Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 21
Quem é ela?


Notas iniciais do capítulo

Olá (diz ela, timidamente, com medo de receber uma maldição imperdoável)!
Como estão? Ansiosos? Raivosos? Com vontade de me matar?

Bem, leiam o cap que falamos lá em baixo :)



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POV ROSE

No últimos dias arrependi-me cerca de, pelo menos, dez vezes de ter prometido a Astória que a ajudaria. Para além de eu não ter a certeza de como fazer o feitiço, este tipo de magia era difícil. Ao contrário das poções, eu não tinha só de colocar os ingredientes numa taça e mexer. Um feitiço de protecção em uma terra era complicado!

Eu precisava de cinco sacos protectores, um para cada ponto cardial e outro no centro da cidade, depois precisava de cumprir um ritual á lua cheia.

Cada saco continha um ramo de alecrim, conhecido por proteger e atrair boas vibrações – o que era otimo depois da invasão, - um ramo de arruda, importante para afastar o mau-olhado e uma madeixa de cabelo da pessoa que fará o ritual, ou seja, eu.

Escondi um atrás da igreja, a norte, outro no cais, a este, o terceiro foi para os estábulos reais e o ultimo para os jardins do castelo, sul e oeste, respetivamente. Lexi ajudou-me a esconder o saco nos jardins, caso contrário poderia ser vista.

Era estranho estar tanto tempo longe da minha melhor amiga. Estar tão longe da vida dela e longe de todos os seus problemas. Mas é claro que Lexi resolveu colocar-me a par de tudo o que andava a acontecer com ela. Por exemplo, Luke.

Aparentemente, Luke andava muito nos pensamentos da loira. E isso, para ela, era totalmente inadmissível. Não que ela não gostasse dele, - acreditem, Lexi gostava, - mas devido à situação do Zabine.

O conde Zabine, pai de Luke, era conhecido pelo seu tradicionalismo, ou seja, Luke teria de casar com uma mulher de boas famílias e continuar o negócio da família. Escusado será dizer que Lexi não se enquadrava na categoria “mulher de boas famílias”.

Não que os seus pais não fossem boas pessoas, pelo contrário, Sr. e a Sra. Delacour era otimas pessoas. Eu conhecia-os desde pequena, ambos trabalhavam no castelo de Beauxbatons. Mas não eram ricos e com muitos pertences. E não havia maneira nenhuma do Conde Zabine deixar Luke casar com Lexi.

Essa era uma das razões para eu odiar a realeza. Luke nunca encontraria nenhuma mulher tão boa como Lexi.

Albus, por outro lado, não tinha qualquer problema no campo romântico. Pelo que o moreno me tinha contado, Rachel e ele eram mais do que amigos, mas ainda não tinham contado a ninguém. Neste caso, o Conde Zabine não iria entrar em grandes problemas. A família Potter era bastante rica e amiga intima dos reis de Beauxbatons. O pai de Rachel daria tudo para que o casamento fosse o mais rápido possível.

Perguntava-me o que aconteceria com Scorpius, agora que eu desapareci e quebrei o acordo. Com 21 anos, Scorp já devia estar casado, ou em vias disso, e não à procura de um noiva… Se bem que escolhas não lhe deviam faltar. Um lugar ao lado do herdeiro de Hogwarts era o sonho de muitas mulheres, realeza ou não.

Será que ele já me substituiu por outra qualquer, ou apaixonou-se por alguma? Resumindo, será que se eu voltar ele ainda me aceita como esposa?

Não que eu estivesse interessada em casar, mas, quer eu queira quer não, estar numa posição de poder facilitaria em proteger o povo. Mas não. Eu tinha de fazer o que pudesse sendo invisível, e ai, talvez, o meu pai percebesse que não é importante seguir todas as regras.

Hoje era noite de lua cheia, perfeita para o feitiço…

POV SCORPIUS

Sinceramente, não me apetecia sair do castelo, mas qualquer coisa era melhor do que ouvir Luke lamentar-se ou Albus suspirar de amores. Por isso, resolvi dar uma volta pela cidade.

Era tarde, pelo que não havia ninguém nas ruas, ou não devia haver….

Um vulto branco chamou-me a atenção. Parei a minha marcha e dirigi-me na direção da mancha desconhecida. Quando me aproximei, vi que era uma mulher.

Ela usava um vestido comprido sem mangas, simples, que arrastava pelo chão, e estava descalça. Toda a sua imagem demonstrava simplicidade.

Curioso, decidi segui-la.

A determinada altura, ela olhou para atrás e eu escondi-me, mas ainda consegui ver a sua cara. Era ela…Joanne! Depois de dias à sua procura, eu finalmente a encontro, no meio da noite, descalça e a encaminhar-se para a floresta?! Alguma coisa não estava certa!

Joanne continuo seu caminho pela floresta, até encontrar uma pequena clareira. Escondi-me atrás de uma árvore enorme com uma fenda no tronco. Vi-a desenhar um circulo no chão, com a ajuda de um galho, e sentar-se no centro, de joelhos.

Os seus cabelos castanhos caiam pelas costas, selvagens, e mantinha os olhos fechados. A floresta era escura, mas o luar da lua cheia era o suficiente para eu ver bem.

Joanne fez um buraco com as mãos e colocou sobre a terra uma pulseira com enfeites de folhas prateada. Tapou o buraco e pendeu a cabeça para trás. Ouvi-a falar, mas não entendi o que dizia.

Ela abriu os olhos, diretamente, para o céu e, imediatamente, o vento começou a soprar. O que era isto? Quem era ela?A temperatura desceu alguns graus.

Joanne fechou os olhos e levantou-se, e tudo parou. O vento cerrou e a temperatura voltou ao normal.

Arfei. Quem era ela?

Começava a ficar com medo. Dei um passo atrás para sair dali, quando tropecei numa pedra e cai. Senti um dor na parte lateral da cabeça e depois… tudo preto.


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Notas finais do capítulo

Para começar, peço desculpas pela demora. Eu estava em epoca de exames, depois fui de férias, agora entrei na escola.... muita complicação junta... fiquei sem imaginação e/ou tempo para escrever...mas o mundo também não se fez num dia, por isso só fizeram bem em esperar ^^
Espero que tenham gostado do capitulo, sei que é pequeno, mas eu não queria misturar assuntos, por isso este cap acaba com o Scorpius assim... no prox. há Scorose!
Espero que comentem nem que seja para me ameaçar...
Beijinhos sabor a Luke, porque o Scorp eu não partilho!