Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 11
Amnésia?


Notas iniciais do capítulo

Heey! Quanto tempo que não postamos juntas õ/

Então, estamos super animadas com o rumo que a história está tomando! 104 comentários, 102 leitores ;) Muito obrigada garotas, graças à vocês alcançamos estes números.

E vamos que vamos!

O capítulo será meio "confuso" no finalzinho, mas no próximo as coisas vão estar mais esclarecidas...

Boa Leitura!

— Bianca, Manu e Livia Dias (Fanáticos Por Fanfics)



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Abriu os olhos ouvindo vozes que diziam coisas desconexas. Focalizou no teto branco, seguidamente encarando as macas que cercavam o ambiente, grande parte delas vazias.

Tentou erguer o braço, mas este possuía uma algema, prendendo-a a maca.

– A Akatsuki deve estar trabalhando com o grupo Uchiha – o murmúrio soou carregado de preocupação, diferente da voz seguinte.

– As forças policiais já vão agir – De imediato, a garota reconheceu o timbre daquela voz, e sentiu seu estômago afundar. – Com minhas ordens, os terroristas serão exterminados e eu serei consagrado herói desse país.

Virou o rosto, tendo uma visão completa das figuras postadas à porta do quarto.

Ambos os homens trajavam vestes que indicavam suas posições sociais elevadas; ternos caros e perfeitamente engomados.

– Os Hyuuga não irão se envolver em qualquer guerra – alertou o homem de cabelos longos e olhos extremamente azuis. – Caso os Uchiha e a Akatsuki tentem tomar o governo...

– Garanto-lhe que nada acontecerá, Hiashi – Kisashi Haruno, ou o presidente do Japão, exibiu um sorriso carregado de confiança. – Sakura será interrogada sobre seu envolvimento com os terroristas, mas, de acordo com a médica que vem cuidando de seu caso, provavelmente minha filha perdeu parte de sua memória.

Por instinto, Kisashi voltou os olhos para a maca em que Sakura repousava, e viu a mesma imagem de dois dias atrás; a Haruno imersa em um sono profundo, que provavelmente duraria dias.

O presidente despediu-se de seu colega, e continuou a observar o sono da filha, imaginando milhares de possibilidades que se estendiam para ele. Caso Sakura tivesse perdido sua memória (de acordo com o que a dra.Shizune afirmava), era possível reconstruir os laços com a rosada, e fingir que nada acontecera.

Mesmo sem Mebuki – que por sinal fora sequestrada pela Akatsuki -, Kisashi conseguiria trazer de volta sua antiga vida, e faria de tudo para ter o que tanto almejava.

(...)

As pessoas são imprevisíveis. Possuem suas personalidades, cada uma de um jeito, e metade delas é ruim. A outra parte, a boa, é impregnada pela maldade, e por fim a pessoa se esquece de como é ajudar, ser feliz das mais simples formas, e viver sob o efeito da família e amor.

Passa a conviver com o egoísmo, quer sempre mais e vive sob o efeito do dinheiro e poder.

Pensando em tais coisas, Sakura fingia uma súbita amnésia, enquanto Kisashi exibia diversos sorrisos, presentes e carinhos para a rosada.

Estava agindo como se fosse seu pai, e que tudo estava perfeitamente bem. Sakura, como a boa atriz que era, entrou no jogo de Kisashi sem dificuldades, e exibia a face de uma garota que há tempos deixou de existir.

Questionava-se a todo instante se o presidente realmente acreditava na falta de memória da suposta filha. Será que não estava armando uma emboscada para o Grupo Uchiha, e usaria Sakura para conseguir o que queria?

“Não”, pensou, logo que entrou na limousine escura, seguida de perto pela Dra.Shizune. “Ele sempre confiou nela e jamais duvidaria de sua médica favorita”.

Não deixou de fitar demoradamente a fiel amiga de Tsunade-sama. Conhecia bem Shizune, graças à antiga mestra da faculdade, e uma questão não parava de surgir e sua mente; sendo tão profissional e eficaz, como ela pôde colocar a certeza da falta de memória em Sakura, sendo que a mesma não havia batido a cabeça ou sofrido qualquer trauma do gênero?

– Algum problema, Sakura? – a morena franziu o cenho para a rosada, que despertou de seus devaneios na mesma hora.

Percebeu que a limousine já estava em movimento, e que Kisashi estava no banco à frente delas, digitando algo em seu notebook, completamente alheio ao que falavam.

– Só estava pensando – Sakura sorriu de um jeito meigo, como sempre fazia na época da antiga “fama”.

Shizune voltou os olhos para a janela, depois de retribuir o sorriso. Parecia diferente da época em que Sakura cursava medicina; aparentemente, estava um tanto tensa e preocupada.

Algo de muito estranho estava acontecendo.

(...)

A mansão dos Haruno continuava impecável como sempre fora. Os portões pintados de branco, os jardins floridos e verdejantes, a piscina limpa, a casa principal pintada com o típico azul claro...

Nada mudou.

Talvez os tons de cores da mansão tivessem sido renovados, ou mudados, mas Sakura não soube dizer com exatidão.

Estava no meio do campo minado novamente.

Aos poucos, se recuperava de seu acidente, sob a falsa proteção de Kisashi, e os cuidados de Shizune -, que por sinal deixara de lado suas funções no hospital, de Tóquio, para acatar as ordens do presidente, e no fim receber o triplo de seu salário mensal.

Tenten fora até a mansão algumas vezes, com Kisashi Haruno estivesse presente. A Mitsashi estava ciente de tudo o que acontecera, graças às explicações escritas que Sakura lhe fez na primeira visita dela. De acordo com a rosada, elas não poderiam conversar verbalmente sobre os terroristas ou qualquer coisa do gênero, para o caso de Shizune estar espreitando a mandado do presidente, e o fingimento de Sakura ir pelo ralo.

– Tsunade falou comigo esta semana, perguntando de você – Tenten escreveu de volta um “O que você quer que eu faça?”, na terceira ou quarta visita que fez à amiga.

– Não tive tempo de ligar para ela, mas logo farei isso – Sakura deslizou o papel pela escrivaninha, até a morena do seu lado.

Ambas fingiam repassar algumas matérias da faculdade, para que Sakura pudesse retomar Medicina. Sem a Universidade Konoha, a rosada teria de entrar em outra faculdade.

Tenten leu as instruções mandadas pela amiga:

“Não sei se Kisashi vai colocar alguém para espioná-la, portanto quero que haja da forma mais natural possível. Ligue para Shikamaru, de preferência de algum bar ou lanchonete, com o celular que está colado no fundo de sua bolsa. Diga à Shikamaru que precisa do livro de Física para organizar um roteiro de estudos para mim. Ele vai entender. Marque no Starbucks as dez, mas apareça às sete. Você entenderá o porque. Depois vá entregar o arquivo que está dentro do livro para Tsunade-sama, três dias após ter falado com Shikamaru, e vai dizer que eu pedi uma dica de alguma universidade que bata com as preferências que tenho.”

A Mitsashi estranhou a princípio, mas não questionou a amiga. Sakura sabia o que estava fazendo, e parecia ser especialista no quesito de enganar espiões.

– Te falei que Neji e eu estamos juntos? – comentou, sorrindo.

Nothing’s Home começou a tocar, e Sakura maneava a cabeça no ritmo da música de sua cantora predileta, enquanto folheava o livro à sua frente.

– Isso é ótimo! Que bom que finalmente se entenderam! – riu, pensando no que Ino e Hinata diriam disso. Mas acabou por lembrar-se que a Yamanaka não estava do seu lado, e que por algum motivo desconhecido traíra o grupo.

Suspirou. Gostaria de esquecer-se desse detalhe.

Questionou-se mentalmente onde Hinata, Sasuke, Itachi e Naruto estariam. Como queria saber deles, principalmente do Uchiha mais novo.

(...)

Seguindo as instruções de Sakura, Tenten agiu normalmente durante dois dias, para despistar qualquer “curioso” que estivesse vigiando-a.

Na noite de sexta-feira, a morena apanhou o telefone celular que havia dentro de sua bolsa, observando que era simples e escuro.

Um papel branco acompanhava o aparelho e Tenten percebeu ser o número de Shikamaru. Em segundos, já chamava pelo celular do agente, que por sinal fora um grande rival seu nos tempos de escola.

“Alô?”, a voz do preguiçoso, Nara, alcançou os ouvidos da Mitsashi.

“Shikamaru”, Tenten levantou-se do sofá, seguindo até a janela que lhe dava uma excelente vista do centro de comércio e festas. “Sou eu, Tenten”.

“Como não reconhecer, Mitsashi”, a ironia do Nara se mostrou presente, e Tenten limitou-se a suspirar. “A que devo a honra de sua ligação?”.

“Então, preciso do seu livro de Física para organizar um roteiro de estudos para Sakura”, usou o tom mais natural possível. “Sabe como é, ela quer recuperar o tempo perdido”.

Alguns de silêncio se fizeram à sua fala, e a garota teve certeza de ouvir um suspiro de compreensão vindo do moreno (ou seria a clássica “baforada” depois de absorver a nicotina do cigarro?).

“Tudo bem”, Shikamaru concordou por fim. “Onde posso te encontrar?”.

“No Starbucks, as dez”, enfatizou, e ouviu ao fundo uma voz feminina enciumada questionando o Nara sobre quem era ao telefone. “Dê um boa noite à Temari por mim. Até amanhã”.

“Até”, a voz cansada dele soou com exatidão, logo que o mesmo voltou-se para sua noiva dizendo um ‘Para de ser tão complicada’, e desligando por fim.

(...)

As sete, Tenten estava no Starbucks, apertando seu casaco ao corpo e torcendo para que Shikamaru chegasse naquele horário.

Entrou no ambiente acolhedor, que emanava um delicioso cheiro de cappuccinos e chocolate, e escolheu uma das mesas mais ao fundo.

Logo que se sentou, Shikamaru Nara adentrou o lugar, trajando um sobretudo negro e um semblante carregado de seriedade.

Encaminhou-se até a Mitsashi, sentando-se à frente da mesma. Seu semblante sério se desfez, sendo substituído por um de pura preguiça e sonolência.

– Detesto acordar cedo – comentou, tirando um livro de Física do interior das vestes. Colocou sobre a mesa, deslizando-o até Tenten. – Sakura me mete em cada uma...

A morena colocou o livro na bolsa de couro, ignorando completamente a curiosidade que surgia em seu subconsciente. Não interviria nas instruções da amiga, mesmo que a vontade de desvendar o conteúdo do arquivo crescesse cada vez mais.

Terminou o chocolate quente que pedira instantes depois, conversando sobre assuntos de mínima relevância com o Nara. Ambos sabiam que tais ações eram para despistar possíveis “interessados” que estivessem de passagem por ali.

Quando deixou o Starbucks, as sete e quarenta, Tenten seguiu pela direção contrária à de Shikamaru, que alegou estar atrasado para encontrar Temari, e que provavelmente levaria uma bronca extremamente exagerada.

A morena pegou um transporte público qualquer, e não demorou muito para chegar em Musashino, onde ficava o restaurante em que trabalhava, o qual a esperava para mais um dia estafante com a clientela alvoroçada por comida mexicana.

(...)

Olhou pelo corredor, atenta. Vira a rosada seguir até a piscina, o que indicava que a mesma daria um mergulho ou aproveitaria os raios de sol da manhã.

Dirigiu-se até o quarto da garota, onde Tenten e ela “estudavam”. Tinha a desconfiança de que havia algo por trás das visitas, e que na verdade agira de forma muito rápida, crendo que Sakura tinha perdido a memória.

Foi rápida ao adentrar o cômodo, e mais ainda ao revirar cuidadosamente os cadernos e livros da escrivaninha. Qualquer bilhete, ou coisa do gênero tiraria sua dúvida de uma vez por todas.

Investigou as gavetas e até mesmo a lareira que a muito não fora usada. Verificou cada mínimo canto do quarto, mas nada de comprometedor fora encontrado.

De costas para a porta, não percebeu a figura movendo-se para dentro do cômodo, com agilidade. Só percebeu que fora pega em uma armadilha, quando ouviu a tranca e virou-se com o semblante carregado de surpresa.

– Eu deveria perguntar o que você está fazendo aqui – Sakura cruzou os braços, estando de frente para a porta. – Mas acho que já sei Shizune.

A morena largou os livros em cima da escrivaninha, e voltou um olhar desafiador para a rosada.

– Você vai me responder algumas coisas – A Haruno tirou do bolso interno uma adaga, e seu olhar mortal indicava que não hesitaria se fosse necessário agir. – E acredite, mesmo que tente não vai escapar! Meu pai não está aqui para ajudá-la, dessa vez!

Shizune parecia a ponto de chorar, mas logo se recompôs. Limitou-se a sorrir para a rosada, com sinceridade.

– Que bom que está de volta, Sakura.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado do capítulo! Como sempre, dependendo dos comentários postamos rapidamente o próximo ;)

Reconhecemos a falta de SasuSaku na história, mas logo logo iremos reverter este caso õ/

Thanks *-*

— Bianca, Manu e Livia Dias (Fanáticos Por Fanfics).