, estava no meio da cidade.

Tinha pedido a Lexi para virmos sozinhas, sem guardas. Apenas o Albus nos acompanhou, uma vez que Rachel disse ter coisas para fazer e Dominique afirmar estar muito cansada. Não via Roxy desde ontem. Onde será que a minha prima anda?

– Isto é lindo – elogiou Lexi.

– Também acho – concordei.

A cidade era bastante elegante tendo em conta que a maioria das pessoas era plebeia.

Neste momento eu estava numa pequena praça, com uma fonte de água no meio. A fonte tinha uma estátua onde era possível ver um leão, guaxini, serpente e falcão. Era linda!

A minha volta, várias pessoas viviam a sua vida. Algumas mulheres levavam nas mãos cestos com frutas, roupas e madeira. Vi homens sujos do trabalho. Crianças a brincar umas com as outras.

Era engraçado estar no meio deles sem ser notada. Isso, porque tanto eu como Lexi tínhamos vestidas capas que nos tapavam a cara. Odiava ser tratada como realeza. As pessoas afastavam-se e tornavam-se frias na nossa presença. Não que fossem mal-educadas, pelo contrário tornavam-se educadas demais.

Se ninguém me reconhecesse, podiam seguir a vida deles normalmente. E eu adorava passear no meio deles, e fingir que fazia parte daquele cenário.

Adorava fingir que era uma rapariga normal, que tinha uma paixão secreta pelo filho do talhante. E não uma princesa que tinha de casar por obrigação.

Vi uma menina a brincar com a sua boneca. A menina deveria ter 5 ou 6 anos e tinha cabelos castanhos-claros, que estavam apanhados numa trança mal feita.

Sorri. A imagem era perfeita. Ela sentada num banquinho de pedra a brincar com a boneca loira. A menina sorria e por momentos eu comecei a imaginar como seria a minha vida se eu tivesse nascido plebeia.

Aos 6 anos, eu estaria a brincar tal como aquela menina, e não prestes a conhecer o meu futuro noivo.

Suspirei e tirei os olhos daquela imagem. Eu era uma princesa, e nada podia mudar isso. Exceto o facto de que me iria tornar rainha, um dia.

Olhei a volta.

Lexi e Al estavam distraídos com uma bancada de artefactos que ali havia.

Decidi que não havia mal em andar por ali um pouco.

Rodeei a fonte e encaminhei-me por uma das ruas. Havia bancadas das mais variadas coisas, era o dia do mercado. Aproximei-me de uma das bancadas e decidi comprar uma maça para comer.

Escolhi a mais vermelha que encontrei.

Quando me ia voltar para junto dos meus amigos, vi algo que me chamou a atenção.

Num beco escuro, vi movimentos. Pelo menos, foi essa a minha impressão. Dei uma mordida na maça e dirigi-me para o beco.

Ouvi gemidos de dor e apressei o passo.

A minha visão habituou-se e eu arfei de espanto.

Um homem e uma mulher. Ele tinha a mão por baixo da saia dela, e ela tentava gritar. A mão dele tapava-lhe a boca.

A raiva apanhou-me desprevenida. Odiava homens assim!

Sem pensar atirei-lhe com a maça á cabeça.

Ele colocou a mão no sítio onde o tinha acertado e virou-se para mim com uma expressão de dor. Boa, tinha-o magoado! Ótimo!

– Acho bem que deixes essa rapariga em paz! – Ordenei.

– Desaparece – disse e virou-se para a mulher que não parava de tremer.

– Eu disse para a deixares em paz! – Gritei.

Ele virou-se chateado e deu dois passos na minha direção.

– Vai-te-embora – disse pausadamente.

– Ou vais fazer o quê? – Perguntei com raiva.

Ele andou até mim e empurrou-me o suficiente para eu aparecer á vista das pessoas que estavam na rua.

– Isso mesmo! Mostra-me o homem que és – provoquei, e andei para trás.

Agora estava no meio da rua, todos olhavam para mim. Ele caminhou na minha direção.

– Sugiro que deixes este assunto comigo e te vás embora, caso contrário vai correr mal para o teu lado – ameaçou.

Olhei á minha volta. Vi Scorpius e Luke junto a Lexi e Albus. Eles olhavam á volta, provavelmente á minha procura.

– Agora, sim, fiquei com medo de ti – disse sarcasticamente.

Vi o homem olhar com raiva para mim, e retirar a espada que tinha no cinto. Qual era a destes homens partirem logo para a violência?!

Olhei, rapidamente, á volta e peguei na primeira espada que encontrei. O rapaz de quem a tirei olhou para mim espantado.

Todos arfaram. Uma mulher a enfrentar um homem armado?

Vi Scorpius e os olhos aproximarem-se.

Olhei para o homem á minha frente.

– Vamos lá então – provoquei. – Mostra-me se és tão bom na espada como és em maltratar mulheres!

Acho que isso foi a última gota, pois ele veio ao meu encontro.

As nossas espadas bateram uma na outra e soltaram algumas faíscas. Vi as pessoas á nossa volta afastarem-se com medo de serem magoadas. Vi, também, Scorp, Luke e Al tentarem encontrar uma maneira de me fazer parar, mas era impossível.

Eu estava com raiva daquele homem! Forçar uma mulher? Odio!

A luta de espadas durou pouco. Ele não era grande lutador!

O homem, cujo nome eu não sabia nem me interessava, caio no chão. Apontei-lhe a espada e sorri.

– Agora, o que vais fazer mesmo? – Perguntei irónica.

Ninguém disse nada. Todos, á minha volta, estavam calados á espera da reação dele.

– Q-quem é-és tu? – Perguntou ele assustado.

Suspirei e retirei o capuz da minha capa que não tinha caído.

Á minha volta, todos arfaram com a surpresa.

– O meu nome é Rose Weasley – sorri para ele, mesmo estando com raiva. – Mas tu podes-me chamar Princesa Rose!

Olhei para os meus amigos.

– Será que podem prendê-lo? – Luke e Al acenaram. Scorpius olhava para mim de boca aberta.

Sem dizer nada a ninguém encaminhei-me para o beco, onde sabia que encontraria a mulher. Não a tinha visto sair, embora tivesse um pouco ocupada.

Sentada no chão, a agarrar as pernas, lá estava ela a tremer. Baixei-me para ficar ao seu nível.

– Olá, o meu nome é Rose – disse cuidadosamente. – Estás bem?

Eu sei que era uma pergunta parva, mas era uma ótima maneira de começar uma conversa.

Ela olhou para mim e eu vi lágrimas nos seus olhos castanhos.

– Anda comigo – ajudei-a a levantar-se quando vi que ela não se mexia.

– O-o meu nome é Alice – disse ela. – Obrigada – abraçou-me.


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Notas finais do capítulo

E entao? valeu a espera?
O que acharam do cap? Quero opinioes boas ou mas!



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