Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 3
Primeira Aula.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3 LEIAM AS NOTAS FINAIS, please.



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O vento fazia com que o cabelo dela ficasse em sua cara e ela tropeçava pelo caminho até a porta do castelo, quando percebi que ela não andava direito porque não conseguia enxergar, corri até o seu lado, e a ajudei a andar.

– Obrigada. – ela falou quando entramos pela porta, segurou o cabelo volumoso com as mãos, enrolou e colocou ao lado direito do pescoço.

– Que nada. – apesar de todo o ódio que ela supria por mim, eu devia mais a ela do que a qualquer amigo que eu já tive. – Então, onde vamos estudar? – estava curioso.

– Conversei com McGonagall, e ela liberou a torre de astronomia para estudarmos. – ela mordeu o lábio, e franziu o cenho.

– Certo. – começamos a caminhar em silêncio até as escadas, um silêncio para lá de constrangedor, estar perto dela era estranho, não era como antes, não era natural. – Hum, qual sua cor favorita? – e a idiotisse ataca mais uma vez, eu queria puxar assunto com a garota, talvez fosse melhor perguntar sobre o tempo.

– Vermelho, por quê? – ela me encarou.

– Só para saber, para não ficar no silêncio. – ela assentiu.

– Quais os feitiços que você sabe fazer? – eu bufei. – O que foi?

– Eu sei feitiços o suficiente para não dar para citar todos. – Rose simplemente manteve-se na dela, então, eu respirei fundo. – Alohomora, Bombarda, Lumus, Nox, Aquamenti, Riddikulus, Reparo, Reducto... – ela então me interrompeu.

– Wingardium Leviosa? – eu quase gargalhei quando notei que ela me olhava com interesse.

– Também. – ela mordeu o lábio.

– Bem, temos um começo promissor. – ao falar isso, percebi que já estávamos subindo os últimos degraus para da torre de astronomia, e eu nem sequer me senti cansado. Adentramos o local e ela olhou para o céu, ainda era claro.

– Vamos começar? – estava começando a ficar inquieto.

– O que você mais gosta de fazer? – sua voz era calma.

– Voar. – a resposta veio em tempo recorde.

– Se você cair de uma vassoura e quebrar o dedo indicador, o que você faz? – certo, isso estava tomando um rumo estranho.

– Sei lá, vou na enfermaria. – ela finalmente me encarou, sua cara era de espanto.

– Você vai na enfermaria por causa de um dedo quebrado? – eu assenti, ela deu um tapa na própria cabeça. – Olha, quando isso acontecer, você vai pegar a sua varinha, apontar para o local que está quebrado e dizer Episkey. – eu arregalei os olhos.

– Espi o que? – percebi que ela segurou uma risada, e suas bochechas ficaram levemente avermelhadas, combinando com os cabelos.

– E. Pis. Key. – falou pausadamente e então, eu entendi. Ela abaixou-se e pegou algo em uma caixinha, o que me deixou espantando, não havia visto aquela caixinha até então. – Isso é um osso quebrado. – meus olhos se arregalaram, COMO ELA CONSEGUIU ISSO? E como se ela lê-se a minha mente, ela respondeu: - Hagrid me pediu para consertar alguns ossos. – também não me disse mais nada, apenas deu de ombros.

– Certo, você quer que eu conserte, não é? – ela colocou no chão três ossos quebrados.

– Isso mesmo, quero ver como se sai. – ela colocou alguns fios rebeldes atrás da orelha. Apontei para o primeiro osso, e pronunciei:

– Espikey. – ouvi um clap, e percebi que Rose batera a mão na própria cabeça.

– Episkey, não espikey. – eu ri, o osso permanecia a mesma coisa, apontei novamente a varinha para o osso.

– Episkey. - o osso concertou-se, não foi algo muito bom, mas, dava para o gasto. Olhei para Rose e ela possuía as sobrancelhas levantadas, apontei para o próximo osso, e me concentrei um pouco mais. – Episkey. – dessa vez havia sido um pouco melhor, apontei a varinha para o ultimo osso, e repeti – Episkey. – ai sim funcionou, estava realmente bom dessa vez, Rose caminhou até os ossos e os examinou.

– Muito bom Scorpius. – sua voz era fria, mas era bom ouvir um elogio, ela colocou os ossos no local. – Agora, vamos começar a aula. – arregalei os olhos, achei que aquilo já era a aula.

– Certo. – ela sentou-se no chão e convidou-me para sentar-me ao seu lado.

– O livro que pedi para você ler, você leu? – senti meus olhos brilharem.

– Comecei, ainda não terminei, mas, ele é muito bom. – ela parecia surpresa.

– Eu também, é meu livro favorito, na verdade. – eu já sabia disso, esse era o livro favorito dela desde sempre. Então, ela começou a falar sobre hogwarts, uma história, ou melhor, começamos a conversar sobre o livro, até que ela olhou para o céu novamente. – Já vai escurecer. – ela respirou fundo, nos empolgamos tanto com a conversa que acabamos esquecendo da aula.

– Acho que vamos ter que deixar a aula para amanhã... – encarei seu rosto, e ele tinha um tom de brincadeira.

– Scorpius, acabamos de conversar sobre a história de hogwarts, que é repleta de magia, estávamos estudando. – uou, isso era o que ela chamava de estudar? Nossa, isso era muito simples, e divertido.

– Faz sentido. – eu disse por fim, foi então que eu olhei para o céu, e percebi que o sol começava a ser pôr. Levantei-me de súbito e puxei a Rose comigo, que possuía uma expressão muito confusa. – Vem, isso é uma das coisas mais lindas que eu já vi. – e então eu coloquei minhas mãos em sua cintura, e virei-a em direção ao sol.

– Oh, meu merlim. – senti que ela prendia a respiração. – isso é lindo. – ela estava paralisada em minha frente, seus cabelos ruivos voavam novamente.

– Eu sei. – foi então que eu senti uma coisa molhada em minha mão que ainda estava em sua cintura. – Rose? – percebi que seu corpo tremia um pouco, e ouvi um soluço. Rose Weasley estava chorando. – Ei ei ei. – virei seu corpo em direção ao meu, e ela me abraçou com força, passei meus braços por sua cintura e comecei a alisar suas costas.

– Desculpa. – ela sussurrou e continuou a chorar em meu ombro, aquilo era um tanto surreal, o que estava acontecendo. Ela foi se acalmando um pouco, e logo se soltou de mim.

– O que houve? – coloquei minhas mãos em seus ombros, e encarei seus olhos vermelhos.

– Não posso te contar. – ela voltava a assumir sua expressão fria.

– Entendo. – então, eu simplesmente beijei sua testa, e a abracei, ela retribuiu. – Qualquer coisa, pode contar comigo Rose. – senti ela assenti contra o meu peito, e se afastar.

– Certo. – ela suspirou.

– O que houve com a gente? – eu perguntei.

– Eu mudei de mais. – com certeza que sim. – Não concordo com o jeito que você e Albus vivem suas vidas. – ela negou com a cabeça. – Não combinávamos mais. – ela encarou os pés, era estranho ouvir isso sair da boca dela. Eu não parei de encará-la, e quando ela subiu o olhar, eu notei que estava triste.

– Não entendo o que te fez mudar tanto, tão rapidamente, nós eramos inseparáveis, e então, você saiu com o Teddy, e de repente, estava outra pessoa. – eu e o Albus culpamos o Teddy por muito tempo, e passamos a não falar com ele durante quase um ano, dai, chegamos a conclusão que ele não a obrigaria a fazer nada, ela estava fazendo porque queria. Ela mordeu o lábio e começou a se mexer nervosamente.

– Olha, não é culpa do Teds, e eu não quero falar sobre isso. – ela bufou, por um segundo, achei que ela fosse chorar novamente. – Eu não estou aqui com o proposito de voltar a ser sua amiga, estou aqui para te ajudar a passar no NIEMs, apenas. – foi então que eu me toquei, eu estava falando com a rainha do gelo como se fossemos grandes amigos, quando, na verdade, nós nos falávamos a pouquíssimo tempo.

– Eu sei, só que estou confuso. – eu olhei para os meus pés. – eu senti muito a sua falta quando era mais novo, você era quase um pedaço de mim Rose. – suspirei – mas, respeito sua vontade. – encarei seus olhos, e ela lutava para não demonstrar o que sentia realmente, eu pude ver isso. – Eu vou indo. – falei antes de me virar de costas.

– Podemos continuar as aulas na quarta? Após a ultima aula, aqui? – ouvi sua voz atrás de mim.

– Sim, pode ser. – caminhei até a porta.

– Até mais Scorpius. – sua voz não era fria, algo diferente estava ali.

– Até mais.

...

– E ai, como foi com a rainha do gelo? – a Lanna e sua curiosidade fora do comum, eu realmente não entendia aquela garota.

– Ela tem um jeito legal de ensinar. – os olhos dela se arregalaram.

– LEGAL? – ela bufou. – Ela faz com que você não sinta que está sendo ensinado, ela simplesmente mostra a parte legal de tudo aquilo. – era verdade, eu não podia negar, não iria contar a ninguém sobre o incidente das lágrimas, acho que ela não gostaria que ninguém soubesse.

– Verdade, eu quase não vi o tempo passar. – parei em frente ao entrada do salão comunal da sonserina. – Vou chamar o Albus. – não esperei ela responder, apenas adentrei o local e fui direto ao meu dormitório.

– Oi Scopius. – ouvi a voz dele, e me aproximei.

– Levanta dai, Lanna quer falar contigo. – a cara de pânico dele foi impagável, ele correu como nunca havia corrido antes, correu que se atrapalhou e foi de cara no chão, acho que todos adivinharam o que o melhor amigo aqui fez, né? Ri de me acabar, e quando ele foi embora, ainda ri por mais alguns segundos, até finalmente voltar a minha leitura.


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Notas finais do capítulo

Tã dã...Se o choro pareceu forçado, desculpe-me, meio que era o propósito. (isso é a única coisa importante u-u)
Leitoras fantasmas, por favor, aparecer, ok?
E ai, gostaram?