Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 17
Pequenos Grandes Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Alô galera! (minha tentativa de ser brasileira kkkk)
Tudo legal? (ok, eu vou voltar para Portugal)
Como estão? Espero que bem!
Uma coisa antes do capitulo: GOSTARAM DA CAPA? Se sim, devem agradecer à Jennye Annie Marie, porque foi ela que gastou o seu tempo a fazê-la. Querem o quê? Eu escrevo, mas não sei fazer capas decentes, ao contrário dessa linda ai que é a melhor fazendeira (sério, essa palavra existe?) de capas que eu conheço!

Vamos ao cap? Também acho que é melhor! Principalmente, porque é a segunda vez que estou a escrever isto porque enganei-me e fechei a página em vez de enviar o cap (inteligência nunca foi o meu forte kkkk).
1. Lembrem-se que a fic passa-se no tempo dos Reis, e nesta altura contacto fisico era tabu, principalmente para as famílias tradicionais como os Zabine.
2. Nesta época, quase tudo era feito artesanalmente, ou seja usavam as mãos (não, idiota, iriam usar os pés -.-''), incluindo para fazer bolas!

Vamos ao cap? Boa leitura
Vemo-nos lá em baixo!



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POV ALBUS

– Estás contente hoje – comentou Rachel, andando ao meu lado pelo corredor.

– Achas? – Tentando pensar no que eu tinha feito que a levasse a dizer aquilo. Eu tinha agido normalmente.

Rachel sorriu. Um sorriso tímido.

– Os teus olhos estão mais brilhantes hoje – informou. – Eu já não os via brilhar assim há um ano.

– Como é que…? – Eu estava sem acreditar.

Ela encolheu os ombros e sorriu, novamente.

– Sou boa observadora – indicou. – Aprendi isso toda a minha vida, a observar e estar calada.

Fiz um esgar. Rachel pertencia á família dos Zabine, e o seu pai era muito tradicionalista. Ou seja, mulheres só servem para cuidar dos filhos e só podem falar quando autorizadas.

– Bem, agora não estás em casa – constatei. - Em que estás a pensar?

Ela olhou-me e corou um pouco.

– Eu não sei se deva – disse ela – Não é algo que uma mulher deveria dizer, pelo menos não para um homem.

Revirei os olhos.

– Então vamos fingir que tu és um homem – sugeri, mas a imagem dela como homem era horrível. Fiz uma careta. – Ou, melhor, vamos fingir que eu sou uma mulher. – Ela riu.

– Eu não acho que tu pudesses ser uma mulher – afirmou.

– E esse foi o melhor elogio que alguma vez me puderam dar – brinquei e ri.

Aos poucos, as nossas gargalhadas foram morrendo até pararem. Olhei directamente nos seus olhos e peguei a sua mão, o que era ousado visto que ela foi educada segundo os costumes antigos: nada de contacto físico com um homem fora do casamento.

– Eu não sou o teu pai – disse sério. – Eu nunca te iria impedir de dizeres o que pensas ou fazeres o que queres! Rae, - chamei-a pelo apelido que lhe tinha dado, - tu és livre de seres quem és e o teu pai não te pode tirar isso.

Ela deu um pequeno sorriso e suspirou.

– Eu estava a pensar em como tu és lindo – informou e desviou a cara, corando.

Um enorme sorriso apareceu na minha cara, sem que eu notasse, e o meu coração perdeu uma batida.

– Foi difícil? – Perguntei enquanto colocava uma madeixa do seu cabelo, que tinha se soltado da trança, atrás da orelha. Ela negou com a cabeça e eu segurei-lhe o queixo, obrigando-a a olhar para mim, deixando-a ainda mais corada. – Tu és linda! – Dei ênfase no “tu”. – Tens a pele perfeita, - a minha mão livre acariciou a sua bochecha. – Uma cascata de cabelos castanhos brilhantes e suaves, uns olhos leitosos que eu juro que são capazes de ver a minha alma – sorri enquanto ela corava mais, se é possível. – És delicada como uma flor, as vezes tenho medo de te magoar só de olhar ti – indiquei. – E a tua boca…- suspirei. O polegar acariciava o seu lábio inferior, enquanto o resto da mão estava pousada na sua cara. Os meus olhos desceram para os seus lábios. – Tão vermelha e convidativa. – Nós estávamos próximos, muito próximos. Próximos o bastante para eu sentir o seu hálito quente na minha cara, mas eu não podia. Eu não ia fazer isso com ela.

Quando me ia afastar, Rachel agarrou-me nas roupas, impedindo-me de me afastar.

– Esperas um convite por escrito? – Perguntou, timidamente.

Olhei para os seus olhos, como se não acreditasse no que tinha ouvido, mas ao vê-los tão brilhantes eu tive a certeza. Voltei os meus olhos para a sua boca, de novo, e comecei a aproximar-me.

De certo, seria o primeiro beijo de Rachel e eu queria que fosse perfeito.

Os nossos lábios roçaram, levemente, antes de se juntarem num beijo doce. As mãos de Rachel foram para o meu pescoço, automaticamente, e a minha mão, que segurava o seu queixo, desceu para a sua cintura. O beijo continuou calmo, onde eu tentei mostrar tudo o que sentia por ela.

Quando o ar nos faltou, afastamo-nos apenas o suficiente para nos olharmos nos olhos.

– Muito cedo para dizer que acho que te amo? – Perguntou ela, baixinho.

Sorri carinhosamente.

– Não, não é muito cedo – confirmei. – Porque eu amo-te e não tenho medo de o dizer.

Rachel sorriu antes de aproximar os lábios dos meus, novamente.

POV DOMINIQUE

Depois de Rose ter ido embora, não havia muito para eu fazer no castelo. Já não era preciso acordar a princesa, nem organizar o seu calendário, nem escolher o vestido, nem recolher o correio, pedir o pequeno almoço…. Enfim, depois de Rose partir, eu sentia-me uma inútil.

O jardim estava silencioso, excepto pelos pássaros que voavam por ali. Rezei, mentalmente, para que nenhum tivesse a indecência de me sujar. Se bem que assim, pelo menos, teria algo para fazer: limpar o vestido. Já era alguma coisa!

Continuei a andar pelo jardim, perdida em pensamentos até que o vi. Oh Merlin! Tomara que ele não me veja e eu possa sair daqui.

James Potter estava sentado num banco de jardim, á minha frente, demasiado concentrado em algo para me ver. Quando me preparava para ir embora, reparei que ele não estava sozinho. Alguém estava sentado ao seu lado.

De certo, alguma garota! Aquele idiota, galinha, sempre a dizer que gosta de mim e depois mete-se com todas. E porque será que eu estou chateada? Não é como se eu não tivesse á espera.

– Mas repara, foi só uma bola – ouvi a voz de James dizer, quando comecei a afastar-me. Ele falava docemente. Paralisei. James a falar docemente? Com quem?

Olhei para ele, novamente. Inclinei-me de modo a ver com quem ele falava. Curiosidade sempre foi o meu pior defeito.

Sentado, ao lado do Potter, estava um rapaz com 6 anos, aparentemente. O rapaz era loiro e tinha os olhos vermelhos, como se tivesse a chorar.

– Era minha – choramingou o garoto. – Foi a mãe que a fez!

Olhei para as mãos de James, onde era possível ver um pedaço de pano que, de certo, era o que restava da bola do rapaz.

– E porque não pedes para fazer outra? – Perguntou James.

O menino olhou para ele e começaram a sair lágrimas dos seus olhos. O meu coração apertou com a imagem do rapazinho.

– A mamã foi para o céu – disse ele em lágrimas.

– Oh! – James ficou sem saber o que fazer durante alguns segundos, depois rodeou os ombros do rapaz e deu-lhe um desajeitado abraço. – Eu lamento miúdo – afirmou com um tom de voz doce. – Eu realmente lamento! – O menino fungou.

– Eu só queria a minha bola – disse ele fungando, mais uma vez.

James endireitou-se e sorriu. Um sorriso que eu conhecia bem. Um sorriso maroto, como se fosse aprontar algo.

– E porque não fazemos uma bola nova? – Propôs. O menino olhou para ele e piscou os olhos sem acreditar. – Só precisamos de encontrar os materiais e alguém que nos possa ajudar a costurar.

Talvez tenha sido a tristeza do rapaz, ou a alegria com que ele olhava para James agora. Ou mesmo o modo como o Potter falou com o garoto, tão diferente da maneira que eu o via. Aquele não era Potter, o idiota que vivia a irritar-me, aquele era James, alguém que tinha um coração.

Ou talvez tenha sido tudo junto que me levou a aproximar-me mais, ficando á vista de James.

– Nesse caso, ainda bem que eu estou aqui – disse, marcando a minha presença. James olhou-me como se não acreditasse que eu estava ali. Aproximei-me do rapaz. – Qual é o teu nome?

Ele limpou as lágrimas, rapidamente, e levantou-se. Então, ele tinha sido educado. Ele sabia que, segundo as regras da educação, um homem deve sempre levantar-se na presença de uma mulher.

– William, senhora – informou. – Mas pode-me chamar de Will.

– Tudo bem, Will, desde que tu me chames Domi, – argumentei. – Nada de senhora, ok?

Will sorriu e assentiu.

– Então, vamos fazer a bola? – Perguntei a sorrir.

Estiquei a mão e ele pegou-a. Começamos a andar até que me lembrei de James. Olhei para trás. Ele ainda estava sentado no banco, um pouco confuso.

– Hey, Potter, – chamei-o. – Vens ou vais ficar ai sentado?

James olhou-me confuso mas, lentamente, um sorriso começou a abrir-se no se rosto, deixando-o mais bonito. Abanei a cabeça tentando afastar o pensamento.

– Vou – disse, levantando-se e seguindo-me.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? (credo, eu começo sempre assim as minha notas finais! Deveria inovar um cadinho, não?)
Ok, concentra-te Rachel! :)
Para começar, o apelido que o Al dá á Rachel é o mesmo que o amigo meu me chama. O rapaz tem a mania de me chamar em inglês (vá-se lá saber o porquê) e ás vezes chama só Rae.
Finalmente, temos um pouco de beijinhos, ham? Eu sei que sai um pouco da historia principal, mas todo nós precisamos de um pouco de romance nas nossas vidas, senão viramos velhotas de 70 anos com quarenta gatos como companhia... Ok, a imagem que ficou na minha cabeça não foi das melhores!
Continuando...
Eu queria mostrar como as mulheres eram tratadas nesta altura, pelo que usei os Zabine para isso. Então esta família vai ser a tradicionalista!

E quanto á nossa Dominique que, finalmente, percebeu que o Jamesie-Poo (apelido dado pela Jennye Annie Marie, não meu ahahah ) não é assim tão mau!
Quer dizer, ele não é mau de todo! Até que é bem bom ^^ if you know what i mean :3

Eu quero comentários, as always, mas eles nunca chegam!
Olhinhos de gato do Shrek (credo, tenho de parar de tentar imitar tudo e todos)

Beijinhos e até à proxima