Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 14
Baile das Rosas - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ola de novo -.-'
Sério! Pausa! Eu não sei o que isso é! Eu juro que queria uma pausa, mas há algo nos comentários que me faz voltar a escrever, e bem... aqui estou eu!
Ok sobre o capitulo:
Lembrem-se de que ela está morena, pelo que ele não a reconhece.



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Bailes! Já disse que odeio bailes? Toda a gente dança e finge se divertir quando na realidade estão a pensar mal uns dos outros. Realeza! O que posso eu fazer?

Este baile, no entanto, era diferente. A maioria dos convidados era do povo e a alegria era sentida no ar. Todos estavam animados. Vestindo roupas formais e a dançar.

Acho que, pela primeira vez, eu tive uma conversa que durou mais do que 20 minutos com um plebeu. E gostei! Para falar a verdade, eu acho que falei com todos os convidados da festa. Quer dizer, todos não! Faltava ela.

Logo no inicio, eu vi-a. No fundo, como se quisesse passar despercebida. Usava um vestido roxo com o forro preto, sem alças, e uma capa preta. A capa foi posta de lado mal entrou no salão. Os cabelos caiam até meio das costas, castanhos e ondulados.

Todo o conjunto, vestido e capa, deixavam-na despercebida. E, talvez até resultasse, se não fosse pelas suas atitudes. Estaria a mentir se dissesse que não reparei nela pela beleza, no entanto o que manteve a minha atenção foi a sua postura.

Ao contrário dos outros convidados que observavam todo o salão, ela observava as pessoas, como se procurasse algo. Como se o salão fosse tão habitual na sua vida que nem valeria o tempo de o ficar a admirar. E isso chamou a atenção.

Desviei os meus olhos dela para cumprimentar um convidado, e quando voltei já não a vi. No entanto, vi a sua capa poisada numa cadeira perto de onde ela estava. Sorri. Pelo menos, ainda não se foi embora.

Dei a volta a todo o salão, cumprimentando e falando com os convidados, e acabei por esquecê-la. No entanto, quando estava a voltar para perto de Luke e Al, ela apareceu.

– Majestade – cumprimentou ela, com uma vénia. – Dar-me-ia a honra desta dança?

Analisei-a. Tinha olhos azuis brilhantes e lábios vermelhos, mesmo sem maquilhagem. Era bonita! Sorri.

– O prazer será meu – disse oferecendo a mão como um bom cavalheiro.

Dirigimo-nos em direção á pista de dança onde já estava alguns casais.

A musica começou e também a nossa dança. Ela dançava lindamente, mantendo os seus olhos nos meus.

– Sinto que estou em desvantagem – disse com um sorriso. – A senhorita sabe o meu nome, mas eu não sei o seu.

Ela pareceu hesitar o que aumentou a minha curiosidade.

– Pode chamar-me Joanne, senhor – indicou ela, com a voz doce. Porem, eu senti que algo não estava bem. Ignorei.

– Então, trate-me pelo nome, por favor – pedi. Acho que foi a única coisa boa que a Rose deixou, o desagrado pelas formalidades. Habituara-me a que me chamassem pelo nome.

– Com gosto – vi-a sorrir e mostrar os dentes brancos perfeitos.

Ficamos em silêncio alguns segundos, apenas a olhar-nos nos olhos. As nossas mãos mantinham-se a centímetros de distância uma da outra, como a dança assim o exigia, no entanto, às vezes, eu sentia o toque da sua pele que me dava choques.

– Dança muito bem para alguém que não teve aulas. - Afirmei. Quem era esta mulher? Primeiro, não ficava espantada com o interior do castelo. E agora, dançava como se o tivesse feito toda a sua vida?

– Quando eu era mais pequena, costumava dançar com o meu pai pela sala – disse ela.

– Tenho de agradecer ao seu pai então – brinquei.

O resto da dança foi passada em silêncio. Eu observava-a e via como ela tentava fugir ao meu olhar. Se ela não queria que eu a olhasse porque havia pedido para dançar?

Quando as ultimas notas tocaram, eu preparei-me para a convidar para mais uma dança. No entanto, ela foi mais rápida. Aproximou-se de mim, os lábios da minha orelha.

– O castelo será invadido quando as doze baladas soarem – sussurrou. O meu corpo enrijeceu por dois motivos. Primeiro, as palavras delas. Segundo, a sua respiração no meu pescoço. - Prepare os guardas.

E antes que eu pudesse dizer algo, ela já se tinha afastado.

– Joanne? – Chamei-a mas fui ignorar.

Vi-a ir em direção a Luke e Al, e ignorá-los, passando por eles.

Quando me aproximei eles sorriram.

– Amiguinha nova? – Perguntou Luke, maliciosamente.

– Nada disso – disse rudemente. – Eu já venho.

Corri para o meu pai, sem esperar a resposta de Luke.

Draco estava a falar com um dos convidados. Uma conversa bastante animada que eu iria interromper.

– Com licença interrompi o que quer que seja que o meu pai iria dizer. Ambos olharam para mim. – Será que posso roubar o rei por um segundo? – Questionei ao homem desconhecido.

Ele acenou e afastou-se.

– O que se passa, Scorp? – Perguntou o meu pai, preocupado. Não era costume eu interrompê-lo.

Baixei o meu tom de voz e inclinei-me para ele.

– O castelo vai ser invadido – anunciei. – Á meia-noite.

Draco arregalou os olhos.

– Como sabes? – Fiz um esgar. Não queria responder a essa pergunta.

– Uma rapariga disse-me – admiti.

– E tu esperas que eu acredite numa rapariga? – Perguntou ele decrescente.

Olhei-o.

– Por favor, acredita nisso – pedi. – Prepara os guardas!

Ele analisou-me alguns segundos e depois suspirou.

– Vou avisá-los e colocá-los nas entradas – anunciou. – Mas não vou dar histerismo, Scorpius. Eles vão estar prontos caso algo aconteça.

Assenti e afastei-me para junto dos meus amigos. Que agora tinham 4 mulheres á sua volta. Domi, Roxy, Rachel e Lexy.

– Ainda bem que voltaste – disse Rachel. – O Luke estava-nos agora a contar da tua dança – sorriu.

Encolhi os ombros.

– Nada de especial – disse. Olhei para as quatro. Não podia correr riscos, elas eram minhas amigas. – Oiçam, perto da meia-noite, vocês vão embora, percebido?

Elas concordaram, sem fazer perguntas. Embora eu visse os olhos de Lexi arder de curiosidade.

POV ROSE

Ouvi passos apressados no corredor e escondi-me melhor na cortina. Guardas! Pelo menos, Scorpius tinha levado o que eu disse a sério.

Os guardas desceram pelas escadas que eu tinha subido. Claro que Draco não iria querer um escândalo á frente de todos. Muito menos, numa noite de festa.

Do andar de cima, conseguia ver toda a festa e, consequentemente, todos os convidados. Analisei cada um. Mentalmente, agrupei-os em grupos.

Inofensivos e possíveis ameaças. Qual é? Um homem que passa toda a festa encostado á parede com um copo na mão, sem nunca sorri sequer, não é suspeito?

As horas passaram. Ás dez para a meia noite, vi Lexi e as outras saírem do salão. Scorpius começou a falar com o Luke, Al e James que tinha se aproximado.

Estava tão concentrada que não o vi aproximar. De repente, senti duas mãos na minha cintura virando-me.

– Ora ora – disse o homem. – O que uma donzela como tu faz aqui?

– Marcus – ralhou outra voz masculina vinda da escuridão do corredor. – Vamos embora, deixa-a em paz. Temos mais que fazer.

Então percebi. Eles eram invasores.

– Larga-me – pedi, fingindo-me assustada. Tentei soltar-me.

Marcus riu-se e eu senti o seu hálito nojento na minha cara.

– Vamos, boneca – riu-se. – Não te faças difícil!

Olhei-o e levantei uma sobrancelha. Odiava homens assim!

– Tudo bem – disse, ele olhou-me espantado pela mudança de comportamento. – Eu não me faço!

E dito isto, dei-lhe uma cotovelada na barriga. Enquanto ele se debruçava, retirei-lhe a espada do cinto e virei-me para o outro homem.

Ele avançou sobre mim, de espada empenhada. Certamente, não estaria á espera que uma mulher lutasse tão bem como eu.

As nossas espadas cruzaram-se várias vezes, até eu sentir que Marcus já se tinha recomposto e avançava sobre mim. Boa ou não, eles eram dois. Eu teria de tirar um fora de combate.

Suspirei, odiava isto.

Rapidamente, virei-me e enfiei a espada na barriga de Marcus que me olhou surpreso. Sem prestar muita atenção na sua quebra, virei-me para o outro homem. Ele era bom!

Conseguiu arranhar-me o braço antes de eu lhe cortar o pescoço. Ele caiu de joelhos á minha frente. Sangue saia-lhe pela boca e eu desviei o olhar.

Simplesmente, não conseguia olhar para o que tinha feito.

O braço ardia-me. Talvez o arranhão não tenha sido tão superficial como eu pensava.

Olhei lá para baixo. Vi o caos!

Os convidados corriam para as saídas, enquanto vários guardas lutavam com homens. Vi Scorpius, Luke, Al e James, juntamente com Draco, no meio da luta.

Eu não podia ir lá. Eles iriam saber quem eu era mal pusesse o pé na luta.

Tentei acalmar-me e observei. Eles estavam a ganhar, não precisava me preocupar.

Luke e Albus acabaram de matar dois homens, enquanto James lutava com outro. Tudo bem!

Onde está o Scorp?

Olhei para todo o salão á sua procura, então vi-o.

Scorpius estava encostado á parede com dois homens com duas vezes o seu tamanho. Um homem tinha uma espada encostada á sua garganta, enquanto o outro apontava a espada ao Malfoy caso ele se soltasse.

Ok, pensa Rose! Pensa!

Ele iria morrer! Mas eu não podia ajudá-lo!

Olhei-o de novo. Os homens sorriam como quem tivesse a ganhar a lotaria.

Chega!

Desci as escadas a correr. Atravessei todo o salão sem me deixar ser atingida, até chegar a Scorpius. Rapidamente, espetei o homem que segurava a espada no pescoço do Malfoy. O homem caiu ainda com a espada nas costas.

Scorpius não esperou mais nenhum segundo, e atacou o segundo homem que me olhava surpreso.

Antes que Scorpius acabasse o trabalho eu corri até a saída. Ele não podia me reconhecer.

Olhei para trás quando cheguei á saída. Scorpius havia acabado de matar o homem e levantou a cabeça, até mim.

Os nossos olhares cruzaram-se. Virei-me e sai.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?



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