Pedras Preciosas escrita por Melanie


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Meu Deus!!!
Muito obrigada pelos comentários incríveis!
Demorei um pouquinho para postar esse capítulo porque sou um fiasco com cenas de lutas... =/ Inclusive, o capítulo não ficou tão grande assim porque ele precisava parar justamente na parte em que parei ele, então...
Mas ainda assim espero que gostem.



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Sabe quando você sabe que está sonhando, mas não quer acordar porque o sonho está perfeito? Bom, esse era o total oposto do que Rubi sentia naquele momento. Ela queria que estivesse em um pesadelo, desesperada para poder acordar, mas, acontece que ela não estava dormindo, não estava em um pesadelo, e não podia fugir apenas abrindo os olhos.

Ela estava ferrada.

Levantou-se completamente rígida, preparada para o pior. Sentiu suas amigas se levantando também, cautelosamente. Olhou ao redor e notou que a área não possuía nenhum civil, o que a preocupou. A área parecia ter sido isolada... Fitou a Feiticeira Escarlate. Sabia que havia sido ela quem as puxara para fora do shopping. Passou seus olhos por seu pai e então seu olhar parou em Nick Furry que estava parado bem no meio, à frente dos demais.

– Lamento que isso tenha sido feito de uma maneira desconfortável, mas vocês não nos deram escolhas, meninas. – Furry falou.

Rubi trocou um olhar com Cristal.

– Como sabiam que estávamos aqui? – Cristal perguntou.

Furry deu um leve sorriso.

– Eu tenho meus meios, Cristal. – Respondeu.

– Nós não estamos causando problemas a ninguém. – Safira falou e Rubi a olhou preocupada. Sua amiga parecia pálida. – Então não queremos ter nenhum problema.

– Você está ferida. – Furry falou de repente olhando para o braço de Safira. – Ferimento à bala. Posso ajudá-la com isso. Posso ajudar a todas vocês se permitirem.

– Ah, claro. E deixa eu adivinhar. Só o que quer que façamos é ir com você, sem resistir. – Esmeralda falou.

– Bom, sim. – Furry concordou. – Mas desde que vocês são apenas adolescentes, e eu sei o quanto adolescentes podem dar trabalho, trouxe uma garantia para o caso de tentarem resistir. – E então levantou as mãos, indicando a equipe de Vingadores que o estava acompanhando.

– Espera aí, desde quando você sabe o quanto adolescentes podem dar trabalho? – O Homem de Ferro perguntou de repente, fazendo Rubi o fitar.

– Pelo amor de Deus, Stark. Foco. – Capitão falou.

Furry apenas o fitou com a sobrancelha arqueada. Rubi viu seu pai levantar as mãos em rendição.

– Tudo bem, tá legal. Eu só fiquei curioso. – Seu pai falou e então, Rubi não conseguiu morder a própria língua.

– Sua esposa está lá dentro. – Falou atraindo a atenção de todos. – Ao invés de ficar aqui, pronto para nos levar contra a nossa vontade, deveria estar lá dentro vendo se ela está bem.

Ela conhecia seu pai, mesmo que ele estivesse com a armadura, e notou quando ele congelou com o que ouviu.

– Pep está aqui? – Ouviu-o falar para si mesmo e em seguida levantar voo, em direção ao teto da praça de alimentação.

– Interessante... Como sabe que é a esposa dele quem está aqui? – Furry perguntou e Rubi tentou-se mostrar não afetada.

– Eu vejo televisão. Leio as notícias... Acho que consigo identificar a mulher do Homem de Ferro. – Respondeu prontamente.

– Pode tê-lo feito se afastar, mas podemos nos virar sem ele, sabia? – Furry voltou a perguntar.

– Está nos ameaçando? – Citrina perguntou.

– Vejam bem, meninas... Estou tentando fazer do jeito fácil aqui. Estou pedindo para que me acompanhem até a base de operações da S.H.I.L.D. Queremos apenas conversar.

– Ah, claro. E quando quisermos ir embora as portas vão estar abertas? Quer que acreditemos que não pretende nos prender lá? – Ônix falou.

– Só queremos ajudá-las. – Furry respondeu.

– Acontece, diretor... Que não nos convenceu. – Disse Cristal.

– Então eu sinto muito, meninas. Mas vocês não me deixam outra escolha. – E dizendo isso, Furry se virou.

No mesmo instante, Rubi sentiu-se sendo jogada para trás pela Feiticeira Escarlate. Capitão lançou seu escudo que derrubou Cristal. Gavião Arqueiro atirou uma de suas flechas que se enrolou ao redor de Esmeralda, levando-a ao chão. Thor jogou um de seus raios em direção a Ônix que também a jogou para trás. Viúva Negra partiu repentinamente para cima de Citrina que não conseguiu se desviar dos golpes a tempo, caindo no chão. E Falcão voo para cima de Safira, também jogando-a no chão.

– Sério? – Rubi perguntou levantando-se e fitando a mulher a sua frente. Energia vermelha rodeava as mãos da Feiticeira Escarlate e seus olhos brilhavam vermelhos. – Tá legal. Parece que é sério mesmo.

Seus poderes eram semelhantes. Absurdamente semelhantes, mas Rubi podia admitir sem problemas que a Feiticeira Escarlate tinha muito mais experiência do que ela. Rubi ainda não sabia do que era capaz. Como iria atacar? Sentiu-se sendo jogada para trás novamente e dessa vez bater em um carro que estava estacionado ali.

Respirou irritada enquanto se levantava pela segunda vez. Não estava gostando nada de ser jogada para trás como se fosse uma boneca de pano... A Feiticeira Escarlate podia ter mais experiência, podia até mesmo ser mais forte do que Rubi, mas Rubi tinha uma coisa que a outra com certeza não tinha. Inteligência. Rubi era inteligente e, naquele momento, usaria isso a seu favor.

Com um plano quase se formando, Rubi então decidiu dar o troco e jogá-la para trás. Esta atingiu uma parede de tijolos e caiu. Levantou-se rapidamente e jogou os tijolos que se soltaram na direção de Rubi. Rubi abriu as mãos bem a tempo de impedir de ser atingida por estes, mas a Feiticeira não perdeu tempo e voltou a jogá-la para trás.

– Você precisa mesmo ficar fazendo isso? – Rubi perguntou levemente irritada enquanto se levantava pela terceira vez.

A Feiticeira apenas sorriu. Energia vermelha a circulando novamente. Ela levantou as mãos, a energia envolveu os carros que estavam ali próximos.

– Fala sério... – Murmurou vendo os carros se erguendo acima da sua cabeça.

Wanda baixou os braços e os carros se soltaram, mas Rubi foi mais rápida e levantou voo, afastando-se por pouco de ser esmagada.

Aproveitando que estava a uma distância relativamente segura do solo e de Wanda, Rubi afastou o olhar para ver como as outras estavam se saindo em suas respectivas lutas.

A primeira que encontrou foi Ônix. Sua amiga estava tendo sérios problemas para enfrentar Thor. Os raios do deus a acertavam e embora Ônix conseguisse absorver alguns e até mesmo anular outros com os seus próprios raios, a grande maioria ainda assim conseguia machucá-la. Sem falar naquele martelo... Ônix parecia mais preocupada em não ser acertada por ele do que com qualquer outra coisa na verdade.

A próxima que viu foi Cristal. Ela parecia tentar a todo custo se esquivar dos golpes do Capitão, mas olhando mais a frente, Rubi viu que ela andava em direção a um muro. Logo não teria mais para onde ir e o Capitão conseguiria pegá-la.

Então viu Esmeralda, ela queimava as flechas do Gavião Arqueiro enquanto este as atirava, dando-lhe tempo para se esquivar destas, mas o Gavião continuava atirando-as e Esmeralda não era tão rápida assim para voltar a queimá-las. Em um momento a viu jogar o corpo para a direita para não ser atingida.

Não conseguiu ver Citrina, mas foi então que viu Safira. Mesmo com o braço machucado, Safira ainda tentava imobilizar Falcão com a água que conseguia controlar através das partículas de H2O na atmosfera. Mas acontece que ela estava com o braço machucado, e Rubi pôde ver que sua amiga estava ficando cada vez mais pálida.

Deus... Elas mal tinham quinze anos! O que entendiam sobre lutas? E ainda por cima estavam enfrentando Os Vingadores! Olá-a? Eles são considerados a equipe de super-heróis mais poderosa do planeta. Que chance ela e as outras realmente tinham? A única escapatória que Rubi conseguia ver naquele momento era fugir.

Olhou para Wanda que se preparava para atacá-la e disparou para a esquerda.

Escondeu-se atrás de uma pequena árvore que havia no estacionamento. Wanda a procuraria entre os carros e isso lhe daria tempo. Mas sabia que não demoraria muito até ela encontrá-la. Rubi precisava pensar e pensar rapidamente. Um plano. Ela precisava de um plano para que todas conseguissem fugir.

Envergonhava-a pensar em fugir, mas Rubi não conseguia ver outra solução. Se ficassem, perderiam. E a perspectiva do que as esperava caso perdessem não era nada animadora.

Um plano.

Oh...

– Droga. – Fechou os olhos e apoiou a cabeça na porta.

Se não conseguisse... Não. Não era hora para ser negativa.

Suspirou dando-se por vencida. Não tinha muito mais tempo para pensar em algo com menos probabilidades de dar errado.

Ouviu passos se aproximando e sabia que era a Feiticeira. Preparou-se.

Apoiou ambas as mãos no chão e fechou os olhos.

Uma distração... Preciso de uma distração.

Apertou os olhos com mais força à medida que se concentrava o máximo que conseguia. Logo, todos os carros que estavam ao seu redor no estacionamento começaram a levitar. Estagnou-os a uma altura que julgou ser suficiente para seu plano e abriu os olhos novamente.

Agora vinha a parte difícil.

Levantou voo outra vez e disparou por entre os carros. Sabia que Wanda a veria, mas sua ideia era que conseguisse usar os carros como uma forma de defesa caso ela a atacasse. E não demorou muito para que se desviasse por muito pouco do primeiro ataque de Wanda. O poder da Feiticeira atingiu um dos carros bem no instante em que Rubi mergulhou em direção ao chão para em seguida subir outra vez e voltar a voar em direção à suas amigas

Não queria revidar. Só queria sair dali o mais rápido possível antes que uma delas acabasse seriamente ferida.

Porém, sua ideia de não revidar encontrou um obstáculo quando sentiu Wanda tentar anular seu poder sobre os carros e fazer com que dois deles bloqueassem seu caminho. Precisou concentrar-se um pouco mais para não perder o controle sobre esses dois carros e em seguida atacou-a, fazendo com que um carro próximo a ela despencasse. Longe o bastante para não machucá-la, mas perto o suficiente para fazê-la desistir dessa ideia.

No instante em que conseguiu sair do estacionamento, virou-se e baixou todos os carros que ergueu. Não queria causar danos à propriedade alheia. Mas, reconhecendo que ainda não havia se livrado totalmente da Feiticeira, jogou-a contra a árvore em que há minutos atrás havia se escondido e sem perder tempo para ter certeza de que ela não estava muito machucada, disparou em direção à suas amigas para darem o fora dali o mais rápido que conseguissem.

Enquanto se aproximava, à medida que voava, ia afastando os Vingadores apenas o suficiente para conseguir levitar suas amigas e também afastá-las deles. Cristal e Ônix imediatamente entenderam que o plano era fugir e também levantaram voo. As meninas se encontraram em um ponto acima do chão e olharam para os Vingadores que se posicionavam logo abaixo para um novo ataque.

– Sinto muito, meninas. – Ouviram Furry gritar de um ponto mais atrás dos Vingadores. – Mas vocês não vão fugir.

E Rubi percebeu o erro que cometeu.

Estava tão ocupada começando a se preocupar com a equipe abaixo de si, com a quantidade, que não percebeu a Feiticeira Escarlate atacando sozinha. Devia ter checado se Wanda havia ficado ou não inconsciente... Mas, aparentemente, a Feiticeira havia se recuperado rápido e só foi vê-la quando já era tarde demais. A energia vermelha já as tinha rodeado, e Rubi sentiu sua mente esvaziando-se.

– Sem mais resistência... Bom trabalho, Wanda. – Nick Furry falou parando ao lado da Feiticeira.

Os Vingadores relaxaram. Não havia motivo para se prepararem para atacar quando Wanda as tinha sob controle. Então, apenas observaram as seis meninas descerem e pousarem no chão às suas frentes. Wanda as conduziria até o Q.G da S.H.I.L.D. e pronto. O trabalho seria concluído. Sem mais resistência.

(...)

Isso não está certo.

Isso não está certo, Lily.

Acorde. Acorde!

Não a deixe controlá-la.

Ninguém pode controlá-la, Lily. Ninguém pode controlar um coração.

Acorde.

Reaja!

Não permita que alguém tente controlar os corações. Não permita, Lily.

Por favor, reaja!

A voz... Era aquela voz.

A voz daquela mulher.

Rubi podia ouvi-la. No fundo da sua mente... Primeiro estava fraca, mas então foi se tornando mais forte. Crescendo. Ela podia sentir... A voz soava preocupada e ao mesmo tempo irritada.

Rubi piscou. Olhou ao redor e tentou processar o que estava acontecendo. Viu choque estampado na expressão da Feiticeira Escarlate. Olhou para Furry e viu surpresa. Estavam todos surpresos. Ela havia se livrado do controle mental. Como?

Mas de repente, Rubi sabia o que precisava fazer.

Fitou suas amigas. Todas continuavam sob o controle mental de Wanda, mas não por muito tempo.

Rubi a viu tentar recolocá-la sob seu poder, mas isso não a preocupou. Sorriu levemente consigo mesma por saber que seria perda de tempo. Quando a energia vermelha se aproximou outra vez, Rubi apenas levantou a mão na vertical e a observou rodeá-la. Concentrou-a na palma de sua mão e quando o poder da Feiticeira estava todo na ponta dos seus dedos, Rubi fechou a mão. A energia vermelha desaparecera.

Como isso é possível? – Ouviu Barton perguntar lá embaixo para o Capitão.

Surpresa com o que havia acabado de fazer sem saber ao certo o que exatamente fez e como fez, Lily esticou o braço direito na direção de suas amigas. Observou a energia que as rodeava ser atraída para ela e então repetiu o mesmo processo. Fechou a mão e não havia mais sinal do poder de Wanda.

Suas amigas piscaram, recobrando a consciência. Olharam ao redor confusas e quando seus olhos encontraram os de Rubi, uma dor imensa as atingiu.

– AAAAH!!!!

Rubi gritou e dobrou-se, caindo de joelhos no chão.

Ouviu suas amigas também gritarem. Ela não conseguia abrir os olhos, tamanha era a dor que estava sentido. Queria saber qual dos Vingadores as estava atacando, mas não conseguia. Também não conseguia se lembrar de um deles ter essa habilidade seja ela qual fosse. Rubi apenas conseguia gritar. Sua cabeça estava queimando. O que estava acontecendo?

– Eu não estou fazendo nada. –Conseguiu reconhecer a voz de Wanda, o sotaque presente mesmo depois de tantos anos.

– Capitão? – A voz de Natasha. – O que est...

De repente, Rubi não conseguiu se concentrar em mais nenhuma voz. Caiu de costas no asfalto. Não conseguia mais gritar. O que estava acontecendo com ela e as outras? O que era aquela sensação?

Acalme-se, Lily.

A voz.

Você precisa recuperar o controle. É a única forma de fazê-los parar.

Recupere o controle.

Então ouviu o som de algo se aproximando acima de si. Tentou abrir os olhos para ver o que acontecia, mas não conseguiu. Sentiu o impacto de algo no chão bem a sua frente e em seguida conseguiu reconhecer a voz de seu pai.

– PAREM! É a minha filha!


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM!!!!
Eu TINHA que parar nessa parte.... Estou quase acabando o próximo capitulo que por acaso está meio grandinho para compensar esse porque né.. Kkkkkk
Espero que tenham gostado.
E não sei se vocês repararam, mas nesse capítulo eu comecei a revelar pedaços do que aconteceu com as meninas...
E acho que é isso.
Comentem porque deixa essa autora muito feliz e mais inspirada à escrever ;D
XOXO