Pedras Preciosas escrita por Melanie


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bom, não vou pedir desculpas e inventar alguma outra para não ter postado... Peço desculpas pela demora, é claro, mas a verdade? Eu simplesmente perdi a vontade de escrever. Nada do que eu escrevia ficava bom e eu achava que era tudo tão sem criatividade que não queria postar. Mas depois de tanto tempo e pedidos incentivadores, eu sentei em frente ao meu computador, tirei a fic do baú e resolvi me arriscar a escrever outra vez. Curiosamente achei que esse capítulo ficou mais aceitável do que os outros que vinha tentando escrever nos meses passados e tomei coragem para postar. Não sei quantos leitores ainda tenham, mas para os que ainda estiverem acompanhando e para os novos, espero que gostem:



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No mesmo instante Tory pediu licença e se levantou para ir até a porta. A mente de Lily dava várias e várias voltas. Para Charlie ter se dado ao trabalho de ir até o apartamento de Vick era porque nada de bom iria sair disso. Ela sabia, ela sabia que não iria demorar nadinha para Charlie juntar um mais um, e agora era a hora de aguentar as consequências.

Pedindo licença, Lily também se levantou e caminhou até a porta. Naquele momento ela já tinha formulado diversas desculpas, mas não sabia se qualquer uma delas iria funcionar. Ao se aproximar viu Charlie parada de costas para ela, estava conversando aos sussurros com Vick e Tory e quando as duas desviaram os olhos para Lily, Charlie também se virou.

– Você enlouqueceu? – Charlie perguntou assim que Lily chegou mais perto.

– Do que você está falando? – Perguntou. Por via das dúvidas era só fingir que não sabe do que se trata. Lily se cansou de ouvir Alex dizendo isso.

– Não finja que não sabe, não vai funcionar mais, aliás, não vai funcionar com nenhuma de vocês. Eu sei muito bem que eram vocês ontem à noite.

– Você pode falar mais baixo, tia? – Tory perguntou.

Lily a olhou. Não era isso que ela tinha em mente, mas agora já era tarde. Não tinha mais como Charlie duvidar depois do que Tory falou. Charlie piscou e então suspirou.

– Meninas... O que foi que vocês fizeram?

– Será que podemos conversar em outro lugar que não seja no meio da minha sala? – Vick perguntou.

– Seu quarto. Eu vou chamar as outras, vão indo na frente. – Tory falou e saiu para a cozinha sem dar tempo para que Vick respondesse.

– Claro. Por que não? – Vick murmurou enquanto ia para as escadas.

Vick foi na frente e Charlie a seguiu. Lily foi atrás enquanto pensava... Ela ainda não sabia se podia confiar em Charlie, quer dizer, e se Charlie contasse a alguém? O diretor ainda as queria mortas e se Charlie resolvesse entregá-las?

– Qual de vocês quer começar a falar? – Charlie perguntou depois que Tory entrou no quarto com as outras.

– O que você quer que a gente diga? Você já sabe que éramos nós. – Sam falou sentando-se na cama.

– Eu pedi para que vocês me avisassem caso algo estranho acontecesse e até onde eu sei, voar, disparar raios, manipular a água, o fogo e não sei mais o que se encaixa perfeitamente nessa categoria! – Charlie exclamou ficando cada vez mais irritada.

– Você quer se acalmar, Charlie? – Jade perguntou.

– Me acalmar? Meninas, eu não acho que vocês entendam a profundidade do problema.

– Nós estávamos lá, Charlie. Nós ouvimos quando o diretor da TUR falou que iria nos matar. – Vick falou.

– Assim como também vimos você conversando com o agente Coulson. – Bella completou.

– E nós realmente sentimos muito se não conseguimos confiar 100% em você. – Lily falou cruzando os braços e a encarando.

– Esperem aí, vocês acharam que eu iria entregar vocês ao Jacobs se viessem até mim? – Charlie perguntou e então arregalou levemente os olhos. – Vocês ainda acham que eu vou fazer isso. – Afirmou.

– Se você quer mesmo saber, é, nós achamos. Você vai fazer isso, tia? – Tory perguntou.

– Eu não acredito que vocês pensam tão baixo assim de mim.

Por um momento Lily quase se sentiu culpada, quase. Independente de qualquer ligação que tivessem com Charlie, ela poderia muito bem estar seguindo ordens. Ordens são ordens, não é? E se esse fosse o caso, ela e as meninas corriam ainda mais perigo agora.

– A questão, Charlie, é que você estava com a gente naquele dia e é a única que sabe o que realmente aconteceu. – Lily falou.

– Exatamente. Eu sou a única que sabe. Ninguém mais sabe e no que depender de mim ninguém vai saber, mas vocês não podiam ter aparecido no meio da rua daquele jeito. Agora Jacobs sabe que alguma coisa resultou daquele acidente e não vai descansar enquanto não souber quem são vocês.

– Você viu o que podemos fazer, Charlie. Esses poderes... Nós podemos ajudar as pessoas. – Disse Bella.

– O risco não vale a pena. Vocês vão ser procuradas tanto por Jacobs quanto pela S.H.I.L.D e eu não faço ideia do que o primeiro que as pegar irá fazer.

– A S.H.I.L.D não é mais a mesma que foi a 20 anos atrás. O nome pode ter permanecido igual, mas todo o resto mudou. – Vick falou.

Lily se lembrava das histórias que seu pai contava sobre o fim da S.H.I.L.D e então da reconstrução pouco a pouco do que havia restado. Os agentes de maior confiança tinham permanecido mesmo depois de quase 20 anos. Eram leais. O agente Coulson se encaixava perfeitamente nesse grupo, assim como a agente Hill.

– E vocês acham que Jacobs já não entrou em contato com eles? Não acham que nesse momento Fury já não deve saber que eram de vocês que Jacobs estava falando? Não acham que eles podem estar trabalhando juntos?

Então Lily gelou. Ela não pensou nessa hipótese e isso tinha sido muita ingenuidade da sua parte. É claro que se o objetivo era matá-las, o diretor da TUR, Jacobs, já devia ter falado sabe-se Deus com mais quem. Ela fora idiota. Sua brilhante ideia de ajudar as pessoas só serviu para diminuir o tempo de caça. Não demoraria nada para que percebessem o parentesco entre Tory e Charlie, e depois que fizessem isso seria muito mais fácil ligar todas elas. Era só uma questão de tempo.

– O que você sugere que façamos? – Lily se odiava por estar desistindo assim tão facilmente. Charlie suspirou.

– Eu não sei. Sinceramente não sei. – Charlie sentou-se na cama. – Agora não adianta desaparecer. O mundo todo já as viu ontem à noite. Sumir não vai fazer com que parem de procurar, não agora que eles têm certeza de que...

– Tivemos nosso DNA alterado? – Vick perguntou.

– Sim. – Charlie ficou em silêncio. E Lily também.

Não era isso o que ela queria, definitivamente não. O que ela tinha na cabeça quando achou que poderia salvar pessoas? Ajudá-las? Sentia-se tão ingênua naquele momento.

– O que a gente vai fazer, tia? – Tory refez a pergunta antes feita por Lily quebrando aqueles segundos de silêncio. Charlie pareceu pensar, o que fez com que Lily se lembrasse de algo que poderia vir a ser problemático.

– Charlie? – A chamou. – E quanto as câmeras de segurança da TUR? – Eles poderiam reconhecê-las. Como não pensou nisso antes? Na verdade, eles já deveriam tê-las reconhecido.

– Não, não se preocupe com isso, Lily. Eu já cuidei disso. – Respondeu sem dar grande importância à pergunta. As meninas se entre olharam.

– O que você fez? – Jade perguntou. Charlie levantou a cabeça.

– Alterei as imagens. Todas as imagens daquele dia sumiram. Coloquei uma antiga gravação, assim não vão saber que estávamos lá. – Lily suspirou aliviada.

– Menos um problema. – Sam murmurou.

– Mas e agora? – Jade pressionou.

– Tudo bem... – Charlie murmurou para si mesma ao se levantar. – Vocês vão fazer o seguinte, nada de usarem esses poderes de novo a menos que seja estritamente necessário.

– O que no caso seria... – Sam começou a falar, mas Charlie a interrompeu.

– E apenas quando estiverem com aquelas máscaras. – Completou.

– Mas não seria melhor nunca mais colocarmos aquelas roupas? – Bella perguntou confusa.

– Como eu tinha dito, todo mundo já viu vocês. Sumir não vai adiantar de nada, mas se as pessoas gostarem de vocês...

– Eles não vão poder nos matar. – Tory completou.

– Eles ainda vão poder matar vocês, mas se fizerem isso vai virar um alvoroço. E isso é tudo o que Jacobs menos quer.

Charlie estava certa. Se elas continuassem com o que começaram noite passada, as chances de Jacobs matá-las diminuiriam muito. Ele não correria o risco de que sua tão amada companhia começasse a perder publicidade.

– Certo, então está decidido de que nós vamos continuar ajudando quando necessário. – Tory afirmou.

– E só quando necessário. – Charlie frisou.

~*~

– Não foi tão ruim quanto eu achei que seria. – Jade murmurou ao seu lado.

Pode até ser, mas eu ainda não confio na Charlie. – Sam respondeu.

– Bom, não temos muitas opções no momento. – Lily falou.

E não tinham. Ficou decidido que elas continuariam com a ideia inicial e Charlie faria o que estivesse ao seu alcance pare manter todos os holofotes longe delas pelo máximo de tempo que conseguisse, mas isso não foi o bastante para Lily esquecer a sensação horrível que se instalou na boca de seu estômago, como se algo muito ruim estivesse para acontecer.

– Quer que a gente entre? – Jade perguntou apontando com a cabeça para a torre. Lily ficou tentada a dizer que sim, mas não queria envolver Jade e Sam em uma discussão de família.

– Não. – Lily negou com a cabeça. – Podem ir. Vejo vocês amanhã. – Despediu-se e entrou.

Se ela estava preocupada? Sem sombra de dúvida.

Eram pouco mais de 11hrs e ela sabia que àquela hora seus pais já deviam estar na torre. Não sabia onde seus irmãos tinham passado a noite, mas também sabia que eles já estavam aqui e que naquele momento deviam estar escutando um belo/desnecessário discurso sobre responsabilidade de Pepper Stark, afinal, não era como se eles fossem ouvir algo e muito menos que fosse fazer alguma diferença.

Recostou-se contra a parede do elevador e fechou os olhos. Jai falaria com ela. Tinha certeza disso. Precisava estar totalmente calma, caso contrário acabaria se entregando e não podia se dar ao luxo de que mais ninguém descobrisse o que ela e as outras eram capazes de fazer. Muito menos seu irmão. Precisava fazer-se de desentendida e talvez até mesmo de ofendida. Não seria difícil fingir. Eram anos de prática.

As portas do elevador se abriram e o som da voz alterada de sua mãe alcançou seus ouvidos. É, ela estava certa. Pepper Stark estava furiosíssima. Por um momento quase sentiu pena de seus irmãos ao imaginar quanto tempo estavam-na ouvido, mas então se lembrou de que logo juntaria-se a eles e esse curto momento de empatia desapareceu.

Contornou alguns dos destroços da noite passada para poder chegar até sala. Imaginava o quanto seu pai deveria estar animado em precisar reconstruir a torre, outra vez, e tentou não sorrir. ”Mais operários suados...” Parou de andar ao ver todas as cabeças se virarem para ela quando entrou na sala. Seus irmãos estavam sentados no sofá, sua mãe estava parada em frente a eles com as mãos na cintura e seu pai estava sentado no bar com um copo de Whisky na mão. Até aí nada de surpreendente.

– Finalmente! – Sua mãe exclamou. E pelo tom de voz, Lily percebeu que não era exatamente uma exclamação feliz. – Agora que Lia resolveu se juntar a nós talvez ela possa me explicar por que não fez nada sobre essa festa.

Lily piscou atônita. Ela mal tinha acabado de chegar e sua mãe já estava lhe culpando pela festa que seus irmãos deram? Era isso mesmo? Não, ela deveria estar surda porque não era possível...

– O quê? – Conseguiu sussurrar, mas foi o suficiente para sua mãe ouvir e vira-se completamente para ela.

– Por que não nos ligou e avisou sobre essa festa, Elizabeth? Você sabe o quanto eu odeio que escondam as coisas de mim nessa casa e uma festa, dada quando eu e seu pai não estamos aqui e sequer cientes, é algo que eu odeio ainda mais. – Sim, sua mãe estava mesmo lhe culpando e aquilo era tão... Ela não tinha palavras para descrever. Porém, tinha que admitir que no fundo não estava tão surpresa assim com essa atitude. – Eu esperava que você fosse mais responsável.

E foi isso. Como um soco no estômago que a fez dar um passo para traz instintivamente. A decepção na voz de sua mãe estava tão clara que ela quase podia sentir o gosto no ar. Ela estava sendo culpada por uma festa da qual até tentou fugir. Mas seus pais sabiam disso? Não. Sequer desconfiavam de seus motivos. Parecia que ela estava sendo culpada pelo ataque a torre, e pela maneira como sua mãe a olhava, não duvidava que estivesse mesmo.

Naquele momento sentiu vontade de gritar. Responsabilidade? Ela era muito responsável e com certeza não era graças a seus pais. Seus pais que constantemente se esqueciam dela. Não, ela obviamente não os usou de exemplo e queria tanto fugir de toda essa hipocrisia. Estava quase perdendo o controle. Podia sentir.

– Mãe... – Desviou seu olhar para Jai que agora tinha se desencostado do sofá. – Nós pedimos para ela não falar nada. Lia não foi a favor dessa festa, mas nós a convencemos a não contar nada para vocês. – Terminou e olhou para Alex que concordou com a cabeça.

Lily olhou para seu irmão e ao invés de se sentir grata, sentiu-se irritada. Ela ainda não estava no fundo do poço para precisar que qualquer um dos dois a ajudasse e muito menos para aceitar essa ajuda. Pelo amor de Deus, esse momento era tão surreal. Era quase como se eles estivessem pedindo para que toda a ira de Pepper voltasse para eles novamente e quisessem arcar com as consequências. O que era ridículo porque James e Alex Stark nunca arcam com as consequências. E agora estava perdendo a paciência com os dois também.

– Não tente defender sua irmã, James. E você também, Alex. Ela precisa saber que errou. – Sua mãe voltou-se para os dois rapidamente.

Defender? Lily precisou fincar as unhas na palma da mão para não fazer nenhuma besteira. Em que universo paralelo sua mãe vivia para achar que os dois a defendiam? Ela poderia começar a rir ali mesmo. Tinha a leve desconfiança de que essa atitude altruísta vinda dos dois teria um preço e já desconfiava do que fosse, mas se James achava que a “defender” da mãe deles iria fazer com que ela quisesse conversar mais de dois minutos com ele como vinham fazendo desde Setembro, então ele estava muito enganado. “Chega. Não vou mais ficar aqui ouvindo isso.”

– Mamãe tem razão, Jai. – Forçou-se a dizer e podia sentir seu estômago se revirando a cada palavra que saía de sua boca. – Eu errei. – Admitiu a contra gosto. – E não irá acontecer novamente. – Prometeu.

Porque ela era a filha perfeita. A filha que não precisa de atenção constante, ou melhor, de nenhuma atenção porque nunca faz nada de errado. Que nunca faz nada digno de atenção. A filha que não causa problemas. A filha invisível. Ela odiava ser essa filha, mas era tarde demais para tentar mudar, então, para poder ir para o seu quarto e continuar fingindo que não se importava em ser essa filha, ela agiria como tal.

– Vocês estão de castigo. – Sua mãe falou depois de alguns segundos de surpresa pelo o que Lily disse. – Os três. Por um mês. – Lily sentiu seus olhos se arregalando.

– O quê? – Perguntou sem conseguir evitar. Ela não merecia ficar de castigo. Não podia ficar de castigo. Como iria treinar? – Os três? Isso não é justo, mãe. Eu admiti que errei em não contar para vocês, mas a ideia de fazer a festa não foi minha! – Sentia-se com dez anos outra vez. Quando ainda tentava mudar o julgamento já decidido de sua mãe. – Pai! – Virou-se para ele na esperança de que pela primeira vez ele tomasse partido ao seu lado e tentasse fazer sua mãe mudar de ideia. Pediu e implorou mentalmente para que ele a ajudasse, porém não se surpreendeu ao ver que isso não iria acontecer.

– Pepper, querida...

– Sem Pepper, querida ,Tony. – Sua mãe o interrompeu antes que ele terminasse de falar e sabia que seu pai não iria tentar fazer mais nada. Ele não iria correr o risco de começar uma briga por causa dela. Lily não era motivo suficiente para fazê-lo correr o risco de dormir no sofá. – Um mês. – Pepper voltou-se para eles outra vez. – Da escola para a casa durante um mês e nada de oficina para vocês dois. – Completou apontando para Alex e Jai.

Lily sentiu o resto de sua paciência se esgotar. Alex e James não ficariam sem ir à oficina e com certeza não ficariam sem sair de casa durante um mês, mas ela ficaria. E por quê? Porque eles sempre conseguem o que querem. A concepção de que seria obrigada a permanecer na torre e levar o castigo ao pé da letra enquanto os dois, no segundo dia, já teriam dobrado seu pai ou sua mãe, talvez os dois, a encheu de uma raiva de muitos anos conhecida. Mas que só agora com seus poderes corria o risco de acidentalmente deixar transparecer. Tentou respirar fundo e se lembrar de que precisava manter o controle.

– Entenderam? – Lily não viu outra opção senão concordar com a cabeça. – Quando penso que aquelas pessoas que estavam nessa festa que não deveria nem ter sido feita poderiam ter se machucado...

“Ah, sim... Porque temos culpa do nosso pai ser o Homem de Ferro e ter inimigos até em outro mundo.” Mas ela poderia dizer isso? Não. Suspirou derrotada. Tinha se sentindo tão bem salvando aquelas pessoas e quinze minutos em sua casa já a fazia querer dormir por dias.

Nem James, nem Alex e muito menos ela cometeram o erro de abrirem a boca. Os três sabiam que não era bom deixarem Pepper ainda mais irritada do que ela já estava. Enquanto subia, finalmente, para seu quarto, Lily virou-se a tempo de ver seu pai abraçar sua mãe e tentou ignorar aquele sentimento incômodo que sempre aparecia quando parava para pensar em um panorama geral da sua vida. Sua mãe nem ao menos lhe abraçou, aliviada por ver que ela não tinha se machucado...

Estava tão perdida em pensamento que não notou quando James parou de andar e por muito pouco não trombou nele, conseguiu desviar-se e ao reparar que ele iria falar algo se apressou para entrar em seu quarto. Não iria ter aquela conversa com ele. Não enquanto toda a sua paciência tinha sido esgotada com seus pais à três minutos atrás. Precisava de um banho e ouvir alguma música que a fizesse se lembrar porque não podia simplesmente fugir e ir para algum lugar sem tantas complicações e problemas como sua casa. E claro, precisava dormir.

~*~

Toc, toc, toc.

Toc, toc, toc.

Toc, toc, toc, toc, toc.

– Ai, já vai! – Lily exclamou irritada após tirar o travesseiro de cima da cabeça. Nem assim estava conseguindo ignorar a pessoa do outro lado da porta que não parava de bater. Sabia quem era e se pudesse continuar dormindo fingiria que não ouviu, mas sabia que não iria mais conseguir dormir.

Levantou-se da cama e tentou desembaraçar o cabelo. Tinha se esquecido de prender antes de se deitar. Caminhou a passos rápidos em direção à porta e a abriu da mesma forma que acordou. Irritada. Pronta para mandar James para o inferno que o parta, mas congelou. Porque não era apenas James que estava parado na sua frente. Alex estava ao seu lado.

– Precisamos conversar. – Alex falou quebrando o pequeno silêncio que ali se instalara.

Lily piscou tentando entender o que acontecia e não demorou muito para fazer isso. Olhou para James com irritação e mudou o peso de um pé para outro. Balançou a cabeça indignada.

Não acredito que envolveu o Alex nas suas insinuações sem sentido. – Falou. James pareceu considerá-la.

– Não me lembro de ter insinuado nada.

Lily percebeu o erro que cometeu um pouco tarde.

Era verdade. Em nenhum momento James insinuou que ela estava envolvida no acidente. Ele apenas desconfiava, mas mesmo assim nunca disse nada abertamente que comprovasse isso. Ela praticamente tinha acabado de se entregar. “Idiota”. Tentou não se mostrar arrependida do que disse.

– Mas já que você tocou nesse assunto... – Alex falou e então a empurrou para poder entrar. Lily assistiu surpresa demais para poder fazer alguma coisa, tanto Alex quanto Jai entrarem em seu quarto.

– O que vocês pensam que estão fazendo? – Conseguiu perguntar por fim. – Eu não disse que podiam entrar no meu quarto.

– Precisamos conversar. – Dessa vez foi Jai quem disse.

– Não, não precisamos. Não temos absolutamente nada para conversar. Saiam. Saiam agora do meu quarto. – Exigiu sem pensar.

Ela não sabia o que fazer. Estava começando a ficar nervosa. Seria posta contra a parede, tinha certeza disso e não conseguiria mentir. Não conseguiria porque tinha certeza de que nada do que dissesse os faria mudar de ideia. Alex e Jai tinham juntado as peças. Jai já estava desconfiado e após ontem a noite, após falar com Alex, tinha certeza agora. Tentou ignorar o fato de que nenhum dos dois nunca tinha entrado em seu quarto porque isso só tornava as coisas ainda mais estranhas e só servia para deixá-la ainda mais nervosa.

– Era você. – Alex falou a ignorando completamente. – Era você ontem à noite. – Afirmou sem o menor som de dúvida em sua voz.

– Eu não faço ideia do que você está falando. – Tentou, falhando miseravelmente em parecer convincente. Jai riu secamente.

– Você está nos insultando, Lia. Realmente achou que não fôssemos desconfiar? O agente Coulson vindo justamente aqui depois do acidente na TUR, seu comportamento estranho durante todo o mês passado e então seis garotas aparecendo do nada ontem a noite alguns minutos depois da Torre ser atacada, Torre na qual você e as outras cinco das suas amigas estavam. É muita coincidência, não acha? E nós três sabemos que coincidências não existem.

Lily não percebeu o momento em que prendeu a respiração, mas sabia que estava suando frio. Ah, aquilo não estava acontecendo. Onde estavam as outras para ajudá-la naquele momento? Como ela mentiria para os dois? Por mais que odiasse admitir, eles eram inteligentes. Não acreditariam em nada do que ela falasse. “O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço?”. Viu os dois se entre olharem enquanto ela continuava quieta pensando desesperadamente em uma saída.

– Quando Jai me contou ontem à noite que desconfiava que você pudesse estar envolvida no acidente eu não acreditei. Afinal, era radiação. Você teria no mínimo morrido. Mas então ele falou sobre tudo o que você estava fazendo de estranho, sobre como seu comportamento mudou e todo o resto pareceu se encaixar. Não sei como não comecei a desconfiar junto com ele. Talvez porque nunca parei para pensar que algo assim pudesse acontecer com você, mas... – Alex balançou a cabeça. – Não temos a menor dúvida agora. Era você.

Desconfiar sobre seu comportamento. Quase rolou os olhos ao ouvir isso. “Como se eles algum dia tivessem prestado atenção em mim para saber como eu me comporto...”. Olhou para Jai e então para Alex. Ambos continuavam parados, no meio do seu quarto, esperando que ela falasse algo. Não sairiam até que ouvissem a verdade, podia sentir isso. Era uma batalha perdida, sabia disso. Só esperava que as outras a perdoassem por revelar o segredo que não era apenas dela. Desviou os olhos para um canto qualquer a sua direita e esperou que eles entendessem que essa era a confirmação que tanto queriam.

– Como? – Jai perguntou depois de alguns segundos de silêncio. Mesmo sabendo da verdade, tanto ele quando Alex ficaram surpresos ao vê-la admitir.

– Como o quê? – Lily perguntou voltando a encará-los.

– Como é possível que vocês estivessem na TUR? Como conseguiram entrar? – Completou a pergunta.

Lily suspirou.

Caminhou até sua cama e se sentou. Não seria uma conversa curta e muito menos fácil a que teriam. Não estava acostumada a ser sincera com os dois e muito menos conversar. Teria que fazer ambos agora. Pegou seu travesseiro e o abraçou. Embora fosse inútil, isso a ajudava a se sentir segura.

– A tia da Tory. – Começou. – Charlotte. Ela trabalha na TUR. – Contou.

– Tá, mas isso não explica por que vocês estavam lá. – Alex falou aproximando-se e sentando-se na beirada da cama. James seguiu seu exemplo e sentou-se na outra.

– Naquele dia, Tory nos disse que a tia dela queria nos mostrar o lugar. Pensou que fôssemos achar interessante... – Deu de ombros. Não iria contar que Charlie queria mostrar o lugar para ela porque Lily amava essas coisas. Ainda queria que sua família acreditasse na imagem que tinham dela. – Nós concordamos e a encontramos lá. No meio da tarde Charlie disse que havia um problema e nos deixou por alguns minutos para tentar resolver. Nós vimos uma sala e alguma coisa brilhava lá dentro. Jade decidiu entrar e fomos atrás. As portas estavam abrindo e fechando então não tivemos problemas para entrar, mas quando fomos sair a porta estava trancada. Então a luz se intensificou e a próxima coisa que eu me lembro é de acordar em um quarto com os outras. – Terminou de contar a história resumidamente. Era apenas isso que lhes contaria e era apenas isso que eles precisavam saber.

– Eu não entendo. – Jai falou depois de algum tempo em que absorvia tudo o que ouvira. – Se vocês desmaiaram, como é que Charlie não ligou para os nossos pais para avisar o que tinha acontecido?

Lily não conseguiu evitar rir. Se eles soubessem que Charlie tinha ligado e deixado recado, mas seus pais nem se importaram em ouvir... Não, eles não precisavam saber. Ser quase invisível era um problema dela e com certeza não começaria a lamentar com os dois.

– E correr o risco de fazer a TUR perder publicidade com a notícia de que houve vítimas? – Falou a primeira coisa que veio em sua cabeça para disfarçar e não estava mentindo, pelo menos não totalmente.

– É, faz sentido... Mas ainda assim. Você deveria ter contado, Lia. Principalmente depois de perceber que tiveram seus DNAs alterados. O que me lembra... Que ideia foi essa que vocês tiveram? Ajudar os Vingadores? Vocês enlouqueceram? – Alex perguntou e Lily quase riu novamente da semelhança com o que Charlie havia lhes dito.

– Eu não sei se vocês notaram, mas... Podemos fazer algumas coisas bem legais. – Falou.

E então para mostrar sobre o que estava falando fechou os olhos. No próximo segundo pôde ouvir tanto Alex quando Jai ofegarem de surpresa ao sentirem-se sendo erguidos da cama. Lily havia pegado o jeito com esse truque de tanto ter tido que fazer Sam levitar nos treinamentos para que esta parasse de lhe encher. Sorriu por saber que os havia impressionado e abriu os olhos outra vez, colocando-os na cama de novo. Ambos a olhavam surpresos.

– Eu disse. – Sorriu levemente, mas logo parou ao notar a expressão de Jai. – O que foi?

– Pra você ter aprendido a fazer isso em um mês, você precisaria ter treinado. O que significa que era isso que você ia fazer sempre que saía apressada da escola com as outras. – Deduziu.

Lily surpreendeu-se ao notar que Jai realmente tinha prestado atenção nela mês passado. Se não, ele nunca teria reparado nos motivos que a fizeram sair apressada da escola. “Mas isso não muda nada.”

– É. – Concordou. – O que nesse momento é bom, já que vou passar o resto do mês sem poder fazer isso. – Desabafou inconscientemente. Jai e Alex se entre olharam outra vez.

– Sobre isso... – Jai começou.

– Nós sentimos muito. Não pensamos que mamãe fosse brigar com você também. – Alex completou.

Ok. Outro momento estranho. Desde quando eles se desculpavam com ela? Podia contar quantas vezes isso já tinha acontecido e a resposta era um belo zero. Mas, se parasse para pensar. A situação inteira era estranha porque nem conseguia se lembrar da última vez em que o três se sentaram em algum lugar para conversar. Provavelmente quando eram crianças.

– Sem problemas. – Conseguiu dizer. – Não posso dizer que estou surpresa. – Mas não conseguiu evitar que o ressentimento aparecesse em sua voz. Foi mais forte do que ela.

– O que quer dizer com isso? – Alex perguntou estranhando o que ela falou. Lily riu sem humor e balançou a cabeça.

– Nada, esquece. – Ela ainda não estava no fundo do poço para querer conversar sobre isso com eles.

– Não, o que você quis dizer? – Jai perguntou novamente e... droga. Ela podia vê-lo juntando as peças desse problema também.

– Eu não quis dizer nada, só comentei que não fiquei surpresa com a reação dela. – Tentou concertar o outro erro que cometeu falando demais. Porém antes que pudesse refreia sua boca, já estava continuando. – Afinal, ela sempre arranja desculpas para as coisas que vocês fazem de errado. Ela e o papai, não é? – Naquele exato momento? Lily estava se chutando mentalmente.

– Do que você está falando? – Jai perguntou depois que entendeu onde sua irmã queria chegar e não gostou nada disso. – Nossos pais nunca arranjaram desculpas pra gente.

– Não mais do que pra você. – Alex completou.

Foi como se ela tivesse levado um tapa que a fez acordar para o que estava acontecendo. Por um minuto quase havia se esquecido como as coisas realmente eram. Como o mundo funcionava. E no mundo em que ela vivia, seus irmãos nunca perceberam como eram tratados completamente diferentes e muito melhores do que ela. Lily não queria, mas podia começar a sentir a raiva se remexendo dentro dela.

– Nunca? – Sussurrou. – Será que vocês já se esqueceram todas as vezes em que saíram dos castigos que recebiam muito mais cedo porque “não foi tão ruim assim”? – Fez aspas com as mãos se referindo a qualquer coisa que tivessem feito, mas que no fim seus pais diziam que não era tão ruim. – Ou todas as vezes que a palavra castigo era apenas no sentido figurado, porque vocês agiam como se não estivessem de castigo? Vocês realmente se esqueceram de tudo isso? Porque eu não me esqueci e posso afirmar com todas as letras possíveis de que vai acontecer a mesma coisa nesse castigo e eu vou ser a única que vai segui-lo ao pé da letra porque sou a única que não vai receber desculpa alguma para o meu erro imperdoável de não ter pego o maldito telefone e ligado para avisá-los!

Ela não percebeu que foi aumentando sua voz à medida que falava. Não percebeu que definitivamente tinha falado demais. Só foi perceber a besteira que fez ao parar para recuperar o fôlego e ver que ambos a olhavam mudos. Lily tinha conseguido deixá-los sem palavras e isso não era bom. Vários anos em silêncio a fizeram perder a cabeça em questão de segundos e agora eles sabiam, e se não sabiam iriam descobrir muito em breve, como ela se sentia. Fechou os olhos com força.

– Droga... – Murmurou. – Me desculpem, eu não... – “Não quero me desculpar pelos motivos errados”. Mas ela não podia se desculpar pelos certos. – Esqueçam o que eu disse. Tudo o que está acontecendo no último mês acabou me deixando mais estressada do que o normal e eu não estou pensando direito no que falo. Sinto muito, eu... Eu preciso sair. – Falou de repente. Fugir de situações ruins tinha se tornado sua especialidade aparentemente . – Preciso avisar as meninas de que vocês sabem a verdade. – A primeira coisa que lhe veio na cabeça. – Só... – Pegou sua bolsa que por sorte tinha deixado por perto e se levantou da cama em um pulo. – Não contem a ninguém o que sabem. Por favor. – Pediu sinceramente e correu para fora do seu quarto.

Não parou até que sentiu o vento bater em seu rosto. Foi só então que se permitiu respirar. Como pôde ter feito isso? Será que eles iriam contar a verdade para seus pais? Sobre o acidente e sobre... como ela se sentia? Tinha praticamente gritado que sofria naquela casa. E se eles contassem? Não, eles não podiam fazer isso. Não podiam.

Lily nunca se sentiu tão perdida. Ela não fazia ideia de para onde iria. Não podia ir atrás das meninas agora porque tinha medo de todas brigarem com ela por ter contado a verdade sem as comunicar e não podia voltar para sua casa agora porque não conseguiria encarar seus irmãos tão cedo. Ainda tinha o fato que só agora se lembrava de que estava de castigo e não podia sair. “Ótimo. Mais uma briga quando eu voltar”.

Mas já que já tinha feito tudo o que não podia fazer, porque não continuar? Sua mãe já brigaria com ela por ter desrespeitado o castigo de qualquer jeito, então porque não andar um pouco por Nova York sem rumo? Sim. Ela precisava pôr todos os seus pensamentos no lugar e, principalmente, precisava pensar no que faria de agora em diante quando estivesse em casa.

~*~

– Não, elas não são de Asgard e nem de nenhum outro mundo que eu conheça. – Thor afirmou convicto de suas palavras.

– Tem certeza? – Nick Fury perguntou.

– Absoluta.

– Bom, então isso nos traz de volta para a Terra. – Capitão Rogers falou. – Aquelas garotas só podem ser daqui.

– O que significa que são crianças. – Disse Natasha. – Crianças que não fazem ideia de onde estão se metendo brincando de super heróis.

– Olha, eu não sei não. – Tony falou virando-se em sua cadeira. – Pelo o que eu soube, aquelas garotas acabaram com o Cara de Ferro como se isso sim fosse brincadeira de criança.

– Me pergunto como foi que elas conseguiram todos aqueles poderes. – Agente Barton comentou.

– Acho que não fazem ideia do que são capazes. – Natasha falou. – O que significa que podem vir a se tornar o problema algum dia se não as determos.

– Quer matar seis garotas? – Tony perguntou incrédulo. Era crueldade até para a agente Romanoff.

– Ninguém vai matar seis garotas. – Steve se pronunciou querendo colocar um fim nessa ideia.

– Eu não disse matar. – Natasha se defendeu. – Mas precisamos detê-las antes que elas acabem se machucando. Porque está na cara que é isso que irá acontecer. Estou propondo que as ajudemos.

– E como poderíamos ajudá-las? – Clint perguntou.

– Treinamento. – Fury falou. – Podemos oferecer treinamento. Se essas garotas são daqui significa que conseguiram esses poderes de alguma maneira e isso por sua vez quer dizer que realmente não fazem ideia do que são capazes. Podemos ajudá-las a descobrir de uma maneira segura. De uma maneira na qual elas não corram o risco de se machucarem e nem de machucarem algum civil. E então, se no fim elas decidirem que querem continuar com a ideia de ajudarem as pessoas...

– Podemos oferecer um lugar no time? – Stark perguntou sarcástico. Nunca pensou que um dia iria ouvir a possibilidade de ter que trabalhar com seis garotas que poderiam ter a idade da sua filha.

– Podemos oferecer uma alternativa na qual elas possam fazer isso e se isso significar um lugar entre os Vingadores, então que seja.

– Eu gosto dessa ideia. – Steve falou. – Nós vimos e tivemos uma ideia do que elas são capazes. Tê-las trabalhando do nosso lado com certeza será vantajoso.

– Eu não sei o que elas conseguem fazer, mas se as descrições que me deram forem fiéis então eu também apoio essa ideia. – Thor, que havia se mantido quieto, disse.

Natasha e Clint se entre olharam e concordaram com um aceno de cabeça. Era uma boa ideia.

– Mas para podermos ajudá-las precisamos saber onde estão. E não fazemos ideia disso, não fazemos ideia nem de quem são. – Natasha falou o óbvio e todos olharam para Fury.

– Talvez nisso eu possa ajudá-los.

Todos se viraram na mesma hora em direção à voz cujo dono entrava acompanhado pela agente Hill. A voz era de um homem que havia se tornado bastante conhecido no último mês pela quantidade de vezes que apareceu em frente às câmaras para dar depoimentos e manter todos informados. Esse homem? Ninguém menos do que o diretor da TUR, Jacobs.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Deixa eu ver... Tinha uma lista de coisas para escrever, mas é provável que eu já tenha me esquecido de metade. Mas vamos lá...
Hm, primeiro: Não sei se alguém aí se lembra do Dylan. Sabem, aquele cara que apareceu alguns capítulos atrás? Não me lembro bem em qual... E agora alguns devem estar pensando que tipo de autora eu sou que não se lembra da própria história que escreveu. Vocês conhecem aquele macaquinho do whatsapp que coloca as mãos no olhos envergonhado, né? Bem, imaginem ele nesse momento aqui, tá legal? Kkkkk De qualquer maneira, focando no Dylan outra vez, eu pensei melhor e vou deixar para explicar o que aconteceu naquela festa do começo do verão em outro momento. Quero me concentrar mais na relação da Lily com a família e nas coisas que ela vai enfrentar se quiser continuar sendo a Rubi.
Segundo: Sejam sinceros, vocês acham interessante escrever sobre um momento irmãos? Eu confesso que acho mega fofo esses momentos desde que me tornei obcecada por Supernatural e as conversar que Sam e Dean sempre tem no final de cada episódio. Mas se a maioria não for muito afim vou apenas escrever o básico.
Terceiro: Não sei se ficou claro e por causa disso queria saber o que vocês acham que vai acontecer agora que Jacobs vai trabalhar com a S.H.I.L.D. Não sei se expliquei direito... Lembram que ele as quer mortas, mas agora Fury quer ajudá-las? Tan, tan, tan, taaaan kkkkk
Acho que é só isso... Sobre o próximo capítulo, não vou prometer quando vou postar porque nunca se sabe quando posso perder a criatividade outra vez, só prometo que vou postar assim que der.
Comentem!!! Faz um bem nadado pra essa autora aqui... Até o próximo!
XOXO