Trevas e Fogo escrita por Nathally Howard


Capítulo 3
Dia Incomum //Nathally


Notas iniciais do capítulo

Oláá, demigod que está lendo isso! Fico feliz que não tenha desistido de ler essa historinha (te amo por isso hahaha')
Kissus da Nathy



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Na enfermaria haviam me dado um copo de Néctar,
A bebida dos deuses. Seja um mortal e tome dela, nem que pouco, você morre incinerado. Seja um meio-sangue, ela cura os seus ferimentos, mas se tomar demais, também morre incinerado. Isso é super legal!

Eu me sentia bem melhor. Eu conseguia pensar com bem mais clareza agora. Olhei para o acampamento em volta, eu poderia retomar as minhas atividades diárias. Jonny provavelmente ainda estava na arena. Mas eu também poderia ficar sem fazer nada, simplesmente tentando entender o que realmente aconteceu.

Preferi a segunda opção. Passei os olhos em volta, novamente. A floresta parecia um lugar calmo e tranquilo para se por os pensamentos no lugar.


Andei por pouco tempo entre as árvores até achar um lugar nem muito perto e nem muito longe dos chalés. Onde também era calmo, tranquilo e tinha sombra, que me escondia do resto do mundo.

Sentei-me encostada numa árvore, não tinha ninguém lá. Paz, finalmente!

Notei que a paz seria apenas externamente, pois minha cabeça parecia explodir com milhões de pensamentos e perguntas.

Primeiro: Eu quem havia provocado o pequeno tremor no chão, quando estava com Jonny. Mas como?

Segundo: Porque eu mundo se calara quando eu quis calar a Jonny? Isso seria um efeito do tremor do chão? Estariam esses interligados? Ou não teriam nada a ver um com outro?

Terceiro: Eu conseguiria fazer novamente? Conseguiria usar quando e onde eu tivesse vontade?

Quarto: Algo iria sair do chão se eu não parasse o tremor. O que era? Qualquer ser que seja, obedeceria as minhas ordens diretas? Ou iria fazer de acordo com o que eu sentia? Eu conseguiria fazê-lo voltar de onde veio?

Passei um bom tempo pensando nas respostas para tudo isso. Não encontrei nenhuma. Isso era muito estranho, me incomodava. Queria descobrir as respostas, porém eu sabia que não conseguiria. Não sozinha.


O tempo se passou e decidi voltar ao meu chalé. Não exatamente meu chalé, mas onde eu ficava até o meu pai ou mãe decidir que eu mereço alguma importância. Essa decisão parece que não vai chegar nunca, talvez, eu não seja importante mesmo... De qualquer maneira, me dirigi ao chalé 11. Chalé de Hermes, o deus dos viajantes, ladrão, o mensageiro dos deuses e etc.

Abri a porta e entrei. Estava tudo normal, alguns planejando brincadeiras para fazer com outros campistas. Outros negociando com semideuses de outros chalés e mais que estavam tentando furtar os irmãos ocupados.

– E aí, Nathy? – Uma voz conhecida veio me cumprimentar. Reconheci o dono sem nem mesmo olhá-lo. Travis Stoll, conselheiro chefe do chalé de Hermes.

Sorri para o garoto cujos olhos eram de um incrível azul e os cabelos castanhos, que sempre estavam num despenteados de um jeito bonitinho. Ele possuía um sorriso travesso que deixava bem claro para nunca emprestar sua carteira a ele. Ele me lembra muito seu irmão de sangue, Connor. Bem, os dois são a copia um do outro, a única diferença é que Travis é mais alto.

Pensei em Connor... Ele havia saído em uma missão na última semana. A razão é desconhecida, Connor disse que tinha tido um sonho e precisava sair. Ele contou apenas a Quíron o que era, e o centauro se recusa a ficar preocupado e diz que está tudo bem. Ele também não nos diz o que era. E desde então não se tem mais sinais de vida de Connor. Travis e Connor precisam um do outro. Um não funciona sem o outro. Travis devia estar arrasado.

– Oi, Travis! Vocês receberam algum sinal do Connor? – perguntei a ele. Imediatamente seu sorriso se desfez.

–Infelizmente ainda não.

– Vamos encontrá-lo... Você verá! – tentei reanimar Travis – Tenho certeza que ele está bem, não está... Você sabe.

– É... Vamos achá-lo! – o garoto já tinha se animado um pouco. Não é nada fácil ficar sem o irmão, Travis estava sendo forte. – Mas, como você pode ter certeza que ele não morreu? Claro, eu tenho muita esperança que ele está bem, mas... Certeza? Como você pode saber disso?

De repente me dei conta do que havia dito.

Pensei um pouco. Não estava blefando, eu tinha mesmo certeza que Connor estava vivo. Mas como eu sabia disso? Essa é uma boa pergunta, e como sempre, eu não sei a resposta! É estranho como eu sei... Eu não sinto que ele morreu... Mas porque eu deveria sentir a morte dele? Mais perguntas para a lista interminável da Nathally!

– Eu... Eu não sei, Travis. – respondi. – Eu apenas... Sinto que ele está vivo. É estranho... Não sei explicar, desculpe...

– Você é estranha, Nathally. – concluiu ele.

– O pior é que eu não posso discordar. – brinquei.

Ele sorriu. Sorri de volta.

– Ok, Nathy, eu vou resolver umas coisas.

– Quer dizer furtar alguém?

Ele riu

– É! Mais esse vai ser o nosso segredo, tá?

Dessa vez eu ri.

– Tá, Travis.

Ele saiu do chalé, eu fui até minha cama. Antes de deitar nela reparei que tinha algo estranho nela. Um bilhete, embaixo do travesseiro. O peguei e li. Estava escrito:

E aí, Nathyzita?
Precisamos falar com você! Hoje, depois do jantar e antes da fogueira, na praia, procure-nos. Não vire jantar dos outros.
Xxx. Traviz e Becca Becca e Travis.

Não pude deixar de abrir um enorme sorriso. Becca é o apelido de Rebecca, mas se você a chamá-la de Rebecca, ela te espanca. Incrivelmente ela é filha de Apolo, na primeira vez que eu a vi, pensei que ela era filha de Ares. A garota possui um censo de comando ótimo! Ela sabe acalmar os outros quando tudo está bagunçado. Além de que, ela era... A namorada de Connor.

Com toda a certeza, ela está sofrendo tanto quanto Travis. Connor é um rapaz mega legal, queria com todas minhas forças que ele estivesse ali comigo.

Então parei e perguntei-me porque Travis não me disse a respeito desse bilhete. Talvez ele tenha se esquecido. Talvez ele tivesse deduzido que eu faria um interrogatório e decidido não me falar nada. A segunda opção é a mais provável. Nós falaríamos de Connor, isso já era certeza.

Connor... Porque sumir?

De repente, apesar do barulho que estava o chalé, me senti sozinha. Claro, havia muita gente ali, mas sem Connor parecia que o lugar não era o mesmo. Duas lagrimas escaparam-me. Eu não queria que elas saíssem.

Naquele momento percebi que as únicas pessoas no acampamento inteiro que falavam comigo, fora Jonny que só falava comigo para me insultar, eram o Travis e Connor. Becca e eu conversávamos às vezes... Mas era raro.

Eles sempre foram como irmão para mim, eles não me deixaram no vácuo nenhuma só vez e agora... Agora Connor estava perdido e Travis sofria por isso.

E o que eu estava fazendo? Nada!

Senti-me ridícula por isso, embora soubesse que eu não poderia fazer nada. Deitei-me na cama e fechei os olhos. Pensei em Connor e Travis, o que estariam fazendo se estivessem juntos agora... Provavelmente trollando alguém. A pessoa faria uma careta azeda e os irmãos ririam e sairiam correndo... Isso se Connor estivesse aqui.

Não pela primeira vez, senti meu sangue esquentar, minha cabeça começou a latejar e me senti amargurada, desejando que tudo voltasse como antes e que essas coisas estranhas parassem de acontecer comigo.

O contrario de meu pedido aconteceu. O latejar de minha cabeça só ia aumentando e quanto mais eu queria que ele parasse, mais ele se fortalecia. Até que eu ouvi.

Ouvi murmúrios estranhos, entoados de uma maneira de se dar pena. Logo percebi que eram lamentos. As coisas que sussurravam em minha mente com certeza não eram humanas. Falavam uma língua estranha, amedrontadora. Mas o mais estranho e anormal foi quando eu senti que já ouvi essa língua antes, até mesmo que podia compreendê-la se quisesse.

“Lamento dos mortos...” pensei. Assustei-me com esse pensamento. De onde tinha saído tal coisa? Isso já estava me apavorando demais... Acho que preciso de um psicólogo.

Me concentrei ao máximo para expulsar as vozes de minha mente. Juro que tentei desviar minha atenção para algo que não fosse os lamentos.


Não me lembro bem o que aconteceu de fato, só lembro que quando reabri os olhos, Travis me sacudia e me chamava para jantar. Ele disse-me que eu estava dormindo desde que ele voltou para o chalé. Disse que eu dizia coisas incompreensíveis.


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Notas finais do capítulo

Hey!! O que achou do capítulo? Acha que eu devo melhorar em algo? Ou está bom?
De qualquer maneira, muito obrigada por está lendo *-*
Xxx. Nathy



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