Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 19
Jack Torris


Notas iniciais do capítulo

Então sentiram saudades minhas?
Sejamos sinceros, quem se importa comigo desde que o capitulo chegue????

Boa leitura e espero que gostem!

Dominique Weasley - Amanda Seyfried
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POV ROSE

– Jack? – Chamei quando me aproximei da mesa.

O homem, sentado com uma mulher ao colo, olhou-me e arqueou uma sobrancelha. A mulher nem pareceu notar a interrupção pois continuou a beijar o seu pescoço. Ele avaliou-me de cima a baixo e deu um pequeno sorriso de lado.

Esforcei-me ao máximo para não fazer uma careta.

– Podemos falar?

– E porque é que eu iria falar contigo? – Perguntou ele. – Já estou bem acompanhado, mas obrigada – disse, apertando a mulher contra o seu corpo. – Talvez amanha. – E voltou a sua atenção para a sua companhia.

Bufei e sentei-me na cadeira á sua frente, antes que ele dissesse mais alguma coisa. Tirei uma moeda de ouro da mala e coloquei-a em cima da mesa. Isso chamou a sua atenção.

– E agora? – Questionei desafiadora.

Ele olhou para a moeda e depois para mim.

– Bem, querida, porque não vais dar uma volta? – Sugeriu á mulher que se levantou e saiu. Ficamos sozinhos e ele endireitou-se na cadeira. – Em que posso ajudar? – Sorriu cínico.

– Disseram-me que tu sabias coisas – comecei.

– Toda a gente sabe de coisas – argumentou ele.

– Disseram-me que tu sabias de coisas que não devias – tentei novamente. Ele sorriu.

– Muita gente sabe de coisas que não devia – afirmou.

Bufei. Estava a perder a paciência.

– Vais ajudar-me ou não?

Ele sorriu de lado.

– O que queres saber? – Perguntou ele, por fim.

– O ataque ao castelo – comecei. – Sabes alguma coisa sobre isso?

Jack pegou na caneca de cerveja que estava na mesa e bebeu um gole. Voltou a poisar a caneca.

– Sei o que toda a gente sabe – informou. – O castelo foi invadido á meia-noite, mas por algum motivo os Malfoy já sabiam que isso ia acontecer. Tinham a guarda preparada!

Assenti, concordando.

Até agora, ele não me tinha dito nada que eu já não soubesse. Alias, eu sabia bem mais do que isso. Mas, por outro lado, algo me dizia que Jack sabia de coisas que não me estava a dizer.

– É tudo o que sabes sobre o ataque? – Procurei confirmar. Ele assentiu. – Não me estás a mentir?

Ele sorriu.

– Eu nunca minto – afirmou. – Isso é tudo o que sei sobre o ataque!

A maneira como ele disse a última frase fez-me pensar se eu tinha feito a pergunta certa.

– E sobre os atacantes – disse. – Sabes alguma coisa?

Jack riu.

– Menina inteligente – elogiou. – Os homens que atacaram o castelo não são de cá - anunciou. Bebeu mais um gole de cerveja. – Mas, também, não são de lugar nenhum em específico.

– Como podes ter a certeza?

– Se fizeres as perguntas certas na altura certa – disse, - podes saber sobre tudo. Eu sei quais perguntas devo fazer e quando – concluiu. – Posso dizer que sei tudo o que há para saber sobre Hogwarts. O que nos leva até ti – afirmou, deixando-me confusa. – Eu não quero o teu dinheiro – informou devolvendo-me a moeda. – Eu quero que me respondas a três perguntas como pagamento, e eu respondo-te a todas as perguntas que quiseres…

Três perguntas? O que ele tinha para me perguntar? Eu não deveria correr o risco, mas eu precisava saber sobre o ataque.

– Tudo bem – concordei. – Então, como podes ter a certeza que os atacantes não são daqui?

Jack riu pelo nariz.

– Os homens de Hogwarts podem ser muitas coisas, mas não são idiotas ao ponto de atacar o castelo – anunciou. – Além disso, o rei Draco é um bom rei, não há motivo para os habitantes se revoltarem contra ele, ainda mais num baile feito para o povo.

– Só por isso? – Questionei.

– Sabes, tu serias boa para interrogatórios – disse Jack. – Sabes fazer as perguntas certas – brincou e piscou o olho.

– Só por isso? – Repeti, ignorando-o.

– Mas o teu senso de humor é nulo – comentou. Bebeu mais um pouco de cerveja. – Duas noites antes do ataque, um grupo de homens veio aqui ao bar – ele apontou com o dedo em redor. – Depois de muitas bebidas, devo dizer, começaram a falar sobre histórias e lendas de onde nasceram – informou. – Também comentaram que não gostavam dos Malfoy’s. O que é suspeito visto de dois dias depois o castelo foi atacado.

– Certo, – concordei. – Então, o que sabemos até agora é que os atacantes vieram de fora. Existe alguma guerra entre Hogwarts e algum reino vizinho?

– Não existem muitos reinos – afirmou ele. Revirei os olhos. Isso eu sabia! – Hogwarts, Beauxbatons, Durmstrang, Salem, Hogsmeade, Godric's Hollow e Ottery St. Catchpole.

– Hogsmeade não é reino, assim como Godric’s Hollow e Ottery St. Catchpole, – argumentei. Jack olhou-me curioso. – São terras dadas a condes por algum rei – afirmei. – Godric’s Hollow pertence aos Potter. Ottery St. Catchpole foi dado a George Weasley e Hogsmeade é dos Zabine! – Conclui a minha aula de geografia e história. – Pelo que só há quatro reinos.

– Tens razão – concordou ele com um sorriso de lado. – Só há quatro reinos. Mas se me lembro Hogwarts e Beauxbatons estão em paz, afinal eles iam casar os filhos – ironizou Jack. – Salem é demasiado longe, além disso os Lovegood nunca entraram em guerra com ninguém – informou o homem.

– Então, sobra Durmstrang – disse eu.

– A questão é: porque os Krum atacariam os Malfoy? – Questionou Jack e sorriu.

– Não foram eles – contestei. – Victor Krum é amigo de Hermione Weasley – afirmei. – Beauxbatons e Hogwarts estão em paz, o Victor nunca iriam atacar alguém amigo de Hermione.

Jack riu com a minha teoria.

– Mas estás a esquecer-te de algo – anunciou ele. – Hogwarts pode estar em paz com Beauxbatons, mas isso não implica que os Krum e os Malfoy se dêem bem – indicou e bebeu um gole de cerveja. Aquilo não acabava?! – Além disso, a princesa Rose fugiu, ninguém sabe onde ela está, pelo que a ligação dos Weasley aos Malfoy não passa de uma conversa – concluiu. – Não há provas escritas de que eles estão em paz. Não há casamento que ligue as famílias e os reinos de modo a que Durmstrang não ataque Hogwarts.

Afundei-me na cadeira.

Durmstrang? Teriam sido eles a atacar? E porquê? Então, se eu tivesse casado com Scorpius, não haveria ataque? Hogwarts estaria segura? A culpa era minha?

– Já te disse tudo o que querias? – Questionou Jack a sorrir, interrompendo o meu pensamento.

Olhei-o.

– Podes perguntar – afirmei.

Jack endireitou-se na cadeira e cruzou as mãos á frente da cara, tendo os cotovelos apoiados na mesa.

– Muito bem, então – disse ele a sorrir. – Porque estás tão interessada no ataque ao castelo? – Perguntou ele. – E nada de mentiras – disse, quando eu abri a boca para falar.

– Quero ajudar a proteger o povo de Hogwarts – admiti. Ele olhou-me curioso, pelo que continuei. – Eu gosto daqui, gosto das pessoas e dos reis. Se poder ajudar, porque não o deveria fazer?

– É uma boa razão – concordou ele. – Segunda pergunta: o que achas do príncipe Scorpius?

Franzi a testa. Porque é que ele queria saber isso?

– Pelo que eu conheço dele, que não é muito, acho-o uma boa pessoa – resolvi dizer a verdade. – Acho que na posição dele, como futuro rei, é necessário ser-se justo e leal com o povo e ele é. No entanto, acho que ele precisa de se fixar mais nos seus objetivos e no que ele quer para si mesmo. Acho que ele devia ser quem ele quisesse e não quem os outros querem que ele seja.

Jack assentiu com a cabeça. Bebeu outro gole na cerveja e depois poisou-a sobre a mesa. Cruzou os braços e inclinou-se na minha direção.

– Se tu queres proteger o povo e até tens uma opinião sobre o príncipe, relativamente, boa – começou Jack, - porque fugiste do casamento, Rose?

Arfei e arregalei os olhos.

– C-como?

– Tal como eu disse, eu sei tudo sobre Hogwarts – piscou o olho. – Mas não fujas á pergunta!

Olhei para as minhas mãos sobre a mesa. Porque é que eu tinha fugido?

– Eu não fugi do casamento com Scorpius – admiti. Olhei-o e este fitava-me confuso. Acho que afinal não sabe tudo. – Eu fugi daquilo que algumas pessoas queriam que eu fosse. Elas queriam que eu fosse alguém que eu não era, ou sou – afirmei. – Então, eu segui um conselho da minha mãe – disse. Jack olhou-me á espera. – Ela disse-me para eu encontrar algo pelo qual valesse ser princesa – informei. – E eu fiz isso!

– Não entendo – admitiu Jack.

Suspirei. Eu podia-me ter ido embora e deixá-lo com as suas dúvidas. Tinha cumprido a minha parte do acordo, respondi a três perguntas. Mas algo me fez ficar sentada e explicar.

– Eu odiava a vida da realeza – informei e ele olhou-me surpreso. – Odiava cada regra idiota que tinha de cumprir, cada sorriso que tinha de fingir e cada coisa que tinha de abdicar, – indiquei. – A única coisa que valia a pena em ser princesa, era saber que um dia eu iria ser rainha e podia reinar como quisesse – disse. – E o que eu mais queria era proteger o meu povo, tanto de Hogwarts como de Beauxbatons. Então, eu fiz isso. Eu encontrei algo pelo qual vale ser princesa: o povo! Eu apenas resolvi protegê-lo á minha maneira – conclui.

Jack olhou-me alguns segundos, avaliando-me, sem falar. Depois sorriu.

– Eu acho que tu darias uma óptima rainha – afirmou ele.

Abri a boca para falar, mas uma voz a chamar-me impediu-me disso.

– Joanne?

Mentalmente, rezei para que Jack não me entregá-se.


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Notas finais do capítulo

E então???
Primeiro, o que acharam de Amanda ser a nossa Dominique Delacour Weasley?? Eu gostei e imagino-a assim!

Segundo, o que acharam de Jack? E as informações? verdadeiras ou falsas? E acham que ele vai entregar Rose?
Outra coisa:
Hogsmeade, Godric's Hollow e Ottery St. Catchpole são vilas. Hogsmeade é a única vila totalmente bruxa, mas as outras duas são grandes concentrações de bruxos com trouxas. Pelo que eu resolvi enquadrá-las na fic.
Devido á proximidade de Hogwarts com Hogsmeade eu achei que era melhor Hogs ser dado a alguém relacionado com os Malfoy.
Godric's Hollow pertencer aos Potter é meio óbvio nao?
A terceira foi dada a George Weasley porque eu vou precisar do Conde Wealey mais á frente, por causa da Roxy!
Então eu espero que tenham entendido o porquê destes três nomes aparecerem!

Beijo e até ao próximo cap!