Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 10
Faça um desejo


Notas iniciais do capítulo

Espero do fundo do meu coração que vocês gostem, ficou curtindo, mas eu amei escrever essa capítulo. Ele é dedicado a Gih Grazi :3
O X simboliza a mudança de POV.



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– Você acredita em anjos? – perguntei encarando o céu, já estava chegando perto da meia-noite, e logo seria um novo ano.

– Acredito. – olhei-a de soslaio, e a lua refletia sobre seu rosto branco, fazendo com que seu ar de inocência torna-se maior. – Acredita em Zonzobúlos? – certo, essa pergunta me pegou de surpresa, virei meu rosto para encará-la.

– Claro que não. – ela soltou uma risadinha. – Qual o seu primo favorito? – ela franziu o cenho.

– Acho que Fred II. – ela realmente parecia confusa. – Quem é sua melhor amiga? – isso me fez gargalhar.

– Você, bobinha. – seu rosto ficou corado e ela começou a encarar os pés. – Cansei de brincar. – murmurei, e ela assentiu. – Que tal me falar porque Fred II é seu primo favorito. – logo que terminei de falar, levei um tapa no braço.

– Malvado. – ela bufou. – Era um plano. – eu gargalhei, claro que era.

– Vai pequena, vaaai. – insisti, ela se deu por vencida.

– Certo, hum... – ela encolheu os ombros. – digamos que ele é diferente, ele me trata como se eu nunca tivesse mudado, continua fazendo gracinhas comigo, e me enchendo o saco, e na verdade, pode não parecer, mas somos bem próximos, sempre conversamos por cartas. – eu assenti. – E digamos que meu relacionamento com Molly II e Roxanne é apenas tolerável, apesar de eu adorar a Lily, ela sempre está com meu irmão, e como a Lucy está sempre com ela, não sou muito próxima deles. Dai, só sobram Louis, que é um primo que eu quase nunca falo, Victorie, só que ela é muito orgulhosa e arrogante, o que me irrita um pouco, então, nós só conversamos por causa do Teddy, dai tem a Dominique, eu gosto muito dela, mas ela está na França, James, que raramente se pronuncia, e só sobra Albus, que já foi muito meu amigo, e que se ele deixasse, eu voltaria a ser amiga dela. – sua voz era nostálgica.

– Um dia vai passar Rose, isso é só por causa do que aconteceu no terceiro ano. – ela assentiu. – Eu não sei quem era mais desesperado para que voltasse a falar conosco, eu ou Albus. – eu bufei – ele não gostava de sair ficando com todas as garotas de hogwarts, ele fazia isso para chamar a sua atenção, o que não deu muito certo e ele acabou pegando gosto pela coisa. – percebi que seus olhos lacrimejavam, e que era melhor eu não tocar mais no assunto, então, passei a encarar o céu novamente.

– Já são quase meia noite. – a voz dela cortou o silêncio.

– Verdade. – olhei no relógio trouxa que estava no meu pulso. – 1 minutos. – ela ficou de pé.

– Levanta. – pediu delicadamente, eu o fiz, e ela segurou a minha mão, levando-me até a sacada. – Vamos fazer um desejo, e assim que der meia-noite, os revelamos, pode ser? – suspirei.

– Certo, segura minha outra mão e fecha os olhos... – eu prontamente segurei, virando-me de frente para ela, quando ela fechou os olhos, eu fiz o mesmo. – Faça um desejo. – sussurrou, e a única coisa que eu podia pensar era ela, a unica coisa que eu realmente queria era ela, nada mais, e então, eu desejei: “Rose Weasley” Quando eu abri os olhos, ela me encarava com um sorriso tímido, um sorriso lindo, ela era incrível, tudo que eu sempre quis, sempre tive vontade de ter, eu amava Rose Weasley e isso era um fato que seja recíproco ou não, eu teria que conviver com isso, e eu estava disposto a tudo para ter aquela garota só para mim.

– O que você pediu? – voltei meus olhos para os seus, um azul tão profundo, tão lindo, tão puro.

– É contra as regras dizer agora. – sua voz saiu quase cantada, ela piscou para mim.

– Chata. – murmurei e ela riu, nossas mãos ainda estavam juntas e não era como qualquer segurar de mãos, eram como se ela tivessem sido feitas para isso, como se tivessem sido criados uma para a outra.

– 10... – ouvimos a contagem começar, ela abriu um enorme sorriso.

– 9.. – começamos a contar também, soltei nossas mãos e ela me olhou confusa.

– 8... – levei uma de minha mãos até o seu rosto, e coloquei seus cabelos atrás da orelha.

– 7... – percebo que seu rosto fica avermelhado, e afago a sua bochecha.

– 6... – encaro aqueles olhos azuis, olhos profundos que escondiam muitas coisas.

– 5... – aproximei-me mais dela, a beleza de Rose era incrível, nada se comparava a ela.

– 4... – levo minha outra mão ao seu rosto, segurando-o.

– 3... – aproximo mais os nossos rostos, tocando nossos narizes, nossas respirações se misturam.

– 2... – meus olhos pegam de relance o seu pingente, ele está vermelho.

– 1... – então, eu não tenho mais dúvidas, com meus lábios quase sobre os dela, eu sussurro:

– Feliz ano novo pequena. – e colo nossos lábios, ela corresponde instantaneamente, sinto uma corrente elétrica passar por nossos lábios, ela entreabre os lábios, e eu não perco a oportunidade, ainda segurando o seu rosto, aprofundo o beijo, sentindo o sabor de morango de seus lábios, desço as minhas mãos até a sua cintura, aproximando-nos mais, e ela leva as mãos aos meus cabelos, aperto-a mais contra mim, nossas línguas dançam em uma sincronia única, como se fossemos feitos um para o outro.

X

– Feliz ano novo. – sussurro quando nossos lábios se descolam, eu estou sem fôlego, mas não estou nervosa, eu estou confortável com aquela situação, porque eu sei que ninguém me trata como Scorpius, independente dos sentimentos dele por mim, ele não vai me abandonar, e isso me deixa confortável, por mais egoísta que isso seja. Sei que estou corada, mas ele já havia me visto de todas as formas possíveis, das mais tristes as mais felizes, e ele sempre estava lá, eu sabia que podia contar com ele.

– Você fica linda corada. – tenho certeza que estou mais corada ainda, ele toca seus lábios em minhas bochechas e então, volta aos meus lábios, puxando-me para perto. – Você não faz ideia do quanto eu queria fazer isso. – seus lábios estavam colados nos meus. – E eu realmente não quero parar de fazer. – ele levou sua mão ao meu rosto e selou-me.

– Eu também não. – eu tinha certeza que estava da cor de meus cabelos, mas ele merecia saber a verdade. Tenho certeza que ele gostou de saber disso, pois ele abriu um sorriso, e beijou-me repetidas vezes.

– Como você consegue? – indagou afastando-se para me encarar.

– Consigo o que? – franzi o cenho. Provavelmente a coluna dele deveria estar doendo muito, pois eu sou bem baixa comparada a ele.

– Me deixar tão feliz só por estar assim com você? – ele levantou uma sobrancelha, e eu sinto que minhas bochechas vão rasgar de tão grande que é o meu sorriso.

– Não sei do que você está falando. – fico na ponta do pé para tentar beijá-lo, só que isso não acontece, porque mesmo assim, eu sou pequena para ele. Ele torce o nariz e toca seus lábios nos meus.

– Pequena, você é muito pequena. – reviro os olhos e ele beija a ponta do meu nariz, depois a minha testa, abraçando-me. – E eu acho isso um charme. – ele murmura com a boca em meus cabelos, o que provoca uma risada de minha parte.

– Bobo. – dou um leve tapa em seu tronco, e ele me abraça mais forte.

– Você vai ficar comigo, mesmo eu sendo bobo? – sua voz era rouca, não havia brincadeira em sua voz, apesar do tom descontraído.

– Principalmente por isso. – minha voz é séria, não existem dúvidas sobre isso, eu amo Scorpius Malfoy e isso é tudo que importa.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Essa coisa de ficar os dois POVs? O que acharam? Bem, meu 30 leitores, se pronunciem, por favor, tem muitos fantasmas por aqui e lembrem-se, quanto mais comentários, mas eu tenho vontade de escrever e mais rápido sai o próximo :D