Pedras Preciosas escrita por Melanie


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Volteeei com mais um capítulo...
Dessa vez eu demorei mais, mas é porque as aulas voltaram e já voltaram com provas e trabalhos..já estou enlouquecendo.
Sem mais demoras, vamos ao capítulo:



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– Finalmente! Agora, que tal explicar essa mensagem?– Tory perguntou mostrando o celular assim que Lily se aproximou do banco onde as meninas a esperavam sentadas, o que não a surpreendeu, já que Lily havia ignorado todas as ligações dela na noite passada. Sabia que ela estaria a procura de explicações.

Lily observou que, assim como ela, todas estavam devidamente uniformizadas - uma saia de pregas preta e branca ou calça jeans preta, a camisa social branca com a gravata vermelha e por cima, o terno com o símbolo da escola do lado esquerdo - e curiosamente todas escolheram usar calça jeans preta ao invés da saia, mas Lily nunca usou a saia de qualquer maneira.

Tory olhava para Lily sem poder conter a ansiedade em saber por que a súbita mudança de atitude, afinal ela parecia irredutível. Mas Lily não estava tão interessada em explicar aquela mensagem agora, ela queria.. não, ela precisava contar o que tinha acontecido durante a madrugada.

Depois que se deitou na cama para dormir, Lily não demorou muito para pegar no sono, mas não esperava que fosse ter uma noite tão conturbada. Seu sono foi repleto de pesadelos em que Lily se via sozinha em um lugar escuro, sem saber para onde ir, apenas ouvindo vozes e quando ela tentava gritar por ajuda sua voz não saía e então ela queria correr, mas suas pernas não se moviam e daí ela começou a cair na escuridão. Lily acordou no meio da madrugada assustada, estava suando frio e tremendo e quando foi se virar para ver que horas eram em seu despertador, percebeu que estava pelo menos 15cm acima da cama. O susto fez com que caísse de volta na hora, mas ela não conseguiu mais voltar a dormir. Resultado: estava com olheiras enormes e muito, mais muito cansada.

– Depois, Tory. Antes eu...

– Depois nada, Lily. Tory nos contou sobre a conversa que vocês duas tiveram ontem na casa dela... Que história é essa de querer que a gente comece a salvar o mundo?– Vick a interrompeu e Lily pensou que nunca a tinha visto falar dessa maneira com ela.

– A ideia não foi minha, a ideia foi da Tory.

– E então, do nada, você mandou uma mensagem dizendo que concordava. Você tinha dito que era uma ideia absurda... Por quê mudou de ideia?– Tory fez a pergunta que Lily temia: Por quê?

Lily suspirou enquanto se sentava no espaço que tinham deixado para ela no banco.

– Eu pensei melhor e.. Será que não podemos discutir sobre isso depois? Eu preciso contar algo.

– Você nos chamou aqui para discutir isso agora.– Bella lembrou.

– Eu sei, mas isso foi antes do que aconteceu.– Será que ninguém conseguia notar o nervosismo em sua voz?

– Está bem , Lily. O que foi que te aconteceu que é mais importante do que explicar essa sua mudança repentina de opinião?– Tory se deu por vencida. Se Lily queria mudar de assunto, então tudo bem. Mas o assunto não seria facilmente esquecido.

– Eu acho que posso voar.– Lily falou de uma só vez e o choque pela compreensão do que foi dito ficou estampado no rosto de cada uma das garotas.

– Você... Você o quê?– Bella foi a primeira a quebrar o silêncio que se instalou, tentou entender se tinha escutado certo.

– Eu acho..– Lily iria repetir, mas foi interrompida por Sam.

– Nós entendemos essa parte, mas como? Quando?

Então, Lily se pôs a explicar o que tinha acontecido na noite anterior. Omitiu a conversa que tinha ouvido de seu pai com seus irmãos, ainda não era hora de falar sobre isso, mas contou sobre o pesadelo que teve e como acordou alguns centímetros acima de sua cama. As meninas a ouviam atentamente, definitivamente essa nova informação tinha atraído suas atenções.

– Isso é inacreditável.– Vick falou e Lily assentiu com a cabeça. Inacreditável ainda era pouco.

– Nunca passou pela minha cabeça que algo assim seria possível.– Sam murmurou.

– Você tentou fazer de novo? Dessa vez consciente?– Jade parecia animada com essa nova ideia.

– Claro que não.– Lily negou rapidamente. Só a ideia de voar a deixava enjoada.

– Por que não?– Jade perguntou.

– Porque não. Jade, se eu já sou descoordenada com os dois pés no chão, eu não tenho a menor vontade de descobrir o quanto posso ser pior sem nenhum pé.

– Isso é besteira.– Sam disse. Voar seria algo incrível.

– Será que outras de nós consegue voar, também?– Sim, uma ideia dessas só poderia sair da Jade.

– Eu não sei se consigo voar, eu disse que achava que podia voar...

– Dá na mesma coisa, Lily.– Bella finalmente disse algo, depois de apenas ouvir a conversa entre as três.

– Além do mais, Vick poderia voar. Talvez se ela tentasse...– Tory foi interrompida por Vick.

– Nem pensar. Eu fico tonta até de salto alto...

– Podíamos tentar... Quero dizer, depois da escola. Podíamos ir até a fábrica e ver se Lily realmente consegue voar, assim como a Vick. – Jade sugeriu e secretamente esperava que também pudesse voar. Onde ela poderia ir para se divertir...

– Acho que é melhor e também poderíamos discutir sobre o assunto inicial, não é Lily?– Tory olhou para Lily sugestivamente e Lily segurou-se para não rolar os olhos. Tão sútil...

– Ótima ideia. Agora podemos ir para a escola? Ou vamos nos atrasar..– Bella olhou para o celular. Elas meio que já estavam atrasadas. Teriam que correr dessa maneira.

Lily concordou com a cabeça e as meninas se levantaram. O caminho até a escola foi feito em silêncio. Estavam todas presas em seus próprios pensamentos e nas possibilidades que pareciam se abrir diante delas com o que estavam prestes a fazer.

Chegaram e se despediram indo cada uma para sua respectiva classe. Lily foi para a aula de Matemática com Sam e rezava para não encontrar com Kelly pelo corredor, na verdade, esperava que ela não tivesse ido. Tinha medo de se sentir culpada caso a visse e mesmo que soubesse que era sua culpa, ver como ela estaria seria bem diferente.

Porém, infelizmente, a sorte não estava ao seu lado. No fim do segundo período enquanto trocava de sala a viu rodeada pelo mesmo grupo de ontem encostada em frente a alguns armários. Deu uma pequena parada brusca sendo empurrada por alguns alunos que não se importaram em pedir desculpas.

Continuou olhando para Kelly observando os estragos que tinha feito: o nariz dela estava levemente vermelho e enfaixado. Lily percebeu que ela tentou ser o mais discreta possível, mas o curativo branco por menor que fosse ainda estava bem visível. Desviou rapidamente seus olhos daquela imagem para encontrar com os olhos azuis de Jai a observando. Olhou para os lados nervosamente tentando disfarçar que estava encarando Kelly, mas ela teria que passar por eles se quisesse ir para sua aula de Química, então abraçou seus livros, abaixou a cabeça e andou rapidamente.

Não sabia por que Jai a estava olhando. Esperava não ter demonstrado nada suspeito para atiçar a desconfiança de seu irmão, mas fez uma nota mental de tomar ainda mais cuidado de agora em diante e avisar as meninas para tomarem cuidado também, principalmente Jade. Ficou realmente desconcertada com o olhar dele, e Lily o conhecia bem o suficiente para saber o que aquela cara significava. Ela podia imaginar as engrenagens girando na cabeça dele, encaixando lentamente todas as peças... Só esperava que demorasse muito, muito tempo até ele montar aquele quebra-cabeça. Gemeu internamente ao se lembrar que Jai era muito bom em quebra-cabeças quando eram crianças.

~*~

16:57min. Estavam todas dentro da fábrica, preocupadas com o rumo que as coisas pareciam tomar. As aulas pareceram voar para elas, já que cada uma estava absorta em pensamentos que não tinham nada a ver com o próximo livro que deveria ser lido ou com trinômios. Tiveram tempo suficiente para pensarem no que estavam querendo fazer. O assunto que deveria ser discutido estava sendo evitado. Nenhuma delas conseguia por em palavras o que significava concordar em bancarem as heroínas, primeiro porque nenhuma delas conseguia se imaginar ajudando o Capitão América, segundo porque todas sabiam que Nick Fury faria uma pesquisa completa sobre elas para descobrir se eram confiáveis e, principalmente, quem eram.

Como Lily disse, era loucura. Seriam descobertas no minuto que aparecessem, e provavelmente mortas também. As meninas conseguiram entender essa parte muito bem, mas Lily queria que elas também entendessem que o sentimento de se sentirem especiais seria único. Elas não poderiam passar o resto de suas vidas pensando que eram aberrações, porque era isso que cada uma pensava mesmo que não admitissem.

– Tá legal, nós concordamos que deveríamos deixar para falar sobre o vôo depois, não é?– Sam finalmente tomou coragem para iniciar a conversa. Aquele silêncio a estava enlouquecendo.

– Sim, temos coisas um pouco mais importantes para discutir antes. – Vick falou.

– Não há muito para discutir... Poderíamos fazer uma votação. Quem topa usar os poderes para ajudar os super-heróis aqui em N.Y levanta a mão.– Vick olhou para a Jade, incrédula da atitude infantil que ela estava sugerindo.

– É sério, Jade? Essa é a sua ideia de levar um assunto a sério?– Bella perguntou.

– Até que não é uma má ideia.– Lily falou. Seria um jeito de ver quem concordava ou não, já que seria algo que teriam que fazer juntas nada melhor do que tomarem essa decisão juntas. Todas a olharam e Lily sentiu aquele famoso desconforto em ser o centro das atenções. – Digo, é uma ideia que precisa ser discutida.

– E você realmente acha que uma votação é o melhor jeito?– Tory perguntou. Ela era a favor, mas ainda assim... Lily anuiu.

Ainda acho isso bem infantil, mas vamos lá.. Quem concorda com.. com isso?– Vick perguntou e Jade já estava levantando a mão. – Sem levantar a mão.– Jade abaixou o braço e olhou para Vick atravessado. Ela sempre seria uma estraga prazeres.

– Eu concordo.– Tory disse.

– Eu também.– Jade prontamente disse.

– Eu também concordo.– E foi seguida por Sam.

– Já sabemos que você concorda, Lily. Acho que não vai dar empate.– Bella falou olhando para Lily. – Mas eu também concordo.

– Vick?– Lily perguntou e Vick a olhou.

– Eu acho loucura, mas você também achava. Então se você concordou com isso, eu posso me acostumar com essa ideia.– Vick deu de ombros.

– Então, agora é oficial? Somos as novas heroínas da cidade?– Jade perguntou sorrindo.

– Parece que sim, né. Mas eu não acho que vou me acostumar em ser chamada de heroína...– Vick murmurou.

– Agora não deveríamos falar da parte legal?– Sam perguntou também sorrindo.

– Que parte legal?– Bella perguntou.

– Hm é verdade...– Jade falou. – Temos que pensar..

– Por favor, não diga...– Vick começou a falar.

– Nas roupas.– Falaram juntas.

Lily e as outras riram. As roupas.. É, isso seria algo para pensar. Quem diria que ontem quando Tory propôs isso, Lily afirmou com toda a convicção que tinha que não iria fazer uma coisa dessas? Agora estava pensando em que roupa usar. A loucura era tanta que Lily queria rir, rir até a barriga doer, rir até ficar sem ar. Ela estaria arriscando não só sua vida, como a das outras também. E nenhuma delas tinha um controle realmente bom.. Teriam que resolver isso se quisessem ter alguma chance lá fora.

Elas passaram o resto da tarde conversando sobre os nomes que usariam. Cada ideia era uma mais sem sentido do que a outra e a grande maioria dessas ideias veio ou de Jade ou de Sam, claro. As duas estavam animadas e Lily conseguia ver isso. As garotas também decidiram que quando já tivesse escurecido e todos já estivessem dormindo, elas se encontrariam em frente a torre para irem até uma loja de fantasias de uma amiga da Bella, já que Bella tinha as cópias da chave de quando precisava fechar a loja. Não haveria ninguém por perto, seria perfeito para experimentarem o que quiserem e quanto mais cedo fizessem isso, mais cedo poderiam começar.

Elas treinaram um pouco e contra qualquer vontade que tinha, Lily não teve outra escolha a não ser tentar voar. E ela ficou surpresa que depois da décima tentativa tivesse conseguido sair do chão. Ela entendeu o que tinha que fazer, não adiantava de nada ela querer voar se desejava ficar com os dois pés no chão...

Eram quase 19hrs quando Lily voltou para a torre e ficou feliz ao não ver ninguém por perto quando entrou. Seus sentimentos sobre sua família eram paradoxos. Ela reclamava sobre a falta de atenção, mas às vezes ficava feliz por não ter que dar qualquer explicação sobre onde estava e naquele momento não ter que explicar nada era uma dádiva. Enquanto subia as escada estava tão perdida em pensamentos sobre tudo o que tinha feito hoje, ela podia sentir que estava ficando mais forte e estava quase confiante sobre si mesma, que não percebeu quando Jai parou atrás de si.

– Lia?– Lily deu um pequeno pulo ao ouvir ser chamada. Achava que estava sozinha em casa. Virou de frente para seu irmão esperando que ele continuasse a falar. – Chegou agora?

A pergunta foi tão estúpida que Lily mordeu a língua para não responder da maneira que queria. Não estava na cara que ela estava chegando agora? Mas ela pensou que devia dar um desconto, afinal estava óbvio que Jai estava tentando começar uma conversa com ela e como não costumavam conversar, nenhum dos dois sabia exatamente como se portar naquele momento.

– Sim.– Respondeu. Ela tentaria facilitar. – Por quê?– Se Jai estava tentando começar uma conversa era por que havia algo por trás disso, e Lily gelou ao perceber do que podia se tratar.

– Por nada.– Ele deu uma pequena pausa antes de responder e Lily quase quis rir da falta de jeito que ele tinha em desconversar. Quase. – Na verdade...– Ele voltou a falar quando Lily deu as costas para subir para seu quarto. Lily segurou um suspiro e voltou a olhá-lo. – Eu não sei bem como perguntar isso.

– Pergunte logo, Jai.– Disse impaciente. Ela estava cansada e ainda tinha lição de casa para fazer.

– Onde você estava?

Lily piscou ao ouvir a pergunta. Ele tinha mesmo acabado de perguntar onde ela estava? Jai, seu irmão com o qual ela nunca conversava a sós estava querendo saber onde ela estava? Ela ficou por um tempo muda tentando formular algo para falar.

– O quê?– Conseguiu perguntar. Foi a única coisa que saiu de sua boca.

– Onde você estava?– Ele voltou a perguntar e Lily sentiu a irritação subindo para sua superfície.

Com que direito ele perguntava isso? Tá, era uma simples pergunta, mas vinda de alguém que nunca se preocupou com isso antes era inaceitável. Era como se ele achasse que tinha algum direito de saber sobre a vida de Lily, como se ele pudesse ter algum direito sobre o que ela fazia ou deixava de fazer. É ridículo, tão ridículo quanto seu pai fingir que se importava ao perguntar o que ela tinha feito. Lily queria rir quando ele fazia algo assim e ela podia contar nas mãos quantas vezes Jai perguntou algo assim para ela, se importou com algo que ela fez e os dedos não enxeriam uma mão.

– Por que quer saber?– Deus sabia o quanto ela estava tentando controlar seu tom de voz. Jai ficou mudo, parecia não saber o que responder e Lily cansou de esperar. – Quem foi que disse que isso é da sua conta? Eu não tenho que dar explicações de onde fui ou pra onde vou, Jai. Eu não me intrometo na sua vida, então não venha começar a se intrometer na minha, tá legal?

Lily sabia que estava exagerando. A questão toda não exigia uma resposta tão explosiva quanto a que ela deu e por um milésimo de segundo, Lily sentiu vontade de se desculpar, mas mordeu a língua. Jai não merecia suas desculpas, Lily merecia. Lily merecia que Jai se desculpasse por nunca ter feito nada para defênde-la de seus amigos idiotas, por nunca tê-la abraçado quando tudo o que ela precisava era de um abraço enquanto chorava enrolada em seu cobertor, por nunca ter dito palavras de consolo, por nunca tê-la feito se sentir querida naquela família. Ele era o mais velho, e Lily a mais nova. Era tão simples... Jai tinha que protegê-la, mas ele nunca a fez se sentir segura. Nunca.

Se fosse a algum tempo atrás, talvez Lily considerasse responder educadamente, sendo a boa menina que todos esperavam que ela fosse, talvez ela criasse a ilusão de que as coisas estavam mudando e ficasse até feliz pelo interesse repentino, mas agora? Agora ela não precisava mais se sentir segura. Ao longo dos anos, Lily aprendeu a levantar um muro ao redor de seu coração para evitar que ela se machucasse toda vez que sofresse uma desilusão, mas agora ela podia fazer a sua própria segurança. Ela poderia jogá-lo contra a parede se quisesse e ela sabia disso. Ela não tinha mais por quê ter medo das pessoas.

Sentiu seus olhos lacrimejarem, mas não iria se permitir chorar, não na frente de Jai. Sabia que anos em silêncio a estavam deixando instável, mas engoliu o choro. Queria gritar tantas coisas na cara dele, mas não podia. Ela era forte, agora mais do que nunca e ela não precisava mais dele.

– Eu estou cansada, Jai. Eu quero subir e dormir, mas ainda tenho algumas coisas da escola pra fazer, então vamos fingir que você não me perguntou nada e que eu não falei nada, ok?– Precisava subir, podia sentir seus muros rachando sob a pressão daquela conversa que para qualquer um pareceria tão inocente.

Virou de costas e subiu os degraus correndo, sem esperar por uma resposta. Desde que ele a chamou, ela sabia que coisa boa não sairia. Ele não perguntou exatamente o que ela estava esperando que ele perguntasse, mas sabia que a pergunta estava lá, implícita.

– Você pode não perceber, mas eu me importo com você, Lizzie.– Jai murmurou depois de um tempo, ainda parado onde estava, olhando para onde Lily tinha desaparecido. E ela não havia escutado.

Lily bateu a porta de seu quarto com força quando entrou. Não se importava se Jai tivesse ouvido ou qualquer outra alma viva naquela torre. Estava irritada, mas também conseguia ver tudo com clareza.

No momento em que decidiu concordar com Tory, também decidiu que não se deixaria intimidar por mais ninguém. O que aconteceu com Kelly a fez ver que poderia se defender, que não precisava mais aguentar tudo calada. Se ela não podia contar com quem ela deveria, então ela contaria consigo mesma. Claro, ela não faria nada drástico com ninguém, ela não era assim...

Parou em frente ao espelho e olhou seu reflexo. Era um novo começo para ela e para as meninas. Ela poderia ser o que quisesse, ela poderia fazer o que quisesse. Se era uma mudança para todas, então por quê não começar essa mudança com o seu modo de pensar?


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Particularmente eu estou ansiosa para escrever o próximo, onde vamos ter uma pequena passagem de tempo e começar a ação.
Não sei bem o que dizer sobre esse capítulo, só que eu espero que tenha ficado claro que a Lily vai começar a mudar... ter super poderes pode fazer com que você veja o mundo com outros olhos. Essa mudança com certeza vai ocasionar em algumas discussões com os outros membros da família dela.
Vou tentar trabalhar mais sobre a relação dela com a família, afinal é essa relação que está fazendo com que ela seja quem ela é e que irá fazer com que ela tome decisões baseadas nisso.
Próximo capítulo entre o dia 22 e 23...
Mereço comentários??? Até o próximo!