Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 22
Tempo


Notas iniciais do capítulo

Heey! Tudo bem com vocês, Sasuketes?

Nós três estamos aqui para finalmente postarmos o último capítulo de MAV2 :D

Depois de um ano tão rápido e proveitoso, estamos encerrando essa fic incrível e tão gostosa de ser escrita, com leitoras tão maravilhosas quanto vocês!

Antes de mais nada, MUITO OBRIGADA por nos acompanharem desde o início da história, com MAV1 ;)

MUITO OBRIGADA, por nos motivarem com reviews e recomendações, além de favoritos tão perfeitos!

MUITO OBRIGADA, por tudo!

E aqui vai o último capítulo!

Esperamos que esteja do agrado de vocês =D

— Livia Dias, Bianca e Manu.



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Kisashi bebeu mais um gole de seu vinho.

Eram exatamente onze e dezessete da noite, e os convidados de sua pequena reunião começavam a se retirar aos poucos, com a expectativa de chegarem às suas mansões e dormirem um sono sem pesadelos...

Tolos.

Admirava a saída de cada um, cumprimentando-os com um falso repuxar de lábios, e sendo elogiado pelo seu trabalho com o país.

– A Primeira Dama já foi, senhor – um de seus homens lhe avisou discretamente, atuando tão perfeitamente quanto ele próprio.

O presidente assentiu com um menear de cabeça, degustando o vinho ao som de uma bela música italiana.

Estava na hora de partir.

(...)

“Uma explosão em dois hotéis próximos à Tokyo Sky Tree deixam em alerta o governo japonês para uma possível retaliação dos terroristas...”

– A avenida está congestionada!

Ela abriu os olhos.

A dor em seu corpo veio tão forte que a fez estremecer. Quando sua mente anuviou brevemente, constatou que estava em um veículo de vidro fumê, deitada no banco de trás enquanto dois terroristas da Akatsuki conversavam à frente, sem notá-la.

Espalmou as mãos no banco, erguendo-se. Levou a mão aos cabelos róseos, massageando a nuca e a testa, enquanto piscava buscando situar-se completamente.

“Não temos uma contagem clara, mas é possível vermos pessoas feridas, vítimas do desastre...”

Apurou os ouvidos. O rádio ligado transmitia a notícia, enquanto Mebuki via-se desesperada, desejando ter uma noção do horário e do que acontecia precisamente.

Nenhum dos dois terroristas ousou falar com ela, fingindo que sua existência não era sequer importante naquele momento. Quando a Haruno olhou para trás, viu pelo vidro traseiro, outros três BMW’s pretos, certamente transportando outros homens armados.

Endireitou-se no banco, respirando fundo e fechando os olhos. Imperceptivelmente, começou a murmurar uma reza que aprendera quando criança, e por anos deixara no esquecimento, trancada a sete chaves.

(...)

Parou o veículo em uma vaga qualquer em frente ao Teatro Nacional de Tóquio. O manobrista veio afoito, mas logo que Madara ergueu seu revólver bem lustrado, o homem recuou assustado.

Tsunade seguiu-o determinada, carregando uma SMT-40, com Minato e Fugaku portando belíssimas 12, uma combinação perfeita entre antiquados e perigosos.

Subiram a escadaria principal coberta pelo tapete vermelho, pouco se importando com os gritos abafados e os olhares de pânico lançados pelos ricaços e políticos.

Adentraram o salão mirando em cada par de olhos que os encarasse, buscando inimigos que pudessem utilizar como alvo.

– Saiam daqui de uma vez! – Tsunade berrou, oprimindo os últimos que ainda permaneceram. Estes deixaram o local a passos ágeis, assustados demais para sequer olharem para trás.

O salão repentinamente tornou-se silencioso demais. Os inúmeros detalhes luxuosos e impecáveis prevaleciam solitários sem seus convidados e sua música extravagante. A abobada que recobre o teto do recinto mostra-se mais requintada que o restante do ambiente. Chamativa e ilustre, com pinturas divinas feitas pelas mãos do mais habilidoso artista.

Como uma detonação em massa, o charme do teatro se desfez. Tsunade sentiu o perigo antes mesmo que este se revelasse, e graças ao seu radar conseguiu escapar para trás de uma coluna próxima.

Os tiros iniciaram-se, um após o outro, contínuos e reverberantes, vindos de um armamento pesado.

Minato, poucos metros adiante, ergueu sua 12 e mirou em um dos terroristas no andar superior. Puxou o gatilho, e o tiro certeiro seguido de um forte estampido atingiu sua testa e lançou-o para baixo, em uma queda de trinta metros.

Madara colocou uma bala pontiaguda em seu revólver, recarregando-a habilidosamente antes de sair de sua coluna e iniciar a sequência de tiros.

Um... Dois... Três...

Correu para trás de um vaso de flores desnecessariamente grande, recebendo como resposta milhares de cápsulas de quase cinco centímetros.

Respirou fundo, contando exatamente cinco caras. Tinha certeza de que acertara pelo menos um com seu inseparável RT82.

Fugaku tirou uma granada de fumaça do bolso, e retirando o pino com os dentes, lançou-a para o centro do salão. O pequeno objeto quicou diversas vezes antes de repousar inocentemente no piso, e explodir com um pequeno estouro.

Madara saiu de seu esconderijo, enquanto disparos sucessivos perseguiam-no, cegos em meio ao breu de uma densa névoa branca. Correu rapidamente, sem um objetivo certo, parando do outro lado do salão próximo às escadarias. Viu dois homens mascarados acima, mirando suas armas para ele, quando tiros às costas deles os empurraram para frente. Ambos rolaram degrau por degrau, até caírem poucos metros acima do Uchiha.

Ele olhou para cima, tempo suficiente para localizar a loira mandona com a SMT-40 segura em suas mãos. Revirou os olhos antes de subir os degraus rapidamente, satisfeito com a oportunidade de avançar sem ser transformado em alvo.

Os disparos continuavam no centro do salão, onde Fugaku e Minato utilizavam de sua destreza e agilidade para combaterem ativamente os agentes mascarados da Akatsuki.

Eles não eram tão bons quanto imaginou, concluiu Madara depois de matar mais alguns “terroristas” com seu velho revólver.

Manteve-se alerta, encaminhando-se pelos corredores impecáveis do teatro sem se prender realmente aos detalhes modernos. Em pensar que Mebuki passara por ali, arrastando-se talvez, desesperada e ao mesmo tempo temerosa em envolver qualquer um no perigo que se encontrava...

Sempre heróica.

– Madara Uchiha!

Parou, assim que a figura colocou-se à sua frente. Não parecia o filho da mãe cheio de “mimos” da sociedade trajando um colete à prova de balas e tendo a expressão psicopata vincando seu semblante.

Não.

Com sua sniper e tendo um cinto carregado de munição, parecia mesmo o líder de um grupo que jamais deveria ter existido.

– Kisashi Haruno – o Uchiha estreitou os lábios, semicerrando os olhos ameaçadoramente ao terminar de pronunciar aquele maldito nome, que deveria estar inscrito em uma lápide qualquer. Segurou sua RT82 com firmeza. – Achei que estivesse em um avião, fugindo. Gosta de colocar seus ratos para morrerem primeiro, não é?

– Sacrifícios, meu caro – surpreendentemente, o homem passou sua sniper pelos ombros, ajustando-o às costas. Gesticulou com as mãos brevemente, um sorriso surgindo em seus lábios. – Você deve entender-me melhor do que ninguém, certo? Alguém que colocava o trabalho em primeiro lugar...

Madara girou o revólver entre os dedos, colocando-o no coldre preso ao cinto. Seus olhos negros permaneceram fixos no semblante daquele carrasco.

– Não vim aqui para falar sobre minha profissão. Aliás, nenhum de nós dois veio conversar. – novos disparos no salão serviram de pontuação para sua frase. Suspirou. – Vou ser calminho e legal, porque estou menos puto hoje do que deveria. – Semicerrou os olhos. – Por que estragou a vida da Mebuki e da minha filha?

Kisashi sorriu e repentinamente iniciou uma gargalhada carregada de sarcasmo.

– Isso é algum tipo de teste? – perguntou, depois de alguns segundos. – Porque se for deveria me preparar antes...

– Eu deveria era arrancar o que você tem entre as pernas e mandá-lo para o inferno junto com a porra desse país! – esbravejou Madara, furioso, e com um único movimento retirou do coldre sua RT82 novamente.

Um olhar alucinado reverteu o semblante do presidente logo que ele retirou do bolso interno do colete um pequeno controle, recuando um passo e erguendo o objeto. Madara conteve-se por um segundo.

– Faça isso – Kisashi arregalou os olhos minimamente, satisfeito com o impacto que causava. Um sorriso sádico surgia lentamente entre seus lábios, seguido de uma gargalhada medonha. – E mando a sua querida Mebuki pelos ares!

(...)

A fumaça e o cheiro da gasolina da van predominavam no ar pesado pela poeira da explosão.

Um movimento seguido de vários outros... Dolorosos... Dificultosos...

Naruto buscou respirar lenta e pausadamente enquanto se arrastava até a frente do veículo capotado. Os bancos pairavam acima de si, no teto, e os cintos de segurança balançavam perigosamente contra o chão.

Hinata estava a alguns metros de distância completamente inerte. Sua mão estendia-se na direção do Uzumaki, acima de sua cabeça. Com um novo impulso sobre seu corpo, ele pôde sentir os dedos dela contra os seus; frios e pálidos.

– Hina. – murmurou roucamente, conseguindo se erguer sobre a morena e desvirar o corpo dela.

O semblante suave saudou-o adormecido. Ele a contemplou por breves segundos, antes de encostar a ponta dos dedos na jugular da jovem. Sentiu a pulsação e pôde respirar com mais alívio.

– Naruto! – a exasperação de Ino se fez presente logo que a loira os viu. Acabara de surgir dentre os dois bancos da frente, cambaleante e com alguns arranhões, mas fora isso bem. – Temos que tirar o Sasuke daqui. A gasolina está vazando e podemos ir pelos ares a qualquer segundo.

O loiro se levantou, deixando Hinata com Ino e seguindo até o banco da frente. O para-brisa rachado tomou a atenção dele por alguns segundos antes que localizasse Sasuke no amontoado de ferro retorcido no chão. Tossiu com o acúmulo de fumaça do motor e tentou retirar o amigo dali. Pegou o cinto de segurança largado próximo do Uchiha e o amarrou entre uma estaca de ferro e outra que prendiam suas pernas.

Puxou o membro cuidadosamente e em seguida retirou a outra perna de debaixo de uma parte do painel destruído. Conseguiu quebrar o para-brisa com o extintor de incêndio, e passando um dos braços de Sasuke por seus ombros, ergueu-o do chão da van e deixou o veículo.

Ino trazia uma Hinata atordoada consigo, que deixara sua inconsciência para sentir as dores do acidente.

Ninguém dissera uma palavra ao reconhecer o novo cenário caótico. Naruto tentou ver algo além da poeira, mas foi em vão. A escuridão e os escombros impossibilitavam ver o início da avenida.

O céu escuro se encontrava nublado com uma perigosa chance de tempestade.

– O que vamos fazer agora? – perguntou Ino aflita e tensa.

Um ruído de motor interveio na fala do Uzumaki. Rapidamente ele arrastou Sasuke para a lateral do caminhão que os atingira, e Ino e Hinata o acompanharam sem preâmbulos.

A morena respirou profundamente, destravando sua pistola com um único e ágil movimento. Naruto lhe encarou com leve preocupação antes de depositar Sasuke sobre o asfalto seguramente, e aquele breve momento ser quebrado.

– Que espetáculo, hum? – uma voz chegou à eles, seguida de uma brusca batida de porta. – Nosso chefe não exagerou.

Ino portava orgulhosamente sua .9mm em frente ao rosto, sem nem ao menos tremer. Os passos se distanciaram e a loira espreitou-os rapidamente. Eram dois caras da Akatsuki arrastando uma Mebuki cooperativa até demais.

– Podemos mata-los antes que entrem na torre – a Yamanaka propôs, mas Naruto e Hinata descartaram a ideia completamente.

– E acabamos entregando nossa posição e eles explodem a sra.Haruno – A Hyuuga fez uma careta de dor e levou a mão ao lado do corpo. Disfarçou rapidamente e tocou o comunicador em seu ouvido, feliz por ao menos funcionar. – Itachi, na escuta?

Um ruído de estática e a voz do Uchiha se fez presente.

– Algum progresso com a Mebuki e a Sakura?

– Acabamos de ver a sra.Haruno – murmurou a morena. – Estamos em frente a Tokyo SkyTree. Tivemos um imprevisto. Dois prédios desabaram no início da avenida.

– Estou sabendo disso. Acredito que tenha sido a bomba que estava nos arquivos do presidente – o suspiro do Uchiha delatou seu cansaço. – Karin está tendo progresso com a bomba nuclear. Estamos atrasando sua detonação, mas ainda precisamos da Mebuki.

– Entendido – Hinata fitou os colegas. – O rastreador ainda está funcionando?

Itachi fez uma curta pausa.

– Está. Porém não sei por quanto tempo vai continuar assim. O explosivo no sistema nervoso da Mebuki pode queimar o rastreador em breve.

– Tudo bem. Vamos dar um jeito. – Retirou os dedos do ouvido direito, voltando-se para Ino e Naruto. – Eu vou entrar na torre e procurar pela Sakura. Vocês ficam aqui e tomam conta do Sasuke. Outros terroristas virão e preciso que me avisem.

– Tome cuidado – Naruto não tentou impedi-la, sabendo que tal tarefa seria inútil. Ino meneou a cabeça em concordância para a Hyuuga.

Enquanto corria pela rua coberta de poeira e concreto, Hinata pensava em Sakura e no destino da sra.Haruno.

A escuridão a camuflava, assim como a destruição. Não demorou a alcançar a entrada que levava à torre. Entrou. Os rastros da queda dos prédios não eram proeminentes ali ao menos.

Como uma predadora acostumada a se esconder antes de dar o bote, ela seguiu pelo salão iluminado e deserto agilmente. As luzes refletiam um dourado sobre as paredes e o piso, dando um ar de riqueza ao ambiente assim como os objetos impecáveis.

Parou em frente ao elevador e apertou o botão com a seta para cima. Seu pé batia freneticamente no piso de madeira.

Um tilintar suave e as portas se abriram.

Hinata apertou o botão do último andar.

Sua pistola estava firme no coldre de seu jeans enquanto Hinata continuava subindo, por vezes parando nos andares desertos.

Logo que a paisagem exterior pôde ser vista, ela notou o vidro quebrado e a passagem contínua de ar pelo mesmo. Seus olhos se estreitaram.

O elevador parou no andar solicitado, e Hinata viu as portas se abrirem, mantendo a pistola erguida. No entanto, não foram dois terroristas que a saudaram, e sim a figura perplexa de Sakura.

– Hinata? – Ela portava uma submetralhadora nos ombros e exibia olhos levemente avermelhados.

A morena saiu do elevador e envolveu a amiga em um forte abraço.

– Eu vi a van bater... – a rosada sussurrou desvencilhando-se de imediato. – Pensei o pior...

– Nem parece que nos conhece – Hinata sorriu, mas logo foi tomada por um choque de realidade. – Sua mãe está com dois terroristas nesta torre. Entraram um pouco antes de mim. Talvez possamos resgatá-la e...

Um barulho vindo do teto. As garotas se entreolharam e repentinamente iniciaram uma corrida até a escadaria que levava ao telhado.

Silenciosamente deixaram a calmaria da subida para sentirem o forte vento frio daquela noite nebulosa.

O céu escuro era iluminado pelas luzes que a Tokyo SkyTree projetava. Por um segundo, Sakura ficou maravilhada com a quantidade de cores e com a beleza que podia ser vista dali.

Um paraíso que seguia até o horizonte, quase infinitamente. Era quase possível esquecer-se da destruição e do medo...

Quase.

Com o instinto em alerta, sentiu a aproximação da figura antes que ela pudesse sequer tocá-la. Virou seu corpo em um ato repentino, sobressaltando o homem corpulento às suas costas que exibia sua Glock .9mm.

Esticou a perna e chutou a arma das mãos do homem, empurrando-o para trás. Saltou como uma felina e girou as pernas no pescoço dele, quebrando-o agilmente.

Seus pés atingiram o solo enquanto o corpo se estatelava no chão.

Olhou ao redor.

Silêncio.

Pegou a arma do terrorista morto e girou-a entre os dedos. A submetralhadora jazia em suas costas, um peso suportável que a lembrava do que deveria fazer caso não encontrasse sua mãe.

A torre era circular. O telhado seguia tal forma, e Sakura não precisou se precipitar muito.

Parou.

Logo que a sombra masculina ergueu a arma, a rosada já deixava seu esconderijo e atingia o peito do inimigo com um chute bem executado. O homem arfou, e sua expressão tornou-se feroz. Ele tentou golpear a face da Haruno, mas esta simplesmente se agachou e lhe deu uma rasteira.

À beira de uma queda mortal, o terrorista cambaleou perigosamente próximo à queda. Antes que continuasse balançando os braços inutilmente em busca de equilíbrio, Sakura segurou a gola do colete dele, mantendo o pé direito em seu peito como uma maneira de criar uma distância.

– Me diga onde está Mebuki Haruno e eu penso em salvar sua pele.

O homem meramente gargalhou, debochando da ameaça dela.

– Akatsuki agora, Akatsuki sempre. – disse simplesmente, antes empurrar o dente falso em sua boca com a língua e mordê-lo.

Em segundos a cor de seu semblante desapareceu por completo. Veneno.

Sakura o largou como um objeto indesejável, permitindo que o corpo despencasse do prédio até o chão a andares abaixo.

Uma Hinata ofegante, com o lábio inferior sangrando surgiu instantes depois diante dela, um tanto desnorteada, mas bem.

Havia aniquilado o outro terrorista em um piscar de olhos.

– Sua mãe deve ter sido deixada em outro ponto – tocou novamente o comunicador em seu ouvido, dando as costas para a rosada por meros segundos. – Itachi? É bom que tenha notícias sobre o desaparecimento da Mebuki.

O que ouviu foi apenas estática.

Fitou a Haruno com uma expressão angustiante. Sakura cerrou os punhos fortemente, sentindo o vento frio em sua face arrepiando sua pele e causando-lhe um novo desalento.

Um desespero que arrancava o ar de seus pulmões pouco a pouco.

E então o barulho soou. O estrondo bem planejado, seguido de inúmeros tiros.

Sons baixos e distantes, mas que eram cúmplices de seu medo já existente.

– Hinata! – a voz de Itachi soou no ouvido direito da Hyuuga. Ela pressionou o comunicador.

– Me diga que essa explosão não é o que estou pensando...

– Estou fazendo um mapeamento da região em que está – Ele falou sem preâmbulos, e o som dos dígitos habilidosos no teclado de um computador pôde ser ouvido. – Terroristas da Akatsuki alcançaram vocês. Bloquearam a avenida e estão atirando em cada pobre coitado que passa na frente deles. O que vocês ouviram foi à detonação de uma granada na entrada da Tokyo Sky Tree. Fecharam a saída de vocês.

Hinata massageou uma das têmporas.

– Perdeu Mebuki, não é?

Itachi suspirou pesarosamente.

– Avisei que o rastreador não duraria por muito tempo. Interferiram no sinal. O último rastreamento que fiz levava até a torre. Mas vou continuar tentando. Sugiro que saiam daí agora! Outro ataque vai acontecer com certeza.

Sakura pareceu compreender a situação, logo que a Hyuuga lhe explicou vagamente. Como uma boa agente, a Haruno não demonstrou medo em suas ações seguintes, mesmo que por dentro estivesse em pânico com o que poderia acontecer à sua mãe.

E como boas agentes, Sakura e Hinata não hesitaram em pular do alto da torre apenas com luvas especiais, caindo para a escuridão infindável e tiros opressores.

Ambas colidiram contra uma das janelas da torre, a vários metros abaixo de onde estavam segundos antes.

As luvas se prenderam como verdadeiros imãs ao vidro, permitindo que ficassem firmes.

Hinata respirou fundo antes de se soltar e deixar seu corpo despencar por mais alguns andares. Sakura a seguiu impulsionando seu corpo para trás e recolhendo os braços junto à cintura, simplesmente caindo...

(...)

Estava completamente desnorteado.

Ao abrir os olhos com os ruídos de tiros e explosões, não soube ao certo onde estava e o motivo do desmaio. Depois de alguns poucos minutos, conseguiu se lembrar claramente.

Sasuke levantou-se, conseguindo se apoiar no caminhão tombado que o protegia dos disparos. O céu escuro e a poeira impossibilitavam que ele reconhecesse qualquer coisa no início ou no final da rua, mas não hesitou em apanhar a M16 Airsoft caída próxima de um cadáver deformado.

Segurando-a como sua vida, incitou suas pernas a se moverem e iniciou uma corrida em meio aos tiros, protegendo-se e atacando.

(...)

Os arredores estavam em chamas. Prédios caiam e em meio aos escombros, o que se viam eram cadáveres. O céu cinzento indicava que uma forte tempestade iria despencar em breve, o que dificultaria ainda mais a situação dos que insistiam em lutar.

A rosada girou os revólveres e mirou em dois agentes da Akatsuki que avançaram sobre sua colega. Atirou, acertando a cabeça de ambos, que caíram no chão. A morena encarou a amiga com surpresa, e esta sorriu brevemente antes de virar-se.

Tinha de encontrar sua mãe antes que fosse tarde. Caso falhasse...

– Sakura! – Ino Yamanaka surgiu, carregando um escudo. Parou ao lado da amiga, ofegante. Parecia mais cansada do que nunca e possuía cortes profundos por todo seu corpo. – A bomba vai explodir em dez minutos!

Atordoada, Sakura parou. Tinha de encontrar sua mãe logo. Ela era a única que poderia desarmar a bomba e salvar todas aquelas pessoas.

– Me dê cobertura – pediu. Ino assentiu e atenta, se posicionou com o escudo e um revólver logo atrás da rosada.

A Haruno tocou seu comunicador, falando com a pessoa que estava lhe ajudando diretamente no momento.

– Itachi – chamou ansiosa. – Encontrou minha mãe?

– Ainda não. – o Uchiha parecia preocupado. – Sakura, você tem oito minutos.

– Eu sei – Sakura suspirou. – Faça um novo mapeamento, por favor.

– Sim, cunhadinha – brincou Itachi, aparentemente tentando amenizar o clima tenso que mexia com todos os envolvidos na situação.

Sakura desligou e olhou ao redor mais uma vez. Hinata estava a alguns metros, lutando contra três agentes, enquanto Naruto explodia os tanques de guerra da Akatsuki. Sasuke estava fora do seu campo de visão.

Havia apenas uma solução; desarmar a bomba que estava no interior de sua mãe.

(...)

Madara dirigia feito um maluco.

O aeroporto particular do presidente não estava tão distante agora, porém a falta de tempo era o que mais o preocupava.

Sete minutos.

Tsunade, Minato e Fugaku foram até a avenida da Tokyo Sky Tree para ajudar os outros, permitindo que o Uchiha seguisse o maldito Kisashi.

O Haruno fugira em um helicóptero particular, como um cão sarnento escapando da chuva.

Uma Mei resolvida se encontrava no banco do passageiro, silenciosa e observadora.

– Você a ama, não é? – Ela questionou finalmente.

E ele, como um verdadeiro monossilábico furioso, meramente a ignorou.

– Sinto muito – Mei respirou profundamente. – Por ela. E por sua filha. Por não ter tido a chance de viver com ambas, e de cuidar delas como tal.

– Vou conseguir salvá-la – murmurou Madara maquinalmente, mudando de faixa e continuando a acelerar. – Vou conseguir...

Mei lhe lançou um olhar compassivo.

– Sim – Olhou pela janela do veículo, segurando com força uma LT38SA. – Você vai.

(...)

– Eu não consigo! – Karin desesperava-se a cada segundo. Dedilhava os dedos pelo teclado do pequeno netbook, sentada à frente do pesado cilindro que causaria uma explosão nuclear de grandes proporções em menos de vinte minutos, imaculadamente depositado na traseira do caminhão. Faltava menos da metade desse tempo para que Mebuki fosse detonada. – Não consigo fazer mais nada. Já contornei a programação e atrasei ao máximo a explosão, mas preciso dos comandos certos para cancelar...

Itachi mexeu em seus cabelos. A imagem de Ino veio à sua mente mais uma vez, enquanto ele observava a tela de seu notebook com uma desesperança palpável.

E repentinamente, o ponto do rastreador voltou a piscar no mapa, parado em um único ponto.

Era Mebuki.

(...)

Ino quebrou o pescoço de um dos agentes, saltando para trás deste e atingindo o outro cara mais próximo com seu escudo de ferro, batendo-o na face do homem.

Naruto atirava minuciosamente de trás de um dos tanques que bloquearam a rua, incrédulo com a audácia da Akatsuki.

Primeiro, onde eles haviam arranjado aqueles tanques de guerra?

Segundo, por que tinham de serem tantos?

E terceiro, onde estava sua namorada?

A última questão tornava-se mais frustradora do que as demais. Respirou fundo, enquanto rasgava a garganta de um terrorista mais próximo com sua faca, e a girava entre os dedos acertando-a na testa de outro cara.

Dois a menos. Agora só faltam vinte.

Sakura respirou profundamente depois de acertar outros tiros nos alvos que se moviam rapidamente diante de seus olhos.

– Sakura?

Ela tocou o comunicador em seu ouvido na mesma hora.

– Itachi. O que foi?

– O rastreador voltou a mandar sinais – O Uchiha mostrou-se ansioso de repente, e confuso em seguida. – Sua mãe está... As margens da praia mais próxima daqui.

Sakura franziu o cenho, enquanto Naruto lhe dava cobertura ao matar um agente que tentava atingi-la.

A praia.

A mesma praia em que ela e Sasuke haviam ficado depois de sua festa de dezoito anos, onde ela jurara seu amor de modo falso, mas que no fim mostrou-se verdadeiro.

– Como ela foi para lá? – Sakura deixou os devaneios de lado.

Itachi parou por uma fração de segundos, incrédulo com o que deixara passar.

– Talvez ela não tenha ido para lá – levantou-se de sua cadeira à frente do computador, seguindo até o caminhão onde Karin se encontrava. – Talvez o explosivo tenha ido.

A rosada entendeu a deixa. Sasuke não estava em lugar algum (ela nem estava certa de seu estado), e do jeito que era ele já estava agindo do modo que achava certo, sem comunicar ninguém.

– Vai ter de confiar nele – falou Itachi, tão preocupado quanto ela.

E Sakura desligou.

(...)

Mebuki abriu os olhos. A dor cessara, assim como as lembranças trazidas pela alucinação.

Reconheceu o ambiente em que estava pelas vozes desesperadas e a luz em sua face.

– Como se sente?

Virou o rosto na direção da voz. Era Tenten, a amiga de Sakura que a protegera quando Kisashi fez questão de quebrar o laço familiar.

Se é que algum dia existira um.

Respirou fundo antes de encarar o teto branco da ambulância.

– O que...

– Aconteceu? – a morena completou, mantendo as sobrancelhas arqueadas. – Bom, você estava com uma bomba e o namorado da sua filha te salvou. Simples.

Com uma pontada aguda em sua têmpora, recordou-se dos fatos de outrora.

“Sasuke aparecera no esconderijo em que estava – o subterrâneo fétido da Tokyo Sky Tree, onde fora mantida em cárcere por poucos, mas insuportáveis minutos -, ferido, mas decidido a salvá-la.

– Como me encontrou? – Mebuki questionara atordoada.

O Uchiha atirou nas correntes que a prendiam sem dizer qualquer coisa. Seus movimentos pareciam maquinais, sem uma consciência real por trás. No entanto, um instante depois ele demonstrou algum sentimento por trás de seus olhos negros e frios.

– Itachi não é o único que estava te seguindo. Consegui captar o último sinal e deduz que estivesse aqui. Meu tio utilizava este lugar para se livrar do que o incomodava.

A sra.Haruno se apoio no moreno evitando uma possível queda. Antes porém, que pudesse dar um passo, recebeu uma injeção na coluna e sentiu seu corpo amolecer instantaneamente.

– Vou retirar o explosivo de você e pegar a senha que desativará a bomba – A voz de Sasuke soou sem sinais de hesitação e a mulher caiu em sono profundo.”

– Onde está minha filha? E Kisashi? – Desesperou-se, a ansiedade consumindo seu peito pouco a pouco.

Tenten suspirou, sem saber como estava se metendo naquilo tudo.

– Isso não importa agora. Descanse. Sasuke está com a senha do explo

Aquelas meras palavras a acalmaram. Tinha de ser paciente. Tinha de esperar.

(...)

Sasuke observava as ondas se chocarem contra a margem, mantendo os olhos fechados a fim de sentir a brisa suave fornecida pelo mar.

Três minutos...

O jatinho de Kisashi o aguardava. Dali poucos instantes sua ex-mulher morreria, e levaria alguns consigo, para mais tarde o golpe final ocorrer.

Uma explosão nuclear.

Antes, porém, que pudesse se acomodar em meio ao luxo e conforto, o ruído de um motor soou pela pista do aeroporto, antes que um carro de grandes proporções derrubasse os portões e avançasse na direção de Kisashi.

Fazendo uma derrapagem perigosa, Madara saltou do carro e mirou contra o presidente, deixando o volante nas mãos de Mei, que parou o veículo à alguns metros.

Pressionou o gatilho habilidosamente.

Kisashi conseguiu escapar a tempo, subindo as escadas do jatinho, satisfeito pela falta de sucesso do seu inimigo.

Madara poderia xingar céus e o mundo, porém a vingança completa finalmente consumia seu peito de uma maneira significante.

– Pode partir – O presidente acompanhava a batalha e o desastre na avenida Tokyo Sky Tree pelo jornal que passava na televisão. Logo, Madara tornou-se um ponto distante, junto de sua querida Mei.

Uma garçonete veio ao seu encontro, servindo-lhe champagnhe. Estava no ar, rumo à Índia, onde negociaria com o presidente por uma parceria que reerguesse seu país.

– Obrigado – Kisashi estendeu a taça para a jovem, que lhe sorriu timidamente. Tinha uma beleza divina, admitia.

Seu celular tocou assim que provou a bebida.

– Espero que esteja aproveitando sua viagem.

O bom-humor não desapareceu nem com o tom debochado de Sasuke Uchiha.

– Ah, meu rapaz, não sabe o quanto. - o homem devolveu com uma risada desdenhosa. – E então, fugiu da briga, não foi? Deixou sua namoradinha a Deus dará contra meus homens?

Sasuke riu.

– Ela sabe se cuidar. Sakura e os outros, aliás – Ele demonstrou uma audácia anormal. – Eu ter fingido inconsciência não significa que fugi da briga. Muito pelo contrário.

Kisashi gargalhou novamente.

– Você é um covarde. Lhe contratei para matar minha filha, e mostrou sentimentos por ela ao invés de cumprir seu dever. Agora o país caíra, e a culpa será sua.

– Sério mesmo? – o Uchiha sorriu de canto, segurando o celular junto ao ouvido. – Engraçado, porque já consegui a senha para desativar a bomba, e que eu saiba, o champagnhe que você bebeu estava impregnado com o explosivo que você mesmo injetou na sra.Haruno.

O presidente engasgou na mesma hora, a dor consumindo cada membro e arrancando o ar de seus pulmões. A garota que lhe servira sorriu descaradamente, colocando a mochila com o paraquedas às costas.

Uma Legionária. Uma pupila de Tsunade.

– Você está longe o suficiente para não causar grandes danos quando morrer. No máximo, seu jatinho irá cair em um terreno descampado ou algo do gênero. Fiz questão de calcular isso também – Sasuke prosseguiu, satisfeito. Ouvia a agonia de Kisashi e não podia estar melhor. – Você causou desastres, e agora merece seu fim. Acho que posso agradecê-lo por ter me contratado para matar sua filha. Não teria conhecido alguém tão especial nem em mil anos do jeito que eu era.

– Seu... Seu... – gaguejou o Haruno, observando a agente de Tsunade saltar da aeronave.

– A batalha na Tokyo Sky Tree já está no fim. Meus amigos são ótimos em matarem. E acredito que a Akatsuki vai terminar sem um líder – Sasuke deu de ombros. – Tudo bem planejado, não acha? Admito que sou bom no que faço. Sair de casa para ir atrás de Sakura, e acabar ligando para Tsunade e bolar esse plano. Mas agora te pegamos, seu filho da puta desgraçado.

O jatinho começava a perder altitude. Não havia piloto no comando, e certamente Kisashi não conseguiria manter-se no ar por muito tempo.

Malditos.

– Sinto muito pela falta do funeral, mas você deveria saber que não teria um. Afinal, nós, terroristas, não gostamos de descansar em paz.

Um último suspiro resignado...

A contagem chegara ao fim.

O estrondo da explosão do presidente do Japão, acompanhado da colisão do jato contra o solo.

Um final digno para alguém tão sádico e vil. Uma morte dolorosa para quem tanto matou.

Mei sorriu para Madara, assim que as boas novas eram narradas pelo sobrinho do Uchiha, soando pelo viva voz do celular.

– Tudo acabou – concluiu Sasuke, com um quê de surpresa e talvez perplexidade. – De verdade.

– Nos encontramos na Mansão Uchiha – garantiu a morena, acomodando a cabeça no encosto do banco. – Preciso de um bom uísque depois dessa.

(...)

Os terroristas da Akatsuki ainda vivos foram recolhidos pelo Governo Japonês. O desastre na avenida Tokyo Sky Tree jamais seria esquecido, porém, agora poderiam se erguer novamente.

Às 23h50, Kisashi fora morto em pleno vôo, caindo junto de seu jatinho ao sul do país.

Às 23h54, a bomba nuclear fora desarmada por Itachi e Karin, graças aos esforços de Sasuke e de todos.

Às 00h10 de um novo dia, Madara chegou ao hospital onde Mebuki fora internada, e finalmente pôde reconhecer a falta de palavras trazida por seus sentimentos mais profundos.

Às 00h15, Itachi e Ino se viram na Mansão Uchiha novamente, e perdidos no calor do próprio amor incondicional, resolveram que teriam um filho em poucos meses.

Às 00h16, Naruto pediu Hinata em casamento na garagem dos Uchiha, tirando do bolso uma pistola .9mm no lugar de uma aliança, pois não tivera tempo ou dinheiro para arrumar algo verdadeiramente simbólico. A Hyuuga garantira que não precisava de um anel para que ele provasse seu amor, ou noivasse com ela.

São 00h20.

O céu continua escuro, mas a perspectiva de uma vida nova soava agradável aos ouvidos de Sakura.

Agradável e memorável.

– Eu te amo, mãe. – sussurrou pelo telefone, tão feliz quanto nunca esteve.

Ouviu o choro incontrolável de sua mãe, e concluiu que Mebuki desejava vê-la o quanto antes.

– Eu também te amo, Sakura – A sra.Haruno encarava Madara, sorrindo enquanto as lágrimas consumiam sua face. – Mais do que tudo. E tenho orgulho pelo que se tornou... Pelo que sempre foi, mas que eu não enxerguei. Me perdoe pelos meus erros, Sakura.

A rosada assentiu. Sasuke aproximava-se dela como uma sombra protetora, e de imediato sentiu seus dedos alvos serem envoltos pelos dele, em um enlaçar de mãos perfeito.

Sorriu.

– Eu te perdoei há muito tempo, mãe. Nada disso importa. Estamos tendo uma chance de recomeçar, e é isso que interessa. Hoje é um novo dia, entende?

Mebuki sussurrou um baixo “Sim” em resposta.

A felicidade aglomerada em seu peito era impossível de ser explícita em palavras.

– Quero vê-la mais tarde – murmurou a mãe, que riu.

– Também quero vê-la, querida.

E despediram-se sem realmente soarem como tal, sabendo que logo terminariam com a distância amedrontadora.

Sasuke não esperou que ela desligasse o telefone, e a puxou pela cintura a fim de acabar com a pouca distância entre ambos. Selou os lábios aos dela, sentindo a quentura e o ardor magnifico.

A saudade fora feita em pedaços naquele instante, e posteriormente, desapareceu.

Sakura não esperava que Sasuke fosse gentil ou amoroso. Ele o era sem precisar dar demonstrações constantes de seus sentimentos.

Em seu quarto, ele a preenchia com seus beijos e carícias, e ela as devolvia da mesma maneira, cada uma delas da forma mais terna possível. Seus nomes sussurrados à luz da lua enquanto Sasuke a incitava com seu próprio corpo, e o deleite completo ao final do ato.

O Uchiha a colocou sobre seu peito, ambos com respirações dificultosas e descompassadas. Sakura fechou os olhos, reconhecendo o que fizera como o ápice daquela relação.

Nada mais os separaria. Nada, nem ninguém.

– Espero que sejamos felizes – A rosada murmurou, ajeitando-se debaixo dos lençóis.

Sasuke beijou o topo de sua cabeça em resposta.

– Vamos ser.

E ela não conteve a sonolência. Os ferimentos por seu corpo foram tratados, mas os de sua alma ainda curavam-se.

Precisava de tempo.

Ele a curaria, e devolveria a paz aos seus amigos.

Ele a faria feliz novamente.

Ele a mostraria se Sasuke era aquele que a protegeria eternamente.

Apenas o simples e ágil tempo.


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Notas finais do capítulo

Acompanhem: http://fanfiction.com.br/historia/482711/Games_Of_Love/

Essa fic irá substituir a MAV2 até que chegue ao final ;)

O.O

Agradecemos primeiramente a Deus por nos dar o dom de escrever, e mandar criatividade e inspiração para desenvolvermos histórias como esta. Em segundo, vocês leitoras, pelo apoio e incentivo prestados.

Minha Amada Vítima não saíra de nossos corações. Uma história longa e em certos pontos difícil, mas que nos trouxe aprendizado e prazer pela escritura.

Em 2015 terá o encerramento de outras fics, e o surgimento de outras (principalmente SasuSaku's) e esperamos vê-las por lá.

Amanhã postaremos um pequeno bônus para comemorar o Natal õ/

Abraços, beijos e beijokas!

E obrigada por estarem conosco até o fim.

— Livia Dias, Manu e Bianca (Fanáticos Por Fanfics).