Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 28
Fraquezas!


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem?
Só quero que saibam que eu não abandonei a fic, nunca!
Só que a vida dá voltas e voltas, e no ultimo ano a minha tem sido bem complicada, nao tenho nem tempo para escrever nem inspiração. Mas eu nunca abandonaria uma fic, são bebes para mim...

Eu espero que tenham um pouco de paciencia comigo que eu prometo tentar conclui-la até ao final do ano... eu juro que vou dar tudo de mim para que isso aconteça!
Depois desta, passo para outra até ter todas concluidas, sim?

Espero que gostem
bjs
Raquel



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Rose POV

O almoço ficou-se por ali. Ninguém mais falou depois de Luke ter pegado na mão de Lexi e ter saido, deixando para trás o seu pai boquiaberto. Tudo bem, eu sabia que Luke gostava de Lexi mas não esperava esta reação dele. Acho que nem mesmo a loira espera.

Adoraria saber o que se passou entre eles depois. Sim, sou curiosa a esse ponto. Mais curiosa ainda sobre o porquê de Scorpius me ter convidado para dar um passeio.

Quando os reis dispensaram toda a gente, o principe aproximou-se de mim e pediu a minha presença num passeio pelos jardins do reino. Então, ali estava eu, a andar a cavalo com Scorpius a meu lado.

Ele conduziu-nos até umas ruinas algures a norte dos jardins e abrandou.

— Eu nunca trouxe ninguém aqui, - admitiu, descendo do cavalo. – É, provavelmente, o meu lugar preferido. Anda. – Disse, enquanto me ajudava a descer.

— O teu lugar preferido são ruinas? – Perguntei, ironicamente.

— Não te deixes influênciar pelo aspeto, joanne, - pediu a sorrir. – Ás vezes, nem tudo o que parece é.

Embora Scorpius tenha dito aquilo na brincadeira, as palavras ficaram retidas na minha mente. Eu era a prova viva de que nem tudo o que parecia era na realidade, e isso deixou-me com uma sensação de culpa que não sabia explicar.

— Vamos, - Scorpius pegou na minha mão e encaminhou-me para dentro das ruinas, parando numa varanda.

— É lindo! – Exclamei. E era verdade. Dali eu conseguia ver todo o reino, incluindo parte da floresta, agora tão conhecida. – É perfeito!

Ouvi o riso baixinho de Scorpius e olhei-o.

O loiro ainda mantinha a sua mão na minha.

— Sabia que ias gostar, - disse. – Eu também gosto! Custumo vir aqui quando preciso de algum tempo para mim, para pensar ou, simplesmente, para me afastar da ideia de ser principe e das responsabilidades, - admitiu enquanto me convidava a sentar num pequeno banco de pedra, com as mãos. – Diz-me, Joanne, como é ser livre?

Por esta eu não estava à espera. Com era ser livre?!

Olhei nos olhos de Scorpius. Ele realmente espera uma resposta de mim, mas eu nao sabia o que dizer.

— Bem, eu não sei, - admiti.

— Com não? Deve ser maravilhoso acordar de manha e nao ter que fingir estar contente com a vida que levas, só porque isso é o esperado de ti, - conjugou ele. – Eu gostaria de ter isso, pelo menos um dia da minha vida.

— Eu .... – o que diria? – Sabes Scorpius, eu acordo todos os dias de manha a sentir o mesmo que tu. Provavelmente, não tenho as mesmas responsabilidades que tu, mas tenho algumas, - afirmei. – Eu disse-te, eu quero ajudar a proteger o teu povo, - olhei-o. – Esse tipo de promessa requer muitas responsabilidades, sabias? Posso nao ser da realeza, nem ter todo esse teu poder, mas eu tenho responsabilidades. Tenho pessoas que dependem de mim – admiti, pensando na minha promessa á rainha. – Eu nao sou, nem nunca fui, realmente livre.

— Joanne... – começou ele.

— Deixa-me terminar, por favor, - pedi, e Scorpius assentiu. – Tu encaras a minha vida como um fantasia para ti e, credito que até seja, afinal ninguém da realeza vive como eu, certo? – Perguntei, sabendo que ele iria pensar em Rose.- Mas a minha vida não é o conto de fadas que tu julgas, nunca foi. Quando era ais pequena era retrimida pelo meu pai e julgada por todos os outros, e quando finalmente tive coragem de fazer o que eu queria perdi os meus amigos – afirmei. – Sabes as saudades que eu tenho de estar com os meus amigos? Com todos eles?

— Eu não sabia que te sentias assim – confessou ele. – Eu pensei..

— Pensaste que a minha vida era como qualquer outra aldeã – disse Depois sorri um pouco. – Eu custumava pensar como tu, - afirmei sabendo que ele não entenderia. – Mas depois aprendi que algumas pessoas nunca estão bem, há sempre algo que falta. Liberdade. Dinheiro. Amor. Cada pessoa tem a sua fraqueza, - conclui.

Scorpius deixou-se ficar calado a pensar alguns segundos, depois olhou-me.

— Qual é a tua? – Perguntou.

Suspirei. Qual era a minha? Liberdade? Não, eu tinha-a agora. Dinheiro? Também não era problema. Amor? Eu era amada pelos meus amigos, pelo menos. Então qual era?

— Sinceramente, Scorpius, eu nao sei – admiti. – Mas sinto que falta algo, só não sei o quê.

O principe aproximou-se um passo de mim e eu senti o seu polegar acariciar a minha mão. Porque sabia tão bem? – Já que tu não sabes qual é a tua, será que eu posso acabar com a minha?

— Qual é a tu Scorpius? – Perguntei, vendo-o aproximar-se mais.

Senti a sua mão livre na minha bochecha e, tudo o que vi foi o seu sorriso antes de sentir os seus lábios nos meus.

O beijo foi doce e lento, com se Scorpius tivesse medo de me assustar. O que era parvo, porque eu estava assustada. O meu primeiro beijo! Com ele!

Ok, tudo bem! Sempre soubera que o teria de beijar, afinl até à um ano atras estavamos noivos, mas agor, assim? Com ele a pensar que eu era outra pessoa? Não estava certo!

Afastei-me um passo para trás.

— Scor...

— Peço desculpa, - interrompeu-me ele. – Eu não deveria! Desculpa, Joanne, é só que eu sinto-me tão bem contigo, como se já te conhecesse à anos, - afirmou ele. – É como se fosse o certo, percebes? – Olhou-me. – Claro que nao. Desculpa, por favor.

— Não há problema, - disse, sincera. – Eu não estou chateada – afirmei. – E eu também me sinto bem contigo, - tinha de admitir que sentia. Era Scorpius, o meu noivo desde os 6 anos, ele era tão familiar. – Mas isto nã está certo, não assim.

O loiro suspirou.

— Tens razão – admitiu. – Vamos, vou te levar de volta.

Com aquelas palavras o meu peito murchou.

O caminho de volt ao castelo não foi silencioso, Scorpius nunca faria isso. Ele fora educado a nunca deixar uma mulher mal. Mas mesmo com toda a conversa alheia que houve, tudo o que eu pensava era em como ele parecia abalado. Em como eu me sentia assim também!

O que significava?

Nessa noite, quando me deitei a minha mente reviveu o momento no nosso beijo. Tão doce, tão lento, tão...certo.. se eu fosse Rose!

Se tudo se tivesse passado à um ano atrás, quando eu era Rose e nao Joanne, era certo! Estariamos noivos, prestes a casar, era normal! Mas agora? As hipoteses de casamento entre mim e Scorpius eram nulas.

Então porque o meu coração tremeu só de pensar no calor dos seus lábios?


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Notas finais do capítulo

E então?



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