Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola de novo -.-'
Sério! Pausa! Eu não sei o que isso é! Eu juro que queria uma pausa, mas há algo nos comentários que me faz voltar a escrever, e bem... aqui estou eu!
Ok sobre o capitulo:
Lembrem-se de que ela está morena, pelo que ele não a reconhece.
Bailes! Já disse que odeio bailes? Toda a gente dança e finge se divertir quando na realidade estão a pensar mal uns dos outros. Realeza! O que posso eu fazer?
Este baile, no entanto, era diferente. A maioria dos convidados era do povo e a alegria era sentida no ar. Todos estavam animados. Vestindo roupas formais e a dançar.
Acho que, pela primeira vez, eu tive uma conversa que durou mais do que 20 minutos com um plebeu. E gostei! Para falar a verdade, eu acho que falei com todos os convidados da festa. Quer dizer, todos não! Faltava ela.
Logo no inicio, eu vi-a. No fundo, como se quisesse passar despercebida. Usava um vestido roxo com o forro preto, sem alças, e uma capa preta. A capa foi posta de lado mal entrou no salão. Os cabelos caiam até meio das costas, castanhos e ondulados.
Todo o conjunto, vestido e capa, deixavam-na despercebida. E, talvez até resultasse, se não fosse pelas suas atitudes. Estaria a mentir se dissesse que não reparei nela pela beleza, no entanto o que manteve a minha atenção foi a sua postura.
Ao contrário dos outros convidados que observavam todo o salão, ela observava as pessoas, como se procurasse algo. Como se o salão fosse tão habitual na sua vida que nem valeria o tempo de o ficar a admirar. E isso chamou a atenção.
Desviei os meus olhos dela para cumprimentar um convidado, e quando voltei já não a vi. No entanto, vi a sua capa poisada numa cadeira perto de onde ela estava. Sorri. Pelo menos, ainda não se foi embora.
Dei a volta a todo o salão, cumprimentando e falando com os convidados, e acabei por esquecê-la. No entanto, quando estava a voltar para perto de Luke e Al, ela apareceu.
– Majestade – cumprimentou ela, com uma vénia. – Dar-me-ia a honra desta dança?
Analisei-a. Tinha olhos azuis brilhantes e lábios vermelhos, mesmo sem maquilhagem. Era bonita! Sorri.
– O prazer será meu – disse oferecendo a mão como um bom cavalheiro.
Dirigimo-nos em direção á pista de dança onde já estava alguns casais.
A musica começou e também a nossa dança. Ela dançava lindamente, mantendo os seus olhos nos meus.
– Sinto que estou em desvantagem – disse com um sorriso. – A senhorita sabe o meu nome, mas eu não sei o seu.
Ela pareceu hesitar o que aumentou a minha curiosidade.
– Pode chamar-me Joanne, senhor – indicou ela, com a voz doce. Porem, eu senti que algo não estava bem. Ignorei.
– Então, trate-me pelo nome, por favor – pedi. Acho que foi a única coisa boa que a Rose deixou, o desagrado pelas formalidades. Habituara-me a que me chamassem pelo nome.
– Com gosto – vi-a sorrir e mostrar os dentes brancos perfeitos.
Ficamos em silêncio alguns segundos, apenas a olhar-nos nos olhos. As nossas mãos mantinham-se a centímetros de distância uma da outra, como a dança assim o exigia, no entanto, às vezes, eu sentia o toque da sua pele que me dava choques.
– Dança muito bem para alguém que não teve aulas. - Afirmei. Quem era esta mulher? Primeiro, não ficava espantada com o interior do castelo. E agora, dançava como se o tivesse feito toda a sua vida?
– Quando eu era mais pequena, costumava dançar com o meu pai pela sala – disse ela.
– Tenho de agradecer ao seu pai então – brinquei.
O resto da dança foi passada em silêncio. Eu observava-a e via como ela tentava fugir ao meu olhar. Se ela não queria que eu a olhasse porque havia pedido para dançar?
Quando as ultimas notas tocaram, eu preparei-me para a convidar para mais uma dança. No entanto, ela foi mais rápida. Aproximou-se de mim, os lábios da minha orelha.
– O castelo será invadido quando as doze baladas soarem – sussurrou. O meu corpo enrijeceu por dois motivos. Primeiro, as palavras delas. Segundo, a sua respiração no meu pescoço. - Prepare os guardas.
E antes que eu pudesse dizer algo, ela já se tinha afastado.
– Joanne? – Chamei-a mas fui ignorar.
Vi-a ir em direção a Luke e Al, e ignorá-los, passando por eles.
Quando me aproximei eles sorriram.
– Amiguinha nova? – Perguntou Luke, maliciosamente.
– Nada disso – disse rudemente. – Eu já venho.
Corri para o meu pai, sem esperar a resposta de Luke.
Draco estava a falar com um dos convidados. Uma conversa bastante animada que eu iria interromper.
– Com licença interrompi o que quer que seja que o meu pai iria dizer. Ambos olharam para mim. – Será que posso roubar o rei por um segundo? – Questionei ao homem desconhecido.
Ele acenou e afastou-se.
– O que se passa, Scorp? – Perguntou o meu pai, preocupado. Não era costume eu interrompê-lo.
Baixei o meu tom de voz e inclinei-me para ele.
– O castelo vai ser invadido – anunciei. – Á meia-noite.
Draco arregalou os olhos.
– Como sabes? – Fiz um esgar. Não queria responder a essa pergunta.
– Uma rapariga disse-me – admiti.
– E tu esperas que eu acredite numa rapariga? – Perguntou ele decrescente.
Olhei-o.
– Por favor, acredita nisso – pedi. – Prepara os guardas!
Ele analisou-me alguns segundos e depois suspirou.
– Vou avisá-los e colocá-los nas entradas – anunciou. – Mas não vou dar histerismo, Scorpius. Eles vão estar prontos caso algo aconteça.
Assenti e afastei-me para junto dos meus amigos. Que agora tinham 4 mulheres á sua volta. Domi, Roxy, Rachel e Lexy.
– Ainda bem que voltaste – disse Rachel. – O Luke estava-nos agora a contar da tua dança – sorriu.
Encolhi os ombros.
– Nada de especial – disse. Olhei para as quatro. Não podia correr riscos, elas eram minhas amigas. – Oiçam, perto da meia-noite, vocês vão embora, percebido?
Elas concordaram, sem fazer perguntas. Embora eu visse os olhos de Lexi arder de curiosidade.
POV ROSE
Ouvi passos apressados no corredor e escondi-me melhor na cortina. Guardas! Pelo menos, Scorpius tinha levado o que eu disse a sério.
Os guardas desceram pelas escadas que eu tinha subido. Claro que Draco não iria querer um escândalo á frente de todos. Muito menos, numa noite de festa.
Do andar de cima, conseguia ver toda a festa e, consequentemente, todos os convidados. Analisei cada um. Mentalmente, agrupei-os em grupos.
Inofensivos e possíveis ameaças. Qual é? Um homem que passa toda a festa encostado á parede com um copo na mão, sem nunca sorri sequer, não é suspeito?
As horas passaram. Ás dez para a meia noite, vi Lexi e as outras saírem do salão. Scorpius começou a falar com o Luke, Al e James que tinha se aproximado.
Estava tão concentrada que não o vi aproximar. De repente, senti duas mãos na minha cintura virando-me.
– Ora ora – disse o homem. – O que uma donzela como tu faz aqui?
– Marcus – ralhou outra voz masculina vinda da escuridão do corredor. – Vamos embora, deixa-a em paz. Temos mais que fazer.
Então percebi. Eles eram invasores.
– Larga-me – pedi, fingindo-me assustada. Tentei soltar-me.
Marcus riu-se e eu senti o seu hálito nojento na minha cara.
– Vamos, boneca – riu-se. – Não te faças difícil!
Olhei-o e levantei uma sobrancelha. Odiava homens assim!
– Tudo bem – disse, ele olhou-me espantado pela mudança de comportamento. – Eu não me faço!
E dito isto, dei-lhe uma cotovelada na barriga. Enquanto ele se debruçava, retirei-lhe a espada do cinto e virei-me para o outro homem.
Ele avançou sobre mim, de espada empenhada. Certamente, não estaria á espera que uma mulher lutasse tão bem como eu.
As nossas espadas cruzaram-se várias vezes, até eu sentir que Marcus já se tinha recomposto e avançava sobre mim. Boa ou não, eles eram dois. Eu teria de tirar um fora de combate.
Suspirei, odiava isto.
Rapidamente, virei-me e enfiei a espada na barriga de Marcus que me olhou surpreso. Sem prestar muita atenção na sua quebra, virei-me para o outro homem. Ele era bom!
Conseguiu arranhar-me o braço antes de eu lhe cortar o pescoço. Ele caiu de joelhos á minha frente. Sangue saia-lhe pela boca e eu desviei o olhar.
Simplesmente, não conseguia olhar para o que tinha feito.
O braço ardia-me. Talvez o arranhão não tenha sido tão superficial como eu pensava.
Olhei lá para baixo. Vi o caos!
Os convidados corriam para as saídas, enquanto vários guardas lutavam com homens. Vi Scorpius, Luke, Al e James, juntamente com Draco, no meio da luta.
Eu não podia ir lá. Eles iriam saber quem eu era mal pusesse o pé na luta.
Tentei acalmar-me e observei. Eles estavam a ganhar, não precisava me preocupar.
Luke e Albus acabaram de matar dois homens, enquanto James lutava com outro. Tudo bem!
Onde está o Scorp?
Olhei para todo o salão á sua procura, então vi-o.
Scorpius estava encostado á parede com dois homens com duas vezes o seu tamanho. Um homem tinha uma espada encostada á sua garganta, enquanto o outro apontava a espada ao Malfoy caso ele se soltasse.
Ok, pensa Rose! Pensa!
Ele iria morrer! Mas eu não podia ajudá-lo!
Olhei-o de novo. Os homens sorriam como quem tivesse a ganhar a lotaria.
Chega!
Desci as escadas a correr. Atravessei todo o salão sem me deixar ser atingida, até chegar a Scorpius. Rapidamente, espetei o homem que segurava a espada no pescoço do Malfoy. O homem caiu ainda com a espada nas costas.
Scorpius não esperou mais nenhum segundo, e atacou o segundo homem que me olhava surpreso.
Antes que Scorpius acabasse o trabalho eu corri até a saída. Ele não podia me reconhecer.
Olhei para trás quando cheguei á saída. Scorpius havia acabado de matar o homem e levantou a cabeça, até mim.
Os nossos olhares cruzaram-se. Virei-me e sai.
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E então? O que acharam?