Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 4
Melhores amigos!


Notas iniciais do capítulo

ola de novo!
Desculpem a demora!
Aqui esta outro cap, espero que gostem, e espero comentarios :D



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O salão estava devidamente decorado, e quando entrei todos olharam para mim. Eu via expressões de indignação, raiva, cobiça, diversão entre outras. Duques, Condes, Príncipes todos tinham uma opinião sobre o meu comportamento. Mas a importância que eu lhes dava era igual ao meu gosto por pudim de fígado, ou seja, nenhum!

Os meus primos, James e Albus, vieram ter comigo.

– Princesa – disseram e fizeram uma vénia. Eu realmente odiava isso!

– Levantem-se, por favor – pedi. – Até parece que não crescemos juntos!

– Tecnicamente, Rose – começou James, - eu e tu só crescemos juntos até as 8 anos.

Sim, James tinha ido morar em Drumstrang quando tinha 8 anos. Al também tinha ido com ele, embora tenha voltado á alguns anos mais cedo.

– Sim, James, mas continuas a ser meu primo – argumentei.

– A Dominique e a Roxanne também são tuas primas e são as tuas aias – defendeu-se.

Olhei para as duas, acompanhadas por Lexi, e sorri-lhes.

– A Domi, a Roxy e a Lexi são mais do que minhas aias, e tu sabes isso – afirmei. – Elas são minhas amigas. As únicas que eu sei que posso confiar!

– Hey – protestou Albus. – E eu sou o quê?

– Tu, meu priminho ciumento, és o meu melhor amigo – sorri. Se tivéssemos sozinhos, ou sem centenas de pessoas a olhar para nós, eu abraçá-lo-ia, no entanto com toda aquela gente a presenciar o nosso momento não seria de bom grado ter esse tipo de carinho com um homem, mesmo ele sendo o meu primo. Esse tipo de comportamento seria levado como uma traição ao príncipe, meu noivo.

E esse era um dos motivos para eu odiar as regras da realeza. Eram muitas, mas eu resumia-las a três.

1º Mulheres não são homens! Então nada de agir como tal!

2º Nada de contactos físicos, e isso inclui abraços, com outros homens sem ser o noivo, e mesmo isso não é bem visto.

3º Realeza é superior, então nada de contatos informais com os plebeus.

– Sinto-me honrado – disse ele beijando-me a mão.

– Rose, os reis e o príncipe vão entrar. – Dominique surgiu sabe-se lá de onde ao meu lado. – Prepara-te!

Inspirei fundo e caminhei para a minha posição. Outra coisa que eu odiava?! Ter de fazer uma entrada triunfal ao lado de Scorpius, mesmo eu já estando na sala.

Subi, por uma escada secundária, até ao primeiro andar e encaminhei-me para o lado de Scorpius. Fiz uma pequena vénia aos reis e aceitei a mão que o príncipe me oferecera.

– Atrevo-me a dizer que fica muito melhor de vestido do que de armadura – afirmou o loiro.

Sorri para ele.

– Mas de vestido eu não conseguiria vencer os combates de hoje – argumentei.

– Sim, tem razão – concordou Scorpius com um sorriso de lado.

Fez-se silêncio e depois a voz alta de um servo fez-se ouvir.

– Vossas altezas, o rei Draco e a rainha Astónia – anunciaram. Os dois reis desceram as escadas, enquanto eu e Scorpius ficávamos fora do ponto de vista dos convidados.

– Pronta? – Perguntou o meu noivo.

– Sou uma princesa, não importa se estou pronta ou não – disse. – Terei sempre de o fazer!

– Vou levar isso como um sim – sorriu.

– Vossas altezas, Scorpius Malfoy, príncipe de Hogwarts, e Rose Weasley, princesa de Beauxbatons – a voz do servo chegou-me aos ouvidos, e no segundo a seguir ambos estávamos no inico da escada.

Todos olhavam para nós, incluindo dos pais do meu acompanhante. Sorri, e tentei parecer o mais sincera possível. Eu odiava ser princesa! Odiava todas as regras! Odiava todo o cinismo deste mundo!

No entanto, não tinha escolha, e como tal, o melhor era representar bem o meu papel e deixar os meus pais orgulhosos. O que era difícil pois as minhas atitudes nem sempre eram bem vistas.

Desci a escada de braço dado com Scorpius.

– Vem. É meu dever apresentar-se a algumas pessoas – informou ele, levando-me pelo salão.

Scorpius apresentou-me a dezenas de pessoas. Com algumas um simples cumprimento era suficiente, com outras era preciso uma conversa inteira. Por exemplo com o Duque Anthony Zabine. Foram precisos 15 minutos para que finalmente Scorpius me levasse de lá. O duque adorava falar das suas riquezas e gabar-se das suas conquistas. Obviamente, deve ter-se esquecido que estava a falar com uma princesa, futura Rainha.

Por outro lado, o Conde Crabble é um homem de poucas palavras, ou então sentia-se extremamente ofendido pela minha proeza de tarde.

Scorpius apresentou-me a homens e mulheres importantes, foi impossível decorar todos os nomes. Mas houve um que se destacou. Scorpius levou-me até um homem, com 20 anos aparentemente.

– Luke, esta é Rose Weasley – apresentou-me Scorpius. – Princesa, este é Luke Zabine, filho do Conde Zabine e meu melhor amigo.

– Prazer senhorita – disse Luke e beijou-me a mão, galanteador.

– O prazer é meu – afirmei educadamente.

– Não comeces com isso – pediu Scorpius a sorrir. – Ela não é para ti!

– Como se eu alguma vez pensasse nisso – disse Luke, fingindo-se ofendido. Olhou para mim e piscou-me o olho.

Este comportamento seria discriminado se fosse outra pessoa qualquer, no entanto era a mim que ele me estava a piscar o olho. Rose Weasley! A princesa que achava que todas as regras eram disparatadas!

– Creio ter de me fingir ofendida com a sua atitude, senhor – brinquei com Luke.

– Nesse caso, peço perdão pelo meu comportamento – disse ele entrando na brincadeira. – Talvez eu devesse vestir-me de mulher e participar em algum encontro de chá.

– Sim, certamente seria muito bem-vindo – brinquei.

– Sabe princesa..

– Por favor, chame-me de Rose – pedi. – Eu realmente não gosto nada de formalidades.

– Sendo assim! Sabe, Rose, eu devo-lhe dizer que tem excelentes reflexos – elogiou Luke. – Nunca vi nenhuma mulher lutar assim!

– E por acaso já tinhas visto alguma lutar? – Perguntou Scorpius ironicamente. – Mas, tens razão. Sério, a princesa luta muito bem. Onde aprendeu?

– Primeiro que tudo, chame-me Rose – disse para Scorpius.

– Só se me chamar de Scorpius – argumentou.

– Claro, Scorpius – concordei. – Mas continuando, eu aprendi sozinha, a observar os combates do meu reino.

– Sozinha?

– Sim, Scorpius, sozinha – afirmei. – E nunca perdi um combate. Bem, empatei hoje um – sorri.

– Não foi a única Rose – disse Luke. – Aqui o nosso príncipe também nunca tinha perdido nenhum!

Olhei para Scorpius e sorri.

– Nesse caso, lamento que o seu primeiro empate seja com uma mulher.

– Eu não lamento – admitiu ele. – Mulher ou não, foi uma boa luta!

Antes que pudesse responder, Alexia aproximou-se de nós.

– Alteza – fez uma vénia a Scorpius. – Senhor . – Foi a vez de Luke. Depois virou-se para mim. – Princesa.

Revirei os olhos com as formalidades.

– Sabes, Lexi, tu podes chamar-me Rose fora do quarto – informei com um sorriso.

– Tudo bem Rosie – disse ela a sorrir. – Eu apenas pensei que como estavas com o príncipe… oh deixa lá – disse ela. – Eu só vinha informar que chegou uma carta dos teus pais.

– Já? Desta vez foram rápidos!

– Aparentemente, o teu tio informou-os assim que desapareceste esta manha – disse ela. – Com licença! – Fez uma vénia aos meus acompanhantes e saiu.

Vi-a ir ter de encontro com as minhas primas.

– Lexi? – Perguntou Luke.

– O nome dela é Alexia Delacour – informei.

– Tu deves ser a primeira princesa a permitir às suas aias que te tratem pelo primeiro nome – afirmou ele. – Ou melhor, por Rosie.

– Alexia é a minha melhor amiga – esclareci. – É uma das poucas pessoas que eu sei que posso confiar plenamente. Sendo que tu és o melhor amigo do príncipe, deves entender.

Ele acenou.

– É bonita – admitiu.

Scorpius sorriu divertido com a situação.

– Se estiveres interessado, devo prevenir-te que ela é difícil – disse. – Mesmo que só a queiras levar para os teus lençois.

Luke e Scorpius olharam chocados para mim.

– O que foi? – Perguntei. – Pensam que não há homens no meu reino?! Eu sei perfeitamente que homens só se interessam por mulheres como a Lexi pelo sexo. Ela não tem uma família rica, pelo que não vos interessaria casar – expliquei. – O que na minha opinião é um desperdício!

Ao fim de alguns segundos em silèncio, Luke riu-se.

– Bem, Scorp, desejo-te boa sorte com a tua noiva – disse ele batendo no ombro de Scorpius. – Vejo que vais precisar!

– Porque dizes isso? – Scorpius perguntou.

– É a primeira mulher que não se importa com as regras da realeza. A primeira que tem como melhor amiga uma aia e ainda por cima é a única mulher que eu alguma vez vi que fala sobre sexo como se comentasse o tempo – explicou. – Sabe-se lá o que mais pode vir dela!

Scorpius sorriu e eu não soube dizer se era por diversão ou se era forçado.

– De qualquer das maneiras, Rose, foi um prazer conhecer-te – disse Luke. – E, sem querer levar para segundas intenções, tu és a minha mulher preferida!


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