Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 16
Encontro entre melhores amigos!


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Primeiro, desculpem pela demora, eu estive de férias e não levei o pc e depois fiquei sem imaginação para escrever, então demorou um 'cadinho!
sobre o capitulo:
Lembrem-se que embora seja no tempo dos reis, eu quis por um pouco de magia caso contrario não seria HP. Mas neste tempo, bruxos eram mal vistos na sociedade.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440647/chapter/16

Estava nervosa com a reação de Al e Lexi. Para falar a verdade, eu nem sabia se eles vinham, quer dizer, Lexi poderia não entender o recado. Mas quanto ao cravo não haveria dúvidas de que ela entenderia.

Era uma brincadeira nossa.

Desde pequenas, Lexi e eu éramos melhores amigas, quando não tínhamos nada para fazer brincávamos á caça do tesouro pelo castelo. Ou quando queríamos enviar uma mensagem sem que ninguém soubesse de quem era, utilizávamos as flores. Cravo para mim, Gerbera para ela.

– Para onde me trazes? – Ouvi a voz do Al perguntar.

– Está calado e segue-me – Alexia repreendeu-o. – Estamos quase.

Levantei-me do banco onde estava sentada. Ajeitei o meu vestido simples e passei a mãos pelos cabelos, agora ruivos. Eu não queria que eles soubessem quem era Joanne por enquanto.

– Sério, Alexia, vamos embora – pediu Albus.

Ouvi-a bufar.

– Confias em mim? – Não ouvi resposta, pelo que Al deve ter acenado. – Então, confia que é uma coisa boa. Agora, vem comigo.

As vozes estavam mais perto. Comecei a ouvir as folhas e os galhos quebrarem á medida que eles se aproximavam. E os meus nervos aumentaram.

Senti as palmas das mãos suarem. E se eles ficassem chateados por ter ido embora?

Lexi foi a primeira a aparecer por entre as folhas. Ela olhou-me e sorriu. Poucos segundos depois, senti os seus braços á minha volta.

– Rose – chamou ela, enquanto me abraçava.

– Rose? – Perguntou Al confuso, enquanto se aproximava. Depois viu-me. – Rose!

Assim que Lexi me largou, Albus abraçou-me com força.

– Eu tive tantas saudades vossas – admiti, olhando-os.

– E nós tuas, ruiva – disse Lexi. – Porque te foste embora?

– Que tal se me perguntasses porque voltei? – Tentei mudar de assunto. Eu não queria relembrar o que se tinha passado. – Ou então o que andei a fazer até agora?

Alexia deu-me a mão e puxou-me até ao banco onde eu estava sentada antes. Obrigou-me a sentar a seu lado.

– Então o que andaste a fazer? – Perguntou e sorriu.

Olhei para ela e para Al, que estava em pé a observar-me.

– Eu voltei para Beauxbatons e conheci os meus avós maternos – informei.

– Tu tens avós maternos? – Questionou Al. – Pensei que já tivessem morrido, quer dizer, nunca ninguém falou neles.

– Eu também pensei isso até os conhecer – disse. – E percebi porque é que ninguém fala deles – eles olharam-me confusos. – Digamos, que os Granger utilizam os seus conhecimentos sobre poções e alguns feitiços…

– São bruxos? – Interrompeu-me Lexi. Albus arregalou os olhos.

– São conhecidos como bruxos - indiquei. – Mas não são maus, sério. Eles são óptimas pessoas, e eu não vejo mal nenhum em utilizar os conhecimentos que têm sobre plantas para fazer poções. Não é como se magoassem pessoas.

– E deixa-me adivinhar, tu ficaste com eles e aprendeste?

– Sim, Al, eu aprendi – confessei. – Fiquei com eles durante o ano inteiro, até eles me mandarem para Hogwarts.

– Então tu sabes fazer poções? - Questionou Lexi admirada.

– Sim, sei – admiti.

– E eles mandaram-te para Hogwarts para quê?

– Eles disseram que era para encontrar uma planta, mas mentiram-me – disse. – Quando cá cheguei avisaram-me que Hogwarts corria perigo e que eu devia ajudar mas não me disseram mais nada – confessei.

– Hogwarts corre perigo? – Perguntou Albus preocupado.

– Sim, eu acho que tem a ver com a invasão – afirmei.

– Faz sentido – disse Lexi. – E tu já sabes alguma coisa sobre isso?

– Não – admiti. – E é por isso que preciso da vossa ajuda.

Albus cruzou os braços. Eu conhecia-o suficientemente bem para saber que aquilo era sinal de preocupação.

– Em que te podemos ajudar? – Perguntou ele.

– Eu pensei que vocês poderiam ajudar a recolher informações – disse. – Al, tu és amigo do Scorpius, além disso és da realeza, podes participar nas reuniões. Poderias tentar recolher alguma informação dos nobres.

– Posso tentar – concordou ele.

– Lexi – olhei para ela. Lexi olhava-me séria, como se o que eu dissesse fosse algo de vida ou de morte. – Se há coisa que eu aprendi em 18 anos a viver num castelo foi que nada escapa aos criados.

– Deixa-me adivinha, queres que eu procure saber o que eles sabem? – Perguntou com um sorriso.

– Exato– confirmei. – A Alice ainda trabalha no castelo? – Ela acenou. – Fala com ela, ela pode ajudar-te. Mas tenta ser discreta, a última coisa que queremos é que fiquem a saber que andamos á bisbilhotar sobre este assunto.

– Certo – disse Alexia. – E tu o que vais fazer?

– Eu vou falar com o povo – disse. – Ver se alguém sabe de alguma coisa.

– Mas eles vão te reconhecer – indicou Albus.

– Não te preocupes com isso, eu tenho os meus truques – admiti.

Ficamos uns segundos em silêncio, até Lexi o quebrar.

– Então, tu voltaste mesmo? – Perguntou receosa.

– Sim, voltei – disse.

– Boa – exclamou Al. – O Scorpius vai-se passar quando souber…

– Não! – Quase gritei. Albus olhou-me assustado. – O Scorpius não pode saber que eu estou aqui. Aliás, ninguém pode saber! Perceberam?

– Tudo bem, eu não digo nada – disse o moreno.

– Lexi?

– Palavra de dama de companhia – brincou. – Sério, Rosie, eu não digo a ninguém. Mas como é que te vou contactar se souber alguma coisa?

Pensei durante algum tempo.

– Deixas uma Gerbera num sítio que eu possa ver – indiquei. – Pode ser na janela do teu quarto.

– Gerbera? Isso não é uma flor? – Perguntou Al confuso.

– Sim – sorriu Lexi. – É uma brincadeira nossa. A Rose e eu, às vezes, não queríamos que ninguém soubesse de quem eram as mensagens que enviávamos, então criamos um código.

– Eu sou o cravo e a Lexi a Gerbera – informou Rose.

– Porquê?

– Cravo vermelho significa respeito, amor, paixão e nobreza, para além de combinar com os meus cabelos – informei.

– E a Gerbera significa sensibilidade, alegria e pureza e, tal como o cravo, combina comigo, não achas? Amarelo e loiro? – Brincou Alexia.

– É por isso que vocês andam sempre com flores na mão? – Tanto eu como Lexi acenamos com a cabeça. – E os bilhetes?

– São sempre rimas – informou Lexi. – Mas tu só deves ler a primeira e a ultima palavra de cada verso, são as que importam. E, o ultimo verso, é o que diz o que precisamos levar. Neste caso, o último verso era sobre ti.

– E como foi, exactamente que a Rose me descrever? – Perguntou curioso.

– Albus Potter, o louco por cerejas – pisquei o olho e sorri.

Al corou.

– Eu não tenho a culpa se gosto – disse ele.

Rimos os três. Era bom estar com os meus melhores amigos outra vez.

Ficamos mais algum tempo juntos, enquanto eles me contavam tudo o que se tinha passado durante aquele ano.

– Ele ficou mesmo chateado? - Perguntei.

– Claro que ficou Rosie – disse Al. – O Scorp não queria casar, mas quando, finalmente, percebe que não tem outra opção, tu vais-te embora sem te despedires.

– O rapaz ficou com o ego magoado – informou Lexi. – Ninguém o conseguiu aturar durante os primeiros tempos.

– E agora? Como ele está?

– Bem, agora ele anda melhor – disse Al. – Às vezes, sai com o Luke até o bar da cidade. Mas não encontrou outra noiva, se queres saber…

– Mas não deve faltar muito – informou Lexi. – Ele já tem 21 anos, já devia estar casado há muito tempo, não achas?

– Tens razão – admiti. Normalmente, as pessoas casavam-se aos 18 anos. Scorpius esperou devido ao contrato de casamento que tinha comigo, mas agora, uma vez que eu o quebrei, ele estaria disponível para casar com quem quisesse. – Não acham estranho pensar que, se eu tivesse ficado, eu estaria casada. Rose Malfoy!

Rimos os três.

– Até que não fica mal – provocou Lexi com um sorriso malicioso. – Quer dizer, alguém se importaria de casar com o Scorpius?

– Lexi – repreendia. – Tu não existes!

– Oh Rosie, admite – brincou ela. – Ele é um pedaço de mau caminho e tu não te importarias de ir andar de cavalo com ele…

– Ir andar de cavalo? – Perguntou Al com uma sobrancelha arqueada e um sorriso de lado.

– Ora, eu sou uma dama, não posso usar outras palavras – defendeu-se ela, a brincar.

– Oh, Merlin! Eu tinha saudades vossas – admiti a sorrir. Mais ninguém teria estas conversas comigo.

– Claro que tinhas, quem mais te faria ver o que perdeste? – Perguntou ela. – Mas ainda vais a tempo de recuperar se quiseres. Mas tens de ser rápida, senão ele vira-se para a Joanne.

– Joanne? – Questionei confusa. O que raio o Scorpius andava a fazer?

– Uma mulher que ele conheceu no baile – indicou Al, receoso da minha reação. Credo, não é como se eu fosse fazer algo. – Ele não pára de a tentar encontrar…

– Mas se tu voltasses, de certeza que ele a esqueceria – disse Lexi, um pouco ansiosa.

Fiquei nervosa.

Scorpius andava á minha procura? Eu não queria isso! Eu precisava ser invisível, e com ele á minha procura isso era impossível…

– Eu não posso voltar agora, Lexi – conclui. – Acho que está na hora de vocês voltarem.

– Tudo bem Rosie – concordou Albus.

Eles despediram-se de mim e voltaram para o castelo, deixando-me para trás a pensar.

Primeiro passo, esquecer o Scorpius.

Segundo passo, recolher informações. Mas por onde começar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Alguém aqui se importava de casar com o Scorpius? Eu, de certeza, que não!!! Um loiro daqueles só para mim... quer dizer, ele já é meu, mas eu empresto só para a Rosie!
O que acharam dos três juntos? Bem diferentes de quando estão com outros ou nem por isso?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo pelo Povo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.