Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 8
O Perigo Ao Lado


Notas iniciais do capítulo

Pedradas a parte, tiros pra mais tarde ;)

Mais uma vez demoramos pessoal, e isso é realmente imperdoável! É verdade que estamos dedicando pouco tempo para esta fic, mas os estudos estão puxados e nossos afazeres pessoais também estão exigindo muito.

Esperamos que nos perdoem por nossa enrolação, e que gostem do capítulo!

Boa Leitura!



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Quando Sakura era pequena, costumava acreditar em príncipes e princesas. Contos de fada era sua fascinação, e conhecer todas as histórias clássicas era seu maior trunfo. Afinal, ela adorava sentir-se especial, acreditar que sabia de algo que ninguém mais sabia.

Adorava rodopiar pela casa, trajando vestidos de suas princesas favoritas, crendo ser uma delas, que encontraria seu príncipe encantado e moraria em um castelo de chocolate quente... Até que sua mãe lhe disse que príncipes e princesas não existiam, e que tudo não passava de “lorota”.

E desde então, Sakura deixou de acreditar em contos de fadas, deixou de acreditar no amor verdadeiro e em tantas coisas que julgava ser real. Seus vestidos de princesa foram doados, queimados, rasgados, e o “feliz para sempre” não chegou a existir, como a rosada acreditou que existiria.

Amor verdadeiro... Contos de fadas... Não passam de ilusões fúteis. O mundo é feito de mentiras, ganância, interesses e é movido pelo “bem-maior”.

Nosso mundo é feito de mentiras. Lá fora, tudo é diferente.

No fim, não fora o mundo quem dera uma rasteira em Sakura, mas sim seus próprios pais, aqueles que queriam abrir os olhos dela, ignorando seu bem-estar e apenas se importando em fazê-la crescer o mais rápido possível para assumir o governo algum dia.

Eles eram os mentirosos, gananciosos, interesseiros e que pensavam no “bem-maior”.

Kisashi era um político detestável que possuía métodos nada bondosos de passar carinho a sua família, sem falar no fato de não ser o pai biológico da rosada. E Mebuki era a farsa em pessoa, a mentira mais abominável de todos os tempos. Que tinha o talento de destruir as ilusões infantis de sua “querida” filha, além de trocá-la pelo trabalho e dinheiro, aquela que escondia segredos sem se preocupar com as conseqüências na vida de sua amada filha.

No fim, ninguém ao redor de Sakura era quem dizia ser.

Até mesmo suas melhores amigas, Hinata e Ino, eram farsas. Ambas faziam-se de garotas pacatas e simplórias, mas na verdade eram duas agentes que trabalhavam para um grupo antiterrorismo, conhecido como a Legião.

Ainda bem que no fim, Sakura conseguia superar qualquer decepção, mantendo-se forte. Ela era uma Haruno, não é mesmo? Fora criada para saber passar por qualquer tipo de crise, e com certeza estava fazendo isso.

Suas amigas mentiram, mas não superavam a decepção de ter pais farsantes. A amizade das três já estava quase que curada, estando mais forte do que nunca com a missão repentina.

E se a rosada passara pelas piores decepções de sua vida, o que mais poderia ferir seu coração, ou chocá-la? Afinal, o que mais Sakura poderia perder?

Pena que o destino não costuma pensar assim...

(...)

Sasuke estava exausto.

Além de dirigir por horas, não dormia decentemente fazia dias, antes mesmo daquela missão começar.

Não sabia ao certo o porque disso. Insônia nunca fora algo que estivesse presente em sua vida, portanto, não era exatamente normal que o Uchiha passasse a sofrer com esse problema agora.

Talvez aquela missão estivesse deixando-o ansioso. Afinal, não costumava trabalhar em um grupo tão grande, sem falar que ter três garotas esquisitas na equipe não era uma coisa muito animadora – principalmente se uma delas conseguisse mexer com ele de vez em quando.

Mesmo sabendo que era loucura, que provavelmente estaria colocando a vida dele e das garotas em risco, Sasuke entregou o volante a Naruto.

Decididamente, precisava dormir um pouco, mesmo que por algumas horas.

Largou-se no fundo da van, em um banco qualquer, e acomodou-se espaçosamente, acompanhando a estrada que passava diante de seus olhos.

Conhecia aquele caminho de cor, e ficou feliz ao constatar que Naruto seguia mais veloz do que um piloto de Fórmula 1 – embora Hinata não parecesse gostar nada daquilo.

Fechou os olhos e encostou a cabeça na janela, permitindo-se adormecer.

Gritos soavam distantes, como uma melodia já decorada por ele.

Ao seu redor só havia poeira e estampidos, algo que por algum motivo o preocupou. Tinha de encontrá-la, ou seu subconsciente não se tranqüilizaria nunca mais.

Atravessou o corredor do prédio em uma corrida desesperada armado com sua sniper e com uma carranca que assustaria até o mais corajoso dos terroristas.

Chutou a porta de uma das salas, e mirou para todos os lados, verificando se estava realmente seguro para que avançasse.

Percebendo que não havia ninguém, virou-se, pronto para sair.

– Sasuke... – o chamado o assustou, fazendo-o virar-se, novamente mirando em todo e qualquer canto daquela sala fétida pelo cheiro de sangue.

Não viu ninguém.

Mas tinha certeza de que havia ouvido a voz dela chamando-o...

– Sasuke... – dessa vez, reconheceu a direção do chamado, e se dirigiu até o monte de destroços. Deu a volta, cauteloso, embora estivesse desesperado por vê-la e entender o porque de chamá-lo com a voz tão fraca.

A garota entrou em seu campo de visão, e Sasuke quase permitiu que sua arma escapasse de seus dedos.

Não acreditou que ela estava ali, daquela forma, tão... Frágil e vulnerável... E ferida.

O sangue manchava sua camiseta branca, na região do peito. Um furo se mostrava existente, o que fez com que o Uchiha sentisse sua cabeça girar pelo nervosismo.

Sakura Haruno estava morrendo.

Acordou com um solavanco, e precisou de alguns instantes para perceber que estava na van, e que Naruto havia passado por uma lombada sem desacelerar, motivo esse que causou o tremor inesperado.

Passou a mão pelos cabelos negros, inspirando e expirando o ar diversas vezes, ouvindo como ecos as vozes de Hinata e Naruto, que discutiam pelo modo como o loiro guiava o veículo.

Sakura estava distraída com o tablet de Itachi, provavelmente tentando decifrar o aplicativo criado pelo Uchiha.

Sasuke de imediato tranqüilizou-se, percebendo que estava fazendo tempestade em copo d’água.

Sakura estava bem, e aquilo fora somente um pesadelo irritante. Não significava que se repetiria na vida real.

E mesmo que tivesse de acontecer, o Uchiha não permitiria que a rosada partisse, em hipótese alguma.

(...)

Itachi estava pálido, sentindo-se enjoado de repente.

Não podia ser verdade. Ino não poderia ser aquilo.

A loira havia sido tirada do tanque de água, e no momento havia sido amarrada a uma cadeira de madeira, onde ficara em silêncio pelo tempo que Pain gastou contando todos os podres dela.

– E se não acredita no que digo, é porque é mais burro do que pensei que fosse. – o terrorista cruzou os braços, com uma das sobrancelhas levemente arqueadas, em sinal de desdém.

Fez um sinal para seus capangas, que começaram a deixar a sala aos poucos.

– Vou deixar os pombinhos a sós – e gargalhou como um sádico, enquanto se encaminhava para a saída, a passos moderados.

Quando as portas fecharam-se com um ruído metálico, Itachi ergueu os olhos, fixando-os em Ino.

– Por que não me contou? – questionou ele, sentindo-se horrível.

A loira não ergueu o rosto, e mal se moveu. Continuou encarando o chão, como se este possuísse algo de interessante.

– Eu não queria envolvê-lo nisso – disse simplesmente, depois de um tempo em silêncio.

– Não queria me envolver? – Itachi quase riu com aquela explicação fajuta, sentindo a raiva crescer em seu íntimo. – Você é pior do que eu imaginava, Yamanaka.

Ino fechou os olhos, sentindo seu coração doer pelo sofrimento iminente.

Itachi nunca mais a perdoaria, e se antes havia alguma chance deles ficar juntos e superar as coisas ruins, e viverem “felizes para sempre”, deixara de existir naquele exato instante, quando se livrou das amarras que a prendiam na cadeira, e apanhou o revólver que fora deixado atrás de si, propositalmente.

(...)

– É aqui – Naruto espreguiçou-se, soltando o volante.

– Fico feliz por ainda estar viva – brincou Sakura, subindo o zíper de seu uniforme. – Mais um pouco e eu não teria sobrevivido a esta viagem, Naruto.

O Uzumaki revirou os olhos, murmurando um “eu sou um ótimo piloto” e se dirigindo ao fundo da van para pegar as armas necessárias.

Sakura voltou seus olhos para a área à frente deles.

Era o esconderijo da Akatsuki, um prédio com aparência envelhecida castigado pelo descuido.

Hinata carregou seu revólver, enquanto Sasuke colocava seu colete a prova de balas e apanhava sua sniper. Naruto tirou uma 12 da van, e colocou-a sob o ombro, colocando duas granadas no cinto de ferramentas.

O grupo então, avançou, esperando pelo ataque que viria.

Entretanto, este não veio como o esperado.

Mas ninguém ousou discordar ou mencionar qualquer coisa, até que estivessem dentro do território dos terroristas.

Ali, Sakura propôs que se separassem...

E mesmo que Sasuke não gostasse da ideia, não discordou.

Porque o que tivesse de acontecer, aconteceria. Não seria um sonho irritante que diria o futuro.

Então, o quarteto separou-se, seguindo em direções diferentes, dentro daquele esconderijo suspeito e silencioso.

(...)

Sakura caminhava a passos cuidadosos, esgueirando-se pelas passagens secretas, e alcançando o espaço para os prisioneiros dos terroristas.

Celas e mais celas reagrupadas como em um labirinto, surgiram diante de seus olhos esmeraldinos. Uma sensação ruim percorreu o estômago da garota, mas ela continuou seus passos mesmo assim.

Em meio ao silêncio e escuridão, deu um pulo ao sentir seu BlackBerry vibrando em um de seus bolsos. Tirou-o de lá, e o som antes abafado por sua roupa, ecoou pelo espaço frio.

Abriu sua caixa de mensagens, esperando pelo que viria.

Sonhar é realmente irritante.

Seu bofe sabe bem como é isso.

Tome cuidado, Haruno.

Ela está por perto.

SUA DECEPÇÃO, BUUUH!

Beijinhos Perolados!

Bufou pela frase final. “Beijinhos Perolados”. Francamente.

Acabou por rir com seu pensamento nada amigável, e concluiu que deveria estar entrando em sua típica fase de irritação mensal.

Porém, um ruído de passos a alertou, despertando-a de seus devaneios que mais serviam para distraí-la do que para ajudá-la.

Correntes, concluiu em seguida, ao ouvir um segundo barulho.

Foi então que viu a figura diante de seus olhos, e baixou o revólver que estava apontado diretamente para o peito da aparição recente.

– Ino! – exclamou Sakura, aliviada por saber que sua amiga estava bem.

Correu até a mesma, mas a ação inesperada a fez parar.

Ino estava armada.

Ino possuía um Colt Python 640.

E Ino apontava sua arma para Sakura.


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Notas finais do capítulo

Pensem pelo lado bom; a história está longe do fim õ/ Ainda vão ter muitas coisas para se desenrolarem, e prometemos diversas surpresas.

O que acharam do capítulo, hein? Enigmático? Ruim? Bom? Inesperado?

Hahahahaha, comentem, pessoal! Adoramos ler e responder os reviews de vocês (mesmo que às vezes não temos tempo de responder, mas ok).

Hasta la vista!

Beijokas!

— Livia Dias, Manu e Bianca.